Desistir
jamais!
O
fim pode ser o recomeço.
Tomé era frequente nas reuniões
Escoteiras. Um dia achou que o Chefe dizia sempre as mesmas coisas, fazia as
mesmas coisas e então parou de frequentar. Dois meses depois o Chefe em uma
noite fria de inverno foi visitá-lo. – “Deve ter vindo para tentar me convencer
a voltar” pensou Tomé consigo mesmo. Imaginou que não podia dizer a verdadeira
razão de sua saída. Os mesmos programas, os mesmos jogos sempre repetitivos.
Ele pensou e pensou. Precisava encontrar uma desculpa, pois não queria magoar o
Chefe que sempre o tratou muito bem. Enquanto pensava colocou duas cadeiras
diante da lareira e começou a falar sobre o tempo.
O chefe não disse nada. O ouvia
calado. Tomé depois de tentar inutilmente puxar conversa por mais algum tempo,
também se calou. Os dois ficaram em silêncio, contemplando o fogo por quase
meia hora. Foi então que o Chefe levantou-se e com a ajuda de um galho que
ainda não tinha queimado, afastou uma brasa, colocando-a longe do fogo. A
brasa, como não tinha suficiente calor para continuar queimando, começou a
apagar. Tomé mais que depressa, atirou-a de volta ao centro da lareira.
Boa noite, disse o Chefe e
levantou-se para sair. – Boa noite e muito obrigado respondeu Tomé. E foi então
que Tomé viu que a brasa longe do fogo, por mais brilhante que seja, terminará
extinguindo rapidamente.
Moral da
história: - O Escoteiro longe dos seus amigos, por mais inteligente que seja
não conseguirá conservar seu calor e sua chama. Tomé sorriu para si mesmo e
prometeu fazer tudo para mudar o que achava errado. Sabia que criticar é fácil,
mas porque não consertar o erro? Tomé voltou às reuniões no sábado seguinte.
Ele agora ia conversar com seus amigos de patrulha e mostrar ao Chefe como
caminhar com suas próprias pernas. Agora ele tinha certeza que precisava
voltar!
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