Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Indabas – Vale a pena? Você já fez em seu Grupo?



Indabas – Vale a pena? Você já fez em seu Grupo?

INDABA, em Zulu, significa reunir pessoas. BP trouxe o termo para nós escoteiros e utilizamos desde os primórdios do escotismo. Tenho visto que poucos têm feitos encontros de adultos com essa terminologia ultimamente. Talvez a criatividade tenha substituído o termo por outros, mas acho que com o mesmo objetivo. Eu sempre gostei muito de realizar indabas. Simples, com poucas pessoas ou então mais pomposamente com muitos. Para mim não importava. Se os objetivos fossem alcançados dava-me por satisfeito.
Ultimamente alguns escotistas têm comentado através de e-mails ou pelo MSN ou mesmo por aqui no Facebook sobre como realizar uma boa Indaba. Claro, para o Grupo Escoteiro. Como fazer, tempo de duração, participação etc. Sempre achei que uma boa Indaba no campo produz mais. Já fiz dezenas assim e a amizade aumenta os laços entre aqueles que pouco se conhecem. Passamos a ver os outros de forma diferente e até aprendemos a respeitá-los mais. E olhe não existe melhor diversão. (sempre se chora no final) Um tempo para pioneirias, formar patrulhas, nomes, gritos e jogos. Sim jogos. Cozinha própria com rodizio das patrulhas. Inspeção pela manhã (feita por dois monitores eleitos pelos demais) e sem muita rigidez no programa.
Deixar para dois horários as discussões de temas ou Grupos de Trabalho que interessam a todos. À tarde após o almoço e a noite após o jantar. Quem sabe falar sobre atividades de sessões, programas. Tudo que fazemos em um acampamento escoteiro nos moldes de Gilwell deve ser feito lá. Um local bonito com condições de construir pioneiras (bambus ou eucaliptos) se possível longe da cidade, (evitar locais onde se avista um pouco da civilização). Um clima fraterno deve ser criado. O líder tem de ser um amigo, um irmão dos demais. A democracia ali deve se fazer presente a todo instante.
Preparar o material uma semana antes, uma taxa pequena com um responsável para comprar os gêneros alimentícios, uma intendência geral, pois a cozinha não será por Patrulha. Uma saída em uma sexta à noite, (pode-se convidar pais que por um ou outro motivo gostariam de participar) nos próprios veículos dos chefes participantes (após descarregarem levem-nos para longe se não sempre terão aqueles que vão lá ouvir uma musiquinha, uma noticia, etc. risos). Como estamos em uma época moderna, os celulares devem ser desligados e somente um fica com o seu em prontidão para isto foi avisado em casa de cada um o número. (já pensou? Em pleno campo, vivendo a vida mateira e o celular de vários tocando ao mesmo tempo?) O conforto é simples. O mesmo dos escoteiros. Que cada um faça sua cama de capim, seu travesseiro e que arme sua barraca que pode ser usada em duplas, ou mesmo por casais presentes.
A noite de sexta só para montagem do campo. É delicioso e um desafio preparar barracas, fogão tudo no escuro. Claro liquinhos podem e devem ser levados. Lá pelas onze da noite talvez um fogo, algumas lonas na grama, deixar que cada um vá ou não a Conversa ao Pé do fogo, como se diz – “Jogar conversa fora”, mas que tem um valor inestimável. Não passar de meia noite e silencio.  Um sábado com café, bandeira, inspeção, um belo de um jogo, almoço (no tempo livre construções de bancos para todos por Patrulha) a tarde um joguinho e Grupos de Trabalho. À tardinha um banho, jantar, a noite algumas discussões que ficaram para trás, um fogo de conselho. Ah! Este especial. Nada de programa, nada de animador. Deixar rolar. Cada Patrulha interage, joga, canta faz o que gosta. Olhar as estrelas, cantar, e claro uma linda Cadeia da Fraternidade para fechar a noite. Depois quem quiser lá vai de novo uma Conversa ao pé do fogo. Agora ver a dança das estrelas cadentes!
Domingo, café, inspeção, bandeira tudo nos conformes e claro um bom jogo. E fechar com nota dez os Grupos de Trabalho. Almoço, desmontar campo, tudo acondicionado nos carros e tirar uma hora para avaliação. Tudo naturalmente e... Bandeira, despedidas, retorno e vontade de quero mais. Duvidas? Procurem-me se acham que posso ajudar. No MSN no meu e-mail elioso@terra.com, no Skype (falo e mal, ofegante e rouco), pois estou pronto a colaborar com tudo que acharem válido.
UMA BOA INDABA PARA TODOS!


