Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Conversa ao pé do fogo. A origem do chapéu Escoteiro.




Conversa ao pé do fogo.
A origem do chapéu Escoteiro.

Prólogo: - Muitos artigos sobre o tema já foram postados. Abrindo o meu baú do tempo vi este breviário e achei interessante postar. Para quem já conhecia desculpe. Para quem não conhecia saiba que o Chapéu Escoteiro já foi uma unanimidade na identificação do escoteiro no mundo.

                      Em nosso país o Chapéu de Abas Largas, vulgo chapelão escoteiro era inconfundível para identificar um escoteiro. Era uma das peças do uniforme que mais caracterizaram o escoteiro. Todos conheciam o famoso chapéu de feltro de abas largas e cor marrom da Prada. Soube que os chapéus da marca Stetson inglês ainda correm mundo no uso pelos escoteiros. Pelo que vejo aos poucos ele volta à moda, mas sem o caráter de obrigação. Soube que nas lojas escoteiras já são ofertados. Não sei se os preços são acessíveis. Sua história e como ele passou a fazer parte do escotismo mundial poucos conhecem. Inicialmente o chapelão foi conhecido como chapéu "Stetson" em alusão a empresa americana que o fabricava, a John B. Stetson Company. Originalmente o chapéu foi desenvolvido para ser utilizado pelos vaqueiros das pradarias da América do Norte por ser de material leve, o feltro e ter um desenho que protegia completamente o rosto dos vaqueiros devido as suas abas largas.

                      Durante a guerra Anglo/Böer, regimentos de várias colônias foram mobilizados para defender os interesses do império britânico na África do Sul. O Canadá, que já empregava o chapelão no seu exército, enviou seus soldados para a guerra. A exceção do primeiro contingente que utilizou capacetes, o chapéu "Stetson" foi empregado em todas as unidades canadenses enviadas à África do Sul. Baden-Powell ao observar a artilharia de campo canadense em Mafeking, ficou bastante impressionado com seus chapéus. Como B-P era encarregado de criar a polícia sul-africana, encomendou à empresa americana 10 mil chapéus para equipar aquela polícia. O agrado de Baden-Powell pelo chapelão foi tamanho que anos mais tarde ele o adotou no Movimento Escoteiro. A fama que o chapelão alcançou depois da guerra foi tão grande que vários exércitos passaram a utilizá-lo. O chapelão ainda é muito utilizado hoje em dia por forças policiais no mundo inteiro e na famosa Polícia Montada Canadense, mas é no escotismo que ele continua sendo marca até hoje como imagem e característica.

                  O chapelão escoteiro tem uma maneira muito própria de ser usado. Ao contrário do chapéu a cowboy, o chapéu escoteiro se usa com a correia justa e presa atrás da nuca. Nessa correia é feito um nó de pescador ou de cabeça de cotovia, que fica em cima da aba do chapéu, à frente. Esta correia é ajustável, bastando deslizar os dois nós simples que compõem o nó de pescador, afastando-os ou aproximando-os. Uma insígnia metálica de escotismo, mundial ou não, deve ser usada do lado esquerdo do chapéu, afixada no fecho da correia que rodeia a copa. O chapelão escoteiro tem quatro amolgaduras bem definidas, como usava Baden-Powell, uma à frente, outra atrás e uma de cada lado. Outras origens são contadas de maneiras quase idênticas. Ele em sua época logo após aparecer os primeiros Escoteiros na Inglaterra era também conhecido como “Chapéu Scout” – Aliás, "Chapéu de Baden-Powell" – ou ainda em linguagem mais corrente "Chapéu de Quatro pontas" ou ainda... "quatro dobras".

                  Tem como origem e confecção bem conhecida dos ex-Cowboys, hoje os “cattlemen” (homens do gado), sobre o nome de “Moutain Peak” pela sua semelhança com as montanhas daquele estado americano... Foi escolhido pelo General Robert Baden-Powell para cobrir as cabeças dos garotos reunidos no “Mafeking Cadete Corps” e depois atribuídos aos “South African Constabulary”, criado igualmente por Baden-Powell e escolhidos por “Southern District Scouts” em 1907.

