Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 5 de janeiro de 2013

A Acácia dos meus sonhos.



Conversa ao pé do fogo.
A Acácia dos meus sonhos.

A mochila parecia estar cheia de chumbo. Pesada! Minhas pernas pediam para parar, mas não estava tão longe o acampamento. Tirei meu chapéu de três bicos e passei um lenço no rosto. O suor do Escoteiro nunca o deixa desistir. Ao longe avistei uma bela Acácia. Enorme, florida, flores amarelas. Davam um colorido especial ao lugar. Embaixo uma sombra que dizia – Vem cá escoteiro! Descanse aqui! Porque não? Pensei. Fiz da mochila um travesseiro, a sombra da acácia convidava a um cochilo. Tirei o sapato, meus pés doíam. Do meu cantil joguei um pouco de água em meu rosto. Deitei, olhei para o céu, o sol estava se pondo, lembrei que um dia um Chefe me disse – Vermelho ao sol por, delicia do pastor.

Dormi um sono lindo e tranquilo. Acordei com trovões, relâmpagos, uma chuva torrencial. Tirei minha capa e me enrosquei com ela e a Acácia. Dormi de novo. Acordei pela manhã com um lindo sol brilhando, o corpo coberto com as flores amarelas da Acácia. Canários Belgas cantando sobre a minha cabeça. Nas campinas ali perto as borboletas coloridas brincavam de esconde-esconde. O riacho ao lado cantava canções de ninar. Fui até lá. Molhei meu rosto, fiz minha higiene matinal. Com a marmita fiz um café. Agradeci a Deus pelo dia. Hora de partir. Escoteiro sabe aonde vai.

Uma voz dizia para mim: - Vamos escoteiro, pé na taboa, afinal esperam você lá ao longe no acampamento. Não era meu destino? E olhe eu sei que do alto daquela montanha vou avistar as patrulhas acampadas. Isso mesmo. Bandeiras ao vento! Aperte o chapéu. Deixe o vento bater em seu rosto. Siga o sol. Chão de estrelas pise fundo, mas com cuidado. Que gostosa é a brisa da manhã dei o meu melhor sorriso e parti com rumo determinado. E lá fui eu para encontrar com meus irmãos escoteiros!

Lá ao longe, muito distante,
Fica o campo aonde eu vou.
Paisagem bela, e deslumbrante
Onde a tropa já avistou!

Vim da cidade, vida agitada,
Agora quero é descansar!
Vou para longe, muito longe ao pé da serra,
Com a tropa, acampar! 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chico Patávio, não provoque os fantasmas, um dia terá seu troco!



Lendas escoteiras.
Chico Patávio, não provoque os fantasmas, um dia terá seu troco!

              Chico Patávio tinha um ano de Sênior. Foi Escoteiro e fez a Rota Sênior desanimado. Achou que não ia dar certo. Ficou na Patrulha Rio Longo. Tudo ali mudou para ele. Uma amizade que nunca tinha visto igual. Respeito, sinceridade, alegria e fraternidade. Ele amava sua Patrulha e a tropa Sênior. Meio caladão. Falava pouco, mas todos gostavam de ouvir suas opiniões. Era uma tropa inteiramente masculina até que a tropa Escoteira feminina cresceu. Difícil criar uma tropa só de guias. No Conselho de Tropa aprovaram a vinda delas. Passaram cinco de uma vez. Uma rota Sênior difícil. Resolveram formar uma Patrulha feminina. Surgiu a Antares. Dizem que existe até hoje.

             Tudo era novo para os seniores. As moças eram tratadas a pão de ló. Uma época que o cavalheirismo imperava. Mas elas não gostavam deste tratamento. Passaram a desafiar as patrulhas masculinas e o pior, estavam ganhando em tudo. Sem querer surgiu uma animosidade logo quebrada com as vinda da Chefe Vanessa. Esta era calma e ponderada. Chico Patávio assistia a tudo calado. Mas ele não entendia sua queda por Tininha. Passou a sonhar com ela, que a levava ao cinema, passeava com ela no zoológico, mas era tudo sonho. Ela nem olhava para ele. Um dia mudou de tática. Disse a ela que tinha amigos fantasmas. Ela riu. Ele então inventou uma história do General Boca Torta e madame Cordélia do Papagaio. O que? Perguntou ela para Chico Patávio.  Um dia lhe conto. Ela ria e ele insistia que era verdade.