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Você já viu as flores silvestres escoteiro?



Você já viu as flores silvestres escoteiro?

Elas estão lá. Ainda existem as flores silvestres! Nos campos! Nas campinas! Nas montanhas verdejantes! Quantas vezes eu colhi pétalas de margaridas, de violetas, de jasmim e centenas de rosas selvagens, brancas, vermelhas, cujo perfume trouxe ao olfato deste "Velho" mateiro um aroma incomparável. Que belo jardim eu sempre via nas minhas andanças pela natureza. Centenas e milhares de flores cada uma mais linda que a outra. Centenas de abelhas douradas e beija flores azuis que a voejar pelos céus, vão à procura do caule tão saboroso.
Esta é a vida dos Escoteiros. São os exploradores da natureza. Ir para o campo e não admirar a força que ele possui é como ir a uma montanha e não ver o nascer e o por do sol. Tudo no campo é lindo, belo, mas é preciso saber enxergar. Temos que olhar e procurar onde estão a beleza das flores, dos pássaros, do zumbido dos insetos. Não existe alegria maior que descobrir o encanto de ver, um casal de pássaros a construir seu ninho. Não existe alegria maior que ver lá no alto de uma grande árvore naquela floresta impenetrável, uma orquídea branca como há desafiar o tempo que nasceu.
Sentar a beira de um regato e ficar olhando as águas claras e límpidas a correrem em direção ao mar. Ver o fundo o ballet dos peixinhos que alegres e saltitantes estão a buscar o alimento ou quem sabe a brincarem seus folguedos. Tirar o sapato e sentir um calafrio a percorrer o corpo, uma sensação gostosa e acariciante. Encontrar uma folha que substituindo a caneca é mergulhada na água trazendo algumas gotas brilhantes e amainando a sede.
Deitar a sombra de uma arvore e olhar suas folhas, seus galhos, tentar ver os pássaros que ali passam e param para um descanso. Ver um Bem-te-vi, um Pardal, quem sabe um Pássaro Preto ou mesmo um alegre Gavião com suas asas curtas, a perscrutar o horizonte. Assustar e sorrir com o canto da Cigarra. Identificar a beleza dos insetos que ali estão a subir em seu tronco e ver quanta vida e história aquela árvore centenária possui. Alegria então quando se vê um Quati, um Tamanduá Bandeira, um Tatu Bola a esconder no seu buraco infernal. (perigo de cobras – risos). Tantas coisas lindas a serem vistas e descobertas. Se você meu amigo é um Escoteiro ou um "Chefe" não deixe passar o tempo. Lá no campo mostre a todos que calmamente, a suspirar o doce aroma da natureza poderão saborear lindas nuances que se apresentarão de forma diferente para os olhos de um bom mateiro.
São coisas da vida, são coisas de escoteiros. Se deixar passar esta oportunidade então o escotismo não valeu a pena. Viva a natureza como ela é. Levante cedo. Veja o nascer do sol, olhe ao redor, veja a montanhas que agora estão se tingindo de dourado, olhe o lago, olhe o regato que suavemente vai de mansinho à procura do mar. E quando chover ouça a chuva, veja os pingos a caírem e produzirem sons fantásticos. E quando o sol estiver pleno, olhe as pradarias ou a relva que ao sabor do vento se divertem nas campinas. Um poeta disse que a natureza faz com que nós homens nos pareçamos uns com os outros e nos juntemos. A civilização faz que sejamos diferentes e que nos afastemos. Verdade?
Charles Dickens em sua sabedoria escreveu que a natureza dá a cada época e estação algumas belezas peculiares; e da manhã até a noite, como do berço ao túmulo, nada mais é que uma sucessão de mudanças tão gentis e suaves que quase não conseguimos perceber os seus progressos.
Escotismo é campismo. Escotismo é ar livre, escotismo é descoberta, escotismo é aventura, seja mais um e venha aprender como todos uma vida plena junto à natureza, pois só assim nos sentiremos escoteiros. Nos sentiremos realizados!

