- me perdoe a
franqueza, mas se vc não vive o escotismo atual, deve-se abster de tecer
opiniões sobre o que praticamos.......é muito legal quando vc lembra do seu
tempo ...... mas tem muitos tradicionalistas e anti escotismo usando o seu
texto pra atacar os regulamentos do escotismo.........e ainda muita gente que
não conhece escotismo e le este texto, vai achar que o escotismo é uma
droga.....
Para ele, quem sabe
ainda não descobriu onde o por do sol se põe, onde um escotismo gostoso não tem
hora data e local, e não importa se foi ontem hoje ou amanhã, ele sempre foi e
sempre será o mesmo. Não importa o que fiz em um passado distante o que faço
hoje. Amo o escotismo como qualquer um que dele participa, quem sabe muito pois
luto por uma autêntica democracia transparente e para isto tenho de aceitar a
opinião de todos, mesmo que não concorde... Sempre Alerta!
Conversa ao pé do fogo.
Muito além do por do sol existe
um sonho!
Escotismo! É meu amigo, ele tem uma força que dobra o mais valente com seu
método, com sua filosofia, com sua promessa, com o sabor de aventura, onde se
pode ir onde jamais se sonhou. Quem não se encantou um dia ao cantar o Rataplã?
Quem não sorriu um dia ao ver o espetáculo do amanhecer em uma barraca na orla
de uma floresta? E porque não dizer de sentir a fumaça do fogão, o cheiro de
uma refeição inconfundível, os olhos vidrados na panela mágica, se coloca um
galho aqui, uma lenha ali, ver o aguadeiro levar a água que dará a todos um
manjar dos deuses? Escotismo marca. É como o ferro em brasa que escreve em
nossos corações um amor difícil de explicar. Um caminho de alegrias e felicidade.
Escotismo! O que você tem meu amigo? Que força é essa que nos atrai? Que nos
hipnotiza e nos faz correr atrás de você, de peito aberto em busca de
aventuras? A cada dia se vai descobrindo um lindo e belo caminho a seguir e
mais e mais este escotismo vai fincando raízes que nunca nos abandonarão. Rimos
das coisas simples do dia a dia, como lavar uma panela lá no riacho, mas tem
cena mais linda? Quando você fez isto? Nunca eu sei. Nunca você cortou um bambu
e quando você olhou para ele o viu dizendo: - Serei seu banco, sua cama, serei
aqui para você sua casa seu lar. Simples não? Mas você amou tudo aquilo.
Falar que você viu o nascer e o por do sol não vale. Já foi falado. Falar que
você pode ver as estrelas no céu também não vale. Já foi visto. Mas dizem que a
primeira vez é que a gente nunca esquece e isto vale. E todos nós sempre
tivemos nossa primeira vez. Dormir em uma barraca, junto com amigos que brincam
que contam piadas e acordar de madrugada sem o cobertor, pois lá não tem a
mamãe para olhar você. Acordar e ver o sol entrando na barraca. Sair, esfregar
os olhos e todos a correr para tantas aventuras que virão. Mas preste
atenção em coisas simples, que um dia vai fazer você recordar e pensar que
agora elas se tornarão tão importantes em sua vida que sua mente. Quando você se
lembrar quem sabe, terás um pouco de nostalgia, de saudade, que às vezes
machuca e então você quer voltar no tempo e ir lá onde sempre esteve nos tempos
de juventude.
Um
jogo, um abraço, um Monitor alegre, amigos do peito na Patrulha que lhe dão
orgulho e quando juntos dão o grito tem uma coisa que fica mexendo com você.
Você não sabe se ri se chora se abraça todo mundo, mas não para por aí. E
quando senta a moda índia em volta de uma fogueira, já noite alta, e as chamas
insistem em subir aos céus, iluminando as árvores, aquela coruja que olha a
todos com surpresa, o rosto de seus amigos, os olhos que brilham como se ali
estivesse à fogueira dos sonhos e então você pensa - Que lindo isto! Mas não
param suas surpresas, todos cantam canções lindas, brincam ao redor do fogo e
aos poucos você descobre que é a pessoa mais feliz do mundo!
E quando chega
a hora de apagar a fogueira, de voltar a sua barraca, de dar um belo sorriso
quando for dormir, eis que todos dão as mãos, entrelaçadas, ainda ao redor do
calor do fogo, dizendo que não irão se separar nunca, que não é mais que um até
logo, um adeus que não existe, pois é apenas um até breve e você quase chora. E
todos apertam mais e mais as mãos e dizem que um dia de novo irão se encontrar
aqui ou em outro fogo. Você quando ouve e canta que o senhor protege e abençoa
a todos, você não sabe mesmo se vai chorar. Chorar? E quem não chora? Ali não
têm valentes assim. Não dá para segurar. E seus olhos ficam marejados. Lagrimas
irão cair. Deixe cair. É bom. Ajuda a amar mais e mais este movimento incrível!
Além do por do
sol, além do arco íris existem sempre alguns escoteiros ou escoteiras que lá
estão acampando. Estão a viver um mundo incrível. Uma aventura sem igual. Irão
lembrar que o amor entre eles nada e ninguém vai separar. Vamos deixar o vento
soprar, que venha o vendaval, que venha a brisa fria do leste. Que o orvalho
caia e molhe a fronte de todos, pois isto é nossa marca que veio para ficar.
Deixe que tudo aconteça normalmente. Olhe para o regato, veja uma folha que
caiu na correnteza e vai aos poucos sendo levada para mar. Deixe o escotismo
entrar em você. Aos poucos. Deixe seus olhos passear nas campinas verdejante,
nos peixes saltitantes no rio formoso. Deixe que vejam as flores silvestres que
desabrocham, abra os olhos e os ouvidos e veja o beija flor com seu bailado de
mestre, a dançar em volta dos papagaios, dos bem-te-vis, dos pardais coloridos.
São tantas coisas belas que você vai poder viver e guardar para sempre no seu
coração.
Além do por do sol, além do arco íris, existe um sonho. Real. Simplesmente
fantástico. Escoteiros e escoteiras lá estão vivendo uma vida de aventuras.
Isto é extraordinário. A montanha azul que lá está, é a casa deles. Vá você
também viver o que eles vivem. Vamos! Eles vão receber todos de braços abertos
com amor no coração. Pois sabem que além do por do sol, além do arco íris é ali
que eles encontraram a verdadeira felicidade!
Vamos, coloque
sua mochila, desfralde sua bandeira e diga alerta para os que ficaram e grite
alto: Avante! Sempre Juntos! Em frente marche! Cante uma bela canção e parta
com eles em busca dos seus sonhos. Rataplã do arrebol, escoteiros vede a luz!
Rataplã olhai o sol, de um Brasil que nos conduz!
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