Um poema...
Uma reunião e nada mais...
O dia amanheceu,
meninos e meninas correndo para suas reuniões, fardados, uniformizados e
vestimentados lá vão eles sempre sorrindo. Quem sabe vai haver fogueira bem
faceira, ou um joguinho dos bons e se for no campo um cafezinho forte feito em
um tripé no ponto para segurar a chaleira? E quem sabe lá no meio da reunião um
Escoteinho pega no seu violão e todos começam a cantar? Só de lembrar eu pisco de
leve as sobrancelhas e no meu olhar imagino tantos ao meu redor: Milhares deles
que se revezam neste belo sábado para continuar domingando nas reuniões que vão
tomar. Saudades que ficam saudades que passam, eu passei nas sombras do passado
com imensa vontade de ficar. Ótima reunião para todos vocês!
Despedida de
Vital.
Lua cheia... Na choça a que se apega,
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.
Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.
Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:
- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.
Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.
Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:
- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.
Autor
desconhecido.
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