Pedaços da vida, aqui e ali



Pedaços da vida, aqui e ali

Relatos de Baden Powell (BP) quando moço.

O que se segue não é uma fábula, mas é realmente o que aconteceu há muito tempo. Um grupo de sábios e exploradores realizou uma expedição científica no interior da Austrália, e quase tiveram um fim trágico na thirstland grande em que se encontravam.
Que eles saíram vivos deveu-se aos poderes de observação e dedução e criatividade por parte de uma menina nativa de 14 que eles conheceram. Metade deles pereceu com sede. Eles estavam procurando na planície tentando encontrar água quando a menina notou algumas formigas subindo o tronco de uma árvore. Perspicaz ela ficou olhando o movimento das formigas. Elas entravam em um pequeno furo na casca. Logo pensou que deveria ter alguma finalidade o que estavam fazendo. Puxando um pedaço da casca notou que o tronco era oco e dentro havia água. Fez um furo e com um canudinho deu para todos beberem e matarem sua sede. Assim se salvaram graças à menina que se mostrou observadora e sempre alerta como deve ser um bom escoteiro.

A IMITAÇÃO (uma transcrição do chefe Fidelis dos Escoteiros Florestais)
 Em um acampamento estavam reunidos em meia lua, vários Escoteiros, o Chefe do Grupo aproximou-se de um Monitor e com o tom de voz baixa perguntou. - Que horas são?
O Monitor olhou para seu braço e verificou que não estava com o relógio, e rapidamente voltou-se para o Submonitor que estava a seu lado e falando bem baixinho perguntou? - Que horas são? 
O Submonitor também estava sem o seu relógio e imediatamente dirigiu-se ao iniciante que estava presente e falando com o mesmo tom de voz perguntou: - Que horas são?
- São nove horas! Respondeu o Iniciante, falando também baixinho e com expressão de dúvida no rosto, perguntou ao seu companheiro: - Por que estamos falando tão baixinho?
Sem responder a pergunta do iniciante, o Submonitor virou-se para o Xerife e disse: São nove horas. Mas, por que estamos falando tão baixinho?
O Monitor que estava ao lado do Chefe aproximou seu rosto perto do dele e falando bem baixinho, disse: - Chefe são nove horas! O senhor pode me dizer por que estamos falando tão baixinho?
Quando o Chefe escutou a pergunta do Monitor, olhou para todos que estavam na reunião e respondeu falando com o tom de voz baixo, dizendo: Vocês eu não sei, eu é porque estou rouco!


