Conversa ao pé do fogo.
Você pode escolher se quiser
o caminho da felicidade.
Ei rapaz, você mesmo, para onde vai? Está não é a estrada certa.
Procure outra. Quem sabe aquela que ficou lá atrás, pois tinha flores azuis e
amarelas na entrada do bosque florido. Não percebestes? Era lá que você devia
olhar e quem sabe encontrar o que procuras. Eu vi na curva do caminho centenas
de jovens sorrindo. Notou que eles brincavam de gente grande? Viu como eles
eram solícitos quando perguntas-te se eles gostavam do que faziam? Sei que você
gostou deles e porque não permaneceu lá? Todos insistiram para você ficar. Não se
lembras daquele pequenino que lhe deu um aperto de mão esquerda e disse que ali
morava a felicidade eterna? Então porque titubeaste? Porque não aceitou o convite
feito de forma alegre e fraterna? Eles são assim, divertidos, amigos de todos e
irmão daqueles que estão com eles nas veredas do bom caminho. Sabe quem são? Não
sabe? Eles são Escoteiros, entusiastas joviais briosos brasileiros que vão se
tornar homens brincando de aventuras.
Volte! Não siga nesta trilha que está cheia de espinhos. Ela não
vai levar você a lugar nenhum. Não acredite que os outros que vais encontrar
serão seus amigos. Eles estão perdidos como você. Eles não pensam mais, são
mortos vivos a vagar por aí. Esqueceram seu passado, suas vidas seus sonhos.
Eles não sonham mais. Sentam em qualquer lugar onde alguém lhe oferece o néctar
do veneno que mata. Você não pode desejar isto. Ainda tens tempo. É só voltar
nas passadas do tempo. Lembre-se daqueles que te amam, que desejam seu retorno.
Eles imploram seu retorno. Volte, não fique na duvida. Você tem ainda vastos
caminhos a percorrer. Não peço para acreditar no criador. Muitos que estão aí
com você hoje duvidam que ele exista. Mas cada um tem o direito de criar seu próprio
destino e você não precisa criar um onde um dia irá ver só a escuridão, quem
sabe um raio solto no céu mostrando o lamaçal onde irás viver. Isto seria vida?
Não escolha este caminho. Não é um bom caminho.
Volte! Procure a serra do amor perfeito. Encontre outros amigos,
aqueles do sorriso franco, do abraço sincero, aqueles que te dizem para cantar
com eles o Rataplã. Abriram-lhe uma vaga na patrulha da felicidade. Deixarão
para você uma flor de lis para lhe indicar o caminho. Deixarão você um dia
escolher se quer ou não ser mais um destes milhões de jovens amigos que o mundo
abraçou. Sei que se tentar vai gostar. Vais sentir o cheiro da terra, do capim
molhado, do doce cantar do riacho cristalino, onde na cascata da nevoa branca as
borboletas dançam e cantam nas ondas que o vento sopra sobre elas. Encontre o
novo mundo, um mundo de jovens que querem o seu bem. Vá com eles. Suba nas mais
altas árvores, escale a montanha da alegria e volte depois para os seus que com
os olhos cheios de lágrimas pois eles o receberão de braços abertos.
Escute por favor o chamado dos Escoteiros que insistem que você seja
mais um deles. Abandone esta estrada que não tem fim. Abrace com eles a
felicidade, a sede da aventura, a vontade de ser mais um, de ter amigos, de saber
que agora tem com quem contar. Escotismo é isto. Um caminho certo para que você
um dia possa orgulhar do seu caráter. Onde todos dirão que você é um homem de
honra e não importam o que digam mais, importa sim o que você vai sentir no seu
coração. E como diz o velho poema: Quem afinal se anima a escalar das serranias
as alturas? Quem são aqueles que uma bandeira arvora nas asas da imaginação?
Contemplais e vereis, são jovens Escoteiros, entusiastas, joviais briosos
brasileiros que lá vão brincar ao léu de uma aventura.
“Já viste por acaso, a
luz das madrugadas,
Uns veleiros azuis
singrando mar afora,
Ou em marcha, a cantar patriótica
toada,
Um grupo que na serra
alcantilada
Em plena mata acampa e
uma bandeira arvora?
Desta flotilha azul quem
são os marinheiros,
Que se animam a escalar as
serranias e alturas?
Contemplais que vereis,
são jovens Escoteiros,
Entusiastas, joviais
briosos brasileiros
“Que lá vão brincar ao
léu de uma aventura”
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