Conversa
ao pé do fogo.
Uma
deliciosa atividade aventureira.
- Todos
já sabem o que fazer. Vamos apenas recordar as instruções: - Patrulha Quati, irá
seguir a S. (sul), em passo duplo vão percorrer seis quilômetros. Patrulha Jaguatirica
deve seguir a SSE (sulsueste). A Leopardo vai a SE (sueste). A Touro a E
(este). As escoteiras irão a ENE (esnordeste) a Pantera e a Lobo Guará a NE
(nordeste). Já sabem, vocês estarão indo em forma de leque. O retorno é só
considerar na bússola o contrário. Não haverá encontro entre vocês. Chequem as
bússolas as pranchetas, o esquadro o transferidor e a régua. Confiram se todos
trouxeram a Ração B. Nada para fazer depois. Quando retornarem tudo deve estar
pronto para ser entregue a chefia. O Chefe Walfrido e a Chefe Vanice deram as
últimas instruções.
Não era um grande jogo. Para eles uma bela
atividade Aventureira. Quem deu a ideia foi a
Patrulha Touro. Depois salpicada pelas demais. Podia-se dizer que todos deram
sua contribuição. O tema foi apresentado a Tropa Feminina e feito o convite
para fazerem a atividade em conjunto. – A preparação foi longa. A escolha das
Colinas do Sultão foi ideia da Chefe Vanice. Era um belo lugar. Muitas árvores formando
um lindo bosque. Uma subida simples sem ser íngreme. O Ribeirão do Rocambole
era ideal para uma boa aguada e um bom banho. Os dois viram a ultima Patrulha
sumir através do capim gordura e das arvores que aqui e ali faziam a beleza do
lugar. Claro ambos preocupados. Mas quem não fica? As patrulhas agora estavam
sós. Cada uma sabia da importância de cumprir as regras discutidas a exaustão
na Corte de Honra e na Reunião de Patrulha. Todos se comprometeram. Afinal o
Escoteiro não tem uma só palavra?
O que
eles iriam fazer? – Varias tarefas. Cada Patrulha iria treinar orientação, não
só o Monitor, mas todos deveriam ficar com a bússola pelo menos um quilômetro.
A Patrulha iria levar uma máquina fotográfica e tirar fotos de animais pássaros
e repteis que encontrassem. Durante a semana com as fotos eles deveriam
identificar os bichos na biblioteca ou na Internet. Claro que se fizessem muito
barulho não iriam tirar nenhuma foto. Também um seria escalado para o passo
duplo. A contagem de distância percorrida seria importante para a confecção do
croqui. Também iriam fazer um percurso de Giwell. Quando chegassem ao Ribeirão
do Rocambole iriam montar um toldo, um fogão tropeiro e uma refeição simples
com arroz, ovos, linguiça e batatas fritas. Sabiam que ia haver inspeção,
portanto o local deveria ficar limpo sem vestígios.
Na
mochila levariam o necessário. Uma muda de roupa, uma capa de plástico para
chuva. Material de higiene e estava liberado biscoitos e doces. Melhor do que
proibir. O Monitor daria as ordens quando pudessem comer. No local que
acampassem poderiam tentar fotos por uma área de no máximo quinhentos metros
quadrados. Seria bom levar cantil e quem não tivesse uma garrafa de plástico. A
refeição seria por conta deles. Cada um levaria um pouco de arroz, uma
linguiça, dois ovos e o Monitor e o sub levariam o alho, o sal e o óleo.
Levariam também açúcar e pó de café. Foram treinados a empacotar e guardar na
mochila. Todos deveriam manter-se dentro do horário. A saída foi ótima. Às sete
e meia já estavam prontos para partir. Oito pais ofereceram seus veículos para transportá-los.
Um deles tinha uma Kombi e sobrou lugar.
O Chefe
e a Chefe e mais dois assistentes iriam em um só carro. Era o suficiente. Eles
ficariam no ponto de partida e monitorando as patrulhas em atividade. Sem
atrapalhar. Afinal estaria em ação o método de BP. Fazer para aprender, errar
se preciso até fazer o certo. Só o Monitor foi autorizado a levar celular. Para
emergências. Ficou combinado com as patrulhas que às três da tarde eles deviam
fazer uma fogueira com muita fumaça e transmitir o sinal de socorro usado no
mundo inteiro. S.O.S. Combinou-se com os pais para buscá-los a seis da tarde.
Interessante. Nenhum Monitor usou o celular. Tudo valia pontos para a
Bandeirola de eficiência, mas o mais importante era fazerem uma atividade sem
chefes. Era ponto de honra para cada um dar certo.
Ainda
bem que conheciam o local e bem. O Capitão Coutinho, dono da fazenda foi
Escoteiro e disse para o Administrador/Capataz que a fazenda estaria sempre à
disposição dos escoteiros. Às três da tarde quase todas as patrulhas
conseguiram transmitir o S.O.S. No jargão era simples. S=- - - O= . . .
Eles ficaram um mês aprendendo código Morse. As cinco em ponto
começaram a chegar. A Quati foi à última. Os relatórios foram apresentados. O
Croqui, o percurso de Giwell, o relatório da atividade, o vasilhame limpo foi
inspecionado. A chefia os esperava com um delicioso chocolate quente com pão e
manteiga. Uma alegria geral. Os pais chegaram e se contagiaram com a alegria
dos filhos. – “Está tudo azul, o caminho aberto, sopra o vento sul, tudo dando
certo, nossa caminhada, neste belo dia, não vai ser mais nada”! Só muita
alegria.
Isto
mesmo. Só alegria na atividade aventureira quando as patrulhas fazem tudo bem
feito, sozinhos claro, dando risadas e cantando: - Está tudo azul... E eu dou
risadas quando falo – Xô chefes!
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