Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Minha incrível e saudosa Cascavel da pele vermelha.


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Minha incrível e saudosa Cascavel da pele vermelha.

        Não se enganem. Foi mesmo uma grande amiga. Não falo do ser humano, por favor! Falo de uma cascavel que morava nas Colinas do Pastor. Acho que foi em um inverno rigoroso que a conheci. Foi assim subitamente e não esperava. Andando na mata espessa fiquei preso com o pé direito entre dois galhos secos. Tentava sair e não conseguia. Não era longe do nosso campo de patrulha. Porque saí só? Quer saber mesmo? Fui procurar um lugar mais calmo para falar com o Miguel. Risos. Acho que vocês sabem quem é o Miguel e não dá para levar companhia. Estava eu lá olhando a folhagem de uma bela Aroeira Pimenteira, enorme, parecendo ter mais de duzentos anos de idade quando ouvi o chocalho. Nem deu tempo para fazer os “entretantos”. Sabia que o chocalhar de um chocalho é pernas para quem vos quero. Não deu outra dois passos e fiquei preso com o pé direito e o esquerdo ali se oferecendo para uma mordidinha que iria me fazer feliz para sempre lá no céu.

         Eu sabia que muitos falam mal das cobras. Dizem que são animais traiçoeiros e devemos ter o máximo de cuidado. Eu nunca tive medo delas. Sabia que só nos atacam quando se sentem ameaçadas ou algum infeliz pisa em cima delas. Até aquele dia tinha visto inúmeras Cascáveis. Nossa patrulha tinha um convenio com o Instituto Butantã em São Paulo. Eles nos mandavam as caixas de madeiras apropriadas e era só entregar ao Chefe da Estação da Vitória Minas e ele enviava. Em troca nos mandavam soro antiofídico que era doado para o hospital local. A Cascavel sempre foi a mais temida. Seu chocalho arrepiava os mais valentes dos Escoteiros e até o Zé Morto Vivo quase morreu quando foi picado e olhe, estava com um trinta e oito, um fuzil Mauser, duas facas e dois punhais. Não morreu, pois o humilde Zé Morto Vivo tinha uma reza “braba”. Portanto vamos dar um crédito as Cascavéis. Elas avisam e muito. Só um idiota e um imbecil não foge do seu chocalho.

       Falando em chocalho dizem que a gente pode saber quantos anos ela tem. Comentam a boca pequena que cada anel, ou melhor, cada guizo é formado quando ela troca de pele. A pele sai no sentido da cabeça para a cauda e ai, uma parte fica presa formando um dos anéis. Comentam também que a vida útil (ou inútil para quem já foi mordido e não foi desta para melhor) troca de pele três ou quatros vezes por ano. Portanto uma cobra com nove anéis no chocalho tem provavelmente entre dois e três anos. Mas vamos com a história da minha querida Cascavel da Pele Vermelha. Ela sim já me avisara que estava ali. Que eu me mandasse rápido pela trilha que tinha vindo. Mas o pé direito preso e ainda colocando as calças no lugar certo só me cabia rezar. Foi então que um Sapinho-cururu passou por mim e não viu a linda cascavel de bote armado. Bela refeição ela comeu.

         A cobra se esticou toda. O pobre do sapinho tentava mesmo vivo sair da barriga dela. Não conseguia. Fiquei com pena do sapinho. Tão miudinho e servindo de lauta refeição para Dona Cascavel. Consegui me desvencilhar e me mandei dali. Uma hora depois vi de novo a Cascavel da pele vermelha na porta do nosso campo de patrulha. Todos gritaram – Mata! Mata! E só vi o tripé de bastões balançar e servir aos valentes patrulheiros. Ela é claro deu no pé ou no rabo não sei. Passou meia hora e lá estava ela de novo a me olhar. Não olhava para nenhum dos big boys Scouts, só para mim. Caramba, pensei. Será que se apaixonou? Eu namorar uma Cascavel? Eis que neste interim vai a passos de tartaruga uma grande e deliciosa lesma. Pluf! Uma bocada e lá foi a lesminha para o fundo do poço da Cascavel.

