Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 13 de setembro de 2014

Pontualidade Escoteira. Pontualidade é um dever até dos reis.


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Pontualidade Escoteira.
Pontualidade é um dever até dos reis.

        Há dias marquei com um amigo um bate papo para colocar a prosa em dia. Esperei por meia hora e ele não apareceu. Fui embora, pois tenho mais o que fazer. Telefone toca. – Não me esperou? Risos. Eu tinha de esperar por ele. Boa essa. Outro ligou que estava chegando. Meia hora, uma e fui embora. Não sou moleque. Dizem que pontualidade é a arte de não desperdiçar o tempo alheio. Concordo. Acho que é por isto que resolvi escrever sobre pontualidade. Não é um assunto de adestramento, de técnica, de programas, mas acredito ser da formação moral escoteira. Não sei se será bem recebido pelos meus amigos leitores que não são pontuais. Os que se enquadrarem que procurem acertar. Vejam bem, somos exemplos, somos vistos como perfeitos, muitas vezes pela comunidade, pelos pais, pelos membros juvenis e estamos a toda hora lançando a semente da responsabilidade, da amizade e confraternização e do respeito. Na Lei Escoteira incentivamos as atividades religiosas, escolares e de cidadania. Portanto, somos responsáveis pela formação de nossos jovens nestes aspectos sem sombra de dúvida.

               Acontece que a falta de pontualidade é sempre um sinal de desrespeito pelo próximo e pela organização social e está presente em nosso meio. Ela está presente nas rotinas, nas tarefas que desempenhamos, nos desafios e nos objetivos que nos propormos realizar. De todos os recursos a que temos acesso, o tempo é um dos mais relevantes pela sua natureza volátil e, para muitos de nós, perdermos horas à espera de outros, significa desperdiçar um precioso bem. E claro ninguém gosta.

              Também é importante que devemos perceber e assumir que a forma como lidamos com o relógio, diz muito sobre a nossa educação e temperamento. Numa sociedade tão exigente e complexa como a nossa, é uma questão de procurarmos definir prioridades, sabendo de antemão que nunca iremos ter tempo para fazermos tudo o que precisamos ou gostaríamos de fazer. Ninguém gosta de ficar à espera. Se nos pusermos no lugar do outro poderemos vir a constatar que esta atitude não é um pormenor sem importância, mas constitui de fato uma falta de civismo e respeito. Vejamos algumas situações no dia a dia das reuniões de seções ou acampamentos:

- O horário de inicio da reunião é 14h30min (hipotético) alguns pais trazem os filhos nos horários, outros não. Será que é devido às falhas anteriores por parte dos escotistas responsáveis que não cumpriram os horários determinados?
- O tempo de duração da cerimônia de bandeira (hipotético) é de 10 minutos, mas foram gastos mais de 20 minutos. Isto é correto? É claro que atrasou os programas feitos pelas seções e muitos itens não terão a continuidade esperada.
- A inspeção, ou o Grande Uivo era de 10 minutos, mas se gastou 15 ou mais.
- O jogo inicial era de 10 minutos, mas se gastou muito mais.
- O adestramento de base ou de patrulha/matilha era de 15 minutos, mas se gastou muito mais.
- Diversas outras atividades programadas tiveram que ser canceladas ou substituídas por falta de tempo, já que ele foi gasto em outras atividades. - E finalmente, o encerramento atrasou e os pais que estavam à espera ficaram inconformados, pois muitos deles tinham outros compromissos.
              Vamos raciocinar que foi feito um programa, distribuído tarefas junto aos assistentes, preparou-se material para isto e boa parte foi perdida. Esticar o horário, mudar à hora de encerramento? E os pais? É importante esclarecer que temos praticamente uma atividade por semana, com tempo determinado e muitas vezes perdemos um programa por não sabermos como utilizá-lo. - Eu pergunto como fica a motivação dos assistentes quando sua atividade é cancelada? – Como fica o programa de progressividade nas etapas e provas? – Não seria o caso de quem sabe, perdendo boa parte do programa, com consequente atraso no progresso do jovem este é induzido a sair do movimento? 

                      Eu posso dizer que vivi muito tal situação. Alem das atividades escoteiras nos grupos, também atividades distritais, regionais ou nacionais não começavam no horário. Os jogos e atividades programadas se extrapolaram. Chegamos a tal ponto, que diversos cursos de adestramento que dirigi, tinha alunos que chegavam atrasados. Mandá-los de volta, recusá-los? Mandei muitos de volta. Errado eu? Como disse acima, é uma falta de respeito para com aqueles que chegaram no horário. Isto não pode fazer parte do dia a dia de nossas atividades escoteiras. Nós adultos somos o exemplo. Temos que manter nossa fleuma de uma pontualidade “britânica” para mostrar que os outros podem contar conosco.

