Conversa
ao pé do fogo.
O
Monitor.
Interessante. Em minha vida
Escoteira fui Monitor por apenas seis meses. Como Sênior nem sub fui. Isto não
impediu que tivesse um grande amor pela Patrulha. Uma convivência diferente
talvez pela proximidade, cidade pequena, onde nós patrulheiros estávamos sempre
juntos nos horários fora das reuniões. Lembro que nos seniores quando um ia ver
a namorada os outros iam atrás. Elas não gostavam é claro. Eu mesmo quando me
enamorei de uma, ia lá com mais doze seniores. Ela assustou é claro. Mas era
uma época. Mesmo assim aprendi muito sobre o Monitor. Baden Powell dizia que o
mais "Velho" e mais forte mesmo não tendo boa liderança deveria ser o
Monitor. Como foi uma época que ainda não tinha os seniores, os rapazes de
quinze, dezesseis e dezessete anos atuavam na monitoria. Hoje não. Existe toda
uma preparação para eles. Muitos se preocupam em demasia com sua liderança isto
é muito bom. Ouve tempos que se discutiu muito sobre o tema. O líder já nasce líder
ou podemos formar um líder?
Se o escotismo alem de suas
necessidades e pensando no método Escoteiro que ele também é uma escola de
formação de liderança é claro que temos que confiar a monitoria a um Escoteiro
mesmo que este não seja líder nato. Isto, no entanto é responsabilidade do
Chefe. Vejo dois lados da questão. O primeiro aquele que o Chefe escolhe seu
Monitor. O segundo o que foi escolhido pela Patrulha. Qual o melhor? Tem
correntes fortes para um e correntes fortes para o outro. Eu fico com o
segundo. Acho que a eleição é a melhor maneira para nomear um Monitor. Poderia
ficar horas e horas comentando sobre o Monitor, mas hoje dei uma lida rápida do
livro de Roland E. Philllipps, o Sistema de Patrulhas. Antiguíssimo. Mas super
valioso. Pode ser adaptado sem sombra de duvida aos dias atuais. (Tenho outro
em PDF e quem quiser é só pedir via meu e-mail).
Já escrevi vários artigos sobre os
Monitores sendo o último com o titulo A Patrulha de Monitores. (vejam nos meus
blogs). Posso garantir que nenhum Chefe Escoteiro(a) conseguirá desenvolver o
Sistema de Patrulhas sem bons Monitores. Nos cursos atuais acredito que é um
tema muito falado, mas da teoria a prática a um longo caminho. Vejamos algumas
observações sobre como deveria ser um bom Monitor:
Guia - um exemplo a seguir;
Companheiro - um amigo que dá ajuda e conselhos, compreensivo;
Comunicativo - diz as suas ideias;
Leal - de confiança, preocupa-se muito com o que faz;
Democrático - respeita todas as opiniões da mesma maneira;
Humilde - não mostra a toda à gente as capacidades que tem e dá valor às
dos outros;
Trabalhador - aplica-se nas suas tarefas;
Responsável - faz sempre as suas tarefas;
Assíduo e pontual - chega na hora e não falta;
Participativo - ajuda em tudo o que é preciso, está sempre pronto.
Não esquecer ainda a velha máxima de um Chefe Escoteiro que disse: “O Monitor
não manda, o Monitor orienta!”. BP também disse que o Monitor não empurra a
Patrulha. Providencia para que ela vá ao seu lado.
E para encerrar,
porque não lembrar também que o Monitor não é e nem deve ser:
- O sabichão, saber tudo ou ter a
mania que sabe;
- O mandão, mandar em todos ou ser
mandado;
- O mauzão, zangar-se quando as
coisas estão mal;
- O patrão, delegar tarefas e não
fazer nada;
- A carne para canhão, assumir sozinho as responsabilidades de uma
situação de patrulha;
Para os que estão
tendo a felicidade de acertar meus parabéns. Bons Monitores sempre são sinais
de tropas excelentes. Parodiando o livro Monitores, transcrevo o que lá está
escrito - Já ouvi um Chefe Escoteiro dizer que “Designei meus Monitores tal como B-P. desejava, mas eles não são capazes
de dirigir suas Patrulhas em coisa nenhuma. Na prática eu é que tenho de
assumir a chefia”.
A resposta para esse queixa é a seguinte:
A principal função do Chefe Escoteiro
no Movimento é fazer com que seus Monitores sejam capazes de dirigir as suas
Patrulhas.
Leiam muito. Conversem muito. Ouçam
muito. Verão que em pouco tempo suas patrulhas estarão sem sombra de dúvida no
Caminho para o Sucesso.
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