                        Conta-se que o General Baden-Powell por ter sido tornado “Chefe Scout”, (Escoteiro Chefe Mundial) fez dele uma parte importante no uniforme escoteiro. A forma deste chapéu assemelha-se ao do contingente da New Zelândia, os futuros kiwis da Grande Guerra e do contingente canadiano de muito célebre “North-West Mounted Police” (Policia Montada do Canadá) futura R.C. M\P ou Polícia Montada Real do Canadá. Estas três sábias considerações não impedirão ninguém a reconhecer este elegante CHAPÉU como: O Chapéu Scout para todo o sempre ligado a um MOVIMENTO DE JUVENTUDE MUNDIAL nascido da imaginação de um general um pouco que seja observador e malicioso.

                       O Chapéu Scout cai em desuso em 1940 na França com a regulamentação do Escotismo Francês e que neste momento, predomina a boina. Tinha por assim dizer, desaparecido nos anos de 1970 os raros grupos que o usam ainda, como o de Riamont, deviam adquiri-los na Bélgica. Os Scout’s d’Europe não o tinham e pouco usavam. Em Portugal faz parte do uniforme. Era pelo desenvolvimento dos Scouts Unitários de França (e a vontade dos rapazes...) que ele ressurge a partir de 1945 em muitos países. As Guias de França usam um chapéu sem dobras, azul marinho.

                      No Brasil ele foi sobejamente usado por muitos anos e por um preço acessível fabricando pela Prada. Infelizmente esta fabrica pelo volume pequeno de vendas deixou de fabricá-lo. Assim devido a dificuldades de aquisição e também desinteresse das lojas Escoteiras em não o ter em estoque, foi aos poucos substituído pelo Boné o que na visão deste Velho Escoteiro não tem muito de Escoteiro. Risos.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Lendas Escoteiras. Finalmente Polaco Escoteiro entrou na Tropa Sênior!




Lendas Escoteiras.
Finalmente Polaco Escoteiro entrou na Tropa Sênior!

Prólogo: O dia do Sênior passou. Teria eu de escrever sobre esses bravos escoteiros? Fui um deles por quase quatro anos, rodei Brasil. Rodei em lugares nunca antes imaginados. Com esse conto homenageio a todos os seniores do Brasil. Nada demais apenas uma passagem de Escoteiro para Sênior. Uma rota Sênior? Um juramento? Uma mística que poucos conheciam? São meus convidados para conhecer a historia.

                           Polaco estava fazendo a Rota Sênior. Sabia que não tinha saída, ele teria de deixar sua Patrulha Gaivota que tanto amava. Afinal quando a Akelá disse a ele que teria de fazer a Trilha Escoteira ele também chorou. Deixar os lobos? Deixar a terra onde a Alcatéia de Seeonee se reunia? Não diziam que os lobos pertenciam à casta dos Povos livres? Mas não lhe deram opção. Chegou na Patrulha Gaivota chorando. Os patrulheiros lhe deram um abraço e uma nova vida começou. Amou aquela patrulha. Daria a vida por ela se necessário. Dois anos depois com a saída de Turuna o Monitor ele foi eleito no lugar dele. Fizeram aventuras incríveis. Acampamentos fantásticos, excursões nunca esquecida. Tentou chegar a Lis de Ouro e não conseguiu. Mas não se arrependeu. Tinha mais de cem noites de acampamento sem considerar as aventuras Escoteiras com seus cavalos de aço nas estradas adjacentes da cidade.

