Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 2 de junho de 2018



Conversa ao pé do fogo.
Só para divertir!

De manhã, a mãe foi bater na porta do quarto do filho:
- Filho acorda!
- Hoje não vou à reunião dos escoteiros! E não vou por três motivos: estou morto de sono, detesto aquele Grupo e não aguento mais os chefes!
 Mas você tem que ir, filho! E por três motivos: você tem um dever a cumprir, já tem 45 anos e é o Diretor Técnico!


Anuncio colocado no jornal da cidade por um Escoteiro da Patrulha Leão.
“Desejo entrar em contato com antigos escoteiros que foram da Patrulha Tigre em 1960 e que tenham conhecido meu pai Francisco Dias naquela época”.
Motivo: Saber se ele era o melhor e mais inteligente da Patrulha como ele diz para mim todos os dias!


O Chefe Escoteiro tinha em sua tropa dois jovens que eram uns capetas. Bem, nada de mais, apenas gostavam de travessuras e isto já vinha quando eram lobinhos. Ele sabia que seus pais pensavam que se houvesse alguma travessura onde moravam, eles com certeza estariam envolvidos.
A mãe dos escoteiros ficou sabendo que o novo padre da cidade tinha tido bastante sucesso em disciplinar crianças. Conversou com o Chefe da tropa e ele aprovou que eles fossem conversar com o padre. Este prontamente atendeu. Disse à mãe que os mandasse, mas separadamente. A mãe mandou o mais novo. O padre, um homem alto com uma voz de trovão, sentou o garoto na mesa e perguntou-lhe austeramente:
- Onde está Deus?
O Jovem escoteiro abriu a boca, mas não conseguiu emitir nenhum som.  Ficou sentado, com a boca aberta e os olhos arregalados! Então, o padre repetiu a pergunta num tom ainda mais severo: o garoto não conseguia emitir nenhuma resposta. O padre levantou ainda mais a voz, e com o dedo no rosto do garoto e berrou:
- ONDE ESTÁ DEUS?
O garoto saiu correndo da igreja direto pra casa e trancou-se no quarto.  Quando o irmão escoteiro mais velho o encontrou, perguntou:
- O que aconteceu?
O irmão mais novo, ainda tentando recuperar o fôlego, respondeu:
- Cara, desta vez tamo “fu_di_do”! DEUS sumiu, e acham que foi a gente!

- Chefe Laércio foi visitar a família do Lobinho Nonato. Ficou impressionado em vê-lo tão sossegado. E quieto. Diferente do que era na Matilha.
- Nonato ele perguntou: - Você em casa é sempre assim?
- Claro que não Chefe, respondeu. É que a mamãe me dá dez pratas toda vez que eu ficar quieto quando estamos com visitas e lá na alcateia vocês não me dão nada!


O lobinho estava em um canto do pátio chorando muito. A akelá vendo que ele não parava de chorar e longe de sua matilha se aproximou. – Não chore Lobo, não chore. O lobinho Vadinho não parava de chorar. – Olhe você não deve chorar tanto, sabe por quê? – Não Akelá, por quê? Porque quando a gente é pequena e chora muito quando cresce acaba ficando feia, muito feia. Você não quer ficar feio quer? – Vadinho pensou e perguntou – Então Akelá, quando a senhora era pequena devia ser a maior chorona da Alcateia não é mesmo?


Dois rapazes metidos a gozadores parados na esquina, chamam o Escoteiro que vai passando.
- Dizem que vocês são inteligentes, posso perguntar?
- Claro respondeu o Escoteiro.
- Vamos imaginar que você tem um real no bolso e pede para seu Chefe mais um real. Com quantos reais você fica?
- Um real!
Risos. Nossa! Você um Escoteiro não sabe nada de matemática.
E vocês, dois idiotas não conhecem o meu Chefe Escoteiro!


Na reunião dos lobinhos a Kaa tentava convencer a Alcateia para serem bons cristãos e queria todos na missa no dia seguinte.  Para animar pergunta: — Quem aqui quer ir Todos os lobinhos e lobinhas levantam o braço, menos Maneco. Então Kaa pergunta:
— Ei, Maneco, você não quer ir para o céu? — Não posso, Kaa. Minha mãe falou pra eu sair daqui e ir direto pra casa!


Santinha uma lobinha simples e inocente chega pro pai e pergunta:
- Paiê… O senhor é o diabo?
- Que é isso minha filha? Minha filha de onde você tirou essa bobagem?
- É que toda vez que o senhor sai de casa, a mamãe grita para o vizinho: Pode entrar que o chifrudo saiu!