           Estava agora entendendo a jogada da Dona Cascavel da pele vermelha. Ela sabia que ao meu lado um lauto almoço sempre aparecia. Fazer o que com sua escolha em me ter como Mestre Cuca Cobreiro? Melhor explicar a patrulha e deixá-la vaguear pelo campo. Ela não ia morder ninguém. Foi à conta. A Cascavel da pele vermelha virou o xodó da patrulha. Alguns até brincavam de pique esconde com ela. Boca Larga subiu em uma arvore e gritou – Você não me pega! Você não me pega! Coitado, só viu quando a Cascavel da pele vermelha começou a se enroscar no troco e ele pulou de uma altura de mais de dez metros. Nada demais. Apenas uma luxação que nós grandes socorristas que éramos o tratamos melhores que os médicos importados do estrangeiro.

          Durante os quatro dias de campo nossa amiga permaneceu lá. Quando fazíamos o sinal Escoteiro para ela, em troca balançava seu chocalho. No último dia vi que ela tinha engordado e já nem ligava mais para os girinos, sapinhos e outros bichos e insetos e só queria dormitar na minha barraca. Ficava lá horas e horas e até acostumei com ela à noite dormindo no pé da minha cama. Isto mesmo. Uma cama! Naquela época sempre fazíamos uma para nós. Época boa, bom recordar. Mas enfim, o último dia chegou. Formada a patrulha em frente onde estava arvorada a bandeira, chegou a hora do adeus. – Lobos! A Bandeira em saudação! No pé da arvore onde estava arvorada a bandeira a Cascavel da pele vermelha acompanhava a cerimonia. Tudo desmontado e já ensacado nas bicicletas era se despedir do local e se mandar. Seriam mais de vinte e cinco quilômetros a percorrer. Saindo às cinco da tarde no mais tardar às oito da noite estaríamos em casa.

           Olhei para trás e vi a Cascavel tentando nos acompanhar. Não deu. Pegamos uma descida que dava para fazer até cinquenta quilômetros por hora. Nem lembrava mais da Cascavel da pele vermelha e na segunda quando voltava da escola uma surpresa. No portão da minha casa lá estava a minha querida amiga a Cascavel da Pele vermelha. Como ela achou a minha casa não sei explicar. Expliquei a mamãe e ao papai como ela era. Minhas duas irmãs sorriram. Para dizer a verdade nunca dei alimentação para ela. Morou conosco por muitos anos. Seu Zé Carapinha nosso vizinho foi quem comentou que outra cascavel estava junto a ela. Partiram em um domingo de verão. Tempos depois passei a receber a visita dela e seus novos familiares. Uma dezena de cascáveis ali na porta de casa chocalhando como se estivessem nos cumprimentando. Fizeram isto por muitos anos até que nunca mais a vi. Por onde anda? Se estiver aqui no bairro é melhor esquecer. Todos tem medo dela. Se alguém a visse enquanto não a mandasse para a terra das Cobras Mortas não ficaria satisfeito.


          Cobras. E quem tem medo delas? Eu nunca tive. Sabia como evitar, como pegar, como correr mesmo com as calças na mão saindo em disparada do Miguel. Faz parte da vida de nós Escoteiros acampadores. De vez em quando sonho com ela, trocando a pele, engolindo um sapinho que gemia para sair de sua barriga. Sonho bobo não? É de vez em quando sinto saudade da minha amiga a Cascavel da pele vermelha. Que onde estiver que esteja feliz e que viva para sempre se é que não se reencarnou novamente. Risos!

Quem são eles?


Quem são eles?

Ei você, por favor, me diga, quem são eles?
Estes sorrisos cantorias são mesmo deles?
Aonde vão com essa tralha no costado,
Partem em bandos nem parecem assustados
Dizem que vão para os campos e montes,
Cheios de esperanças a beber água na fonte.

Sei que são meninos cheios de esperanças
A correr com bandeiras nas andanças,
No regato águas límpidas e formosas,
Contam casos contam prosas.
No lusco fusco do sol da tarde
Armam barracas sem fazer alarde.