quarta-feira, 16 de maio de 2012

A técnica mateira da Vovó Escoteira



A técnica mateira da Vovó Escoteira

Cheguei à casa do "Velho" pulando os degraus d dois em dois. A liberdade e a amizade davam-me direitos de abrir a porta sem bater. Encontrei os dois. Ele e a Vovó sentados e abraçados na poltrona de vime já gasta com o tempo, conversando amenidades. Foi uma tarde interessante, pois pela primeira vez tive a oportunidade de conversar com a Vovó sua esposa. Fiquei sabendo tantos fatos que mais e mais passava a admirar aquele casal Escoteiro. Ela na sua simplicidade me dizia o porquê nunca participou diretamente como Escotista.
Poderia ter participado, no entanto achei que dando a ele o apoio (e não foi pouco), daria maior liberdade de ação. Quando toda a família participa acho viável a esposa estar junto. Mas à medida que minha filha não se interessava mais em participar do movimento (Fora Bandeirante pôr dois anos e meio) e principalmente pôr achar que não tinha aquelas qualidades tão essenciais para ser uma Escotista não me sentia motivada.
Eu vivi plenamente a minha filha e o “Velho”, mas veja, com isto não quero dizer que as esposas dos Escotistas não devam participar. Cada uma deve medir sua responsabilidade junto aos seus filhos e seu lar, pois esses vêm em primeiro lugar.
            Vovó respondia a uma pergunta minha, o porquê ela não tinha sido Escotista.
            - Agora - continuou a vovó -, eu sofri bastante em casa. O "Velho" não me deixava em paz. O tempo todo me ensinando, me adestrando nas técnicas escoteiras. Mas eu gostava disto. Divertia-me com ele e muito.
            - Tive que aprender MORSE logo após o casamento e olhe, ficávamos horas e horas, eu em uma sala e ele no quarto, conversando com uma “Cigarra rústica“.  SEMÁFORAS?  Deus do céu, como foi difícil. Cheguei quase a empatar com ele transmitindo de 30 a 40 letras pôr minuto. E olhe não conto o ALFABETO DOS MUDOS, e comentar naturalmente a LEI E A PROMESSA em vários idiomas.
            - Está rindo? - pois preste bem atenção, faço perfeitamente um PERCURSO OU ESBOÇO DE GIWELL. Não tenho dificuldades em ler MAPAS E CROQUÍS feito à mão ou não. E isto em qualquer ESCALA.  Meu PASSO ESCOTEIRO e o PASSO DUPLO são perfeitos (elogiados pôr muitos). Domino com facilidade uma BÚSSOLA SILVA ou PRISMÁTICA e sem querer ofender, aceitei o desafio do “Velho” e consigo fazer acima de seis NÓS escoteiros ou de marinheiro com um ou dois pedaços de linha dentro da boca! – e completou, ainda consigo fazer 26 nós escoteiro e de marinheiro.
            - Fiquei estupefaço! - Quem diria em vovó!
            - E ela continuou: - E tem mais, treinamos juntos todo o adestramento de SAÚDE E PRIMEIROS SOCORROS, desde o “noviço” até 1a CLASSE, incluindo a especialidade de SAÚDE E SOCORRISTA em qualquer eficiência, desde lobinho até Sênior. Faço sem problemas TALAS E TORNIQUETES, e domingo bem uma SANGRIA para tentar retirar um veneno de cobra. O lenço brinco de olhos fechados fazendo qualquer tipo de tipoia. Fazer MACAS é meu hobby. E olhe bem, aprendi a achar o FIO de qualquer lamina em sua afiação e domino com perfeição como deixa-las no ponto. Lixar e proteger uma ferramenta não tem segredos para mim. E para sua informação, faço de olhos fechados a AMARRA QUADRADA, DIAGONAL E PARALELA. A amarra para TRIPÊ eu faço de olho fechado. Isto sem contar três tipos de COSTURA DE ARREMATE com uma só mão. Tenho pôr costume, identificar qualquer cobra VENENOSA e saber onde é seu “habitat”.
            - Chega Vovó, chega. Falei. Estou envergonhado. Fiz vários cursos, inclusive a INSÍGNIA DE MADEIRA, e não aprendi tudo isto.
            - Não chega não filho. Continuou a Vovó. - (Seu olhar e seu sorriso e sua voz doce e suave, encantava qualquer ouvinte que estivesse ali presente).
            - Você ainda não viu como eu e ele treinamos COMIDA MATEIRA. Dei belas gargalhadas quando fizemos o nosso primeiro ‘FRANGO FRITO NO BARRO - sobre brasas e sob a terra. (O “velho“ ria as gargalhadas). E quantas vezes treinamos coar um CAFÉ SEM COADOR! E olhe, o “Velho“ sempre me desafiava a fazer um ARROZ SEM PANELAS.  Como? - segredo. Não posso contar. Use da imaginação.
            - Não faço acampamentos como vocês, mas experimente me desafiar a armar uma BARRACA, qualquer uma, em qualquer tempo ou situação. Sou capaz de armar de olhos vendados. Fizemos uma vez juntos uma linda OCA que deixaria qualquer tribo indígena boquiaberta. - A Vovó era cheia de surpresas. Não havia como duvidar dela pensei... - Se você quiser, vou lhe ensinar a fazer ARMADILHAS de vários tipos para caçar pássaros ou animais. E pode me desafiar para serrar toras com qualquer SERROTE OU TRAÇADOR.
            - SINAIS DE PISTA, conforme está no Manual é coisa de amadores. Sigo qualquer pista em qualquer terreno. E olhe meu filho, tive a sorte de ver o CREPÚSCULO numa noite de inverno do alto de uma montanha, e o sol nascer atrás de montes verdejantes.
            O "Velho" ria desbragadamente. Ele adorava a Vovó. No seu cachimbo inglês soltava enormes baforadas enquanto ria. Eu sabia que ela era a única que ele ouvia com atenção. O seu olhar, a sua meiguice e o carinho demonstrava que o amor não tem idade. - Olhe Vovó - (Ele tinha uma maneira carinhosa quando se dirigia a ela) - interrompeu o “Velho” sutilmente. - O ADESTRAMENTO ou como o queiram chamar hoje, teve formas diferentes para nós, os antigos. O aprendizado era na base do FAZER FAZENDO no campo. Não precisávamos só de cursos para aprender. Talvez outras formas para desenvolver tarefas dentro das novas metodologia para a educação da juventude fosse necessário, mas este é o Escotismo verdadeiro que conhecemos. ATIVIDADES AO AR LIVRE.
O “Velho“ sentiu que o cachimbo apagara. Calmamente deu uma ou duas “socadas”, jogou no cinzeiro as cinzas e acendeu novamente soltando” fumaça” pôr todos os lados, empestando a Sala Grande.
Temos nas Lojas Escoteiras, uma infinidade de livros bons sobre literatura Escoteira. Mas quem se habilita a ler? - E mesmo lendo, praticar o que leu? - Você conta a dedo quem tem uma boa biblioteca Escoteira em casa. Se possuem a “Insígnia“, nem sempre estão preparados para adestrar tais técnicas escoteiras. - Continuava o "Velho" - Temos perdido milhares de jovens porque não vivenciam mais estas atividades em que a técnica faz parte do seu crescimento. Esqueceram-se de tudo, ou melhor, por desconhecer não se importam em aprender para treinar seus monitores. Ainda bem que ainda temos um bom numero de escotistas fazendo escotismo como deve ser.
Quer saber de uma coisa? Desconfio de chefes que não sabem a Lei Escoteira de cor e estão mal uniformizados. Quando olho um Escotista sem ser um mago ou um adivinho, posso lhe dizer quem ele é com dez minutos conversando ou vendo como ele age com a tropa. Os tipos exóticos nem falo nada. Eles por sí só dizem o que são. 
 Fiquei pensando e me desviei das palavras do “Velho” - Tinha lido há muito tempo, um livro de um antigo escoteiro e que se chamava “Os adultos no Movimento Escoteiro”. Ainda não sabia onde eu me encaixava em tudo aquilo. Sabia que era útil, sabia que podia ajudar, mas não sabia como chegar lá. Educar, formar caráter, espirito de iniciativa, formação espiritual, bons cidadãos.
“E fui pensando, pensando até que me dei conta que a Vovó e o “Velho” dormiam preguiçosamente abraçados no sofá preto e o ““ Velho” roncava “descaradamente“.                                                            

