Conversa ao pé do fogo.
Bajular é uma arte que não devia existir no Escotismo.
Nota - Publiquei este artigo há muitos anos. Não foi bem
recebido. Condenaram-me por escrever o que penso. O escotismo é tão perfeito
que não existem bajuladores? Quando escrevo essas “pantominas” e esqueço minha
veia de poeta, Muitos deixam de seguir meus escritos. Quem me segue sabe que
escrevo de tudo, Historias, lendas, amizade perfeita, técnica, simbolismo e mística.
Gosto também daqueles artigos que faço caçoada dos ditos ou não ditos pela Escoteiros
do Brasil. Sem ofensas digo sempre. Afinal bajular é uma arte que não conheço e
nunca pratiquei.
Amigos e amigas (nem todos) costumam comentar o que escrevo. Danadamente
costumo tirar um “sarro” de vez em quando nos nossos dirigentes, mas ela sabe
também que escrevo temas sérios. Não sou assim tão religioso, mas como espiritualista
acredito no crescimento interno e externo de todos nós. Escotismo é minha
paixão, amo demais e não comecei ontem. Afinal estou na sina de BP por mais de
setenta e dois anos. Nestes tempos que dizem ser moderno eu um Velho Escoteiro
das antigas gosto de fazer minhas comparações. Falo de “bajuladores”. Sei que
existe em todo lugar, mas no escotismo? Somos ou não somos irmãos? Dizem que primamos pelo cavalheirismo, com honra
a verdade a ética e o caráter. Muitos perguntam: - É verdade? Temos bajuladores no
escotismo? Vejamos o que dizem dos bajuladores: - É o ato de bajular, palavra
que vem do latim bajulare, que significa adular servilmente. Não é difícil
encontrar quem é foi ou conhece alguém que pratica a bajulação, essas pessoas
são denominadas de puxa-sacos. O melhor exemplo de bajulador é o funcionário de
alguma empresa que, na tentativa de ganhar a confiança, crescer na empresa e/ou
obter um aumento no salário, concorda com tudo que o chefe diz e é o primeiro a
rir da piada contada por ele ou um superior hierárquico.
Há bajuladores conscientes,
pois sabem que realmente são puxa-sacos. “Amado
Mestre, meu incontestável Guru...” A figura do bajulador foi imortalizada por
diversos personagens como o indefectível Rolando Lero, (Rogério Cardoso,
excelente ator já falecido) da Escolinha do Professor Raimundo. Retrato da
sociedade, onde sempre há alguém disposto a bajular, adular, lisonjear, rasgar
elogios, normalmente para obter vantagem. Sabe aquelas pessoas que vivem
elogiando, babando e servindo de capacho para outras, na ânsia de serem
beneficiadas por tal comportamento? Pois é, vamos dar logo nome aos bois, são
os insuportáveis bajuladoras de nosso dia a dia. Eles estão por toda parte: no
escritório, na academia, no elevador, no curso de mestrado – sim, até lá. Trata-se
de uma espécie que se multiplica, infelizmente. Pois bem, o puxa-saco, baba
ovo, e seja lá mais o quê, tem em seu DNA a incapacidade, logo, precisa se
colocar sempre na condição de adorador do outro para conquistar algo, seja
pessoal ou profissionalmente. É patético, triste e banal, mas verdadeiro.
O
pior é que muitos não sabem que carregam este comportamento em seu DNA e agem
como se sua puxação de saco fosse à coisa mais normal da face da terra.
Antídoto? Pessoas bem resolvidas, que não cultivem este tipo de gente por perto
e que dê um basta a tanta melação. – pelo amor de Deus! Já dizia
Shakespeare: “Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador”.
Alimentar este tipo de pessoa por perto pode ser desastroso – perigoso. Temos
isto no escotismo? Muitos dirão que não - Deus me livre! Rs, rs. Mas é verdade?
Não posso afirmar não estou mais na ativa em grupos escoteiros e regiões e da
Nacional quero distância. Fico muito atrás de um computador como agora. Mas me
disseram que tem. E como tem! Bem eu os vi no passado. Os baba ovos que queriam
mais um taquinho, uma medalhazinha ou um carguinho qualquer nos distritos regiões
e na própria EB. Achei que estavam em extinção, mas não. Eu pergunto por que
puxar o saco no movimento Escoteiro? Não tem salário, dedica tempo que não tem,
não sairá em capa de revistas e sempre será um eterno desconhecido. E olhe que
o trabalho a ser realizado é super-cansativo.
O Puxa-saco gasta o que tem e o que não
tem. Ele nunca será entrevistado pelo Bial ou o Danilo Gentili (os que foram
devem ter se arrependido) e ainda são muito vigiados. Qualquer reclamação lá
estão os politicamente corretos Escoteiros a patrulhar, desdizer e chamar sua
atenção. Então não devíamos ter tais tipos. Dizem e eu concordo que o escotismo
toma tempo, a gente gasta boa parte do nosso salário com tudo que fazemos e pagamos
taxa para tudo e não somos devidamente reconhecidos pela comunidade educacional
do Brasil. Portanto seria uma hipocrisia dizer que temos puxa sacos no
escotismo. Rs, rs. Mas sei lá, pode ser que tenha. Eu não afirmo. Que os diga
os meus amigos e amigas virtuais. Eles são as testemunhas que podem afirmar sim
ou não. Eles estão ligados diretamente a grupos, distritos região e nacional.
Eles é que podem dizer de alunos de curso baba ovo ou daqueles que vão a
seminários, congressos e Assembleias só para aparecer e bajular.
Vocês
já viram um figurão sendo entrevistado na TV? Sempre tem um baba ovo atrás
sorrindo e concordando. Estes são puxa sacos da gema. E aqueles que ficam horas
e horas em frente ao espelho treinando o que dizer, como se portar quando
encontrar o chefão? Deus do céu! O chefão diz para fazer isto ele vai correndo,
o chefão tem sede ele corre e trás um copo d’água. Em cursos o que tem de puxa
sacos não está no gibi. Eles querem a todo custo ser da corte, ser um formador,
ser um grande Chefe e puxar o saco faz parte deste bajulador inveterado. Sonham
em publicar no Face seu certificado e sua conta. Sabe que vai receber mil
parabéns. Quando se realizam as atividades onde estão presentes os grandes
formadores, os Velhos Lobos, os da casta dos lords lá estão eles, bajulando,
concordando dando um tapinha nas costas e olhando com aqueles olhos de
tartarugas da lagoa seca, sempre sonhando ser como eles. Muitos me garantem que
no escotismo não temos estes tipos. Juram de pé junto. Bem eles sabem melhor
que eu se existem ou não. Para mim fica o dito por não dito.
Eu só digo que aquele que gosta de ser adulado
é digno do adulador. A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da
vaidade humana... Vixe! Ainda bem que no escotismo temos uma maioria que corre
disto. São chefes com C maiúsculo no sentido da palavra. Vocês os conhece só de
ver sua postura, sua maneira de falar, suas ações e seus sorrisos. Mas não
vamos deixar de saudar os puxa-sacos, pois não dizem que o cordão dos
puxa-sacos cada vez aumenta mais? Risos. Puxa-sacos? Vivo a correr deles há
anos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário