Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 17 de novembro de 2012

Os amores de Laureano, o Pioneiro do Rei.



Lendas Escoteiras.
Os amores de Laureano, o Pioneiro do Rei.

                  Laureano estava perdendo o estímulo para continuar no Clã Pioneiro. Os demais amigos ali eram entusiastas e as reuniões eram bem frequentadas. Laureano já tinha pensado em sair. Só um motivo o mantinha ainda no Clã. Rosália. Isto mesmo. Ele se apaixonou por Rosália. Uma paixão incrível, mas Rosália gostava de Almir. Laureano ia às reuniões e a via ao lado dele, muitas vezes de mãos dadas e olhares lânguidos, amorosos e todos sabiam que dia menos dia eles iriam se casar. Laureano devia saber que o caminho que escolheu não foi o certo. Tentou uma vez ficar sem participar por um mês. Quem sabe poderia esquecer-se dela? Impossível. Uma sede terrível abatia todos os dias seu pensamento. Sede de vê-la, olhar seu sorriso, sentir seus olhos nos seus. Amainar a dor terrível que jazia no fundo do seu coração. O pior de tudo era que Almir era um grande Pioneiro. A caminho de sua Insígnia de BP era um exemplo para todos. Sem ser mandão era um líder que sabia ser liderado. Em todos os programas que o Clã programava ele dava suas sugestões, mas aceitava de bom grado o que a maioria decidisse. Um concorrente no amor impossível de se derrotar.

                  Naquela sexta chegando à sede Escoteira viu o carro dela se aproximando. Quando parou notou dois jovens estranhos e sem perceber entraram no carro ordenando que seguisse em frente. Era um sequestro sem sombra de dúvida. Laureano ficou sem ação, pois foi tudo muito rápido. Nem mesmo os rostos dos bandidos ele viu direito. Gritou chamando os demais que já haviam chegado à sede. Um deles o Bertinho tinha um fusca e chamou Laureano para tentar encontrar o carro de Rosália. Gritou para os demais para avisar a policia. Bertinho era amigo de Laureano desde os tempos de tropa Escoteira. Aprontaram poucas e boas na Patrulha Touro. Virando uma esquina avistaram o carro de Rosália. Parado em frente um caixa vinte e quatro horas. Um sequestro relâmpago só podia ser. Bertinho parou o carro bem atrás dos bandidos. Um erro. Nunca devia ter feito isto. O certo era ir em frente e chamar a polícia. Mas Laureano não pensou duas vezes, correu até o carro de Rosália e tentou forçar a porta para retirá-la dali. Dois tiros. Um no peito e outro no pescoço. Laureano caiu. Jogaram Rosália pela porta.

                  Laureano ficou em coma quatro meses. Todo o dia lá estava Rosália ao seu lado. O Clã sempre que podia estava também presente. Quando acordou do coma o primeiro rosto que viu foi o de Rosália. Pensou que ela o amava e falando baixinho disse a ela tudo que sentia. Rosália já fazia uma ideia do amor de Laureano. Mas ela amava Almir. Teria que ser sincera. Explicou a Laureano tudo que sentia por ele. Nada mais que uma grande amizade. Laureano fechou os olhos. Preferia ter continuando naquele sono profundo, onde nada via a não ser uma nevoa ao seu redor. Lembrou-se da mulher de branco, do homem das barbas brancas que nada diziam e só sorriam. Quando abriu os olhos ela se fora. Sua mãe e seu pai estavam ali sorrindo para ele. A noite recebeu a visita de Almir. Que grande Pioneiro ele era. Foi franco. Explicou que amava Rosália. Na sua sinceridade o ódio de Laureano se transformava em amor. A escolha era de Rosália dizia, ou ele ou eu. Para ele não importava. Amava Rosália, mas devia saber perder. Não se ganha todas as batalhas.

                    Um ano depois Laureano já de alta pensava se devia voltar ou não ao Clã Pioneiro. Desde que saíra do hospital praticamente se escondeu de todos. Não respondia aos telefonemas, os recados, nada. Achou que estava esquecendo Rosália. Seu coração já não batia tanto. Uma tarde foi fazer uma inscrição para o vestibular. Já tinha feito pela internet agora era fazer o depósito. Ao sair do banco, deu de cara com ela. Foi uma surpresa. Como estava linda! Ela sempre foi à mulher mais bonita que tinha conhecido. Ela sorriu para ele. Caminhou até onde ele estava.  Ela deu para ele aquele sorriso encantador que fazia disparar seu coração. Cinco homens armados anunciaram o assalto. O vigilante reagiu. Uma troca de tiros. Ele pulou em cima de Rosália. Jogou-a ao chão. Fez de suas costas um escudo para ela. Desta vez não houve coma. Não houve volta. Laureano morreu ali com varias balas no corpo.