                    Tenho certeza que a maioria de vocês que me leem, pode ter acontecido um pequeno ou um grande atraso na chegada de um acampamento, de uma excursão, de um bivaque ou mesmo acantonamento. Coloquem-se no lugar dos pais que estão à espera, sem nenhuma notícia. (hoje com o celular é mais fácil) Acredito inclusive que a decepção pode em alguns casos ser superior à alegria e motivação do jovem no seu retorno. E na saída então, esperamos este, aquele e no final, saímos com total desrespeito com aqueles que chegaram no horário, prejudicando todo o programa que havia sido feito. Conheci um executivo escoteiro profissional, que conseguiu ser recebido por um presidente de uma multinacional e cujo intuito era de conseguir meios e locais para alojar em sede própria um Grupo Escoteiro da comunidade. Ele se prontificou em receber e ouvir e até quem sabe ajudar. Infelizmente ouve um atraso de 30 minutos e a reunião foi cancelada. Que belo exemplo ele deu. Acredito que daí para frente aquele Presidente olharia com desconfiança para o Movimento Escoteiro.


                    Temos diversas situações de escotistas que divergem de tal situação, chegando mesmo a pedir demissão pela falta dos responsáveis do Grupo Escoteiro em não tomar providencias. Sei que muitos de vocês leitores não se coadunam com o que aqui escrevi. Conheço uma centena ou mais de Grupos Escoteiros responsáveis e acredito que todos lutam para que fatos como este não aconteçam.  Infelizmente ainda passo por convites de escotistas que ainda não se espelham com os dizeres sagrados da pontualidade. (e francamente, detesto ficar esperando!).

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MINHAS PUBLICAÇÕES EM PDF:


MINHAS PUBLICAÇÕES EM PDF:

Quando eu tive a honra de dirigir cursos Escoteiros, sentia a força dos alunos em tentar aprender tudo em poucos dias. Muitos da equipe queriam a todo custo passar para eles uma vida de conhecimentos Escoteiros. Impossível. A literatura sim, ela passa para a gente um aprendizado que nenhuma unidade didática dita por um grande formador pode passar. A leitura trás conhecimentos fantásticos. Não só sobre o escotismo. Fiz uma lista de livros em PDF que podem ajudar a todos. Sei que a maioria os chefes já possuem conhecimento, no entanto tem aqueles que não.
Você pode ter qualquer um destes títulos em PDF. Se um dia souber que estou ajudando me sinto remunerado. Você pede e não paga nada.  

Livros com histórias Escoteiras. (minha autoria)

- A Patrulha da Esperança;
- As incríveis peripécias do Comissário Leocádio;
- O estranho funeral do Chefe Gafanhoto;
- O Fantástico Jogo Noturno na Ilha do Gavião Negro.

Condensados de histórias Escoteiras. (minha autoria)

- As maravilhosas histórias Escoteiras II;
- As maravilhosas histórias Escoteiras III;
- Os pensamentos de Lord Baden-Powell;
- Antologia de meus Artigos Escoteiros;
- Frases e lembranças de Baden-Powell;
- Acampamentos de Gilwell e Sistema de Patrulha.
- Jim, o Escoteiro do futuro e suas aventuras;
- As fabulosas aventuras do Escoteiro Juquinha
- Os Cinco Magníficos – Seniores aventureiros;
- Os contos incríveis da Meia Noite (não Escoteiros);
- Orações Escoteiras;
- A Bravura de um Herói. Baseado na história de Caio Vianna Martins;

Também a disposição em PDF de outros autores:

- O Sistema de Patrulhas – Roland Phillips;
- Interpretação do Livro da Jângal – Blair de M. Mendes;
- O guia do Chefe Escoteiro – Por Baden-Powell;
- Aplicando o Sistema de Patrulhas – de Bi. E.E. Reynolds;
- Sistema e espírito de Patrulha;
- Aprendendo o percurso de Giwell;
- O Ramo sênior;

Se você quer aprimorar seu conhecimento, será uma honra atender ao seu pedido. Não peça todos de uma vez. Não tenho condições de fazer um download de todos. Peça dois, três ou quatro e com o tempo vá pedindo os demais. Escreva: Chefe me mande...


E lembre-se. Só poderei atender quando receber um e-mail do interessado. Portanto deixar o seu aqui não posso atender. Desculpe.

domingo, 7 de setembro de 2014

O grito de Patrulha.


(Repeteco)
Conversa ao pé do fogo.
O grito de Patrulha.

