Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 4 de fevereiro de 2012

MEU SÁBADO INESQUECIVEL


Meu sábado inesquecível

Foi uma semana difícil. Trabalho duro. Ela sabia que todos os dias seriam assim. Mas acreditava na felicidade. Acreditava em tudo. Afinal não dizem que os escoteiros são assim? Esperava a sexta. Um dia importante. Revisar, verificar e sonhar com uma reunião esplêndida. Confiava em suas assistentes. Sempre fora assim. Nunca falharam. Sábado levantou cedo. Tinha coisas e coisas para ver, fazer e resolver. Verificou seu uniforme. Inteiro. Bem passado. O lenço também. Almoçou correndo, uma hora da tarde. Vestiu o uniforme. Olhou no espelho. Gostou do que viu. Chegou à sede meia hora antes. Lá estavam espalhados pelo pátio, seu salário do dia. Quantos sorrisos. Melhor possível Akelá! Melhor lindo lobinho! Melhor linda lobinha! E preciso de dinheiro para fazer isso? Escotismo é para ricos? Não é. Eles são como eu. Aqui não existe a riqueza, a tristeza só a felicidade.

Uma máquina com defeito. Um computador com vírus. O serviço atrasado. Mas ele correu para que tudo saísse a contendo. Afinal era um chefe escoteiro. Leal e disciplinado. Foi uma semana e tanto. Deu muitas risadas e ficou triste também. Mas chegou a sexta feira. Correr para a casa. Telefonar. E aí mestre? O programa é o mesmo que os meninos e as meninas escolheram? Dormiu e sonhou sonhos maravilhosos. Todos rindo e correndo pelas campinas, lembrou da canção, - Mochilas as costas, bandeira ao vento, para o acampamento de todo Brasil. Chegou à sede cedo. Sete horas. Dia do bivaque. Chegou meia hora antes. Lá estavam espalhados pelo pátio, seu salário do dia. Ninguem ganhava mais que ele. Quantos sorrisos. Sempre Alerta chefe! Sempre meu jovem escoteiro!Sempre minha jovem escoteira!  E preciso de dinheiro para fazer isso? Escotismo é para ricos? Não é. Eles são como eu. Aqui não existe a riqueza, a tristeza só a felicidade.

Os anos deixaram marcas. Marcas de um trabalho honesto. Afinal foi assim que aprendeu em sua família e no tempo dos escoteiros. Uma semana corrida. Um trabalho duro. Nunca correu da luta. Sabia que todos que dependiam dele confiavam. Sexta feira. Chegou à casa cansado da labuta. Deu uma olhada nos emails. A Akelá dizendo que seria uma reunião normal. O chefe da tropa avisando que conforme conversaram iam fazer um bivaque. O chefe sênior dizendo que a reunião seria uma visita em outro grupo. Ele deu um sorriso. Um Diretor de Escotismo tem sempre que sorrir. Sábado cedo olhou seu uniforme. Estava limpo. Bem passado. Olhou no espelho quando o colocou. Gostou do que viu. Afinal era o exemplo e ele fazia questão disto. Chegou meia hora antes. Lá estavam espalhados pelo pátio, seu salário do dia. Quantos sorrisos. Melhor possível chefe! Sempre Alerta Chefe, Alô meu grande chefe. Saudades de você. Como foi a semana? E ele se perguntava, é preciso de dinheiro para fazer isso? Escotismo é para ricos? Não é. Eles são como eu. Aqui não existe a riqueza, a tristeza só a felicidade.

Três casos, três fatos. Quantos como eles estão agora em reunião? Em acampamentos? Em excursões, em acantonamentos? E sei, tenho certeza, sou capaz de dar minha vida para dizer que eles são felizes. E como devem estar sorrindo. Não são ricos. Sabem que algumas atividades precisariam, mas e daí? Que os que podem pagar sejam felizes. Uma família feliz. Um grupo feliz. Lutam com dificuldade, mas todo ano fazem seus registros. Não comentam a política, não é o caso. O que importa para eles não é a riqueza que o dinheiro trás. Eles são ricos, são mesmos. Estão junto de jovens que dão belos sorrisos. E cá prá nós, tem riqueza maior?