Alguns minutos depois da Chefe Marilda dar os três apitos para a reunião, ela leva o maior tombo. Afobada, levanta-se rapidamente, ajeita a saia que foi até a cabeça e com um sorriso sem graça brinca:
- Vocês viram a minha ligeireza?
E o Paulinho sub Monitor da Lobo responde:
- Vimos sim, chefe! Só que a gente conhecia isto por outro nome!

Seu Leôncio era um pai a antiga. Durão. Naninho seu filho chegou da reunião de tropa e disse:
— Pai, deixa eu fazer uma tatoo?
— Tá, se quiser pode até fazer duas...
— Sério?
— É, a segunda é pra fazer por cima da cicatriz que vai ficar se você fizer à primeira.

Nota – Muitos têm reunião escoteira hoje. Pensando nisso separarei algumas piadas para os lobos, escoteiros e chefes se divertirem. Boa reunião!

quinta-feira, 31 de maio de 2018

conselhos de Baden-Powell



Prezados Chefes.

Pensamentos de Baden-Powell válido também para os Chefes Escoteiros.
- Um escoteiro faz o seu trabalho porque é esse o seu dever, não para receber alguma recompensa. O Escotismo não é apenas divertimento, mas exige muito de ti. Cumpre primeiro o teu dever, e os teus direitos ser-te-ão reconhecidos. Nenhum bom Escoteiro se furta aos seus deveres. Pelo contrário, o normal é que ele faça mais do que a parte que lhe cabe em benefício dos outros. Cumpre o teu dever mesmo que seja desagradável ou que ninguém dê por isso. Sê leal para com o teu amigo, mas ao mesmo tempo nunca sejas desleal para com o teu dever. É possível que isto te coloque frequentemente num dilema; mas a única maneira de resolvê-lo é por o teu dever em primeiro lugar, e agir em conformidade. A eficiência é uma excelente coisa, mas tem que haver algo mais por detrás dela: tem que haver coragem e valor e a determinação de cumprires o teu dever quaisquer que sejam os riscos de perigos que isso te acarrete.

Lord Baden-Powell of Gilwell.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Meu Escoteiro e meu Lobinho são o “Cara”



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Meu Escoteiro e meu Lobinho são o “Cara”

- O Presidente Obama usou esta expressão para definir o Presidente lula há alguns anos passados. O “cara” poderia significar que ele era o homem certo, o líder, o motivador etc. – Tenho lá meus motivos para dizer que naquela época Obama ainda não conhecia por dentro o presidente lula. Mas meu artigo não é para denegrir ou elogiar o ex-presidente. Meu tema é escoteiro. Quem afinal não tem em sua tropa ou alcateia, aquele jovem ou aquela jovem que mostram serem os melhores que os demais? Os mais interessados, os mais dedicados? Acho que quase todos que ficaram ou estão à frente de uma sessão tem alguém assim.

- Eles são os primeiros a chegar à sede e os últimos a sair. Nos acampamentos, acantonamentos, atividades extra sede ç[a estão eles com seu equipamento individual, bem uniformizados e sorrindo. Não reclamam são bons estudantes e os pais os consideram filhos modelos. As vezes a gente pensa que eles nasceram com o “Espírito Escoteiro”. São o exemplo e o orgulho em qualquer situação. Claro, desejaríamos que todos fossem assim, mas sabemos que isto não acontece.   

- Porque os demais não são do mesmo jeito? Afinal o programa é o mesmo para todos e se uns poucos se destacam não seria coerente que os demais fossem assim também? Se fosse verdade teríamos uma tropa ou uma alcateia considerada elite e facilmente o objetivo a que nos propomos fosse alcançado mais facilmente. A realidade sabemos é outra. Temos aqueles que perderam o interesse, faltam às reuniões, chegam atrasados e sempre tem uma desculpa para explicar o porquê não são como aqueles outros, ou seja, “O Cara”!

- Dizem que um dos maiores problemas que enfrentamos é o “filho do Chefe”. Considero o “Filho do Chefe” um caso a parte. É o mais prejudicado por ser cobrado a dar o exemplo do pai e esses exigem dele mais que os outros. Cobram o tempo todo, dão sorrisos mostram fotos aos amigos e vizinhos quando conquistam alguma insígnia, distintivo e isto é sinal de festa em família. Sempre dizendo ao rebento: Você é um escoteiro ou lobinho, a promessa para é ponto de honra, deve ser sempre o melhor para mostrar que puxou aos seus pais.