Usam mochilas, distintivos e chapéu.
Usam lenço amarrados ao arganéu.
Na ravina eles gostam das flores
Orgulham da promessa, dos seus valores.
Armam barracas, arvoram bandeiras.
A moeda da boa ação está na algibeira.

Ei jovem, me diga quem são?
Vejo vocês fazendo boa ação,
Moço, sou menino, sou faceiro,
Olhe bem, sou Escoteiro
Amo a Deus, amo meus amigos
Amo a pátria e da lei os seus artigos.

Pensei que eram simples meninos
Enganei-me, eram divinos.
Batutas, energia que consomem
Sem duvida em breve serão homens.
Nunca seriam esquecidos forasteiros
Pois ali estavam verdadeiros Escoteiros.

Se um dia perguntarem Aonde vão
Diga com calma com amor no coração.
Eles? Meu amigo, são alegres faceiros
São meninos, eles são Escoteiros.
Vivem de sonhos correndo neste céu cor de anil,

São sinceros, são amigos, são Escoteiros do Brasil!   

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Vale a pena pensar? Ou é melhor aceitar e obedecer?


Conversa ao pé do fogo.
Vale a pena pensar? Ou é melhor aceitar e obedecer?

                   Sem nada o que fazer eu fiquei hoje pela manhã pensando. Porque nós do movimento escoteiro aceitamos tudo que nossos lideres ordenam? Porque não somos consultados? Porque não podemos votar e ser votado? Afinal eles foram eleitos por menos de  0,5% do nosso efetivo e dizem que esta é a norma atual. Batem no peito que é estatutário. Foi você quem propôs esta norma, este estatuto? Você sugeriu? Participou da discussão quando foi implantado? E ninguém discute? Ninguém comenta? Todos aceitam como se eles tivessem o poder de decisão que não é contestada? Quem sabe os politicamente corretos que dizem que somos um movimento obediente e disciplinado justifica nossa passividade em tudo que recebemos? Gosto de ver estes obedientes e disciplinados quando dizem:

                 - Vamos nos preocupar com os jovens. Estamos aqui para isto. Eles precisam de nós. Os dirigentes que fiquem em paz ou: - Se acha que devemos ter mudanças e não concorda com o que está aí vá à assembléia. E quem foi lá sabe que perdeu tempo. E quanto tempo. Eu que o diga. Mas vamos ver o que BP disse sobre isto. Será que ele era cordato como nós somos? Afinal foi ele quem nos deu este Escotismo maravilhoso que praticamos. Leiam e meditem em suas palavras:

“A maior ameaça a uma democracia é o homem que não quer pensar pôr si mesmo e não quer aprender a pensar logicamente em linha reta, tal como aprendeu a andar em linha reta”. A democracia pode salvar o mundo, porém jamais será salva enquanto os preguiçosos mentais não forem salvos de si mesmos. Eles não querem pensar, desejam apenas ir para frente, seguindo a ponta do nariz através da vida. E geralmente, estes, alguém os guia puxando-os pelo nariz!
- Saia da sua estreita rotina se quer alargar sua mente.

“Tem gente que é um gansinho no modo que vai atrás, Dos outros que vão à frente - nem sabe para onde vai... Nas pisadas do pai ganso, vai pisando o filho atrás! Ele nunca fará nada que não tenha feito o pai”.

"Não se contente com o que, mas consiga descobrir o porquê e como."
“O homem não é apenas um plano, e a vida uma espécie de barco que todo mundo tem que levar a bom termo.”
"Nunca um homem que nunca cometeu erros fez nada."

O Cuco-humano é geralmente uma espécie de gente superior que, numa questão, só vê o lado que lhe interessa e o de mais ninguém. É um homem interessado em si próprio, que quer apenas impor a sua vontade ao mundo; aproveita-se do trabalho de gente mais humilde ou então afasta os outros que possam estar a caminho de conquistar as coisas que ele deseja.
Você vai encontrar o Cuco-humano sob várias formas: fanáticos, políticos demagógicos, pedantes intelectuais, esnobes sociais e outros extremistas e até no escotismo (estamos cheios de cucos humanos).
Quanto a estes Cucos a dois perigos: - Um é que você pode ser iludido a seguir a sua liderança. - O outro é que você pode se tornar num Cuco.