Osvaldo um escoteiro

RECORDAÇÕES



RECORDAÇÕES

A mochila parecia estar cheia de chumbo. Pesada! Minhas pernas pediam para parar, mas não estava tão longe o acampamento. Tirei meu chapéu de três bicos e passei um lenço no rosto. O suor do escoteiro não o deixava desistir. Ao longe avistei uma bela Acácia. Enorme, florida, flores amarelas. Davam um colorido especial ao lugar. Embaixo uma sombra que dizia – Vem cá escoteiro! Descanse aqui! Porque não? Pensei. Deitei, olhei para o céu, o sol estava se pondo, lembrei que um dia disseram-me – Vermelho ao sol por, delicia do pastor.

Dormi um sono lindo. Acordei com trovões, relâmpagos, uma chuva torrencial. Tirei minha capa e me enrosquei com ela e a Acácia. Dormi de novo. Acordei pela manhã com um lindo sol brilhando, o corpo coberto com as flores amarelas da Acácia. Canários Belgas cantando sobre a minha cabeça. Nas campinas ali perto as borboletas coloridas brincavam de esconde-esconde. O riacho ao lado cantava canções de ninar.

Vamos escoteiro, pé na taboa, afinal esperam você lá ao longe, não era seu destino? E olhe já avisto o acampamento! Isso mesmo. Bandeiras ao vento! Aperte o chapéu. Brisa no rosto, aquele sorriso e vamos encontrar com nossos irmãos escoteiros!

Lá ao longe, muito distante,
Fica o campo aonde eu vou.
Paisagem bela, e deslumbrante
Onde a tropa já avistou!

Vim da cidade, vida agitada,
Agora quero é descansar!
Vou para longe, muito longe ao pé da serra,
Com a tropa, acampar! 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PORQUE SER UM MEMBRO DE GIWELL? PARA SER IMPORTANTE NO ESCOTISMO?T




PORQUE SER UM MEMBRO DE GIWELL? PARA SER IMPORTANTE NO ESCOTISMO?

(A origem das pequenas contas de madeira está envolta num misto de história e lenda, romantizada por estórias passadas de década para década. Embora haja dúvidas quanto à veracidade de alguns acontecimentos freqüentemente relatados, o certo é que estas contas não são umas contas quaisquer).

                O Parque de Gilwell e o Curso da Insígnia de Madeira trouxeram ao Escotismo uma série de símbolos que nos são, ainda hoje, bastante familiares: o lenço, o anel, o colar de contas, o portão dos leopardos e o machado enterrado no tronco.

               Gidney criou o chamado 1º Grupo de Gilwell e o respectivo lenço, em 1921. Fazem parte deste grupo, por tradição, todos os dirigentes, de todo o mundo, portadores da Insígnia de Madeira. Aos primeiros formandos dos cursos era entregue um lenço, de cor exterior cinzenta (cor da humildade) e interior rosa-vermelho. Todos que ali estiveram, passaram a usar um lenço igual, independentemente da posição que ocupassem no escotismo. No final do curso, os lenços eram devolvidos ao parque. Posteriormente, o cinzento exterior foi substituído por um tom bege-areia, não havendo registro de quando passou a ser usada esta cor.

Chegou a ser usado um lenço feito totalmente com o tartan do clã Maclaren, em homenagem ao homem que doou o dinheiro necessário para a compra do parque, mas, devido ao custo excessivo do tecido, o tartan passou a figurar apenas num retângulo no vértice do lenço. Inicialmente, o lenço do 1º Grupo era também usado pelo staff do parque, mas, a partir de 1924, passou a ser restrito aos portadores da Insígnia de Madeira. O tartan é propriedade registrada do clã Maclaren. O seu uso é permitido apenas no lenço de Gilwell e não pode ser usado para outro fim.