                            Fazia a Rota Sênior por fazer. Não se ambientava com os seniores e as guias. Elas então? Ele não era namorador. Achava que as meninas atrapalhavam e nos seniores elas e eles estavam juntos na mesma patrulha. O grande dia chegou. Foi uma passagem simples, seca, sem amor, sem nada para marcar o dia. Entrou na nova patrulha Antares e ficou ali pensando se devia continuar no escotismo. Houve sim uma despedida da Tropa, abraços alguns deixaram lágrimas rolar e as dele foi em maior quantidade. Uma festinha foi organizada, ele não sabia, mas a Antares liderou. Comes e bebes para escoteiros não colocar defeito. Uma reunião, duas, nada de novo no front. Muita conversa e pouca ação. Duas semanas depois recebeu um e-mail do Chefe Tornado. – Gostaria de trocar umas ideias com você! Dizia. Posso ir na sua casa? Ou se achar melhor pode ser na minha? Estranhou. Um Chefe agindo assim?

                            No caminho da casa do Chefe Tornado ele ficou pensando o que seria. Claro que sabiam da sua apatia pela patrulha pela tropa. Para ele um faz de conta com muita discussão no Conselho de Tropa que roubava muito o tempo que teriam para uma atividade de sede. Tocou a campainha e o Chefe Tornado o recebeu com um enorme sorriso. Entre! Obrigado por ter vindo! A esposa dona Lorraine um amor de pessoa. Conversaram por mais de uma hora. Ele falou mais que o Chefe. Contou como era a Tropa, seus acampamentos, suas pioneirías, seus jogos noturnos e grandes jogos escoteiros. Chefe, eu não vejo isto nos seniores. Chefe Tornado sorria e não disse nada. Em dado momento Polaco parou. Chefe! – Porque me chamou aqui? Chefe Tornado sorriu de novo e explicou o motivo – Polaco, conversei com os monitores, o assunto foi levado ao Conselho de Tropa. Eles acharam que você estava pronto!

                           Chefe! Pronto de que? – Olhe Polaco, você é bem considerado por todos os seniores e guias. Quando souberam da sua rota queriam fazer uma surpresa. E olhe que dificilmente isto acontece com os novos que chegam, mas você não, você estava preparado para assumir o seniorismo com todo amor e alegria. Assim você foi convidado para fazer a Passagem dos Cavaleiros! – Polaco ficou surpreso. Calma meu amigo disse o Chefe Tornado. É um ritual próprio onde só os seniores mais valorosos podem participar. Não posso lhe contar, pois se não o que você vai viver não teria valor. Eu lhe pergunto: - Você aceita participar do Ritual do Santo Graal? – Olhe Chefe, não sei o que é isto, mas se é um convite do senhor aceito! – Ficamos combinados, sábado iremos na Van do Chefe Norton até o Morro do Quilombo. Lá iremos direto a Gruta do Fantasma. Será lá sua passagem. Prepare-se!

                           Polaco passou uma semana cheio de emoção. Ninguém no sábado demonstrou surpresa. Antes de entrar na Van o monitor lhe entregou uma bata negra e ele a vestiu. A viagem foi tranquila com a cantoria de sempre dos seniores. A Van ficou estacionada em um sítio próximo. Às sete da noite iniciou-se a subida. Quase duas horas de caminhada. Ele não conhecia a Gruta do Fantasma. Um frenesi lhe corria e pipocava pelo corpo. Tudo foi preparado dentro da gruta. Quatro archotes foram acesos e as lanternas apagadas. No centro foi colocado uma mesinha de camping. Em cima dela uma Bandeira da Tropa, uma do Brasil, um cálice que diziam ser sagrado e uma pequena espada de metal. Polaco lembrou-se das lendas Arturianas e dos Cavaleiros da Távola Redonda. – Jamilson o Monitor gritou alto para ele: - Você está preparado Polaco, aceita participar do Ritual do Santo Graal? Não tinha saída. Aceitou sim. Algum em seu corpo vibrava. Uma sensação que nunca tinha sentido antes. Todos colocaram o Capuz Negro e em círculo Jamilson disse ao Chefe: - Ele está pronto Chefe! – Podemos fazer o juramento sagrado da patrulha: - Todos de mãos abertas, esticadas para frente aguardaram Polaco ficar no centro do círculo.

