Minha vida de Escoteiro
“Um poema uma saudade”
Eu gosto
de acampar, De por a mochila as costas,
De sentir
o seu calor, ir por estradas sem fim.
De parar
para descansar, olhar as flores silvestres,
Sentir o sol
me queimando, e seguir no horizonte,
Nas montanhas
de marfim.
Eu gosto
de andar com todos, Botar o pé na estrada.
De sentir
a poeira no rosto, Cantar uma canção bem bolada,
Junto com amigos
queridos. De sentir o meu suor,
E esperar o
meu "Chefe", Que vai dar a bela ordem:
- Parando!
É hora de descansar.
Eu gosto
de chegar lá, Onde será nosso lar,
Pois é onde
vamos viver, amando a nossa patrulha.
Gosto de
ver a turma, correria nas barracas,
Do pórtico
e do fogão, em suspenso com o barro,
Da mesa
feita tão simples, e que vamos orgulhar.
Como eu
gosto de tudo simples. De tudo feito com as mãos,
Sem muita
apresentação. Gosto da noite e o luar,
De olhar para
o céu, ver as estrelas brilhantes,
Levar um pequeno susto, Quando o cometa passar.
Gosto da
água fria, de um riacho qualquer.
Deitar na
relva e dormir, acordar de madrugada,
O cantar
da passarada e ver o orvalho cair.
Gosto da
minha barraca, descansar da minha luta,
Pois nela
que vou dormir. E quando a hora chegar
Vou sonhar
com tudo isto, vou passear na nuvem branca,
Quando a
Patrulha se levanta, em busca do amanhã.
Gosto de
ver a fumaça, do fogão à lenha queimando,
Do nosso
alegre cozinheiro, com os seus olhos vermelhos,
Como se
fosse chorar, e sorrindo ele sabe,
Que não é
só amizade é pertencer à equipe,
De meninos
de estipe, a sonhar sonhos azuis.
Gosto de
olhar minhas mãos, com muitos calos marcados,
Pois o
facão e o machado, o sisal e o cipó,
Não
perdoam a ninguém. Disso sabem os escoteiros,
Pois todos
são bons mateiros, aprendendo a viver.
Gosto de
olhar ao longe, ver o simpático lago azul.
Peixes que
pulam na água, e sempre dou boas risadas,
Pois não
consegui pescar. Gosto de ver os amigos,
Das
patrulhas lá ao longe, construindo muitas pontes,
Ninhos de
águia, pórticos, sempre avante!
E Sabe? Eu gosto de terminar, uma boa pioneira,
Dar uns
passos atrás, por as mãos junto à cintura.
E ver o
trabalho que fiz. Como é gostoso saber
Que
glorioso esforço em também o conseguir.
Gosto de
cair ao chão, na grama do acampamento.
Dou
risadas com amigos, pois ali é união,
Não é um
jogo qualquer. Onde dizem que sou fraterno,
Que não é
hoje é eterno, o nosso doce amanhã.
Gosto de
jogar um bom jogo, um bom scalps gostoso,
Uma boa
corrida na selva, uma boa luta na relva,
Ou então
imaginar, pois ali o jogo é tão sério,
A busca da
força amiga, onde se vive a sonhar.
Gosto de
sentar a noite, na porta da minha barraca,
Fazer um
pequeno fogo, sentir a grande alegria, de ver,
A Patrulha
aproximando, um café quente e fervendo,
Conversas
jogadas ao vento, saudades da minha escola,
Da namorada
amada, da mãe que não há momento,
Alcançar o
seu intento, beijar o seu rosto e sorrir.
Gosto de
ficar sem assunto, sentir o cheiro do mato,
Ouvir o
som do regato, o cantar de um sabiá,
Um
vagalume perdido, o uivo de um lobo guará,
Bem
distante, nas montanhas verdejantes,
Onde ele
anda errante, onde é o seu habitat.
Gosto de
beber, a água de uma nascente,
Tão fresca
e tão brilhante, de olhos fechados na fronte,
Sentir o
orvalho caindo, no rosto daquela manhã.
Do som da
passarinhada ao anunciar nos gritantes,
Até o
grilo falante, cantando o alvorecer.
Gosto de
correr pelos campos, sentir a brisa no rosto,
O vento
que vai e vem. Gosto de ver o meu "Chefe",
Bom
sujeito boa praça, que um dia me deu tudo,
Que não
perde um segundo, ensinando o que serei.
Gosto
muito da alvorada, da bandeira arvorada,
Em um
galho firme qualquer. De fazer à saudação,
Sentir-me
um patriota, saber que a maciota.
Não faz
parte do saber. Ver a Bandeira tão verde,
O vento
soprando forte, representando a nação.
Gosto
mesmo sou menino, eu adoro o escotismo,
Que vive
dentro de mim. Adoro as flores silvestres,
A formiga
que não para, A coruja que não ri,
O tatu que
se esconde no seu buraco infernal.
E para
terminar a voces eu digo, eu faço o que eu decido,
Na sede ou
acampando, o saber estou buscando,
Para o
alguém do amanhã. Adoro ser Escoteiro,
Correr em
busca do tudo, sentir no corpo o orgulho,
De cumprir
minha lei, minha missão.
Um dia fiz
a promessa, a todos eu prometi,
Que seria
homem honrado, do escotismo apaixonado,
Olhando
até nas alturas, em busca das aventuras,
Que só podemos
encontrar, no meu escotismo amado.
Você que
ficou aqui, bem no centro da cidade,
De onde
não sinto saudade, pois é no campo aonde eu vou.
Vou correr
pelas campinas, com meu chapéu Escoteiro,
Com meu
olhar trigueiro, sentir sol da manhã.
Adeus,
você que fica não chore, com minha brusca partida,
E se um
dia quiser vá me encontrar onde estou.
Coloque
sua mochila, aprume a sua bandeira,
Cante uma
bela canção, um belo sorriso no rosto,
E venha me
encontrar.
Pois aqui
na ventania, esperando com alegria,
Olhando
sempre o horizonte, esperarei por você,
A surgir
atrás dos montes e dizer com muito orgulho:
Meu amigo
meu irmão, acredite,
Agora eu
sou Escoteiro.
Osvaldo um
escoteiro
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