                Uma noite Chico Patávio acordou assustado. Ofegante tentou lembrar-se do sonho e não conseguiu. Isto aconteceu outras vezes. Foi em uma noite de agosto, relâmpagos prá todo lado, trovões que faziam assustar os mais valentes dos escoteiros, que Chico Patávio viu pela primeira vez o seu fantasma. Em carne e osso a sua frente o General Boca Torta a rir para ele. Horrendo! Um corte que ia da sua boca até a orelha direita. Pior, sangrava. Fedia. E ele ria e quanto mais ria mais sangue saia. – Vem cá Chico. Vem me dar um abraço! – Chico corria a mais não poder. Ele dando gargalhada atrás dele. Seu uniforme de General estava rasgado, sujo de barro o quepe virado para trás dava a ele uma figura não convidativa para abraçar. Chico Patávio tropeçou e ele o General o pegou com uma só mão, o levantou no ar, chegou seu rosto ao dele e deu uma gargalhada que soou por toda cidade de Cruz Verde.

                Chico Patávio acordou gritando. Putz grila! O que fui inventar? Levantou e foi trocar seu pijama. Estava todo molhado. No sábado na sede nem tocou mais no tal fantasma do General Boca Torta. Tininha quando terminou a reunião foi até ele e perguntou – Vai ou não vai contar? – Nem pensar! Nem pensar. Tininha ria gostosamente de Chico Patávio. O acampamento anual seria no próximo mês. Todos se preparando. Seriam oito dias, férias escolares, sempre fora o máximo na vida da tropa Sênior. Agora uma nova experiência. Meninas junto a eles. Elas não gostavam de ser chamadas de meninas. – Vamos dar uma lição a eles disse Marcia, a monitora. Dito e feito.

                  Na noite do quarto dia as patrulhas masculinas se reuniram. – O que houve? Quem perguntava era o Mário Monitor da patrulha Gruta do Orvalho. Olhe eu não sei disse Tito Livio, Sênior da Rocha Vermelha. As meninas ganham tudo. E não ganhamos nada. Chico Patávio nada dizia. Desde que chegara nunca mais andava sozinho na mata, no bambuzal e a noite sempre dava desculpas para não participar dos jogos noturnos. O medo do General Boca Torta era enorme. Ele sabia que fora um sonho, mas agora tinha horror a fantasmas. No sétimo dia, o Fogo de Conselho foi o máximo. Uma amizade enorme surgiu entre as patrulhas. A Patrulha Antares foi finalmente aceita na tropa Sênior.

                   Terminado o fogo ficaram ali deitados em volta do calor da fogueira, olhando as estrelas, conversando e alguns cantando numa amizade invejável. Chico Patávio viu Tininha se esgueirar entre as árvores e foi atrás. Pé ante pé, a seguiu por alguns metros. Estava intrigado por ela não falar a ninguém aonde ia. Incrível – Lá estava ela conversando nada mais nada menos que com o General Boca torta! E pela primeira vez Chico Patávio viu a namorada do General madame Cordélia. Os três pareciam ser bons amigos. Foi então que o General deu uma enorme gargalhada – Chegue aqui Chico, venha participar da roda conosco! Gritou alto. Quem disse que o Chico Patávio ficou ali? Saiu correndo feito um louco e só parou quando escondeu dentro de sua barraca, debaixo do saco de dormir e coberto com uma lona da cabeça aos pés.

                   Tininha o procurou no dia seguinte. Ele não queria ouvir. – Calma Chico! É só um espírito que se foi! – Para mim um fantasma isto sim. – Ele não faz mal a ninguém e precisa de nossa ajuda, falou Tininha. – De mim nunca. Dele só quero distância. Chico Patávio pensou em deixar os seniores. Quase fez isto se não fosse a Tininha ter ido a sua casa. Explicou para ele que não existem fantasmas. Tem gente que vê tem gente que não vê. São pessoas que morreram e precisam de ajuda. Chico Patávio ouviu calado. Mas ele nunca iria ajudar um morto. Nunca. O medo dele com defuntos era enorme.

