Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Conversa ao pé do fogo. Baden-Powell e o Sistema de Patrulhas.




Conversa ao pé do fogo.
Baden-Powell e o Sistema de Patrulhas.

Adendo:
“Ensine-os a pescar. Não pesque para eles! - É melhor um arroz sem sal e grudento feito pôr eles do que o excelente feito pôr adultos. Lembrem-se, eles são a razão de você estar aqui!”

Sobre Monitores.
“Quero que vocês, monitores, entrem em ação e adestrem suas patrulhas inteiramente sozinhos e à sua moda, porque para vocês é perfeitamente possível pegar cada rapaz da Patrulha e fazer dele um bom camarada, um verdadeiro homem”. De nada vale ter um ou dois rapazes admiráveis e o resto não prestando nada. Vocês devem procurar fazê-lo todos positivamente bons... Para conseguir isso a coisa mais importante é o próprio exemplo, porque, o que vocês fizerem os seus Escoteiros também o farão... Mostrem a todos eles que vocês sabem obedecer às ordens dadas, sejam elas ordens verbais, ou sejam regras que estejam escritas ou impressas e que vocês cumprem ordens, esteja ou não o chefe presente. Mostrem que conseguem conquistar distintivos de especialidades, e, com um pouco de persuasão, os seus rapazes seguirão o seu exemplo. ...”Mas lembrem-se que vocês devem guiá-los e não empurrá-los”.

Sobre o Chefe e seus monitores:
“Você é o líder dos seus monitores”. Podemos até chamá-lo do monitor dos monitores. Dirija somente esta patrulha. Cabe a você orientá-los, fazer acampamentos e excursões, sempre visando o adestramento para que eles possam depois adestrar os escoteiros da patrulha. Esta é sua responsabilidade. Não fuja dela e experimente, pois tenho certeza que poderá alcançar o gostinho do sucesso.

Sobre a Tropa Escoteira:                                                                  
“Cada Tropa Escoteira é formada pôr duas ou mais Patrulhas de seis a oito rapazes. O principal objetivo do Sistema de Patrulhas é dar responsabilidade real a tantos rapazes quantos seja possível. Isto faz com que cada rapaz sinta que tem pessoalmente, alguma responsabilidade pelo bem de sua Patrulha. E leva cada Patrulha a ver sua responsabilidade definida para o bem da tropa. Através do Sistema de Patrulhas os escoteiros aprendem que tem uma considerável participação em tudo que a sua tropa faz”. 

Algumas dicas para monitores:
Disseram-me que estas dez dicas deveria servir também para chefes escoteiros. Escrevi para monitores, faça você mesmo sua análise pessoal. Sabemos que sem bons monitores dificilmente teremos o êxito esperado. Você também é responsável.

1. Não faças comentários que possam humilhar ou envergonhar algum dos Escoteiros de sua patrulha.
 2. Se precisares chamar à atenção de algum deles, faça a sós, sem os outros ouvirem.
3. Não deixes de fora os patrulheiros mais tímidos ou novatos, fala para eles, dá-lhes atenção, mostra que estás sempre a contar com a ajuda deles e que são importantes para a Patrulha. Dá-lhes um elogio para os  motivares e perceberem que estão a ser úteis.
 4. Muitas vezes, consegues modificar o comportamento e as atitudes dos outros recorrendo à boa disposição e a algumas piadas, desde que não humilhes ninguém.
 5. Não leves muito a sério um patrulheiro que seja muito resmungão. Responde-lhe com bom humor.
6. Não fales nas costas uns dos outros. Os patrulheiros vão imitar-te e irão acabar por falar de ti nas tuas costas. Dá um bom exemplo.
7. Mostra-te paciente para com todos. A paciência é uma grande virtude e os teus escoteiros saberão reconhecer-te essa característica, mesmo que não o digam abertamente.
 8. Se algum dos patrulheiros agirem incorretamente com outro, explica-lhe de que modo foi incorreto e sugere-lhe que peça desculpa.
9. Não grites com os teus escoteiros Se gritares, o mais provável é perderes autoridade.
10. Não mostres ressentimentos para com alguém que tenha feito algo de errado ou tenha prejudicado a Patrulha. A capacidade de perdoar é uma virtude.

E não se esqueça destas palavras de BP. Elas podem ajudar você muito:
Levar-se muito a sério enquanto jovem é o primeiro passa para tornar-se um “pedante”. Um pouco de bom humor poderá tirá-lo deste perigo e também de muitas ocasiões desagradáveis. – Aquele que se elogia é geralmente aquele que necessita de ajuda; - Um Monitor equilibrado vale meia dúzia de extravagantes;
- Muitos querem seus direitos, antes de o trem merecido.

Lord Robert Baden-Powell.