                Quando os primeiros países estrangeiros começaram a ministrar os seus próprios cursos de Insígnia de Madeira, os diretores desses cursos eram nomeados representantes do Parque de Gilwell nos seus países, usando um colar com cinco contas, uma suposta tradição lançada por B-P. O próprio B-P usava um colar com seis contas. O outro colar de seis contas que surgiu foi oferecido por B-P a Sir Percy Everett, que o auxiliou desde os primeiros dias do escotismo e esteve diretamente ligado à formação de dirigentes. Em 1949, Everett entregou o seu colar de seis contas ao Chefe de Campo do Parque de Gilwell, John Thurman, para ser usado pela pessoa responsável pela formação de adultos na Inglaterra, tradição que se mantém ainda hoje.
                Deixemos os preâmbulos e vamos direto ao ponto. Você já é ou gostaria de ser um membro do 1º Grupo de Gilwell? É uma honra? Um orgulho? Só após a conquista você pode ser chamado de Chefe? Chefe? Brincando, dizem que quem tem chefe é índio. Mas olhe eu gosto do termo. Risos. Escotista ajuda, mas prefiro chefe. Os jovens olham para mim e dizem, olá chefe! Nunca me dizem olá escotista.

              Mas pensem bem, quando se é portador da Insígnia, significa que você está preparado para liderar uma sessão escoteira. Mas não acredite que o ápice é este. Não é. Tem muito caminho a ser percorrido. Portanto lute para ser um Insígnia de Madeira. Lembre-se, não seja um snobe (definição de uma pessoa que menospreza aqueles que não têm prestígio ou posição social). Lembre-se você agora é um membro de Gilwell, seu prestígio aumentou, mas continua a ser um escoteiro amigo de todos e irmãos dos demais escoteiros. Repetindo uma estrofe de um poema que fiz a muitos e muitos anos.

“Deixe de lado esta mania de grandeza
Faça seu trabalho com poucos, mas com certeza.
Este jogo é como pedra de moinho e
Se bem aplicado terás alegrias e não tristeza!”

O general Sir Robert Lockhart, dirigente da Associação dos Escoteiros da Inglaterra, afirmou a propósito do assunto, em 1954 – “Treinamento é algo absolutamente vital, interessante e importante, porque nosso Movimento é, acima de tudo, um Movimento de Treinamento. O espírito do Escotismo não é uma coisa que pode ser ensinado, disse.” Pode ser absorvido e adquiro vivendo com as pessoas que mostram isso publicamente em suas vidas e em uma atmosfera deste espírito.

Os pioneiros do Escotismo entenderam a utilidade e a urgência de que os líderes conheçam seus objetivos e saibam como alcançá-los. James E. West, primeiro Chefe Escoteiro dos Estados Unidos, que ficou no posto por mais de 33 anos, definiu este problema quando perguntado sobre quais as três coisas que o Escotismo precisava mais. Respondeu: "treinamento, treinamento, treinamento.

“Coloque sua mochila, cante uma canção e parta conosco para essa bela aventura!”

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O CUSTO VALE A PENA?



O custo vale à pena?
Para o chefe ou a chefe escoteira meditar...

Não é um tema interessante? Não sei. Pode ser que não. Mas eu lhe pergunto quanto você gasta para ser Chefe Escoteiro? Muito pouco? Razoável? Além do que pode gastar? Os amigos devem estar estranhando porque entrei nesse tema. Por quê? Olhem, tenho tentado defender por todos os meios o que o Escotismo através de suas direções fazem. Contam-me cada uma. Não vou repetir aqui, mas as principais se referem à tecnocracia de alguns dirigentes, ou mesmo a “arrogância de outros” “ou o profissionalismo de muitos” e depois os gastos excessivos que fazem para serem chefes escoteiros.