                            - O Chefe Tornado falava alto com ele. Sério e compenetrado pediu que repetisse o juramento: - “Que todos saibam, hoje e sempre, que prometo por tudo que é sagrado, amar, aceitar e respeitar os meus amigos da patrulha, honrar sua historia, morrer se preciso para que seu nome seja conhecido pela coragem e abnegação. Farei prevalecer à verdade, hoje e sempre! Podem saber que seremos fortes como os touros que habitam o lago azul da vida. Que os ventos do Norte, que os ventos do Sul, que os Ventos do Leste e que os ventos do Oeste tragam a chama da liberdade, da honra e da palavra ao nosso coração.”. A emoção tomou conta de Polaco. Logo o Chefe Tornado pediu para ele se ajoelhar. Colocou a espada na cabeça e nos ombros ritmicamente e completou dizendo: Você Polaco agora pertence não só a patrulha Antares como a Tropa Sênior Estrela Negra. Honre seu nome por toda a vida! “Vamos beber na fonte dos deuses o sonho que nunca vai terminar, vamos juntos jurar fidelidade e amor entre nós, nada e nem nunca irão separar”! – Com o cálice, bebemos essa água sagrada, colhida na fonte dos amigos inseparáveis!

                           Polaco estava emocionado demais. Nunca pensou que ser Sênior seria assim. Marion a Sub Monitora lhe mostrou um manuscrito da Tropa Sênior escrito em latim em letras grandes que ele não entendia sob a pele de um carneiro. – Vou traduzir para você disse Marion: – “Lá, onde o vento sopra forte, onde a Estrela Negra mora, encontrarão a felicidade nos seus desejos”. A cerimonia terminou com uma farta distribuição de comes e bebes. Todos levaram sua parte e a parte de Polaco. Ele sabia que de agora em diante seria Sênior para sempre. Sorria, cantava com todos. Até o Chefe Tornado sorria e lhe ofereceu um cálice de vinho piscando um dos olhos: - só este meu amigo Sênior. Seja bem vindo, saiba que todos nós estamos orgulhosos de você!


terça-feira, 18 de junho de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Apenas uma reunião de Gilwell.




Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Apenas uma reunião de Gilwell.

Prólogo: - Os chefes Insígnia de Madeira fazem parte do 1º Grupo de Gilwell. Todos eles conhecem a historia e sabem o que é e como se procede em uma reunião do 1º Grupo de Gilwell. Dizem que tudo que se faz ali é altamente secreto, eu no alto da minha boca larga conto tudo sem dizer nada! Risos. Apenas uma historieta pequena, pois hoje estou sem nada para fazer.

                    Não eram tantos, mas era um número considerável para aquela reunião de Gilwell em uma floresta perto da cidade. Um bom bocado nunca tinha participado e esperavam ansiosos pelo seu inicio. Sempre tiveram o sonho de estar lá, junto com irmãos escoteiros que tiveram de se esforçar para pertencer com orgulho do 1º Grupo de Gilwell. Muitos comentavam que o que ali se passava era confidencial, outros não escondiam que era uma reunião de amigos, uma historia uma lenda, e confraternizar com a Canção de Gilwell lembrando o título de sua matilha ou patrulha e cantar como se ainda estivessem em cursos passados.

                   A espera do inicio fazia com que muitos olhassem no relógio, conversassem entre si, para que a impaciência não tomasse conta do sonho de ser mais um do 1º Grupo de Gilwell. Finalmente foram chamados ao salão. Em circulo olhavam uns para os outros, os mais novos e mais antigos o que se deduzia que ali a fraternidade reinava de maneira concreta e real. Ninguem esperava, mas adentrou a sala um Antigo Escoteiro, fisionomia carcomida pelo tempo, com um toque, toque de sua bengala, foi até onde estava o dirigente da reunião e educadamente pediu a palavra. Todos o fitaram e esperavam ansiosos no que ele ia dizer.