                     O cemitério da Saudade nunca viu tantos pioneiros e escoteiros juntos. Até de cidades distantes havia representantes. Nunca se viu tantos pioneiros cantando com emoção a Canção do Clã. Era como se Laureano fosse morar naquela montanha, bem perto do céu, onde existia uma lagoa azul. Nunca se viu tantos pioneiros chorando. A emoção tomou conta de todos. Não se sabe de onde, mas um clarim se ouviu. Alguém “acarapinhado” em uma arvore próxima tocava a canção e todos acompanhavam. Morreu Laureano. Ele estava marcado para morrer. Ele tinha de passar por isto. Na primeira vez escapou, mas na segunda seria impossível. Outras vidas ele teria, se encontraria de novo com Rosália. Também com Almir. Estava escrito nas estrelas. Os amores de Laureano, um rei sem paixão que não perdoava ninguém, a morte encomendada. São coisas do passado. Lá na última morada de Laureano, um casal, ela de branco ele com suas barbas brancas deram a mãos a ele e se foram. Uma nuvem os levou para o céu!     

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Rataplã Chico Fumaça. Nós te amamos para sempre!



Lendas Escoteiras.
Rataplã Chico Fumaça. Nós te amamos para sempre!

                       Ele não entendia por que. Aonde ia estavam sempre gritando e dizendo – Chico Fumaça, o bobão! – Ele ficava triste porque não tinha feito nada com ninguém. Desde pequeno sempre fora assim. Ficou pouco tempo na escola. Seus colegas na classe sempre jogando bolinhas de papel e dizendo – Chico Fumaça, o bobão! Fizera no mês passado doze anos. Sua mãe e seu pai comemoraram com uma festa para ele. Mas convidar quem? Sabiam que ninguém iria à festa do “bobão”. Chico Fumaça até que não se incomodava. Como falava pouco e nunca gritava deixava que falassem. Não ligava mais. Mal dizia algumas palavras a sua mãe e seu pai. Ele um carroceiro que fazia mudanças e entregas, ela uma simples lavadeira que passava os dias na beira do Rio Azulão com duas ou mais trouxas de roupa.

                       Chico Fumaça vivia mais em casa. Deixou a escola. Não dava para ficar lá. Até a Diretora concordou. Não podia controlar os alunos. Do pouco que aprendeu ele desenvolveu uma grande facilidade em escrever e ler. Ia ao Pingo D’água, onde despejavam o lixo da cidade e lá encontra muitos livros. Já havia feito uma coleção de mais de duzentos livros. Ele os limpava encadernava e guardava em um pequeno guarda roupa que tinha. Quando não estava ajudando o pai ou a mãe Chico Fumaça lia. Aprendeu a ler com rapidez e através das leituras começou a compreender o mundo. Chico Fumaça sentia falta de amigos. Muito mesmo. Um dia indo até a Quitanda do seu Afonso, uma molecada correu atrás dele e gritando Chico Fumaça bobão. Agora chamavam ele também com nomes feios. Jogavam pedras. Ele correu, mas eles não o deixavam em paz. Ao virar uma esquina deu de cara com muitos escoteiros. Duas patrulhas. Escondeu-se atrás deles. Os meninos calaram. Os escoteiros já sabiam quem ele era. Um deles, moreno forte, alto quase da sua idade disse aos moleques que eles não deviam fazer aquilo. Era errado. Ele era um só e eles muitos. Era covardia. Daquele dia em diante disse, Chico Fumaça seria protegido dos escoteiros. Quem fizesse qualquer coisa com ele teria de se haver como toda a tropa dos escoteiros.  Foram embora e preocupados. Agora Chico Fumaça era amigo dos escoteiros. Não ia ser fácil rir dele.

                           Convidaram Chico Fumaça para ir visitá-los. Ele foi. Adorou tudo que viu, mas sabia que não dava para ficar com eles. Não podia comprar e nem pagar nada. Fizeram um conselho de Patrulha e logo em seguida os Monitores se reuniram em Corte de Honra. Chefe Marcondes presente. Deliberaram que todos iriam ajudar. Chico Fumaça seria aceito. Sua mãe e seu pai foram lá. Choraram de emoção pela bondade dos escoteiros. No primeiro dia recebeu de graça uma camiseta vermelha com o símbolo de uma Águia no peito e nome do grupo. Até você fazer sua promessa disseram. Em duas semanas ele foi a uma excursão. Amou tudo que fez e viu. O incrível aconteceu. Ninguém conhecia e nem tinha visto um Escoteiro como Chico Fumaça. Vários passarinhos fizeram amizade com ele e ficavam em volta quando não pousavam em seu ombro. Ele ria e cantava de alegria.

                           No dia de sua promessa, uniforme novo, chapelão ele estava orgulhoso. A sede Escoteira ficou escura. O que seria aquilo? Então viram no céu uma nuvem de pássaros de todas as cores, gorjeando e cantando canções desconhecidas. Um bem-te-vi amarelo e um beija flor dourado ficaram em seu ombro durante a promessa. Foi emocionante! No final quando o lhe entregaram o distintivo e o lenço milhares de pombas, gaviões vermelhos, tucanos verdes e amarelos, além de inúmeros pássaros pretos fizeram voos rasantes na sede. A cidade viu aquela revoada de pardais indo para a sede dos escoteiros e muitos foram lá para ver. Ninguém sabia explicar o que significava. Disseram que Chico Fumaça falava com eles. Ele dizia que não. Era somente amigo.