Verdade. Parece para alguns que não é muito, mas para outros, que no fim do mês olham as contas de água, luz, telefone, gás, internet, prestação A, B e C, colégio ou material didático dos filhos ficam deveras assustados. E o salário? Sumindo! E agora vem aquele curso, aquele Jamboree, e o acampamento, aquela viagem de linda programada pelo Distrito. Como fazer? Claro dirão. Os Grupos Escoteiros devem estar reestruturados para isso. São eles que arcam com essas despesas. Verdade mesmo? Vocês acreditam nisso? Eu não. Pode ser que uma porcentagem o faça, mas a grande maioria não.

Se a esposa, ou a família não participa, sempre existe aquele ressentimento. Você devia pagar isso, comprar aquilo e não ficar gastando com o escotismo. Mas o menino não tinha condições! Tinha de ajudá-lo. E assim vai. Família, eu vi um curso que quero fazer. Se calcularem bem não é caro. A diária é mínima. A de um hotel cinco estrelas é bem maior! Afinal preciso “tirar” minha Insígnia da Madeira. Sera que ele não está enganando a si próprio? Sabe que irá gastar logo no inicio do ano, onde tantas contas para pagar estão sobre a mesa e mesmo assim acha que dá para fazer o tal curso ou ir naquela atividade escoteira.

Depois ele chega lá, e vê tantos figurões, gente linda, bem uniformizada, de lenço da Insígnia, e diz para si próprio – Agora sim, vou aprender tudo! Desculpem a brincadeira. Sem ofensas aos bravos membros da Equipe Nacional de Formação. Bravos sim. Sei do trabalho insano que fazem para ajudar o Escotismo Brasileiro. Eu fui um deles no passado. Claro, hoje são tantos que na minha época tinha imensas dificuldades para formar uma equipe de curso. Hoje não. Nas fotos lá estão cinco, sete já vi até oito deles dirigindo uns dez alunos! Deve ter sido um lindo curso.

Sem criticas. Não estou lá agora. Não sei como é. Mas sei como era. Lutava para baratear a taxa. Brigava mesmo por isso. Tinha um executivo. Ele andava. Visitava super mercados. De uniforme, ganhava muita coisa do cardápio. Eu mesmo convidava pais para ajudar na cozinha. A região na época não nadava em dinheiro (agora sei que também não) mas as taxas sempre ela cobria uma parte. No final todos podiam pagar sem prejudicar suas finanças pessoais. Fazíamos um escotismo sem pretensão de sobrar da taxa para a região.

Estão rindo? Outra época? Deve ser. Hoje os profissionais substituíram os amadores do passado. Acho que eu era um amador. Mas sabe, eu gostava de ser um amador. De conseguir auxilio em todos os lugares para ajudar aos jovens a participar de atividades regionais, ou mesmo distritais. Foram diversas. Uma taxa “pequenina, pequeninita”, infinitamente pequena. Com orgulho lá estavam patrulhas de toda a região ou do distrito.

Gostaria de defender a UEB, as Regiões, Os distritos, Os grupos, mas estão dificultando essa defesa. Muitos que abandonam o escotismo sempre reclamando a mesma coisa. Todos já disseram e eu repito, quando Baden Powell fundou o escotismo, era para os jovens humildes e pobres. Hoje ele caminha para a elite.

Perguntem aos chefes do Brasil. Perguntem aos que se foram. Principalmente a muitos Insígnias da Madeira que não mais estão na ativa.  Não perguntem a mim. São eles que comentam sempre. Que se lembram do passado e não gostam do presente. Mas afinal estou fazendo o que aqui? O movimento escoteiro no Brasil cresce a olhos vistos. Para que me preocupar?

E para terminar, não dá para diminuir um pouco essa taxa? Não? Você a acha pequena? Boa atividade meu amigo. Eu desejo de coração que o curso e o Jamboree, sejam um sucesso! Não tenho mais nada a dizer.

Eu não sou pobre, apenas um rico em dificuldade. 
Doutor Fé

terça-feira, 31 de janeiro de 2012



TÉCNICAS DE ACAMPAMENTO

“Quem ao crepúsculo já sentiu o cheiro da fumaça de lenha, quem já ouviu o crepitar do lenho ardendo, quem é rápido em entender os ruídos da noite;... deixai-o seguir com os outros, pois os passos dos jovens se volvem aos campos do desejo provado e do encanto reconhecido...”

