Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Pontualidade Escoteira.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Pontualidade Escoteira.

... - A pontualidade é uma virtude e está no mesmo nível do respeito e da honestidade. Embora a primeira não leve às demais, pessoas respeitosas e honestas, geralmente são pontuais. - "A pontualidade é a cortesia dos Reis e obrigação dos educados”.

- Convidado participei de centenas de cerimônias Escoteiras em diversos níveis de liderança ou mesmo em Grupos Escoteiros em diversos Estados Brasileiros. Muitos não respeitavam a pontualidade que eles mesmos impuseram para a abertura dos trabalhos. Como sou exigente teve casos que dei meia volta uma desculpa e fui embora. Afinal eu tinha mais o que fazer do que ficar esperando. Um dia um Chefe telefonou: – Não me esperou? Não sabia que eu tinha de esperar por ele. Para mim pontualidade é a arte de não desperdiçar o meu tempo e o tempo alheio. Nós escoteiros devemos dar exemplos e ser os primeiros a chegar. Pontualidade não é adestramento, técnica, ou diversão. Faz parte sim da formação moral e ética escoteira. Acredito e repito que somos exemplos e ficar dando desculpas pelo atraso não é próprio de quem se orgulha em ser Chefe ou mesmo Escoteiro. Qual a explicação lógica para o atraso? O que dizer aos pais quando atrasamos? O que ele vai pensar do escotismo? Que educação ele esperava para seus filhos? Que adianta falar em responsabilidade e respeito se desrespeitamos seus compromissos assumidos depois das reuniões? Se formos uma escola de cidadania somos responsáveis para dar o devido respeito à pontualidade.

Sou da opinião que a falta de pontualidade é sempre um sinal de desrespeito pelo próximo e pela organização social a que pertencemos. A pontualidade está presente nas rotinas, nas tarefas que desempenhamos, nos desafios e nos objetivos que nos propormos realizar. De todos os recursos a que temos acesso, o tempo é um dos mais relevantes pela sua natureza volátil e, para muitos de nós, perdermos horas à espera de outros, significa desperdiçar um precioso bem. E claro ninguém gosta. Também é importante que devemos perceber e assumir que a forma como lidamos com o relógio, diz muito sobre a nossa formação educação e temperamento. Numa sociedade tão exigente e complexa como a nossa, é uma questão de procurarmos definir prioridades, sabendo de antemão que nunca iremos ter tempo para fazermos tudo o que precisamos ou gostaríamos de fazer. Ninguém gosta de ficar à espera. Se nos pusermos no lugar do outro poderemos ver e constatar que esta atitude não é um pormenor sem importância, mas constitui de fato uma falta de civismo e respeito.

Afinal se determinamos um horário para iniciar e terminar uma atividade escoteira ou outra qualquer não seria falta de educação e respeito deixar de cumprir os horários programados? Se vamos acampar temos hora para dormir e acordar ou não? A hora da inspeção é quando a patrulha estiver pronta? Almoçar e jantar é em qualquer horário no campo? Se os pais trazem seus filhos e alguns vão buscar no término é correto atrasar? E se ele tinha outro compromisso? Se a bandeira é quinze minutos ou menos porque demora vinte ou mais? Se um jogo é de quinze minutos vamos jogar trinta? Para que programas com horários se eles não são respeitados? Se avisamos que vamos chegar do campo as tantas horas e o atraso for demais o que explicar? Desculpas? Ora qualquer programa de uma sessão escoteira responsável é dividida com seus assistentes. Eles serão os culpados pelo atraso e alguns serão cancelados é culpa de quem?

Note-se que temos uma reunião semanal. Quem determinou o horário foi o Conselho de Chefes ou a Diretoria ou o próprio Chefe da sessão. É compreensível algum pequeno atraso, mas não pode ser frequente. Ninguem gosta de atrasos e se ensinamos isto ao jovem ele vai levar o aprendizado para a vida adulta. Amanhã quando tiver uma reunião na empresa, ou combinou um determinado encontro profissional e chega atrasado o que ele vai explicar? Sempre explicando? Vai perder um contrato ou um acordo que seria interessante para ambos? Sou testemunha da irresponsabilidade de muitas atividades nacionais, regionais ou distritais que marcam determinado horário e não cumprem. Se eles procedem assim o exemplo é nato. Chegamos a tal ponto, que até nos cursos escoteiros muitos se atrasam. Quando fui diretor de cursos não aceitava. Alunos atrasados eram bem recebidos com um Sempre Alerta e mandados de volta. Faça no mês que vem meu rapaz! Errado eu? Não é uma falta de respeito com quem chegou no horário e ainda tem de esperar a chegada dos que não respeitam o horário dos outros? Aprendi e posso estar errado que a pontualidade é sinal de responsabilidade. Precisamos mostrar que os outros podem contar conosco.