- Assim ele começou: - Caros amigos e irmãos de Gilwell, estamos aqui reunidos alguns pela primeira vez, pensando como seria e como deve nosso encontro e nos transformar na Grama Verde de Gilwell onde histórias ficaram marcadas para sempre em volta do fogo na clareira. Muitos de vocês já ouviram falar do primeiro encontro onde Baden-Powell dirigiu uma breve palavra a todos. Não vou repetir suas palavras e sim acrescentar outras que vale a pena ter a atenção de todos. – Vocês sabem essa nossa vida é tão curta... O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve... E esquecemos que existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhe damos a atenção necessária. Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos. Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.

- Deu uma parada, respirou fundo e continuou: - Estamos sempre nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis. Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam a pisar firme no chão. Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos. Nossa vida é breve e temos muita coisa útil a realizar. De modo algum se justifica nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.

- John Thurman Chefe de campo de Gilwell Park escreveu sobre Gilwell: - “Talvez pareça um contratempo dizer que o espírito de um homem permaneça depois que ele tenha desaparecido”. Porem no caso de B-P e a forma que ele influiu em Gilwell, constituem-se em uma grande verdade. É o espírito da tolerância, da alegria e camaradagem, de reflexão de preparação e generosidade, que se esboçou em seu livro Escotismo para Rapazes e que através dos anos tem se espalhado de Gilwell para o mundo... Portanto o lugar trata de manter vivo o espírito do melhor ensinamento de B-P. que se manterá vivo não por sentimentalismo, mas sim porque uma mensagem eterna, e todo mundo atual precisa da medicina que ele nos forneceu de forma tão generosa. 

- E terminou dizendo: - Devemos nos lembrar de que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez. Precisamos, portanto, aproveitar estas oportunidades única e breve, precisamos reconhecer que somos chefes e se estamos aqui foi porque Deus nos deu esta missão. Que o espírito de BP esteja neste encontro, que Gilwell signifique para todos mais que apenas um lenço e um certificado... Sempre Alerta!

                    Deu um sorriso, e saiu da mesma maneira que entrou desaparecendo na penumbra da floresta onde se realizava a reunião!

“É mais verde a grama lá em Gilwell
Onde o ar do Escotismo eu respirei
E sonhando assim vejo B-P
Que sempre viverá ali”.

domingo, 16 de junho de 2019

ARTIGO A REFLETIR: Como o Escotismo (do B.S.A.) foi salvo em 1979. Publicado em Ações, Lições e Visão de B-P, O Fundador.



ARTIGO A REFLETIR:
Como o Escotismo (do B.S.A.) foi salvo em 1979.
Publicado em Ações, Lições e Visão de B-P, O Fundador.

Prólogo: Este artigo está sendo amplamente divulgado em várias páginas do Facebook. Sem entrar no mérito da questão, os escoteiros tradicionais dele dão ênfase pelo seu aspecto principal, a mudança do escotismo de Baden-Powell para uma nova metodologia subtendida como um novo marco escoteiro na Boy Scout of America. A Escoteiros do Brasil está no caminho certo? Leiam o artigo e podem opinar.

(A Boy Scouts of America é uma das maiores organizações dos Estados Unidos, com mais de 4,5 milhões de membros. Desde a sua fundação em 1910 como parte do Movimento internacional dos Escoteiros, mais de 110 milhões de americanos foram ou são membros da BSA.).

- O autor deste artigo é Enoc Heise, um escoteiro da BSA, escritor, empresário e entusiasta do estilo de vida ao ar livre do norte do Texas, que se propôs a missão de ajudar o mundo a redescobrir o escotismo em sua princípios eternos, seus valores e suas aventuras. Há um período na história dos Boy Scouts of America que muitas pessoas não gostam de falar. Alguns de vocês podem ter ouvido essa história antes; Alguns de vocês podem ter vivido esse período. Eu acho que é de vital importância para todos os Scouters conhecê-la, por causa do que ela nos ensina sobre Escotismo e seu lugar no mundo moderno. No final dos anos 1960, o jovem membro da BSA começou a declinar. Ninguém tinha certeza do por que. Alguns suspeitavam que o mundo moderno estava começando a superar a estrutura tradicional do Escotismo.