REME SUA CANOA
Canção (Paródia)

Um homem não deve ser boi de rebanho que vai empurrado pra frente sem ver:
Se firma o caráter, faz sua tarefa. E rema a canoa para onde quiser.
Sem medo, ele olha os escolhos que enfrenta: Bebida, mulheres, o jogo e os espertos. Não vai encalhar, porque as rochas contorna.
Remando a canoa com os olhos abertos.

Côro – Portanto, ame o próximo com a si mesmo, Vá indo pra frente como o mundo faz Não fique sentado chorando assustado...
Conduz com o remo a canoa, rapaz!
Do livro, Escotismo para Rapazes de Baden Powell.


Cara inteligente este Baden-Powell.

domingo, 19 de outubro de 2014

Nossa! Você vai acampar?


Conversa a pé do fogo.
Nossa! Você vai acampar?

        Vou sim, desta vez vamos longe, mais de oito quilômetros a pé. – A pé? Mas como? Você não mora mais no interior, afinal nossa cidade é grande. Dei risadas. E daí? Está tudo preparado – Afinal fizemos duas excursões e um acampamento só de monitores no mês passado em um fim de semana para nos adestrar. Eles mesmos prepararam tudo que precisamos levar. E olhe tudo vai às costas, desta vez sem ônibus alugado e sem pais para ajudar no transporte. Pensei comigo – Seria isto possivel? Ele adivinhando o que eu pensada disse – Os monitores fizeram agora uma tal de ração A, B e C. A ração A é para uma atividade de um dia, a ração B para dois dias e a C para um acampamento de três dias ou mais. Assim fica mais fácil. Eles mesmos fizeram o cardápio, calcularam por pessoa e cada um dos participantes leva parte da ração. Tem aquelas que três levam arroz, tem aquela que um só leva. Eles acharam melhor um cardápio simples onde com uma panela, um caldeirão e uma frigideira eles fazem tudo. Achei interessante.

         Conta-me mais. E como é levada a intendência e o material de patrulha? - Fácil ele disse. Também dividida por cada um da patrulha. Agora usamos um lampião a querosene. Ele vai vazio e dentro de um vidro bem fechado leva-se o líquido. As barracas são pequenas e simples de carregar com a mão ou prender na mochila. Assim gastamos o mínimo possivel. Hoje a taxa foi de dez reais. Isto paga o ônibus ida e volta. Ele vai nos levar até o entroncamento da estrada de São Mateus. Lá vamos andar uns cinco quilômetros e chegaremos ao sítio do Leopardo. Fomos lá antes eu e os monitores. O proprietário é gente boa. Disse que o local estava às ordens para quando quiséssemos acampar. – Mas será que a tropa aguenta? Claro que sim, fizemos duas excursões. Uma delas andamos sete quilômetros e a outra foi noturna. Mais nove quilômetros à noite. Claro lá pelas duas da madrugada em uma clareira jogamos as lonas e dormimos sob as estrelas. Cada um levou seu lanche. E sabe o melhor? Neste acampamento só eu levarei o celular para uma emergência. Será mesmo um acampamento mateiro.