- Conheci muitos casos assim. Via no jovem uma revolta silenciosa, mesmo mostrando o prazer aos seus pais de tudo que esforçou para conquistar. Sei que muitos pais pensam diferentes, agem diferentes, mas a maioria não. Já vi casos de muitos que entraram para o escotismo para ficar ao lado deles muitas vezes prejudicando seu crescimento já que pretendemos dar a eles um caminho a seguir quando chegar a hora da decisão do livro arbítrio que um dia irão tomar.

- Tive quatro filhos no escotismo. Sei bem como é. Por ter tido uma vida escoteira independente dos meus pais, deixei-os seguir com os outros aprendendo fazendo caindo e a se levantar sem minha ajuda. Aceitei suas escolhas e quando muito dava uma palavra de estímulo. Conheci e conheço pais que agem dando livre arbítrio ao Chefe, sem menosprezar ou reclamar do modo como ele está sendo tratado. Muitos quando cresceram tiveram oportunidade de reconhecer seus chefes independentes da maneira que seus pais pensavam a respeito.

- Não é tarefa fácil manter o “filho do Chefe” em uma sessão escoteira quando os pais querem o melhor para seus filhos esquecendo que os demais merecem ter o mesmo tratamento. Vai chegar o dia que ele o jovem vai tomar suas decisões e se ele aprendeu assim no Movimento Escoteiro melhor para ele. Livre arbítrio não é fácil de ser interpretado e realizado. Se os Chefes não estão devidamente preparados para agir nestes casos sempre acontecerão dissidências, conversas truncadas que nunca serão benéficas para os filhos.

- Quando temos o “cara” em nossa sessão e os demais não são, acredito que o Chefe não está ainda devidamente preparado para conduzir a todos de uma maneira igual. Vemos muitos saindo seja o jovem seja o adulto por que não houve entendimentos entre um e outro e isso quem sabe é falta de maturidade e vivencia na condução dos jovens na sessão. Não sei se este tema vez ou outra é comentado nos cursos de hoje em dia. Uma boa prosa em uma dinâmica de grupo costuma dar grandes resultados.

 Em um grupo escoteiro somos uma grande família, onde todos olham por todos independentes da linhagem e da idade que nascemos e vivemos. Ter o “Cara” e não ter os demais com a mesma chama escoteira é hora de parar, pensar, raciocinar onde estamos errando. Muitos Grupos Escoteiros conseguem alcançar o caminho para o sucesso e outros não. Não é o que eu acho que importa, é o que todos nos achamos, do lobo ao Presidente do Grupo.

- Entender os motivos, conversar, trocar ideias, aparar arestas é função do Chefe e muito mais do Diretor Técnico. Um Conselho de Chefes cujas reuniões são feitas em um clima de fraternidade e compreensão, sempre dão resultados cujo benefício irá servir para todos os participantes. Aprender a ouvir e calar muitas vezes é o caminho para evitar uma discussão inútil e tola que não leva a lugar nenhum.

Nota - “De todas as lutas” e mágoas que enfrentamos na vida, sempre nos será mais fácil falar das que já vencemos de há muito, cujas lições já aprendemos e nos reconhecemos melhorados, do que relatar fatos recentes, quando as emoções ainda permanecem a descompassar nossos corações carentes de aprendizagem e de mais equilíbrio.

domingo, 27 de maio de 2018

Crônicas de um Chefe Escoteiro. Qual disciplina deseja quem reclama da indisciplina?



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Qual disciplina deseja quem reclama da indisciplina?

                    Um tema que está tornando-se moda em educação é a indisciplina. Ao afirmarmos isso, não desejamos dizer que não ocorra no escotismo e que os protestos dos chefes e pais não tenham sido sem razão. A questão da indisciplina é sempre assunto que preocupa e, nos dias de hoje, ainda mais, pois assume a perfídia em situações inesperadas ou avança para registros policiais quando não evolui para a violência. Há alguns anos atrás recebi a visita do "Chefe" Escoteiro Marcelo. – Chefe dizia, eu tomei algumas decisões na tropa e não sei se agi corretamente. Tenho um Monitor de Patrulha que tem trazido alguns transtornos. Já conversamos em particular, fui a sua casa varias vezes e até mesmo seus pais reclamam da sua maneira de agir. Vi depois de algumas conversas que ele sempre foi perdoado em todos os erros que cometeu. Sempre foi compreendido e nunca repreendido como devia. Resolvi agir de forma diferente.