                          O tempo passou. Chico Fumaça foi para os seniores. Foi ali que descobriu que podia escrever contos, historias tudo porque participou pela primeira vez em um concurso de Contos Escoteiros do distrito. Escreveu um conto lindo. “A revoada dos pardais de Serra Dourada”. Seu conto fez sucesso. Dai para o primeiro livro foi um pulo. “O besouro verde apaixonado”. Alguém se ofereceu para publicar. Virou um Best-seller nacional. Traduzido em vários idiomas bateu recordes e recordes de venda no mundo inteiro. Chico Fumaça se tornou um escritor famoso. Nunca deixou o Grupo Escoteiro. Rico ajudava a todos que o procuravam. Recebeu dos escoteiros a medalha de gratidão ouro. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Ficou conhecido no mundo todo. Só se apresentava de uniforme escoteiro. O prefeito da cidade em solenidade especial na praça lhe deu a Ordem do Cruzeiro do Sul. Então o incrível aconteceu. Ninguém até hoje soube explicar. Um mistério para os habitantes daquela cidadezinha. Quando colocaram medalha em seu peito, Chico Fumaça chorando, todos emocionados viram que a cidade ficou escura de uma hora para outra, no céu milhares de pássaros escreveram:

RATAPLÃ CHICO FUMAÇA NÓS TE AMAMOS PARA SEMPRE!                   

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

As névoas brancas do Rio Formoso.



Lendas escoteiras.
As névoas brancas do Rio Formoso.

O nada é a profecia da minha partida
o tudo é sopro que busca aquiescer
sou uma cor do arco-iris... Perdida
o lume solar na gota de chuva a correr
para beijar a névoa que deita escondida
a deleitar-se nos braços do amanhecer
Cellina


                      Faz muito, muito tempo quando a nossa Patrulha Sênior descobriu as lindas e espetaculares cachoeiras do Rio Formoso. Eram incrivelmente belas. Ainda sem rastros humanos. Pensei comigo que precisava acampar ali. Três quedas simultâneas, um som imperdível das cataratas caindo sobre as pedras e dando outro salto no espaço. Em volta uma floresta ainda inóspita. A névoa se formava a qualquer hora do dia. Uma visão fantástica. Quando vi pela primeira vez eu estava com meus quinze quase entrando nos dezesseis anos. Descobrimos por acaso. Uma jornada até o Serrado do Gavião onde existiam milhares de Folhas Secas. Um terreno vazio, sem árvores e muitas folhas. Era um mistério saber de onde vinham. Soubemos da história. Vamos lá disse o Romildo. Patrulha Sênior, cheia de ardor, procurando aventuras, vontade de enfrentar desafios e nada como descobrir. Está no sangue dos seniores.

                    O caminho iniciava na Mata do Tenente, famosa porque uma tropa do exército ficou vinte dias perdidos nela. Saíram com dificuldade, fracos e quase morreram. Bem, eles não eram escoteiros como nós. Risos. A mata não era um obstáculo e o rio também não. Dava para andar bem nas suas margens. Com quatro horas de viagem, vimos uma bruma cinza que se espraiava no ar. A mata parecia que estava em chamas. Que seria? O ribombar da cachoeira nos fez estremecer. Um espetáculo magnifico. Incrivelmente fantástico! A cachoeira formava redemoinhos no ar. Uma nuvem de vapor cobria certas partes da queda d’água. Os pássaros se deleitavam. Voavam de supimpa naqueles redemoinhos e saiam do outro lado molhados como se estivessem sorrindo. Não entendemos o porquê da névoa. O Rio Formoso era todo formado por quedas de diversos tamanhos e na falta delas, as corredeiras davam outro brilho aquele magnífico rio. Quem o batizou deveria ter sonhado muito com coisas belas, pois o Rio era formoso e um grande espetáculo.

                    Pretendíamos chegar ao Serrado do Gavião ainda naquela tarde e se não parássemos nossa jornada seria cumprida. No entanto o espetáculo a cachoeira nos hipnotizava. Sentamos numa pedra próxima e os barulhos das quedas d’água eram tão intensos que mal dava para conversarmos. O ribombar das águas batendo nas pedras eram imensos.  Romildo levantou e fez o sinal. Mochilas as costas. Fomos em frente. Com tristeza, pois sabíamos que na volta o caminho não seria o mesmo. Voltaríamos pela Mata do Peixoto já conhecida. Subimos as pedras, olhamos novamente, pois íamos embrenhar na mata longe do Rio Formoso. Impossível prosseguir. Aquela cachoeira nos hipnotizou. Parecia dizer para nós que não podíamos deixá-la sozinha na noite que estava por vir. Paramos. Um círculo de seis seniores se formou. Ir ou parar? Seis votos a favor, nenhum contra. Todos escolheram e Romildo aceitou. Escolhemos um local próximo à primeira queda para pernoitar. Não armamos barracas. Iriamos dormir sob as estrelas em pedras lisas que as enchentes do Rio Formoso nos reservaram. Sem sinal de chuva. “Vermelho ao sol por, delicia do pastor”. A noite chegou um jantarzinho gostoso foi servido pelo nosso cozinheiro. Fumanchu. Comemos ali mesmo olhando para as quedas no lusco fusco da tarde. Um espetáculo maravilhoso. Era uma visão dos Deuses.