KIPLING

        A arte de acampar. Existe? Li em algum lugar que se instalamos barracas e dormimos nelas, então estamos acampando. Simples não? Vejam outra descrição: Acampamento (do inglês, camping) é um local onde se estabelecem barracas ou tendas, geralmente com proximidade à natureza onde toda a infra-estrutura é levada pelos campistas, tal prática é conhecida por campismo. Bem essa é mais abrangente. Mas ainda está longe do que chamamos Técnicas de Acampamento olhando é claro nossos objetivos escoteiros.

                 Não estou e nem pretendo ensinar aos nossos e nossas escotistas, que são chefes de tropas escoteiras ou seniores (guias). Sei perfeitamente que estão aptos a desenvolverem essas técnicas e suas tropas são exímios mateiros no bom sentido da palavra. Penso ou até posso estar enganado que BP tão maravilhosamente nos trouxe essas técnicas dentro dos seus princípios e métodos escoteiros. Ele sempre foi enfático em dizer que atividades ao ar livre é o mais importante em nosso movimento. E é nessas atividades que os jovens podem jogar o seu próprio jogo. Aprender a fazer fazendo.

            Técnicas de Acampamento. Existe mesmo? Dizem que foi isso que BP fez quando acampou pela primeira vez em Brownsea. Dizem, não sei. Várias vezes eu conheci tropas que fizeram assim e alcançaram excelentes resultados.               E quais são esses resultados? – Sem sombra de dúvida é manter o jovem por mais tempo nas fileiras escoteiras e quando adultos mostrar que é digno, que seu caráter se afirme e demonstra o alto espírito escoteiro de que é possuído. Vejamos o meu pensamento:

- Vocês fazem um mínimo de dois acampamentos por ano? Três excursões por ano? Uma atividade aventureira por ano? Estou falando com a tropa. Não atividades distritais ou regionais.

- Vocês acampam com seus monitores pelo menos duas vezes ano? Seus monitores já se desincumbem sozinhos na arte mateira? Eles estão em perfeita sintonia com suas patrulhas? No campo as patrulhas cozinham para si? Em qualquer situação sempre tem no seu campo um fogão suspenso, uma mesa, bancos e toldos? Fazem uso de um WC/Geral? Feito é claro pela patrulha de serviço?

- Suas patrulhas já possuem e mantêm com orgulho todo material de intendência? Aí incluído sapa, panelas, barracas, e outros? As patrulhas já conseguem transportar para distancias longas em sacos ou similares? Ao primeiro sinal de chuva elas já estão devidamente preparadas, pois conhecem a técnica de previsão de chuva e sabem como agir nesses casos? (alguns dizem que nas grandes cidades muito do que se diz aqui é impossível. Não sei. Já vi tropas fazendo)

- Na falta de cabos ou sisal, elas são peritas no uso do cipó? Conhecem e sabem a melhor maneira de utilizá-lo? Além dos nós, amarras e costuras de arremate elas dominam perfeitamente a confecção de uma cabana ou oca indígena?

- Vocês sempre têm a mão ótimos locais para atividades ao ar livre? Tem bom trânsito com os proprietários? Já entregaram para ele um lenço do grupo em uma cerimônia de bandeira como prova de agradecmento? Ele sabe que vocês irão deixar o campo exatamente como o encontraram?

- Os monitores já discutem em patrulha os programas da tropa principalmente os de atividade ao ar livre? Você os consulta? Muitas atividades já são dirigidas por eles? Toda patrulha já tem seus cozinheiros e se orgulham dele? Todos os demais têm seu cargo na patrulha e o cumprem satisfatoriamente?