                   Bem a história termina aqui. Muito depois soube que o General Boca Torta se chamava Alfredo. Morreu cortado no rosto por uma baioneta na guerra do Paraguay. Madame Cordélia era sua esposa e nunca o deixou só. Mesmo podendo ir para um lugar melhor ficou ao lado dele enquanto precisava dela. Tininha dizia, tinha mediunidade. Ajudava dentro de suas possibilidades. Mas esta é outra história. Aqui são dos escoteiros. Dos valentes seniores que não tem medo de fantasmas. Medo? Pergunte a eles! São valentes, durões e desafiam sempre os fantasmas das florestas e das montanhas distantes. Afinal, ser Sênior é que é bacana. Valentes, valorosos, enfrentam o perigo de frente, claro, até que não apareça nenhum fantasma na frente deles. Kkkkkkkkkk.  

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pequenas Boas Ações, Grandes Resultados.



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Pequenas Boas Ações, Grandes Resultados.
(desculpem o plágio de grandes empresas pequenos negócios)
Sobre boas ações

Vocês chefes tem lembrando aos jovens sobre boas ações? O que os jovens dizem? Será que isto já está ultrapassado na vida da tropa ou da Alcatéia? Eu tenho boas lembranças de boas ações. A marca ficou e até hoje quando passo dias sem ajudar alguém sinto falta. Não estou aqui a comentar a Boa Ação coletiva do grupo na comunidade. Excelente isto, mas o intuito é desenvolver a boa ação para que seja um hábito de comportamento por toda a vida no Escoteiro.

Vejamos – Todas as reuniões, durante a inspeção (ela existe – a inspeção - em sua tropa ou alcatéia no inicio e no fim de reunião?) é cobrado de cada Escoteiro ou lobinho qual a sua boa ação mais marcante na semana? (confiar nele, pois deve ser lembrado que o escoteiro tem uma só palavra e sua honra vale mais que sua própria vida e o lobinho diz sempre a verdade).

No final da inspeção, escolher a melhor e parabenizar o jovem que deve ser ovacionado com uma palma escoteira. (Para não tomar muito tempo, o monitor reúne a patrulha antes da reunião e conversa com cada um sobre a boa ação e a patrulha vota a melhor que será apresentada ao chefe durante a inspeção).
Porque isto? Ora, se desejamos formar jovens para uma perfeita integração na sociedade, para que ele seja capaz tanto de participar como colaborar com todos, nada mais natural que desenvolver nele desde o início o hábito da boa ação.

É importante também a boa ação coletiva da patrulha. Esta deve ser estimulada e sua realização pelo menos uma vez por mês. No passado isto era feito antes da reunião. A patrulha se reunia em local determinado (tinha sido planejado durante a semana o que fazer, quando e onde) e desenvolvia uma boa ação que era sempre admirada pelos adultos do bairro, e com isto angariando simpatias, fazendo proselitismo e assim os escoteiros eram mais conhecidos e serviam como exemplo.

Claro, também não poderia faltar à boa ação da tropa a cada seis meses e a do Grupo Escoteiro anualmente. Vale à pena? Penso que é uma forma de mostrar o Grupo e o Movimento como ele é o que pretende. Isto no passado para os grupos que assim faziam tiveram grandes repercussões na comunidade. Lembramos que hoje estamos sendo motivo de depreciação por parte de autoridades educacionais e em alguns casos a imprensa não é nossa amiga. Somos considerados no domínio da Educação, como atrasados e ineficazes. Isto não é verdade, mas como provar ou mostrar o contrário? Só com atividades escoteiras bem planejadas podemos atingir a meta que mudará tudo a nosso respeito.

A moeda da boa ação, (coloca-se no bolso esquerdo, feita a boa ação passa para o direito) o nó no lenço, ou no bolso, (só depois da boa ação desmancha-se o nó) era motivo de orgulho para nós escoteiros. Ajudar a velhinha a atravessar a rua hoje é motivo de piadas, mas de grande valia para nosso crescimento. Isto desapareceu, não vale mais? Acho que não. Escotismo não é apenas dizer que ele é belo, que amamos o nosso movimento. Para tudo isto vem primeiro nossas obrigações como um verdadeiro Escoteiro. E lembrem-se,

BOAS AÇÕES DIGNIFICAM O CARÁTER!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Projetos de Pioneirias.