                   Ficamos horas e horas sem conversar. O barulho era imenso. Cada um de nós meditava as maravilhas que nos são reservadas pelo Mestre. A noite chegou de mansinho, o espetáculo maior ainda estava por vir. Uma bruma em forma de nevoa branca foi tomando conta onde estávamos e penetrando na mata calmamente. Ainda mudos. Cada um olhando. Aqui e ali um canto de um gavião procurando seu ninho. Israel acendeu um fogo. Pequeno. As chamas se misturavam com a névoa branca. Raios vermelhos das chamas ultrapassaram a nevoa. Que espetáculo! Um céu colorido como se fossem milhares de arco íris noturnos. Ninguém queria falar. Ninguém falou em dormir. Não sei quanto tempo ali ficamos. Estávamos como encantados por uma feiticeira perdida no tempo naquela névoa e esquecidos de quem éramos.

                   Acordei de madrugada. Amanhecendo. O rosto molhado com o orvalho que caia da bruma branca que nos fez companhia toda a noite. Cada um foi levantando. Arrumamos nossa tralha. Comemos uns biscoitos de polvilho. Olhamos pela última vez aquelas quedas que nos levou sem saber a um paraíso perdido daquele rio que chamavam de Formoso. Calados e mochilas as costas nos pomos em marcha. Alguém olhou para trás, a névoa branca se dissipava. Deu para ver centenas de pássaros se molhando nos respingos da cascata imensa. Durante horas ninguém falou. Sempre olhando para trás. Somente o pequeno trovejar ainda se ouvia das quedas que já haviam desaparecido no horizonte. Nunca mais voltei lá. Ninguém de nós voltou. Passaram uma cerca de “arame farpado” em tudo. O homem só o homem resolvia quem entra e quem sai. Já não havia mais a natureza, pois foi substituída pelos desmandos do ser humano. Aquele que mesmo chegando depois dela, diz arrogantemente: “sou o dono da terra, dono da natureza”.

Quanto ao Serrado do Gavião é outra historia. Não deixou tantas saudades como a Névoa branca do Rio Formoso.

Oba! Uma história verdadeira. Saudades... 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

As aventuras de Marquito, o lobinho que queria voar.



Lendas Escoteiras
As aventuras de Marquito, o lobinho que queria voar.

                     Marquito não pensava em outra coisa. Tudo bem que era estudioso e obediente, mas tinha uma ideia fixa. Uma verdadeira obsessão. Ele sonhava em voar. Aquilo ficava em sua mente desde que acordava até quando ia dormir. Como fazer? Como deslizar pelo céu como se fosse uma águia dourada levada pelo vento? Ele pensava. Havia de ter um jeito. Sua mãe começou a ficar preocupada. Leu sobre meninos que vestindo uniforme de Batman, Super Homem pulavam de árvores ou de sacadas de apartamentos. Ela tinha medo e conversava sempre com ele. - Não se preocupe mamãe, nunca colocarei minha vida em perigo. Ela acreditava. Sabia que Marquito além de ser um bom filho era também um grande lobinho. Sempre recitava para ela as Leis do Lobinho e nunca deixava de dizer que o Lobinho ouve sempre os velhos lobos.

                    Na Alcatéia todos sabiam do seu sonho. Ninguém ria dele, pois o respeitavam muito. Nonô e Maryangela de sua matilha verde sempre eram seus ouvintes favoritos. Ele contava tudo que aprendia e lia sobre como voar pelos céus. Um dia sua mãe comprou um computador para ele. Ele sonhava em ter um. Fazer pesquisas, já pensou? Não deu outra. Voltando da escola, após fazer seus deveres escolares lá estava Marquito pesquisando – Um Ultra Leve pode com facilidade ser montado ou armados na área de decolagem. E também desmontados ou desarmados na área de pouso. Um Ultra Leve deve ter o peso máximo igual ou inferior a 70 kgf. Marquito anotava tudo. Agora os materiais para construir um em casa. Aço inox? Impossível. Tela de poliéster e fibra de vidro? Nem sabia o que era isto. Mas embaixo uma noticia o animou. Com madeira você pode construir um ultraleve por menos de dez mil reais, claro sem o motor. Ele não tinha, mas sabia onde conseguir. Na Madeireira do Seu Leopoldo. Ele lhe daria tinha certeza. Afinal era o pai de Maryangela e da diretoria do Grupo Escoteiro.

