Conversa ao
pé do fogo.
Ainda sobre a
vestimenta escoteira da UEB.
Tem aqui no Facebook chefes que sentem
calafrios quando falo dos uniformes Escoteiros. Um disse para mim que temos de
ser obediente e disciplinado e fazer o que eles mandam, outro disse que agora
teremos uma vestimenta que vai ser reconhecida de norte a sul. Outro disse que
foram profissionais do ramo quem confeccionaram esta vestimenta. Um deles me
mandou ler o que a UEB escreveu sobre ele. Outro disse que se eu não tenho
registro não tenho direito de falar nada. Outro me disse onde é o lugar para
que possa apresentar minhas reinvindicações. São tantos a defenderem que penso
em correr para uma caverna e ficar lá hibernando na companhia do Balu, aquele
urso amigo do Mowgly. Mas olhe, acredite, não serei eu que aceitarei tudo de
mão beijada. Que cada um use o que quiser, mas eu não serei conivente com uma
posição autoritária onde nem mesmo o Congresso Nacional aprovou. Simplesmente
fizeram um espetáculo para apresentá-lo e mais nada.
Agora uma jovem escoteira devido a
um acidente vem alertar sobre a possibilidade que o tecido da vestimenta não
seja o ideal para aqueles que possam se aproximar do fogo. Até mesmo obteve uma
explicação de um funcionário da Loja Escoteira Nacional. Certo ou errado fico
na minha. Sempre desde 1947 quando minha mãe fez o brim azulão para lobo e
depois para o caqui que uso este tipo de uniforme lá se vão mais de 66 anos. Cacilda,
eu fez fogueira em lugares impossíveis. Mesmo não sendo bom cozinheiro quantos
fogões usei? Suspenso, tripé, duplo, estrela, tropeiro e por aí vai e acredite
se quiser. Fiz uma sopa em um fogão improvisado no alto de uma árvore. Aprendi
que a pólvora para fogos de Conselho de surpresa só vale para profissionais
assim como a gasolina. Chamusquei-me muito, mas o caqui não pegou fogo. Ninguém
virou tocha humana. Os tempos agora são outros. Profissionais de todos os tipos
a dizerem o que é bom e ruim para meninos e meninas nos campos. Devem prevenir
quanto ao bujãozinho a gás. Lenha mesmo a maioria não usa. Brasil enorme, um
lado calor demais do outro frio de rachar. O talzinho do novo dizem serve para
tudo. Bendita modernidade.
E assim, de grão em grão ou de quilos
e quilos vão mudando, vão dizendo que eles são os donos da verdade e que cada
um abaixe a cabeça e lembre-se que a disciplina é tudo. Já pensou se você meu
caro Escoteiro ou minha cara escoteira tivesse recebido em sua tropa e todos do
seu grupo também, um questionário pedindo sugestões para um novo tipo de
uniforme? Já pensou se você tivesse como bom democrata colocado suas ideias? E
se você soubesse que tudo isto foi checado por especialistas em pesquisas e
eles vissem as que mais se aproximavam, convidassem cada região a fazer um
seminário para a escolha final? E que ela fosse discutida exaustivamente em atividades
próprias nacionais para isto? Tenho certeza que se tivesse acontecido ninguém comentaria
o bom e o ruim. – Esqueça Chefe. Isto demora. Quem faz as mudanças hoje precisa
ser reconhecido com o grande mestre e nunca vai abrir mão de sua autoridade.
Mas uma coisa garanto, se a escolha de um novo uniforme claro, por uma pesquisa
nacional e se chegassem todos a conclusão que precisamos dele nunca iria ser
tão contestada como está sendo.
Demoramos dezenas de anos para que o
nosso uniforme caqui fosse reconhecido de norte a sul e agora vamos começar
tudo de novo. Se vai ser bom ou ruim não
sei. Sei que os defensores poucos deles vestiram o caqui desde criança. Se
alguns de vocês notarem bem, a maioria da Liderança Nacional e Regional sempre
se apresentaram com o traje (azul mescla). O mote que o caqui continua é
conversa para boi dormir. A nossa liderança não diz nada dele, exige que seus
membros de comissões diretoria entre outros se apresentem com ele. Fazem
marketing em todas suas publicações. Querendo satisfazer a todo mundo criaram
vários estilos a escolher. A barafunda está começando. Já se ouve aqui e ali
que a apresentação da vestimenta deixa a desejar. Mas como se ela foi regularizada
nas normas escoteiras?
Este tema cansa. Assim me disseram e
eu também acho. Os politicamente corretos dizem – Lá vem ele de novo com esta
lenga lenga. Prometo a eles e a todos que não gostam das minhas postagens
falando de coisas que não tem volta, que passarei 80 horas sem tocar no
assunto. Depois? Bem depois me aguentem. Não vou calar mesmo. Risos.
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