- Você é daqueles que não sai de perto da patrulha no campo ou aquele que deixa eles aprender fazendo? Ensinou a eles o respeito pela natureza? Sabem distinguir uma água potável de uma não potável? É exigente com o uniforme mesmo acampado? Suas inspeções são sempre pela manhã ou tem também inspeções surpresas? Você conhece perfeitamente as regras do POR sobre normas para acampar?

No retorno o material já vem limpo, arrumado e empacotado ou isso é feito na sede em um dia de reunião? Uma semana após, você pede às patrulhas que se reúnam e façam um relatório do que gostaram e do que não gostaram?

     E para terminar meu amigo chefe saiba que se você faz tudo isso e eles deram boa nota a tudo, sua alegria vai ser inesquecível. Portanto se isso ainda não acontece, não sei não. Acho que tem alguma coisa errada ou eu não estou vivendo o escotismo como Baden Powell o idealizou. Assim acredito que você ainda não acertou o seu caminho para o sucesso.

      E para finalizar, deixo bem claro. O que importa são os resultados. Se você não faz assim e, no entanto suas patrulhas são ótimas, quase ninguém abandona o escotismo e até as entradas são raras, se já os viu adulto na comunidade mostrando que são portadores do que achamos ser o Espírito Escoteiro, então não há que se preocupar. Não é só o que disse que é valido. Parabéns! 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ONDE ESTÁ O CAMINHO A SEGUIR?



Onde está o caminho a seguir?

Do livro Brida...
Estava na praia com o meu pai, e ele me pediu para ver se a temperatura da água estava boa.
Ela estava com cinco anos, e ficou contente de poder ajudar; foi até a beira da água e molhou os seus pés.
 “Coloquei os pés, está fria", disse para ele.
O pai pegou-a no colo, caminhou com ela até a beira do mar, e sem qualquer aviso, atirou-a dentro da água.
ela levou um susto, mas depois ficou contente com a brincadeira.
 “Como está à água?" perguntou o pai.
 “Está gostosa", respondeu.
 “Então, daqui pra frente, quando você quiser saber alguma coisa, mergulhe nela".

Não sou mais o "Velho" estudioso do passado. Tento ler quando possível as novas mudanças, mas sinto dificuldades em interpretá-las. Meus olhos estão um pouco cansados. São tantas resoluções normas, artigos que fazem da minha cabeça um redemoinho. Sei que sem entender bem os novos ventos escoteiros não posso discutir os velhos ventos que já ser perderam no tempo. Antes achava tudo muito simples. Três ou quatro e o feijão com arroz ficava pronto. Hoje não.

Outro dia recebi um email de um jovem Escotista. Dizia – Leio seus escritos. Alguns bons outros não. Se não vai até um grupo trabalhar, melhor não ficar dando opinião. Eu estou em uma tropa. Amo o escotismo. Porque não faz como eu?  O passado Osvaldo ficou para trás. Agora temos outro escotismo. Mais moderno mais atual. Tente conhecer melhor para não ficar só fazendo críticas.

Chamava-me de Osvaldo. Não chefe Osvaldo ou senhor Osvaldo. Até aí tudo bem. Fiz um exame de consciência. Tentei me colocar com a idade que tenho como um novo voluntário em um Grupo Escoteiro qualquer. Sabem? Eu não saberia preencher a tal ficha de inscrição. Muito complicada para mim. Tentei mas achei que não iria me enquadrar em nada. Mas suponhamos que fosse aceito. Teria um “assessor pessoal”, ele iria dizer no final se seria aprovado ou não. Afinal não é assim que funciona?

Passado alguns meses, vi em sonhos o assessor pessoal dizendo ao seu superior o seguinte – Olhe chefe, acho que o "Velho" não serve. Não me ouve e sempre discute comigo o que tento passar para ele. Veja, ele no primeiro dia já criticou a forma com que fazemos o cerimonial. Disse que devíamos ter uma patrulha de serviço ou matilha. Pode isso? Deixar para os meninos tamanha responsabilidade? O pior, nas reuniões fica dizendo aos chefes que não devem ficar dando palestras, por mais de 10 m., e que quando fizerem isso procurem um local adequado, etc. e etc. Completou. Depois de 10 minutos ninguém está mais prestando atenção!