                     Não foi fácil convencê-lo. Ele e Maryangela ficaram horas falando e falando. – Tudo bem, vou lhe dar disse – Mas quero ver toda semana seu trabalho. Beleza! Mãos a obra. Pegaram o desenho na internet. A alcatéia em peso ia todos os dias no quintal da casa de Marquito para ver sua construção e ajudar. Não foi fácil. Terminaram três meses depois. Uma geringonça de madeira. Seu Leopoldo deu risadas. Isto nunca vai voar. A akelá foi lá para ver. – Valeu Marquito. Valeu o esforço. Quem sabe agora ele desistia desta ideia estapafúrdia de voar? – Nada disto. Com a colaboração da Matilha azul, amarela e a sua a verde, levaram o ultraleve para um morro próximo. – Sem motor? - Perguntou Nonô. – Não se preocupe. Ele vai voar disse Marquito. Parecia que ele adivinhava. Um pé de vento se aproximava. Marquito e Maryangela se amarraram na geringonça. O vento os pegou em cheio. Subiram aos céus. Alto. Muito. O vento se foi. O Ultraleve plainava. Incrível!

                     A cidade inteira na rua. Os carros pararam. O povo boquiaberto. Lá em cima Marquito e Maryangela cantavam a plenos pulmões – “A promessa de Mowgly era matar o Shery Cann, para a paz de seu povo de Akelá e o seu Clã!” – Uma festa. Foguetes apareceram não se sabia de onde. Pousaram no Aero Club local. Dois pilotos o seu Jonas e o seu Martinho foram olhar. Não entenderam nada. Como aquele monte de taboas pregadas de qualquer jeito plainou? O povo todo chegou ao Aero Club. Uma salva de palma. Marquito e Maryangela foram carregados. No sábado na reunião, abraços, parabéns e ambos foram chamados na diretoria. Sorrisos. Era a vez dos Diretores darem os parabéns pensaram.

                          Lá estavam os diretores do grupo, o Diretor Técnico,
A Akelá o Balú o delegado, o tenente da aeronáutica e sua mãe! Nossa! Mas não foi nada do que eles pensaram. Falaram tanto. Das normas de segurança para aviação, de voar sem permissão, de ser menor de idade, enfim, eles ouviram tudo calados. O tenente pediu a Marquito que nunca mais fizesse isto. Ele prometeu. Voltaram para a reunião de Alcatéia. Cabisbaixos. Olhando seus amigos de esguelha. Todos vieram correndo para abraçá-los. Marquito sorriu, mas ele tinha palavra prometeu que nunca mais faria aquilo e o lobinho diz sempre a verdade.

                          Um dia sua mãe o viu pesquisando na internet. O que procura Marquito? Nada mamãe, eu estou vendo o que é ser abduzido. Dizem que os alienígenas abduzem os terráqueos para levá-los em seu disco voador. Já pensou se eu fosse voar em um? A mãe de Marquito se assustou. De novo? - Não se preocupe mamãe. Prometi não voar mais lembra? Bem, a história termina aqui. Mas os sonhos de Marquito? Não sei. Dizem que sonhos de criança não terminam nunca. Eu que os diga nos meus sonhos aventureiros que um dia fiz neste mundão de meu Deus!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Boas ações dignificam o caráter!”



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
“Boas ações dignificam o caráter!”

               Paulo Coelho acertou em cheio ao definir a ajuda ao próximo como ajudar a si mesmo. Diz ele – “Cuidado com as palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com as suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com os seus atos: eles moldam seu caráter. Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino”. Acredito que tudo começa pela boa ação. Um poeta dizia que as causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações. È isso mesmo. Tudo na vida se diz que é um hábito de comportamento. Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião nos mostra que devemos ajudar e ser bons para os outros. Baden Powell foi firme ao dizer que o dever de um Escoteiro é ser útil e ajudar o próximo. Simples assim. Acredito que ele se baseou na figura de São Jorge e dos Cavaleiros Medievais. Eles diziam que era preferível morrer honesto do que viver envergonhado e que o cavalheirismo requer que o jovem seja treinado para que possa realizar serviços complexos ou simples com alegria e bondade, e para ao bem do próximo. (vide café mateiro – blog).

                Desde os primórdios que o escotismo foi implantado no Brasil que a boa ação é sinal de escoteiros estão em atividades. Especificar o que as escrituras dizem sobre isto é alongar muito. Mas até hoje a ajuda ao próximo é considerada como condição importante para qualquer cidadão honesto. O Escoteiro aprende desde o primeiro dia que a sua boa ação diária irá fazer parte por toda a sua vida. Afinal um dos artigos da nossa Lei diz que o Escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica todos os dias uma boa ação. A boa ação acho eu ainda é um marketing que nos marca na comunidade. A história da velhinha atravessando a rua ajudada por escoteiros tem e terá suas versões ampliadas ainda por muito tempo. Eu não duvido e tenho certeza que os escoteiros de todo o mundo inclusive em nosso país fazem da boa ação uma obrigação se não diária quem sabe semanal. Acredito também que a maioria das tropas devem ter bons programas para incentivar este habito tão salutar.