Tenho certeza que a maioria de vocês chegam no horário. Vá lá que uma vez ou outra um atraso qualquer possa acontecer e olhe que na sociedade moderna cada um tem o seu celular. Mas se coloque no lugar dos pais quando esperam na sede a chegada de seus filhos de um acampamento de uma excursão, de um bivaque ou mesmo acantonamento. O pior é a saída para uma atividade. – Monitores e chefes pedindo para esperar, pois a maioria ainda não chegou. E os que chegaram no horário não merecem respeito? Conheci um executivo escoteiro profissional, que conseguiu ser recebido por um presidente de uma multinacional e cujo intuito era de conseguir meios e locais para alojar em sede própria um Grupo Escoteiro da comunidade. Ele se prontificou em receber e ouvir e até quem sabe ajudar. Infelizmente ouve um atraso de 30 minutos e a reunião foi cancelada. Que belo exemplo ele deu. Acredito que daí para frente aquele Presidente olharia com desconfiança para o Movimento Escoteiro.

Dar exemplos de políticos que nunca chegam no horário ou mesmo altos diretores de empresas não justifica. Temos que pensar que cada um é cada um. Ou você é responsável ou vai ficar sempre na sombra de alguém para explicar. Sei de muitos voluntários que desistiram do escotismo por falta de pontualidade nas atividades que estavam participando. Esperavam que o término seria no horário e assumiram compromissos que agora não podiam cumprir. De quem é responsabilidade? Falar com quem? Simplesmente sair e dizer que não pode ficar mais tempo com todos olhando a sua saída como se você fosse um ET e não Escoteiro? Escoteiro é assim? Sei que muitos chefes são responsáveis, dão e exigem exemplos e no Movimento Escoteiro. Temos que ser os primeiros a mostrar que podemos chegar no horário, cumprir horários e dizer que a pontualidade escoteira faz parte da educação que dá e recebe. Olhe se não vai chegar no horário ou vai cumprir a programação não me convide. Eu faço questão da pontualidade. E quer saber? - Detesto ficar esperando!

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Conversa ao Pé do Fogo. Escotismo Modalidade do Ar e do mar.




Conversa ao Pé do Fogo.
Escotismo Modalidade do Ar e do mar.

Eu tenho muitos amigos da modalidade do Ar e do Mar e tenho por eles enorme consideração. Escoteiro Básico, preferi a terra para pisar e Leigo nas modalidades do Ar e do Mar sempre procurei conhecer um pouco seus programas. Por curiosidade resolvi perscrutar e revirar na Internet sobre suas origens e quando foi a sua fundação. Interessante suas histórias e a eles meu Sempre Alerta!

Escotismo modalidade do Ar.
A Modalidade do Escotismo do Ar, não foi idealizada pelo fundador, Baden-Powell. As outras duas a Básica e a do Mar sim. A Modalidade do Ar não começou na Inglaterra, ela teve origem no Brasil. Dia 28 de abril de 1938, é oficializado o primeiro Grupo Escoteiro da Modalidade do Ar, o Grupo Escoteiro do Ar Tenente Ricardo Kirk, tendo como responsáveis o Major Aviador Godofredo Vidal, o Tenente Coronel Aviador Vasco Alves Secco e o Primeiro Sargento Telegrafista Jayme Janeiro Rodrigues, na época servindo no 5º Regimento de Aviação, atual CINDACTA II, em Curitiba.

Em 19 de abril de 1944, foi criada a Federação Brasileira de Escoteiros do Ar, a qual congregava todos os Grupos Escoteiros da Modalidade, na época se restringindo aos Estados do ParanáRio de Janeiro e São Paulo. O Brigadeiro Nero Moura, em 26 de julho de 1951, então Ministro da Aeronáutica, reconhecendo a tamanha expansão registrada e seus valiosos objetivos, entre eles o de incentivar o interesse dos jovens pela aeronáutica, determinou que todas as unidades da Força Aérea Brasileira dessem total apoio à Modalidade do Ar, o que acontece até os dias presentes.