              O escotismo é interessante. À medida que vamos conhecendo seus estilos, seus fatos, suas histórias e tradições mais e mais vão entregando nossos corações. Ele nos conquista de tal maneira que para muitos é difícil explicar. A cada dia que vamos prestando atenção a tudo que acontece em volta, uma marca vai ficando e nunca mais sai do nosso ser. E como marca. Hoje resolvi comentar sobre o Grito de Patrulha. Isto mesmo. Sei que vocês também sabem seu valor. Aqui comento sem o intuito de ensinar. Não se ensina o que todos conhecem tão bem como eu. Gritos são tradições imutáveis. Eles existem para dar vida a Patrulha. É como se ela quisesse dizer: - Jovens, se unam como um todo em volta da fraternidade, pois aqui somos um só. E como é delicioso, agradável quando se vê uma Patrulha orgulhosa dando seu Grito de Patrulha.

             Cada tropa tem seu estilo. Cada uma tem sua história. Tem aquelas que as patrulhas ficam em circulo fechado, bastão ao meio, todos ali segurando e o Monitor eleva acima o totem da Patrulha e da o grito. Tem outras que se formam em linha e todos olhando a frente com o Monitor com bastão levantado dão seus gritos sorrindo deliciosamente. Não importa como. Mas prestem atenção quando do grito. Por ele sabemos se a tropa está firme nos seus ideais, se a Patrulha é unida, se o oitavo artigo está ali presente sempre. Os gritos mostram muito. A valentia simpática do Monitor e o prazer e alegria do mais novo em participar.

            E quando terminam? Uma apoteose. Vejam o olhar! Vejam o orgulho de pertencer a Patrulha. Só quem esteve lá sabe como é. Não importa se o grito é longo, curto, se é em português, latim, francês, inglês, ou mesmo em linguagem galáctica ou em tupi-guarani. Não importa mesmo. Mas sabem o que é mais importante? Nunca aceitar que troquem o grito. Ele é uma tradição e tradições se mantem firmes no coração de cada um. Alguém que assumiu a monitoria não gosta? O Chefe também? Mas meu amigo, quantos ali passaram e deram este grito? Você está esquecendo que eles um dia junto a outros escoteiros que aí não estão mais gritaram alto, com toda a força dos seus pulmões? Sentiram a vibração da Patrulha? O orgulho de pertencer a ela? Portanto grito não se muda nunca. É eterno. Para sempre. Forever!

           Quando Escoteiro o grito era dado sempre quando se formava. Sempre quando o jogo terminava, sempre do inicio de uma atividade. E o grito ao levantar no acampamento? Alvorada, cedo, orvalho caindo, um frio danado e lá estávamos nós. Bastão ao meio, totem levantado e gritava! Que sono meu Deus! Que frio danado! Mas o grito era dado. Com chuva ou sem chuva lá estava a Patrulha a mostrar que tinha orgulho, tinha união e seu grito nunca podia ser esquecido. Nosso grito foi marcado em montes e vales, em altas montanhas, em diversos estados, dentro de vagões em viagens intermináveis, em ajuris, em ARP, e olhe uma vez eu e um membro da Patrulha com orgulho, demos nosso grito orgulhoso quando estivemos ao lado de um candidato a presidente do Brasil. Depois de eleito foi uma decepção. Mas ele ouviu nosso grito, se assustou sorriu e disse – Sempre Alerta!

          Eu sei que existem os gritos de tropa, de grupo claro todos são importantes, mas o Grito da Patrulha é único. Ele dá uma comichão no corpo, uma sensação deliciosa de ser mais um. E quando alguém vai embora? Nunca mais volta? Dá-se o grito da despedida. Sem choro, ali os escoteiros e escoteiras não choram. É só uma maneira de homenagear, de mostrar que ele foi importante assim como o foi quando adentrou a Patrulha e o Monitor explicou a ele o porquê do grito, como era feito e que agora ele era mais um. E amigos, é preciso ver o olhar de um jovem novato quando do primeiro grito. Não existe nada que possa substituir o olhar, o sorriso a voz ao gritar, o ser a vibrar por dentro e dizer, agora eu sou mais um.

          Que as patrulhas gritem. Alto e em bom tom. Que mostrem a todos sua força, sua vontade seu orgulho em ser Escoteiro. Grito de Patrulha, quem já deu nunca mais vai esquecer!

No esporte, existem campeões e existem heróis.
Campeões vencem porque são bons no que fazem e tiram proveito particular de suas vitórias. Heróis vencem quando menos se espera, superam seus próprios limites, e quando recebem os louros dividem suas vitórias com uma nação inteira...