PROJETOS DE PIONEIRIAS
Repeteco – Historias do "Velho" Escoteiro.

     - Você pode ver em ambos os casos que o crescimento nunca vai se igualar, mas a verdade é que a sua maneira, cada uma dessas patrulhas estão alcançando o objetivo. - Disse o Chefe. A diferença estava à vista. Logo ao chegar ao acampamento de fim de semana, uma Patrulha nova, recém formada, tentava fazer o melhor possível para sua instalação do campo. Às outras três, bem mais experientes, estavam bem à frente, com quase todos os acessórios necessários prontos.

     Era um acampamento de dois dias. Chegaram sábado pela manhã, e iriam retornar no domingo à tarde. No entanto, a instalação padrão sempre foi exigida. O motivo era simples: - Precisavam aprender que o campo de Patrulha seria uma extensão de suas casas e o mínimo de conforto deveria ser conseguido. Não se pretendia formar técnicos em construções e projetos, mas cada um deveria ter a mínima noção de que sua parte era importante nesta montagem de campo. Era assim o Sistema de Patrulha e assim se trabalha em equipe.

     Nada ali era improvisado. Às patrulhas em reuniões anteriores, tinham decidido o que fazer e como fazer.  Muitos dos escoteiros já conheciam bem o “Projeto de Pioneiras”, que o chefe sempre falava. “Os projetos” tanto poderiam ser de uma pequena ou uma grande pioneiría. Devia ser levados em consideração a duração do acampamento, o material que estaria disponível no campo e o programa. Tudo era muito simples, dizia o Chefe:

     - Nada de burocracia.  A experiência com o tempo facilitava muito mais a montagem de campo já que os projetos em sua maioria estavam prontos no arquivo da Patrulha. A liberdade para criar e modificar era ampla e irrestrita. Havia o básico para um acampamento de uma noite ou de mais, dependo do planejamento anual.

     - É possível que você tenha razão, - falou o “Velho” - Hoje já não é possível encontrar facilidades de locais para acampamentos e principalmente em florestas com alguns tipos de madeira para serem usadas. Mas vamos olhar para o outro lado da questão. Não pretendemos que o jovem se adestre para se preparar de uma eventual possibilidade de no futuro usar tais conhecimentos. (apesar de saber que é um excelente meio para descobrir seu potencial profissional!) A possibilidade de se perderem numa floresta é mínima.

     - A técnica de pioneirias tem a finalidade de preparar seu espírito para a vida de adulto - continuou -. Saber que às dificuldades serão vencidas, e que em qualquer ramo de atividade é necessário estar bem preparado e só assim poderá vencer na luta pela sobrevivência profissional. A inventividade faz parte do homem, mas a maturidade traz o sucesso.

     - Também não vejo tanta dificuldade em conseguir um local para pelo menos duas vezes ao ano, poder utilizar a técnica de pioneirias. Existem tantas fazendas e grandes sítios, onde algumas árvores são consideradas como “praga” que pôr mais que se corte mais ela se multiplica. Um exemplo é o “Assapeixe“, sem nenhuma utilidade e qualquer proprietário (desde que seja amigo dos escoteiros - emendou -) ficaria satisfeito pela poda ou corte e não irá ser prejudicado e nem iríamos agredir o meio ambiente.

      Também se podem usar outros tipos de madeira, tipo eucaliptos, bambus etc. que são plantados com a finalidade de uso diversos, principalmente na construção civil. O que não se pode, é tentar formar e adestrar técnicas de campo, usando um fogareiro a gás, pois isto não traz nenhum beneficio a não ser a técnica de cozinha, e que claro também faz parte do adestramento.

    Infelizmente, alguns de nossos Escotistas pôr não estarem devidamente preparados já que não vivenciaram tais técnicas, procuram de todas às formas motivos diversos para fazerem Camping e não acampamentos. - Posso afirmar que é possível manter um padrão técnico de pioneirias em qualquer parte do mundo. E afinal é o sonho de qualquer jovem é saber que vai participar de um acampamento com padrões escoteiros, dormindo sob barracas, fazendo sua própria comida, construindo sua cama sua cadeira, sua mesa e até sua torre de observação. 
  