E sabe o que mais? No acampamento. Criticou o tempo todo porque levamos os lobinhos, escoteiros, seniores todo mundo junto e fazíamos jogos e atividades escoteiras e devíamos fazer em separado. E olhe, falou um monte dos pais fazerem as refeições para todos. Usem as patrulhas, elas devem ser autônomas. Uma piada chefe. O cara não dá. É “carne de pescoço” vive cobrando que façamos pelo menos uma reunião de chefes por mês. Reclama de tudo. Acha que somos ásperos de vez em quando. E ainda quer que nos transformemos em anjos. Detesta uma piadinha e reclama dos meninos e meninas dizerem de vez em quando uns palavrões! E a Lei escoteira? Só reclama.

Cobra da gente tudo. Boa ação, treinamento dos monitores, um pouco de autonomia as matilhas, mais atividades e menos papeis coloridos. Fala sempre numa tal pontuação mensal. Reclama por que nos os chefes arrumamos a sede. Fala com nosso Diretor Técnico como se ele fosse sim o professor. Vive enchendo a paciência que não somos democráticos. Não ouvimos o que os meninos têm a dizer. Outro dia fizemos a promessa de seis de uma vez. Foi uma festa. Eles nos procuraram claro, sei que nosso grupo é bom. Sei que muitos estão saindo, mas eu disse a ele que nem todo mundo nasceu para ser escoteiro. Se quiserem ir embora xau!

Reclama sempre porque o distrito faz muitas atividades. Reclama mais ainda porque nós os chefes sempre vamos a Jamborees, Grande atividades escoteiras e os meninos não vão. Pode? Afinal somos adultos. Podemos pagar. Para isso trabalhamos. Quando eles crescerem poderá fazer o mesmo não acha? Olhe se fosse enumerar tudo o mandaria para a “Tonga da mironga do cabuletê”. O cara é carne de pescoço mesmo! E olhe, fique lá conosco uma reunião e você vai ver o "Velho". Só “enchendo o saco”!

É, o melhor é ficar na minha. São tantas atribulações e exigências que não iria ser aceito mesmo. Eu sei que sou um "Velho chato” mesmo. Não vou parar. Podem me chamar do que quiserem. Minhas idéias do que aprendi eu irei insistir até o fim da minha vida. Não sou perfeito eu sei, mas queira ou não é a única coisa que posso fazer. Lutar pelos meus ideais!

E por fim, o velho chato. O velho chato é aquele que já viu de tudo, sabe de tudo, comeu de tudo, trabalhou de tudo na vida.
Foi sapateiro, fazendeiro, caminhoneiro, lenhador, pescador, dentista, e quem sabe escoteiro. Na época dele ele serviu o exército e fez maravilhas que nem o Indiana Jones faria. Os peixes que ele pescava mal cabiam no mar. Adora falar sobre a guerra e sempre te dá conselhos QUE VOCÊ NÃO DEVE SEGUIR. A esposa dele não é chata, ela é uma velhinha carinhosa e cansada, sentada numa cadeira, fazendo tricô, que só quer te oferecer bolinhos, biscoitos e cafezinho. Se a velhinha é viúva, aí lascou tudo... Ela é boazinha, mas é triste e solitária, quando recebe uma visita faz questão de te tratar como um príncipe, mas você não gosta de velhinhas e tá morrendo de pressa! Só passou na casa dela pra fazer algum favor pra sua mãe. A principal função dos velhinhos chatos é tomar o seu tempo e gastar os seus ouvidos!!!

domingo, 29 de janeiro de 2012

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DE SEU FILHO



UMA CARTA PERFEITA. QUEM SABE NÃO SERVE PARA NÓS CHEFES ESCOTEIROS?

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO:

 "Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também... um amigo ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada ensine-o a perder, mas também, a saber, gozar da vitória.

Afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales. Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

 Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
“Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer caro professor.”

 Abraham Lincoln, 1830