          Achei interessante. E o programa do acampamento já fez? – Este vai ser um programa especial. Foram os monitores ouvindo suas patrulhas quem prepararam tudo. Vamos ter sim o normal de um acampamento de três dias. Levantar as seis, um pouco de física, café as oito e inspeção as nove. Lembre-se vamos acampar nos moldes de Giwell. Cada patrulha é autônoma. Terá seu campo de patrulha longe mais de 40 metros umas das outras. Desta vez até eu e o Chefe Leão vamos levar nossa matutagem e nosso material. Nada de comer nas patrulhas. Elas só irão ter nossa presença se formos convidados. – Pensei comigo, será que vai dar certo? Era uma tropa acostumada a acampar com pais levando tudo, e inclusive alguns lanches eles faziam. Pensei comigo que isto não estava certo e agora vi uma mudança enorme. – Ele continuou, olhe teremos um programa sem muitos horários. Muitos reclamaram da falta de tempo livre para eles fazerem suas construções no campo de patrulha. As patrulhas irão aprender a seguir pistas de animais, Irão tentar tirar uma foto de um animal ou pássaro e vence aquela que chegar mais perto. Eles terão tempo para pescar, pois no cardápio está incluída uma fritada de peixes frescos. Risos.

          - E se chover? Se chover estaremos prontos. Nada de serviço de meteorologia pelo rádio. Eles irão aprender previsão de tempo dentro da mata e bosques. Pelas formigas, pelos pássaros, e claro os vagalumes noturnos irão ensinar se vai fazer frio, se o orvalho vai ser forte, irão descobrir ninhos para ver de onde vem à chuva, Prestarão atenção ao vento, quantos nós ele anda, e já decoraram as quadrinhas de previsão de tempo – Se tens vento e depois água deixe andar que não faz mágoa, mas se tem água e depois vento põe-te em guarda e toma tento. Vermelho ao sol por, delicia do pastor, orvalho de madrugada faz cantar a passarada, são tantas! Mas se chover mesmo vamos aprender a fazer um pequeno celeiro só nosso para abrigar a todos durante o dia. – Já treinamos isto com bambus e folhas verdes. E lá tem muito pés de banana, sabendo cortar a folha sem prejudicar o telhado ficará nos trinques. Vocês tem coragem eim? – Não é coragem, isto para nós agora é escotismo mateiro. Afinal aprender um nó na sede sem usar no campo não tem valor.

            E olhe vamos conversar só com transmissões à distância. Semáforos de dia e a noite Morse. Teremos um grande jogo cujas instruções serão ditadas por sinais de fumaça! - Caramba! Estou gostando do seu acampamento. Não deixe de me contar tudo. Quero fazer o mesmo na minha tropa. - Claro que sim. Contarei tim tim por tim tim. Risos. E quer saber mais? Desta vez teremos uma conversa ao pé do fogo, próximo a minha barraca, comendo batatas doce, um bule de café na brasa, contar causos e histórias, cantar e espreguiçar gostosamente, deitar na relva para ver as estrelas e ver os cometas passarem. Aprendi a me orientar pelas estrelas. Ensinei aos monitores e eles irão aprender mais com suas patrulhas. E o fogo do conselho? Olhe vai ser típico dos velhos mateiros. Não teremos animador de fogo, cada um senta onde quiser. A patrulha de serviço irá acender e manter o fogo em todo seu tempo. Cada um apresenta o que quiser. As palmas serão criadas na hora. As canções surgirão espontaneamente. Ah! Esqueci-me de dizer, quatro Escoteiros estão treinando há meses como gaitistas. Vai ser um festival de gaitas. Risos.

           - E sabe? Eles agora querem ser chamados com nomes indígenas nos fogos de conselho. Disseram que todos devem ter um nome de guerra. Aqueles que quiserem ou que já tiverem oito especialidades e o cordão verde amarelo será batizado com nome indígena a sua escolha. Irão saltar um pequeno fogo três vezes e a cada salto toda a tropa grita seu novo nome de guerra. Bem isto foi eles que escolheram afinal todo o acampamento foi programado por eles! Programa? Nada escrito, você já viu como vai ser. Cada Monitor se encarregará de uma parte. Esqueci-me de dizer, vamos fazer uma ponte pênsil em um córrego próximo. Estamos programando um jogo nela de rachar! Risos. As bolas de pano já estão prontas para a lança. Mas não vou contar – Pensei comigo acho que vai ser um acampamento inesquecível. Eu sabia que nem tudo daria certo, mas quem não aprende a fazer fazendo não é Escoteiro não é verdade?


E quer saber meu amigo, Deus com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar em nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos. Bonito isto não?