     - O importante é o trabalho em equipe. A Patrulha é a base para que esta técnica seja primordial no seu crescimento. Os Escotistas não podem de maneira nenhuma tentar modificar as estruturas e métodos somente porque acham que não é possível ou pode ser substituído. - Vou ser sincero, o que cortamos de madeira em um acampamento, claro, desde que o Projeto foi bem feito é o mínimo e não prejudica de forma alguma o meio ambiente. Quando você corta uma arvore, em alguns casos elas produzem diversas mudas que pela simples razão da natureza se multiplicam. E se você ensina aos jovens como devem plantar mudas, você está retribuindo em dobro o que cortou.

     - Devemos também ensinar aos rapazes e moças que a proteção e o respeito à natureza faz parte da formação e do “Espírito Escoteiro”. E finalmente, a melhor a mais bonita, a mais importante pioneira é a que o escoteiro fez, e não você! Tive que concordar com o “Velho”. Escotismo é campismo na sua forma primitiva. Mudar isto seria mudar o sistema e a sua maneira de ser. Nós e amarras são técnicas escoteiras com finalidades objetivas. Se for para fazer Camping, um ou dois nós bastam para armar a barraca.

     O “Velho” pigarreou algumas vezes, foi conversar com a Vovó e esqueceu que eu estava na sala. Nada mudou no país de “Abrantes”. Eu estava acostumado. Mas valeu mais uma noite e a conversa com o “Velho”.  Meu Adestramento estava sempre aprimorando, principalmente agora que bolei uma nova mesa de patrulha com apenas quatro pedaços de madeira de 2 metros!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 se foi, agora é 2013. Hasta la vista baby!



A última mensagem do ano.

2012 se foi, agora é 2013.
Hasta la vista baby!

                 Um ano se encerra. Mais um de tantos em nossas vidas. Quantas coisas aconteceram. Muitos acontecimentos deixaram a desejar em compensação teve muitos outros excelentes. Mas não é para ser assim? Um dia li que o mal e o bem têm de existir, pois se o mal não existisse que mundo seria este? Não viemos aqui com uma finalidade? Não importa a fé que processamos em todas elas existe a promessa de um futuro melhor. Se colocássemos nossas vidas em uma tela gigantesca, quantas coisas não veríamos ao apagar das luzes deste ano? Um janeiro que começou um fevereiro, um março um abril. E o tempo foi passando e nós fomos passando com ele. O tempo é implacável. Ele não volta atrás. Quantos sorrisos conseguimos dar? E as tristezas? Não serviram de aprendizado?
          
                  Não sei, mas acho que aqueles que viveram intensamente o escotismo em 2012 tiveram seus momentos de felicidade. Um dia disse para mim mesmo que em nosso passado temos tantas coisas para contar que se escrevêssemos em um enorme imaginário livro da vida, quantas páginas seriam! Milhares e milhares. Sacrifícios eu sei que todos fizeram e quem não os fez? Somos milhões de escoteiros neste mundo. Quantos chefes labutaram acreditando que uma juventude melhor poderia florescer? Tem rosas no meu jardim? Será que observei alguma a desabrochar? São vermelhas? Brancas? Nos caminhos nem sempre acertamos os rumos a seguir. O ponteiro da bússola teve momentos de certeza e outros de duvida. As estrelas no céu nem sempre brilharam com a intensidade esperada para nos mostrar o norte e o sul. Mas nunca desistimos.

                 Seria bom se estivéssemos todos juntos, no alto de uma montanha, sabendo que o sol que caminha sempre para o oeste se foi. Agora esperamos que estrela de Baden Powell apareça brilhante no céu. Hora de ver os erros e os acertos. Que bom. Todos nós ali esperando o esperado 2013. Depois vêm o 2014, o 2015 e tantos que vamos viver intensamente nossas vidas, e alguns ainda procurando o que valeu ou não valeu neste ano e o que fazer para melhor no próximo. Quantas pessoas convivemos neste ano que se vai? Quantos jovens vimos sorrir com nosso esforço que nada mais foi como uma brisa a acariciar nossa face, um levantar de olhos para o infinito, uma vontade enorme de acertar. Isto não nos fez sorrir? Um ano que sabemos para muitos os caminhos tinham outras pistas, que tentamos algumas, voltamos ao ponto de reunião quantas vezes se tornaram necessárias, pois a vida é um eterno aprendizado. E não foi ele quem disse que é errando que aprendemos? Uma pista difícil de seguir e nunca desistimos, pois escoteiros que somos não desistimos de procurar à última, no fim de pista; é ela que nos indicará se tudo valeu. Se ela é a tão esperada - O Jogo já terminou. Paz.