                  Lembro quando Escoteiro que nossa MOEDA DA BOA AÇÂO era sagrada. Bolso esquerdo sem fazer. Bolso direito feita. E o NÓ NO LENÇO? Pontinha com nó sem fazer, pontinha sem nó feita. Mas não era só isto. Tínhamos uma bandeirola que ficava abaixo do totem. Se chamava “BOA AÇÃO“. Quando a Patrulha ainda não tinha feito sua boa ação coletiva, a bandeirola era amarrada ao bastão de cabeça para baixo. Para cima sinal que tínhamos feito. Nas inspeções diárias no inicio da reunião era escolhido um Escoteiro aleatoriamente para contar sua boa ação do dia. Aplausos silenciosos para as boas ações “mixurucas”. No nosso programa anual da tropa constava sempre uma boa ação dela. Discutíamos em Patrulha o que fazer. A Corte de Honra definia o que. Ir a uma casa de menores abandonados, limpar a área, brincar com as crianças fazendo jogos que conhecíamos (separávamos também em Patrulha os meninos) e tinha outra coisas que adorávamos. Ver nosso parque da cidade em perfeito estado. Sim, tínhamos adotado um parque. Alí tinha nossa placa. Parque Tropa Escoteira Cruzeiro do Sul.  Foi uma época que nunca esqueci. Lembro do “Troféu Boa ação!”. Uma bandeirola de couro verde escrito a fogo – Primeiro Lugar em boas ações. Que orgulho colocá-la no bastão da patrulha.

                 Sei que eram outros tempos e agora nesta época vertiginosa da modernidade, onde a juventude talvez nem pense nestas coisas, quem sabe poderá surgir alguma boa ação virtual. Não sei. Não sou bom nisto. Não sei como fazer boa ação teclando aqui. Mas deve ter chefes ou dirigentes que podem sem sombra de dúvida colocar nas etapas escoteiras a BOA AÇÃO VIRTUAL. Eles não inventam tantas coisas? Vivendo e aprendendo. Claro que acredito e sem sombra de duvida na formação e no aprendizado Escoteiro que é feito lá na tropa, e também acredito que deve ser uma obrigação nossa fazer com que os escoteiros, escoteiras, seniores e guia sejam iniciados neste arte tão salutar. Só assim isto poderá vir a ser um hábito de comportamento, tão útil para formar homens e mulheres no que esperamos deles. Honra, caráter, ética e trabalho ao próximo. Afinal ajudar os outros faz parte da lei, faz parte da nossa formação escoteira e isto é insubstituível. Já diziam os poetas que “Aquilo que você faz, fala mais alto do que aquilo que você diz”. O que você plantar hoje certamente colherá amanhã. Já um disse um sábio: “Plante uma ação e você colherá um hábito. Cultive o hábito e você desenvolverá um caráter!”. E não esqueça, qualquer mudança nos seus escoteiros depende de você. Se der o exemplo então você vai fazer a diferença. Ficar naquela máxima de façam o que eu digo e não façam o que eu faço não é próprio e digno de um Chefe Escoteiro.

                     Boas ações. Sim, não duvidem. Sem elas não existe escotismo. Afinal não são elas que todos dizem que dignificam o caráter? 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ora, ora, Geração sem memória?



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Ora, ora, Geração sem memória? (Repeteco)

                      Sem ofensas é claro. Tenho certeza que entenderam onde quero chegar. Sei que à medida que alguns forem lendo irão aparecer diversos “Cavaleiros Andantes” a defenderem a Donzela UEB. Já publiquei em um dos meus blogs um artigo mais extenso sobre o tema. Mas porque me preocupo? Não devia. Não sou mais um participante ativo, não tenho mais direitos dizem alguns.  Afinal se todos ou quase todos estão satisfeitos com as mudanças para que insistir? Como dizem por aí “já dei o que tinha de dar ao escotismo”.  E vejam bem, estes Cavaleiros Andantes, os eternos defensores defendem a ferro e fogo sem mostrar os resultados destas mudanças. Sempre dizendo – Aguarde, o caminho é longo. Vamos percorrer sabendo onde pisar. Dez anos, vinte, trinta, quarenta anos se passaram. Que caminho danadamente difícil. Estou esperando que me mostrem os resultados. E quais são? Perguntam-me. Um escotismo forte, unido, democrático com uma boa participação ativa de todos os membros sócios da UEB. Grupos Escoteiros estruturados, com todas as sessões completas, maciça procura de jovens para participarem do escotismo, grande apoio da comunidade, políticos ex-escoteiros defendendo o nosso crescimento nos procurando e não o contrário. Grandes empresas engajadas no projeto Escoteiro e o impossível: Autoridades educacionais reconhecendo o valor do movimento Escoteiro. – Pelo amor de Deus! Não vendemos biscoitos e não somos um movimento infantil sem utilidade como dizem muitos!
  
