Conversa ao pé do fogo.
“Pergunte aos jovens”.
Impossível sem “Im” e “Ask the Boy”!
(pergunte ao menino).
Trechos escritos por Baden-Powell.
Nota: - Baden-Powell calou-se para escutar
os Rapazes, para deixar os Rapazes serem Rapazes. Uma das histórias é a que relata a tarefa arriscada do jovem
Rowan, de entregar uma carta a Garcia, chefe de um grupo rebelde em Cuba.
Apesar do risco, sem questionar, Rowan avança e cumpre a missão. BP termina
esta história com a seguinte frase: “Não tenhais medo de errar"…
"Quem nunca errou nada fez”. Escutar as ideias dos jovens – “Ask the Boy”
(pergunte ao menino), até as mais “estapafúrdias”, ser capaz de embarcar nas
suas aventuras mesmo que estas pareçam irrealistas, acreditando nelas, serão dos
atos mais ousados do Chefe Escoteiro.
- Escutar as ideias dos jovens – “Ask the boy” (pergunte ao
menino). “Até as mais estapafúrdias” ser capaz de embarcar em suas aventuras
mesmas que estas pareçam irrealistas, acreditando nelas, serão dos atos mais ousados
do Chefe Escoteiro. BP desafia: - “Confiemos nos jovens” vê-los-emos “institucionalizar”
a sua Patrulha, o seu grupo, o seu escotismo e mais tarde o seu mundo”.
Baden-Powell.
Baden-Powell - um contador de histórias
BP ofereceu-nos muitos dos seus ensinamentos através de
histórias. O Escotismo para Rapazes é quase todo ele um livro de histórias. Por
isso BP intitulou as partes deste de “Camp
Fire Yarn´s”, que numa tradução livre pode significar “Histórias de cordel, contadas à volta da
Fogueira”. Uma das histórias é a que relata a tarefa arriscada do jovem
Rowan, de entregar uma carta a Garcia, chefe de um grupo rebelde em Cuba.
Apesar do risco, sem questionar, Rowan avança e cumpre a missão. BP termina
esta história com a seguinte frase: “Não tenhais medo de errar"…
"Quem nunca errou nada fez”.
É natural que, em educação, possam surgir circunstâncias em
que haja tendência para se diferenciar de muitas das ideias dos jovens. O
pensamento é de que isto pode conduzir ao erro e que, por isso, devem ser
impedidos de levá-las à prática. - Ora, na singularidade que caracteriza a
educação no Escotismo, talvez seja prudente que o Chefe Escoteiro pare para
refletir antes de ser protagonista de “nãos” aos projetos dos jovens.
- É na referida história, que BP incita os rapazes a
retirarem o “Im” da palavra Impossível. Não caia o Chefe Escoteiro no erro,
esse sim grave, de ser agente da impossibilidade! Escutar as ideias dos jovens
– “Ask the Boy” (pergunte ao menino), até as mais “estapafúrdias”, ser capaz de
embarcar nas suas aventuras mesmo que estas pareçam irrealistas, acreditando
nelas, serão dos atos mais ousados do Chefe Escoteiro. BP desafia: “Confiemos
nos jovens! Vê-los-emos «institucionalizar» a sua Patrulha, o seu Grupo, o seu
Escotismo… e mais tarde o seu Mundo”.
BP cria condições para que as crianças e jovens aprendam com
erro: “Todo o Escoteiro tem de começar como Pata-Tenra e cometer alguns erros
no princípio… A criança quer estar a fazer coisas… Deixai-a cometer os seus
erros; é por meio destes que ela ganha experiência”.
O erro no ato de aprendizagem
Tenho gratas recordações da relevância que as Fases de
Avaliação dos Projetos Escoteiros realizados tiveram na retificação de erros
cometidos. Sem eles e sem a possibilidade de refleti-los, o “aprender fazendo”
teria ficado aquém das suas potencialidades. Há quem afirme que só pelo erro se
consegue aprender. Ele está na base da aprendizagem da criança de tenra idade.
É essa aprendizagem, no mundo da tentativa do erro, que firmará habilidades intelectuais
e motoras que a acompanharão para sempre. Como afirma o filósofo da ciência
Karl Popper: - “O novo princípio básico é o de que para aprendermos a evitar
tanto quanto possível os erros, temos de aprender precisamente com eles.
Encobrir os erros constitui… o mais grave pecado intelectual”.
Educar-se a si próprio
Deixar que o Escoteiro amadureça pela própria experiência,
mesmo que ela possa ser “desastrosa”, surge como um dos desafiantes atos de
confiança do Chefe Escoteiro na missão do Escotismo. Uma das novidades
educativas do Método Escoteiro centra-se no conceito de que cada Rapaz possui
capacidade de se educar a si mesmo, desde que devidamente estimulado para tal.
Esta novidade terá nascido na mente do Fundador ao ler educadores como Johann
Pestalozzi, Friedrich Fröbel e Maria Montessori.
Diz
BP: “O princípio segundo o qual o Escotismo funciona é o de que se estudam as
ideias do jovem, que é instigado a educar-se a si próprio, em vez de ser
instruído”. E eu mero aprendiz de Baden-Powell pergunto: Estamos dando a
possibilidade de o jovem dar sua opinião? Estamos praticando democracia com
eles? Mas não basta falar, tem de saber ouvir e praticar!
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