                   No último acampamento chamei a Patrulha e disse – Todos vocês foram devidamente preparados. Cada Patrulha é livre para tomar decisões de interesse geral. Nos últimos acampamentos vocês não se saíram bem e espero que neste possam pelo menos conseguir a eficiência de campo. Conto com vocês. No entanto a noite uma borrasca fria pegou todos de surpresa. Chamei os monitores e disse que ficariam suspensas as atividades da noite e que eles fizessem uma lamparada em seus toldos e que ficassem abrigados da chuva. Todos fizeram isso, vi inclusive de longe muitas patrulhas se preparando para a noite e inclusive colocando a lenha em local próprio para o dia seguinte. Na Patrulha do Marcinho não. Lá eram risadas, piadas e vi que a Patrulha não podia continuar assim.

               No dia seguinte ao tocar a alvorada com o chifre do Kudu, a fumaça correu nos campos de patrulhas menos na do Marcinho. Hora combinada em corte de honra para a inspeção de campo, todos formados menos a Onça Parda do Marcinho. Perderam a hora não conseguiram acender o fogo e com a lenha molhada não fizeram café beberam leite frio. Jogaram a culpa na lenha molhada. Era norma não deixarem lanchar sem a bebida quente. Ficaram sem o café da manhã e o almoço deles só saiu às três da tarde. Não participaram do programa de jogos na Lagoa do Jacaré.

                      A Corte de Honra resolveu puni-los. Marcinho reclamou. Se o tirassem do cargo ele sairia dos escoteiros. Uma ameaça uma chantagem? – Não tinha certeza. Nunca aceitei este tipo de coisa. Disse que iria pensar na punição e daria uma resposta na próxima reunião. Chamei a Patrulha e expliquei que a corte ia suspender o Marcinho. Todos sorriram. Sinal que não era bem quisto. Opinaram em fazer nova eleição. Foi escolhido o menor Escoteiro da tropa. O Pedrinho. Pequeno, raquítico. Fala mansa. Engano. Pedrinho colocou Marcinho na linha. Em pouco tempo a Patrulha se transformou. Chefe Marcelo disse-me também que no sábado anterior mandou de volta dois jovens que chegaram atrasados na reunião e com o uniforme apesar de não terem feitos suas promessas. Isto não era aceito. Só no dia da promessa. O garbo e a boa ordem sempre foi orgulho da tropa. Perguntaram se trocassem os uniformes podia continuar. Não podem. Só na próxima.

                    O "Chefe" Escoteiro Marcelo ficou ali me contando diversas outras passagens interessantes em sua tropa. Fiquei pensando dos meus dias de "Chefe" Escoteiro e os meninos de outrora. Uma disciplina diferente. Nunca tive esses problemas. Hoje não sei mais como é o procedimento dos chefes nesses casos. Vejo jovens que pecam pela indisciplina e alguns acham que ela inexiste. Muitos chefes acreditam que o castigo ou a penitencia não deve ser utilizado por nós. Castigo e penitencia no bom sentido. Nada de violência. Alguns dizem que deveríamos ter um conceito mais amável, como por exemplo, utilizar a relação de afeto e respeito, uma ação onde haja reciprocidade aceitando que alguns erros são próprios da juventude.

                      São conceitos que hoje me sinto em dificuldade, ou melhor, sem sintonia para agir como agia no passado. No entanto acredito que devemos a todo custo manter a disciplina nas sessões, baseadas no respeito mútuo. Quando me dizem que ordem unida não faz parte mais do escotismo fico pensando o porquê alguns insistem em misturar ordem unida com militarismo. Os jovens na tropa ou na Alcateia têm de ter respeito nas formaturas. Tem de saber se formar e o melhor é ensinar as bases primordiais em uma apresentação que pode até parecer militar, mas na minha modesta opinião faz parte da disciplina que se pretende dar a uma sessão Escoteira.

                          Quando os chefes de uma sessão sentam-se com seus jovens e desconstroem e sabem reconstruir com uma boa discussão e fazendo ver a plenitude do significado e dos tipos de disciplina, não apenas a reunião corre mais facilmente e a aprendizagem se concretiza de maneira mais saborosa como escoteiros/lobinhos e os chefes descobrem que, reconhecendo a disciplina como ferramenta essencial às relações interpessoais, aprendem autonomia, exercitam a firmeza e conseguem, com mais dignidade, construir o caráter.

                        A simples ação de um Escoteiro ao pegar um papel de bala jogado no pátio ou na rua, já demonstra que no Grupo Escoteiro de origem se pratica uma disciplina Escoteira que merece todo nosso aplauso. Continuarei o tema em um próximo artigo. 


Nota - A simples ação de um Escoteiro ao pegar um papel de bala jogado no pátio ou na rua, já demonstra que no Grupo Escoteiro de origem se pratica uma disciplina Escoteira que merece todo nosso aplauso. Afinal damos ou não valor a disciplina que devemos ensinar aos nossos jovens? Uma matéria para meditar.