Aleluia!
Comprei uma bengala!
Velho sem bengala não é velho. É Um
idiota completo. Bendito seja! Que uma nova aurora surja para mim no horizonte.
Não sei grito Anrê, se vou para a rua dizendo “Bravôo”. Dizem que para andar
com uma bengala tem de ter PHD. De que? De Bengaleiro? – Chefe, me disse Mestre
Nariz Longo. – A bengala é um acessório para o auxilio no caminhar, sendo mais
usada na locomoção em razão da idade para evitar quedas e ter uma fratura o que
não é bom. – O Cara é bom nisto. Entende de tudo. E veja a pérola que ele me
informou: - Chefe a bengala já fez parte excencial na indumentária masculina.
Na década de vinte e trinta, todo homem elegante usava chapéu e uma bengala. Chefe!
Mahatma Gandhi e Winston Churchill usavam bengala! Zé Carioca o famoso papagaio
Brasileiro da Disney sempre portou uma bengala, e nada menos que Charles
Chaplin na pele de Carlitos!
Puxa vida, estou em boa companhia.
E eis que surge na esquina Zé Pamonha e grita para mim: - Chefe eles já
morreram e estão bem enterrados! – Que boa companhia é esta? Este cara merece
uma bengalada! Falar nisto Mano Velho com toda sua sabedoria me disse que bengala
tem mil e uma utilidades. Ajuda a andar nos passeios das ruas de São Paulo,
todas esburacadas e com tops que mais parecem paredão para escalar. Mas uma das
minhas preferidas é dar uma bengalada no chato de galocha que rir de mim.
Preciso vestir meu uniforme, chapelão na cabeça, cinto no costado e bengalar prá
todo lado. Kkkkkk. Pois é, um velho Escoteiro sem bengala não é um Escoteiro que
se preze. Já pensou acampado e aparece uma jararaca? Bem depende da jararaca.
Tem as que precisam mesmo de umas bengaladas, pois só falam mal de você pelas
costas. Kkkkkk.
Amanhã se Deus quiser começarei
meu treinamento. Procurei na internet e ninguém soube me informar as técnicas
de bengalar. Como sou um bom Escoteiro vou procurar aprender a bengalar
bengalando. Não foi assim que BP ensinou? Vai ser bom demais. Quando aprender
toda a técnica irei fazer um artigo sobre a “A arte de Bengalar Escoteirando”!
Não sei se estou feliz ou triste. Feliz porque não vou mais tomar aqueles
tombos homéricos, triste porque vai ser mais difícil acompanhar a patrulha na
jornada do morro do chapéu. Bem vou tentar quem sabe ele passam também a ter
uma bengala e assim formaremos a Patrulha dos Velhos Bengaleiros. Até já criei
o grito: – Um, dois três, Escoteiros, somos todos Bengaleiros! Prá frente com
união, Bengaleiros em ação!
É brincando e aprendendo. Por duas
vezes me espatifei no chão em uma delas perdi os dentes. Custei para voltar a si
e catar dente por dente. O dentista me esfolou. Agora de novo banguelo. Isto
vai acabar, tenho uma bengala, vou aprender a usar, e com minha bengala que a
diretoria da UEB tome cuidado. Escreveu não leu? A bengala comeu! E viva os
Bengaleiros do Brasil!
E como dizia
Baden-Powell (não sei se ele disse risos) – Para ser feliz tenha sempre uma
bengala na ponta do nariz!
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