                      São poucos os velhos escoteiros que ainda dão seu testemunho e poucos muito poucos vem à tona para tentar alterar ou mostrar que os rumos tomados estão conduzindo a um caminho sem volta. A maioria dos que discordam, preferem sair, encostar as chuteiras. Conheço vários. O escotismo com sua disciplina, suas leis, sua promessa nos envolve a tal ponto que temos receio de discordar. Aceitamos com submissão tudo que nos chega às mãos pelos nossos dirigentes, instrutores e chefes. Os nossos costumes, crenças e tradições do passado, não mais estão sendo relatados de uma geração para outra. Ainda bem que mantemos uma série de compromissos que nos traz a alegria de saber que ainda somos um movimento oriundo das ideias e valores de Baden Powell. Até quando não sei. Infelizmente alguns já dizem e o chamam de ultrapassado e cada um ao seu modo analisa suas crenças dentro de uma metodologia moderna. Um dia desses um desses novos formadores me disse que Baden Powell é oriundo de uma Inglaterra colonialista e sua formação militar pode ser considerada retrógrada hoje em dia. O que esperar dos seus alunos em cursos no futuro sobre nosso passado?

                    Não sei se existirá mais retorno. Agora é pegar o trem da história e ver até onde ele vai chegar. Neste trem acho que não serei passageiro. Não tenho mais todo o “tempo do mundo”. Até acredito na juventude Escoteira que está dentro dele tentando mudar a história que eles não fizeram, outros fizeram por eles. Existem ainda os audazes formadores de opinião. Chega a ponto de a gente dar um suspiro e pensar – O que aconteceu? Antes orgulho de um uniforme. Bem postado. Garbo. Respeito. Hoje? Qualquer coisa serve. Inventaram o traje, inventaram não. Copiaram. Vivem copiando tudo lá de fora. Alegaram ser para os meninos pobres e em contra partida cobram taxas absurdas para Acampamentos Nacionais e Regionais, sem comentar o registro que alguns estados insistem em ter uma parte. Mas eu insisto, eu insisto e vou insistir sempre. Onde estão os resultados?

                  Em um artigo li que a psicóloga norte-americana Hara E. Mannara escreveu criticando a forma frouxa como os pais daquele país estão criando os filhos, formando uma geração de cidadãos apáticos, indiferentes, alienados, e sem compromissos com nada. No Brasil, palestras e artigos acadêmicos também vêm alertando para os efeitos da educação chamada por alguns de “pós-moderna”. Educadores mais ‘à direita’ criticam os pais por criarem uma geração sem compromisso com os valores do lar, da família, da tradição cultural local e do país. Outros não poupam críticas aos efeitos da educação geradora de pessoas individualistas, consumistas, sem gosto pela leitura, sem atitude crítica, desinteressada para transformar o mundo. Poderia me aprofundar por aí, mas coloquem o escotismo nestas palavras. Será isto o que desejamos? O nosso futuro?

                  Não vou me alongar neste tema. Geração sem memória é fruto de um pequeno passado, onde os valores que acreditávamos estão aos poucos desaparecendo. Em cursos inculcaram nas mentes dos escotistas estas mudanças, a maneira de ser e de se apresentar.  No passado tínhamos nosso orgulho de só nós termos uma organização cujas nomenclaturas ninguém tinha. Era um orgulho pessoal de ser chamado de chefe (tão combatido hoje), de termos um Chefe de Grupo, afinal ele não é a figura máxima no grupo? De termos um Comissário Distrital, um Comissário Regional e um Escoteiro Chefe. Ninguém tinha. E a Equipe de Adestramento? Um orgulho em pertencer a ela. Quem é você? Sou um Adestrador. Hoje os sábios mudaram tudo. Sempre tem explicação para tudo. - Fica melhor assim disseram. Agora seremos mais conhecidos. Conhecidos? Acabaram com os nomes das classes que eram orgulho de todos que um dia tiveram uma. Uma tradição que se perdeu. A primeira estrela e a segunda no Boné do Lobo, a Segunda Classe, a Primeira Classe, as eficiências e especialidades. Os nomes mudaram. Tudo moderno agora. Por quê? Porque não mantiveram tudo e alteraram seus conteúdos dentro dos princípios modernos que acreditavam? Precisavam dar um “choque de gestão” em tudo? E a flor de lis também? Isto resolveu ou vai resolver o abandono, a falta de interesse, esta evasão enorme que assola nosso movimento?

                   Geração sem memória. Não, não me entendam como desmemoriados. Nada disto. Apenas com uma nova concepção Escoteira onde a memória do passado não mais existe no presente. Dizem por aí os dirigentes, diretores e escotistas que participam do poder que vai dar certo. Seremos grandes.  Quem viver verá. Não duvido, vai ser um novo escotismo. Diferente do que planejou Baden Powell. Aqueles que desconhecem suas ideias irão aplaudir e eles não estarão errados. Eles são a nova geração que desponta como um escotismo que irão adorar. E a do fundador um dia ficará no passado perdido do tempo. No entender de muitos é aceitar ou largar. Ou então: - “(pegar seu violão e sair por aí cantando a canção do adeus)”. – DURMA-SE COM UM BARULHO DESSES!

domingo, 11 de novembro de 2012

As loucuras do mundo moderno. Acho que pirei!