Todos concordaram que agora precisávamos de uma boa organização juvenil ...; Mas talvez as coisas do passado não atraíssem mais os garotos. Assim, no espírito da época, começamos a trabalhar no desenvolvimento de um "Programa para a Melhoria do Escotismo". Este ia ser um programa moderno que se ajustasse às necessidades do menino moderno. Voltamos à prancheta e redesenhamos o avanço, a liderança e todo o programa de escotismo. Finalmente, eu estava pronto para lançar o programa.
E em 1972, a distribuição da oitava edição do Scout Manual do B.S.A. (Um novo manual). Nesse trabalho (eu tenho uma cópia dele na minha mesa), as fileiras de Adelanto foram redesenhadas e mudadas para Agradecimentos por Habilidade e Progresso, removendo a ênfase das habilidades tradicionais do Escotismo. Na verdade, você pode até ir até o "Reconhecimento da Águia pelo Progresso" (o que já foi uma Águia-escoteira) sem ter acampado!

Junto com esse dramático reinício do programa, houve um enorme impulso organizacional para recrutar novos membros. Isso foi chamado de "Boypower '76" e começou alguns anos antes. O objetivo era ter um em cada três garotos (dos E.U.A.) como membro dos escoteiros de 1976. Toneladas de esforço e milhões de dólares foram investidos neste programa. Tudo foi preparado para um crescimento significativo. Todos esperavam ansiosos que os números de membros disparassem. Tivemos um novo programa moderno e uma nova iniciativa Tudo o que precisávamos! Ficamos arrasados ​​com os resultados. Em vez de crescimento rápido, muitos escoteiros deixaram o programa ... Quero dizer muitos! Entre 1972 e 1978, B.S.A. perdeu mais de um terço de seus membros. A organização sofreu muito. Nós estávamos cheios de escândalos de cima para baixo na cadeia.

Uma enorme quantidade de "unidades de papel" fraudulentas foi criada para aumentar falsamente os números. Em vez de um sucesso aclamado, foi um enorme fracasso! Começava a parecer o Escotismo que sabíamos que estava morto. No entanto, este não foi o caso. Com uma mão ainda ao leme, tiramos uma incrível correção que salvou o Escotismo de milhões de garotos. Essa mão no leme foi personificada em um homem - que era um veterano Scouter chamado William Hillcourt. Ele havia escrito vários manuais para escoteiros e para Scouters no passado. Por décadas, ele também foi autor da muito popular e longa série da revista Boys'Life. Ele era amigo pessoal de Baden-Powell e dedicara sua vida ao Escotismo. Não tenho certeza se foi B.S.A. quem se aproximou dele ou o contrário; mas sei que ele saiu da aposentadoria aos 79 anos de idade e ofereceu um ano de sua vida sem remuneração para escrever um novo Manual do Escoteiro.

Em 1979, a nona edição do Scout Manual foi publicada. (Outro novo manual). Neste trabalho (também eu tenho uma cópia em minha mesa), Hillcourt trouxe de volta todas as habilidades tradicionais de Scouting que tinham sido tomadas pelo programa moderno: camping, caminhadas, pioneiro, etc., e, novamente, o Plano foi aplicado de Avanço. A ênfase foi novamente colocada no Sistema de Patrulha.

E o espírito de aventura e emoção que fez os meninos amarem ler as outras obras de Hillcourt, foi infundido em todo o livro. Para surpresa de todos, a perda de filiação foi interrompida. Esse retorno dramático ao Escotismo Tradicional estabilizou a enorme perda de membros que sofreram por mais de uma década. Não é exagero dizer que William Hillcourt salvou os Escoteiros da América em 1979 e transformou o Escotismo Tradicional em realidade para milhões de pessoas.

Com a palavra a Escoteiros do Brasil e seus adeptos.