Associações Escoteiras no Brasil.
Tinha cinco
artigos para serem publicados aqui. Hoje inclusive separei um deles. Mas um
jovem amigo me fez uma pergunta e achei por bem responder aqui, pois acho que
alguns dos meus amigos da minha página e do grupo gostariam de saber o que
penso. Perguntou-me o que eu achava das outras organizações escoteiras
existentes no Brasil. Inclusive citou outros países onde isto acontece. Não
tenho nenhuma dúvida sobre isto. Sou totalmente a favor. Ninguém é obrigado a
ficar onde não se sente bem. Todos tem o mesmo direito perante a lei. Não é
assim que dizem? Inclusive o direito a associação. Ninguém é dono de uma ideia.
Baden Powell (BP) não disse que A ou B tem prioridade.
Se eu
não me sinto bem na UEB tenho o direito de ir para onde quiser, pois cada um de
nós fizemos uma promessa e ela não vale só para quando pertencemos a uma
organização. Claro que existem direitos e deveres para cada uma, tais como,
distintivos, literatura entre outros. O nome escotismo não. Ele é mundial. O
nome Escoteiro para alguns dicionários não dizem que são jovens dentro da
metodologia de BP pertencentes a UEB. Nas ferrovias as locomotivas sem vagões
são denominadas escoteiras – Aquela que anda só. Se cada organização tem seu
sistema de distintivos e eles tem sua literatura e sei de algumas que tem, não tenho
o porquê ser contra. Alias conheço alguns escotistas destas organizações,
pessoas de caráter, boa formação e tenho por eles o maior apreço e respeito.
Sei que
muitos que estão nelas saíram da UEB porque tiveram motivos. Eu mesmo no final
da década de oitenta, quase saí e deixei tudo para trás. Infelizmente apesar de
não ser a maioria, temos muitos dirigentes que se colocam em uma posição
ditatorial, não aprenderam a tratar como se deve um irmão Escoteiro e ele por
não aceitar as imposições abandonam as fileiras da UEB, mas querem continuar a
fazer o escotismo. Lembro que isto passou a acontecer no final da década de oitenta.
Estes lideres acham que devemos ser subservientes e os que não concordam com as
normas existentes são considerados “traidores” a causa e em alguns casos tomam
medidas antipáticas que em vez de ajudar só aumentam o número dos
insatisfeitos.
Em alguns
países europeus existem duas ou mais associações escoteiras e elas convivem
entre sí harmoniosamente. Claro que isto hoje não é possível entre nós, pois as
paixões se deixaram levar e medidas tomadas não agradaram ambas as partes. Eu
adoto como norma o sistema democrático. Acredito nele. Luto por ele. As normas
atuais da UEB não me satisfazem. É um sistema viciado onde o privilegio de uns
poucos se sobrepõe a maioria. Não posso admitir que menos de 0,5% decidam em
nome de todos os membros registrados. Mas isto é outra história é bom saber que
do outro lado, algumas destas associações não diferem muito da UEB.
Sou um Escoteiro.
Nasci na UEB. Nela fiz a promessa em 1947. Considero-me como um membro dela
apesar de não estar registrado. Já disse aqui que não o fiz, pois centenas de
convites já me fizeram. Luto para um escotismo participativo. Nunca em tempo
algum vou mudar de lado. E como oposição destas normas sei que se fosse
registrado teria sanções aplicadas e quem sabe até julgamentos cujas medidas
não iam me agradar. Os que entendem os transmites legais da nossa mãe UEB sabem
do que estou falando.
Quero
que saibam que eu sonho no dia em que isto pode acabar. Sonho em estar vivo
ainda para ver todas elas fazendo um escotismo harmonioso e respeitando a individualidade
de cada um. Democracia é isto. Países europeus que já estão maduros poderiam ser
nosso exemplo. Quem sabe um dia? Meu abraço a todos meus amigos de todas as
associações escoteiras no Brasil e em outros países. Sempre Alerta!
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