As loucuras do mundo moderno.
Acho que pirei!

             Estou pirado. Fora do eixo. Apalermado. Não tem mais reuniões de tropa? Não tem mais acampamentos? Agora só estas atividades regionais e nacionais? O grupo ainda se reúne com suas sessões? Tem cerimonial de Bandeira? Tem Corte de Honra? Tem conselho de chefes? A Patrulha conversa entre si? Diariamente quando entro aqui no Facebook, levo cada susto. Um atrás do outro. Quem diria. Trazer os chefes do passado para o presente conforme dizem aqui seria um choque. Agora todo mundo “pira”. Ou melhor, só se fala assim - “Se a mãe visse o acampamento cheio de barro ela “pirava””. “Se as “minas” verem isto elas “piram”“. E o outro definindo os escoteiros? ''obvio escoteiros são é masoquista. Meu Deus! E eu que não sabia que era masoquista! E os outros que não são vão arriscar a ser?
Eu é que estou “pirando” com tudo isto.

             Dou umas mexidas com o “mause” (devia ser rato) e lá me convidam para ler. Tento entender e vou pensando à medida que leio. Será que é isto mesmo o mundo moderno os novos tempos do escotismo? Vamos lá:

- Quem vai ao Camporee tal? (deve estar cheio de jovens)
- Tem ônibus? (alguns querem ir, mas não sabem como) E os chefes? Onde andam para responder a escoteirada? Tem de ser aqui?
- Paguei a taxa e não recebi o recibo o que fazer? (humm tem algum errado)
- Tem cartão de credito. Um plano ótimo para pagar a atividade. Pague em até quinze vezes! Quinze prestações? Minha nossa! Hoje cartão paga tudo e quem não tem cartão? Já pensou no passado? Turma avisem os pais para trazerem o cartão de crédito se não ninguém vai acampar!
- Chefe, não vou à reunião sábado; (uai, avisa aqui? Porque não liga para ao chefe? Ou o Monitor? Não existe contato?).
- Tropa, sábado não tem reunião. Depois aviso quando vai ter! (nossa! É assim agora? Tropa virtual?).
-  Chefe vai ter reunião amanhã? Que horas? Cacilda. Ele não sabe?
- Concurso dos mais Gatos e Gatas do Camporee, dividido por ramo, aqui no face e no MSN. Quem topa? Se for mais de cinco já vai ta valendo. (gatos e gatas? Será isto mesmo?) E o escotismo oh!
- Galera! (era tropa antigamente) amanhã não tem a atividade programada, depois explico por que. (galera? Antes eram escoteiros e escoteiras, patrulhas e tropa, agora é galera?).
- Galerê! Depois não adianta querer ficar 'zumbizando' enquanto a galera estiver curtindo o IV Camporee Sul! (Meu Deus!). “zumbizando”?
- Galerinha (diminuitivo de Patrulha) tem novidades por aí. Um grande acampamento da região. Que bom, e o acampamento da tropa, não vai ter mais? - Galera, sabem como será o nome dos sub campos da Aventura que vamos fazer com a região? Preciso de uma Patrulha para ficar. Incrível, nem Patrulha ele tem!
- Galerinha, vou ficar afastado três meses. Conversem com o Chefe e perguntem para ele quem vai tomar conta da patrulha. Risos, assim? Sem mais nem menos? Não podia ao menos ir ao grupo se explicar, falar com quem e quem sabe o sub assume? 
- Falta x dias para a aventura! Vai ser um barato! (e quantos faltam para o seu acampamento, será que está indo as reuniões?).
- E ai galera, já me inscrevi. Só não sei como vou pagar. (esse é dos meus, não tem dinheiro kkkkk).
- Quantos dias de folga o staff tem? (?) O que? Paga e vai trabalhar e ainda quer folga?
- E quem não tem dinheiro faz o que? AHSUAHUSH. (essa sim fez uma pergunta inteligente. gostei).
- Nossa tropa Sênior massacra, mata, esfola acaba com tudo, ela é “foda” ela está em guerra! Cacilda! Achei que seniores eram aventuras lindas, gostosas, mas a tropa sai para massacrar? A guerra começou? É mesmo uma tropa? Ou uma quadrilha ou gangs? Rindo.
- Aiii fiquei sabendo que colocaram um sapo no banheiro das minas na Aventura Sênior! Foi demais! Adorei! Será isto mesmo? Escotismo onde está você?

                    Melhor parar por aqui. Meus amigos em minha página e aqui no Grupo não vão gostar. Mas mil perdões! Foi só para divertir um pouco. Sei perfeitamente que no mundo moderno de hoje é assim mesmo! E eu como sempre estou por fora. Mas sei que isto é uma pequena galerinha. A galera maior ainda faz bom escotismo.

                  “Xô Chefe! Se manca! A galera hoje é outra! Vai viajar no tempo. Você não é daqui. Vê se “pira” igual “nois” ou vai prá sua galera, e vá zumbizar no raio que o parta! Rindo muito mesmo. Adoro a modernidade”!