Apenas uma consulta.
Entrega do Lenço da Insígnia de Madeira.
Recebi um e-mail de uma amiga me perguntando se existe uma norma para a entrega do Lenço da Insígnia de Madeira. Até então desconhecia, mas me disseram que a UEB criou uma norma. Não há vi. O que conheço é que fica sempre ao critério do dirigente responsável fazer a entrega dependendo da cerimônia do momento. É muito comum elas serem entregues também quando da realização de uma reunião de Gilwell. Sei por experiência própria que muitos dirigentes gostam de regalar a cerimônia como se fossem suas esquecendo a origem do agraciado. Afinal se ele ou ela nasceram em um grupo escoteiro porque não dar a eles a primazia da cerimônia?
Sem entrar no mérito também as entregas de condecorações passou a ser uma cerimônia comum, principalmente em Atividades Regionais. Vejam o caso de Assembleias onde dezenas de chefes recebem em conjunto. Quando fui Diretor Técnico tinha sempre guardado em lugar de destaque um tronco de mais ou menos 4 ou 5 polegadas, descascado na frente e escrito GILWEL PARK. Em cima uma machadinha limpa, cabo envernizado representando nosso campo onde o adestramento Escoteiro nasceu. Fazia questão que os agraciados irmãos do grupo que pertencia recebessem no próprio grupo escoteiro.
Ao entregar a um agraciado o lenço eu colocava o tronco em cima de uma mesa, com o cabo voltado a direita dos demais escoteiros e então dizia algumas palavras àquele que ia receber. Por minha própria conta fiz uma tradição pegando na ponta do lenço (já dobrado) e batendo de leve com ele em cada ombro como a lembrar o Rei Arthur ao formalizar um cavaleiro da Távola Redonda. Lembre-se era uma tradição em nosso grupo. Fazia questão que a colocação do lenço seria feita pelo monitor mais antigo (caso o agraciado fosse chefe de tropa) ou do Primo (casos ele fosse chefe de lobinho). Ficava por conta do Diretor Técnico colocar o colar de contas. Se tiver algum dirigente presente seria dele a entrega do certificado.
Sei que muitos já acostumaram com o cerimonial feito pelas regiões ou pela nacional. Não pretendo aqui mudar o sistema atual. Sou ainda muito apegado a um Grupo Escoteiro. Ele tem de ter vida própria e mesmo dentro das normas estatutárias precisa criar sua própria tradição. Já temos muitas normas e programas cujos Grupos não foram consultados se seria bom ou ruim. Muitos em diversos tipos de atividade aproveitam para fazer a renovação da promessa. Não sou contra. Nunca renovei a minha pois sempre considerei a promessa como algo muito importante na vida de um chefe. Um dia fiz meu juramento junto aos meus amigos da tropa e da chefia. Não havia portanto motivos para renovar. Afinal a promessa não é para sempre?
Terminando meu relato, um chefe cresceu e aprendeu junto aos seus jovens. Sua experiência para ser um IM. foi dentro de sua unidade local (Grupo Escoteiro). Quem ficará mais alegre e exultante que seus amigos do Grupo? Finalmente desejo ao agraciado que ele tenha pela sua nova postura como membro do primeiro Grupo de Gilwell, que agora que é um Membro de Gilwell que ele ou ela entenda que ainda falta muito para alcançar um padrão uniforme para dar ao jovem o que ele espera de nós. A IM não é um passaporte para o distrito, região ou UEB, ele é simplesmente uma força que ajuda a cada um que recebe ser um pouco melhor que todos esperam dele.
Uma boa tarde a todos.
Chefe Osvaldo
Cada um tem o direito de escolher dentro de sua própria consciência o que deve ou não ser feito para seu caminho dentro das escolhas feitas em sua vida escoteira. Normas e tradições muitas vezes são deixadas de lado e assim vamos perdendo nossa identidade. Lembremos porém qual será a maior alegria na entrega de um lenço ou uma condecoração: - Dos jovens que convivem com seu chefe ou em uma cerimônia onde só adultos participam que pouco sabem do chefe agraciado?
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