Monitor e Sistema de Patrulhas. A razão de ser do Movimento Escoteiro.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Conversa ao pé do fogo. Reviver 112 anos Brownsea. – Uma aventura que marcou o escotismo para sempre.




Conversa ao pé do fogo.
Reviver 112 anos Brownsea.
– Uma aventura que marcou o escotismo para sempre.

Todos nós do escotismo conhecemos um pouco de nossa história e marco que foi o acampamento experimental na ilha de Brownsea. Estamos chegando há 110 anos e nossas lembranças nunca esquecem aqueles dias de gloria para o inicio da maior organização de jovens do mundo. Sempre podemos reviver os dias fantásticos o que se passou naquela pequena ilha. Queremos deixar-te aqui algumas pistas e informações para que, no teu grupo ou tropa, possas organizar um “Reviver Brownsea” sempre. Vamos a isso?

Os participantes
Alguns historiadores contabilizam um total de 22 rapazes, neste acampamento experimental. Para além dos famosos vinte, cinco em cada Patrulha, ainda Simon Rodney (12 anos), na Patrulha Lobo, e Donald Baden-Powell (sobrinho de B-P) que, por ter apenas 9 anos, ficou como Ordenança de Campo (uma espécie de auxiliar). A presença de Donald é confirmada e, dada a sua idade, pode ser “interpretado” por um Lobinho. Baden-Powell levou consigo um adjunto: Kenneth Maclaren, seu amigo de longa data da vida militar. Para melhor viver o imaginário neste “reviver”, cada uma das confirmadas 23 pessoas em campo (B-P, o adjunto, o sobrinho e os cinco rapazes por cada Patrulha) podem usar um cartão pendurado ao pescoço, com a sua identificação, para todos serem tratados pelo respectivo nome. Por ser um acampamento experimental, os rapazes vestiam-se de acordo com a moda da época.

A ida
A 29 de Julho, parte dos participantes (12 rapazes) embarcaram a bordo do Hyacinth, no porto de Poole, para fazerem a travessia de pouco mais de 3 Km até ao cais de Seymour, já na ilha, percorrendo ainda cerca de 800 metros até ao local do acampamento, ao sul da ilha. No dia seguinte, chegaram os restantes. Na noite do dia 30, ao redor da fogueira, B-P contou algumas das suas aventuras na África e na Índia e deu informações sobre o dia seguinte, terminando o dia com orações. Cada Patrulha ficou com uma tenda militar, em forma de campânula. B-P e os seus assistentes ficaram noutra tenda. Havia, ainda, uma tenda-cozinha e uma tenda aberta de um dos lados para se abrigarem em caso de tempestade.

As atividades
A 1 de Agosto, começaram as atividades programadas para o acampamento, distribuídas da seguinte forma:
1 de Agosto: Preliminares - formação das Patrulhas, distribuição de tarefas, instrução para os Guias de Patrulha, etc.
2 de Agosto: Campismo - engenho em campo, construção de cabanas e esteiras, nós, fogueiras, culinária, saúde e saneamento, orientação em território desconhecido e barcos.
3 de Agosto: Observação - observar e memorizar detalhes ao longe e ao perto, pontos de referência, seguir pistas, dedução a partir de pistas e sinais, e treino da visão.
4 de Agosto: Vida na floresta - e de animais e plantas, estrelas, espreitar animais, observação de detalhes de pessoas e leitura do seu carácter e condição.
5 de Agosto: Cavalheirismo - honra e código dos cavaleiros, altruísmo, coragem, caridade e poupança, lealdade para com o rei, patrões e oficiais, cavalheirismo para com senhoras, a boa ação diária e como fazê-la.
6 de Agosto: Salvamento de vidas - em incêndios, afogamento, gás, atropelamento por cavalos, em esgotos, pânico, acidentes na rua e primeiros socorros.
7 de Agosto: Patriotismo - geografia colonial, história e feitos que engrandeceram o império, a marinha e o exército, bandeiras, medalhas, deveres dos cidadãos e auxílio à polícia. 

8 de Agosto: Jogos - campeonato desportivo envolvendo todos os temas abordados durante o acampamento. Todos os dias havia inúmeros jogos: jogo do Kim, caça à baleia, seguir pistas, competição de nós, caça ao urso, tração da corda, observação de veados, etc. Os elementos de cada Patrulha distinguiam-se por um pedaço de lã colorida, presa no ombro: azul para os Lobos, verde para os Touros, amarelo para os Maçaricos e vermelho para os Corvos. Cada Guia de Patrulha tinha uma bandeirola com o desenho do respectivo animal. Cada noite, uma Patrulha ficava encarregue do “piquete noturno”. Levava rações de farinha, batatas, carne, chá, etc., e partia para um local indicado para bivacar, afastado do acampamento. Cada rapaz levava fósforos e o seu próprio tacho, cozinhando ali o seu próprio jantar. A seguir, eram colocadas sentinelas e montado o bivaque. B-P e os Guias das outras Patrulhas entretinham-se a observar o piquete até às 23h, hora a que os rapazes iam todos dormir, regressando ao acampamento no dia seguinte a tempo do pequeno-almoço. Eram feitos alguns ataques simulados para testar a capacidade de vigilância do piquete.