Em 1951 a Portaria 262 publicada pelo então Ministro da Aeronáutica Brigadeiro Nero Moura determina o apoio de todas as Unidades da FAB aos Escoteiros do Ar. Esta portaria foi reconfirmada em 1981 pelo Ten.-Brig. - do-Ar Délio Jardim de Mattos e reformulada e substituída pela portaria 914 de 29 de Setembro de 2003 pelo Ten.-Brig. - do-Ar Luis Carlos da Silva Bueno.

Escotismo Modalidade do Mar
Após um acampamento no Rio BeaulieuBaden-Powell redigiu "Escotismo do Mar para Rapazes", era uma pequena explanação do que deveria ser o escotismo o mar, ao final há uma nota que diz que seu irmão, Warrington Baden-Powell, montaria um manual para os escoteiros do Mar. Com o despreparo dos chefes da modalidade básica, surgiram novos chefes provindos da Guarda Costeira da Inglaterra, esses tinham conhecimento sobre as artes da marinharia. As primeiras uniões de Escoteiros do Mar na Inglaterra e no exterior foram: Mercúrio, 'British Boys', Petersham and Ham, Barry, Cleethorpes, Ratcliffe, Skegness, e Gibraltar.

Em 1910 foi definido o uniforme dos Escoteiros do Mar, branco diferente da modalidade básica caqui (naquela época). Em 25 março de 1911, estabelece-se escoteiros do mar como salva-vidas na costa, uma real necessidade da época. Em 1912 o "Escotismo do Mar e Marinharia para Rapazes" é publicado. Em 1921, Warrington Baden-Powell morre, mas o Escotismo do Mar já era realidade em vários países. E atualmente no mundo inteiro. Escotismo Modalidade do Mar, é uma das vertentes do Escotismo, tem como principal diferença das outras modalidades é que realizam suas atividades preferencialmente na água, onde quer que exista água em quantidade e profundidade suficientes para que uma embarcação possa navegar, seja ela de que tipo for.

Sendo assim podem existir Escoteiros do Mar, seja estar na água de mar, de rio, lago, lagoa ou pantanal. Procurando desenvolver nos jovens o gosto pela vida no mar, pelas artes e técnicas marinheiras, pela navegação à vela e a motor, pelas viagens e transportes marítimos, pela pesca, pelo estudo da oceanografia, pela exploração e pelos esportes náuticos, incentivando o culto das tradições da marinha. A gama de atividades que podem ser realizadas é enorme, indo da tradicional navegação a remo até mergulho ou windsurf.

- Me orgulho de ser um Escoteiro Básico, faço questão de manter digno no meu uniforme seja o caqui seja o traje que a Escoteiros do Brasil sepultou. Tenho enorme admiração pelos do Ar e do Mar. Se esmeram na apresentação, seus uniformes e fardas são impecáveis e dão enorme exemplo aos demais pelo seu garbo e boa ordem. Uma pena que o novo vestuário veio dar nova conotação na postura da vestimenta escoteira, nem sempre bem reconhecido pela comunidade em muitos estados brasileiros. Levamos anos e anos para dar a comunidade no Brasil uma postura escoteira conhecida de norte a sul. Agora vamos esperar até quando iremos ter novamente admiração pela nossa apresentação e pelo nosso garbo sem esquecer a nossa palavra, honra dignidade e caráter.

- Ao meu amigo Francisco Kainer Rinaldi, um legítimo Escoteiro do Ar que tenho enorme admiração, meu fraterno abraço e parabéns pelo incansável labor pela valorização e engrandecimento do Escotismo do Ar. “Rataplan-plan-plan, vamos cantar, estaremos Sempre Alertas Escoteiros do Ar”! E aos demais Escoteiros do Mar, muitos que um dia convivemos nesta aventura escoteira navegando em embarcações que nunca esqueci meu fraternal abraço e avante, como diz Rinaldi, meu amigo. – “Do infinito mar, na vasta imensidade, e sob a infinidade do esplendente azul Queremos educar a nossa mocidade fugindo a vida inerte, infenso, atroz, Paul, e quando vemos longe o torvelinho humano o próximo perigo, as almas nos desperta, ao nosso brado: Alerta! Alerta, Sempre Alerta! Responde-nos; Alerta! As vozes do Oceano”.