                  Seria bom se fechássemos os olhos, todos nós, os milhões que fazem a saudação que nos foi legada por Baden Powell, e que em volta do mundo déssemos as mãos, entrelaçadas, com as esperanças vivas a pulsar em nossa mente e vendo as estrelas passando cantaríamos em um coro de muitas vozes, de muitos idiomas, que seriam ouvidos há anos luz dos planetas do mundo, e sempre acreditando que o escotismo tem uma força tão grande que nos une, nos dá a esperança de um mundo melhor. “E o Senhor que nos protege, e nos vai abençoar, um dia certamente vai de novo nos juntar”!

Acreditem, marchem fundo nas estradas dos acampamentos que vem por aí. Chamem todos, lobinhos, lobinhas, escoteiros, escoteiras, seniores, guias, pioneiros, pioneiras, chefes e dirigentes. Mochilas as costas, bandeiras ao vento e gritem bem alto para todos que com as mãos entrelaçadas acreditem: - Um grande, um assombroso, um admirável, um extraordinário, um formidável, um egrégio, um eminente, um colossal, um gigantesco, um espetacular e feliz 2013!

SEMPRE ALERTA!

Hasta la vista baby!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Vale para você? Em 2013 eu juro que serei feliz!



Vale para você?
Em 2013 eu juro que serei feliz!

                  Sem dúvida. No ano que vem eu vou mudar. Pretendo fazer tudo aquilo que não fiz em 2012. Quem sabe ser feliz? Sei que teve momentos que eu fui, mas teve outros que não. Então eu prometi a mim mesmo que iria mudar.  Agora eu quero ouvir músicas que tocam nas rádios, não importam quais sejam. Pretendo ser melhor ouvinte dos amigos que conversam comigo, vou procurar entender o que querem transmitir. Este novo ano eu vou fazer o que sempre quis. Vou correr andar, malhar este corpo que ficou parado no tempo e envelheceu.
            
                 As festas de natal se foram, bate em minha porta a virada do ano. Eu olho pela janela e vejo que o tempo passou. Será que eu também não passei com ele? As fisionomias dos que me são caros não são mais as mesmas. Todos envelheceram. Claro, o tempo não para. Não fiquei rico como tinha prometido em 2012. Lutei com as armas que tinha, usei o vento que passou e não deixei de lado o orvalho que sempre me acompanhou. Tentei durante o ano abarcar os problemas dos mais chegados não sei se consegui. Tentei fazê-los sorrir mais e as respostas foram poucas.

                Consegui aumentar o número de amigos, mas em compensação perdi muitos. Quem sabe por exigir demais? Muitas vezes só quis receber em vez de dar por isto este ano eu vou mudar. Já estive conversando com meu coração a tivemos um dialogo impossível, e olhe ele não foi duro para comigo. Senti suas batidas fortes no peito quando disse que ia mudar. Eu agora vou ser feliz custe o que custar. Prometi a mim mesmo me preocupar mais com os outros, em fazer os outros felizes e não perder para a noite escura os amigos que criei.

                 Se Deus quiser vou deixar aberta a porta do meu coração. Passagem livre para todos que me quiserem bem ou não. Quero que todos saibam que em 2013 ela, a porta vai ficar aberta, para que todos possam passar e sentir a força da minha felicidade em ter amigos assim. Deixarei que minha mente alce vôo para o céu. Deixarei que meu corpo seja levado pela brisa para onde ela me levar, sem lutar para ficar no escuro do desconhecido. Sim. Este ano eu vou mudar. Terei para todos um belo sorriso, sincero é claro, sempre um abraço amigo, respeitoso e agradecido.

                Eu irei mudar sim. Em 2013 serei outro. Irei mostrar que podem acreditar em mim. Quero distribuir abraços pedir perdão aos meus inimigos se é que os tenho, quero aprender a amar, quero me reinventar para ser o que não fui. Quero descobrir em mim o que eu tenho guardado no fundo de minha alma. Vou abrir mão de tudo que fiz e ser solidário com aqueles que não fui.