A instrução era dada sempre com pouca teoria e muitos exemplos ilustrativos, para não maçar os rapazes, seguida de jogos e competições sobre o assunto. Praticamente não se cantava mais nada no acampamento para além do “Inegoniama”. B-P distribuiu a cada rapaz uma insígnia em latão com a flor-de-lis. Alguns historiadores defendem que usou o mesmo esquema de classes que tivemos no CNE e que foi usado um pouco por todo o mundo.

Horário diário
A alvorada era às 6h00, ao toque de um chifre de Kudu que B-P tinha trazido de África, usado pelos Matabeles.

6h00 - Alvorada, arejar, leite e biscoitos
6h30 - Ginástica matinal
7h00 - Avisos das atividades do dia, com demonstrações
7h30 - Limpeza do campo
7h55 - Formatura, içar da bandeira e orações. Pequeno-almoço.
9h00 - Prática escutista
12h00 - Banho
12h30 - Almoço
13h00 - Descanso
14h30 - Prática escoteira
17h00 - Chá
18h00 - Jogos
19h15 - Passar uma toalha húmida pelo corpo e mudar de roupa
20h00 - Jantar
20h15 - Palestras ao redor da fogueira
21h15 - Orações
21h30 - Deitar e silêncio.

Reviver Brownsea. Um épico que ficou marcado para sempre na história escoteira.

Baden-Powell, um homem além do seu tempo. Reviver é não esquecer nunca mais!

domingo, 28 de julho de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. As velhas tralhas escoteiras que amei.




Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
As velhas tralhas escoteiras que amei.

Prólogo: - A modernidade chegou, se gasta os tubos para ter um material completo de Patrulha. Se o intendente não é dos bons em pouco tempo tudo está perdido, estragado, com ferrugem ou é deixado displicentemente em qualquer lugar onde foi usado. Mas temos que seguir a trilha do moderno, faz parte. Haja dinheiro para gastar!

- Houve um tempo e põe tempo nisso, eu participava de uma Patrulha de amigos e irmãos que hoje estão no céu. Da Patrulha Lobo era o terceiro escoteiro Escriba com muito orgulho. Foi uma época de liberdade, de escotismo alegre e solto, daqueles que ao passar um fim de semana na sede dava uma canseira e uma moedeira que o próprio Chefe Jessé sorria sabendo o que estávamos a pensar e desejar. Acampar, excursionar e aventurar por aí. Exigente dificilmente dizia não. Se uma Patrulha quisesse acampar ele anotava onde, quando e se tínhamos permissão do dono do lugar. Às vezes nos visitava na sua Philips negra e era uma graça o ver batendo pedal nas horríveis trilhas do lugar. No nosso saco de Patrulha feito com saco de estopa, do mais usado e que aguentava tranco, ganho no Armazém do Grilo do Senhor Pastor, cabia toda nossa tralha de sapa e de cozinha. Com um idêntico fazíamos o nosso colchão. Era só encher de folhas e capim seco. Se precisássemos de uma panela, de um caldeirão ou de uma frigideira era só ver se a mamãe de alguém tinha para doar. Tudo muito simples, poucas noites, uma caçarola e caldeirão bastavam. Sete itens para levar distribuídos entre os patrulheiros. Éramos preparados, podíamos dizer que todos tinham a marca do bom acampador e nem precisa de lista ou lembrar.

- Lembro quando acampamos em Conselheiro Pena, um grupo novo, cheio da grana, Luiz Antônio filho do Doutor Mateus e prefeito, nos mostrou um conjunto de panelas que seu pai comprou. Lindo! Uma encaixada na outra, um jogo de tirar o cozinheiro da sua sina de panelas sujas, sebentas onde o Bombril ainda não existia e a areia era o capacho para limpar. Olhei para as panelas brilhantes de um alumínio reluzente e pensei: - Valeria a pena? Mas o preço oh! No segundo dia na inspeção perderam ponto, pois as panelas amassaram e o encaixe deixou de existir. O tempo passou, de um alumínio brilhante viraram sebentas também. Durante quatro anos na Patrulha só uma vez precisamos de um facão. O nosso já velho e alquebrado serviu para pagar um almoço lá prús lados de Bom Jesus, cansados de uma jornada e mortos de fome sem tutu, o dono do restaurante beira da estrada Rio Bahia topou a pé uma troca de um prato feito pelo facão. Seu Belarmino do Curtume Santa Rita nos presenteou com um novinho. Eita gente boa para doar...

- Mas a modernidade não parou por aí. Quando nos meus dezessete anos fui fazer um Curso de Adestramento Básico em 1959 conheci o Lampião a Gás vulgo Liquinho. Luz branca, clareia longe e tudo ao redor. Parecia uma lâmpada de 220 w. Perguntei ao JF (João Francisco) um dos membros da equipe se era caro. Ele com aquele estilo Bipidiano de Chefe novo rico gritou o preço de uma vez só: - Duzentos reais! (em dinheiro de hoje). E o gás? Se não tiver a venda na sua cidade é melhor usar lamparina! Continuamos por muitos e muitos anos com o velho e amado lampião a querosene e a lamparina sem capa de vidro. Fizemos com nossas próprias mãos uma carretinha. As rodas foram doadas pelo Zé Sinfrônio que nos ajudou a fazer o eixo e o mancal. Mais tarde vimos algumas com rodas de pneu de borracha, lindo demais. Sem tutu para  gastar, continuamos com a nossa com rodas de madeira ripada com latas de marmelada e goiabada bem desamassadas e pregadas no cume de cada roda.

- Todos nós tínhamos nosso Vulcabrás. Bom para andar e bom para durar. Zeca filho do dono da Padaria um dia perguntou ao Chefe Jessé se podia usar um quedes (Tênis) preto que comprou na capital. Todos da tropa olharam para ele espantados. Não conheciam o tal quedes. Usei Vulcabrás por muitos e muitos anos. Pedro Piaba um dia chegou com um Canivete Suíço. Gente quanta coisa o tal canivete tinha. Tirava rolha, tampinha, tinha serrotinho, cortador de unha, descascador de batatas e o escambal. Fiquei pensando na limpeza com talco Johnson todos os dias para inspeção. Na nossa tralha de corte tínhamos uma enxada pequena sem cabo e um enxadão (fazíamos os cabos quando no campo de Patrulha). Quase não usávamos a enxada e o enxadão. Ganhamos do Seu Norberto uma pequena lâmina com cabo que servia para furar qualquer buraco na terra e fácil de carregar. Naquela época ninguém conhecia o sisal, mas todos eram peritos em cipós, de qualquer qualidade.

- A cada dois ou cinco anos, o Sexto Batalhão da Policia Militar de Minas gerais sediado em nossa cidade desfazia de parte do seu material de sapa usado e doava a quem precisasse. Chefe João Soldado terceiro sargento sempre estava na fila dos pedintes e recebíamos barracas (duas lonas) mochilas de praça e oficiais, material de corte e sapa, até mesmo vasilhame principalmente as canecas e marmitas de campanha. Munir o maestro e intendente geral substituía nas patrulhas aquelas que estivessem mais estragadas. Dificilmente comprávamos alguma coisa. Nem mensalidade pagávamos. Cada Patrulha tinha sua Bandeira Nacional. A nossa puída e nem sei quando conseguiram uma nova para substituir. Quando saímos para acampar cada um ficava com uma banda da barraca (duas lonas) e no campo fazíamos os espeques e varões necessários para armar. Não tinha taxa de acampamento. Cada um levava de sua casa seu quinhão dependendo os dias acampados.  

- Hoje tudo mudou. A modernidade chegou. Tem mensalidade, taxa de acampamento, taxa de viagem e coisa e tal. Dizem que nem bússola se usa mais. (saudades da nossa Silva e da Prismática ganho do Professor Teobaldo do Colégio Santa Cecília). Dizem que um tal de Smart Fone faz tudo. Previsão de tempo (quatro quadrinhas de tempo resolvia tudo para nós), rumo, orientação para cozinhar, quem sabe faz também almoço e jantar? Será que ele serve para pescar? Espantar uma cascavel, caçar um tatu, pegar emprestado uns ovos de avestruz? Dedilhar um violão no fogo de conselho, servir de jangada para uma estupenda travessia num rio caudaloso? Não sei, dizem que os tempos são outros, deve ser, mas não é mais o meu tempo. Ele ficou no passado e o presente está tudo mudado. Fala-se cada coisa, até palavrões nas atividades escoteiras, não faltam meninos levar camisinha para o acampamento, o sexo não mais importa pois ficar é um verbo comum adotado pelos ideólogos da atualidade. Se não concorda te chamam de homofóbico. Aquela áurea de inocência daquele olhar venturoso, do respeito ao próximo, de dizer sim senhor, de amar o vento dos acampamentos, dos sonhos da descoberta e do amor à natureza, das noites dormidas sob as estrelas acabou. Acabou? Me garantem que não. Mas são poucos como eu sou. Saudosistas, execrados pelos modernos que dizem que o mundo mudou e os escoteiro tem a obrigação de acompanhar!