               Sei que será uma promessa difícil. Mas este ano de 2013 eu farei tudo para que consiga alcançar a trilha do Caminho para o Sucesso que perdi. Este ano meus amigos eu quero ser feliz e espero que todos vocês também o sejam. Quem sabe 2013 será o ano da redenção Escoteira? Quem sabe uma estrela verde irá descer do céu para iluminar a todos nós no caminho dos campos verdejantes que BP nos ensinou?

Torço por isto. Torço mesmo, pois em 2013 eu juro que serei feliz!

UM ESPLÊNDIDO 2013 A TODOS VOCÊS QUE ACREDITARAM EM MIM!

Um tributo a minha esposa. Célia Maria Ferraz. Sei que vocês não sabem, eu tenho um anjo ao meu lado.



Um tributo a minha esposa. Célia Maria Ferraz.
Sei que vocês não sabem, eu tenho um anjo ao meu lado.

 Muitos insistem em procurar a felicidade sem saber que ela está bem perto de nós. Muitas vezes não descobrimos e em outras muito tarde conseguimos ver. Estamos chegando em 2013. Mesmo nas dificuldades que estou enfrentando eu me considero um homem feliz. E sabe quem é responsável por tanta felicidade? Minha esposa. Isto mesmo. Celia que é minha vida e minha luz. Casamos novos. Ela com 17 eu com 23. Sempre tivemos um enorme respeito um pelo outro. Vivemos várias fases neste mundo de Deus. Não tivemos lua de mel. Como? Risos. O dinheiro passava longe. Fomos morar em uma cidadezinha. Trabalhava em uma usina siderúrgica. Peão de obra. Caminhão lonado indo e vindo. Comendo poeira. Minha casa? Alugada. Cozinha e quarto. Banheiro? Nos fundos do quintal. Móveis quase nenhum. Fogão a lenha. Um radinho de pilha.

Moramos em várias moradas. Em varias cidades. Em vários estados. Ela ao meu lado. Incansável. Nunca reclamou da vida que levávamos. Depois outro estado, uma fazenda, boiada das grandes, cobras, galinhas, porcos, Emas e Ciriemas, barcos, São Francisco, E rio das Velhas. Jacarés peixes e sucuris à vontade. Assim o tempo foi passando. Ainda noivo já lutava ao meu lado no escotismo. Sabia do meu segundo amor. Vestiu o uniforme de Bandeirante. Depois de Chefe Escoteira. Fez curso. Quase IM. Não continuou. Não dava. Fiquei mal e fui parar em um hospital. INSS. Ela lá. Junto comigo dia e noite. Até hoje é ela minha luz, minha enfermeira, aquela que me ajuda a pegar um ônibus, a correr nos prontos socorros da vida. Impossível descrever uma vida juntos de 49 anos. Muito tempo. Prometi a ela viver pelo menos para a festa das bodas de ouro. Que Deus me ouça.

Não posso continuar. Fico engasgado. Não era para escrever aqui. Ninguém aqui no facebook precisa ficar ouvindo lamurias. Mas tinha de dizer. Se tenho amigos aqui, ela é a responsável. Em 2012 rezei para chegar a 2013. Um ano se passou. Não sei se outros virão. Mas quando um dia qualquer eu me for lembrem-se dela. Se sou o que sou e acho que nada sou devo a ela. Tem dias que acho não ser merecedor de ter ao meu lado uma mulher como ela. Que os céus a proteja sempre. Ela ainda não leu estes parcos escritos tirados de um dia de alegria. Sim. Hoje estou alegre e tanto estou que digo a todos que quiserem ouvir – AMO DE MONTÃO A MINHA CELIA. ELA É MINHA VIDA, MINHA LUZ. TENHO CERTEZA QUE IREMOS VIVER PARA SEMPRE, POIS NOSSO AMOR É ETERNO!

Tudo de bom meus amigos. Nada mais a dizer. Que Deus os acompanhe sempre. Que possam ter sonhos dourados e que se realizaram como os meus. Sonhos bons, sonhos que irão dar novo ânimo para 2013. Feliz 2013!