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um tributo aos amigos que partiram. Tem dias que fico pensando, pensando e quem não fica? Risos. Mas só pensando em um assunto? Claro que não. Sempre penso em escotismo, em escoteiros, em lobinhos, em seniores, guias, pioneiros, em boy scout, em Sempre Alerta. Portanto são muitos assuntos não? Risos. Mas porque penso tanto? Acho que o tempo passa, as horas passam e costumamos esquecer fatos importantes em nossa vida Escoteira. Quem já viveu tanto no escotismo ainda acredita que viverá muito ainda pela frente. As horas passam, os dias passam, vêm os meses os anos, e quando assustamos os cabelos embranquecem muitos amigos estão chegando e outros partindo. Agora os passos ficaram trôpegos, a respiração já não é a mesma e porque não desistimos? Porque não procurar outro motivo para sentir o pulsar da vida? Não sei. Acho que sei só não quero reconhecer que o escotismo foi tudo para mim assim como para milhares que como eu passaram e estão passando nas fileiras deliciosas de uma vida ao ar livre, dormindo sob as estrelas, molhando os pés na agua fria e escalando uma montanha em busca de novos horizontes. Mas chega uma hora que não podemos fazer mais isto. O corpo não ajuda. Não importa a mente, pois ela a cada dia mais amadurece. Tem dias que a gente fica olhando a parede como se ela fosse uma tela gigante, a nos mostrar num ritmo musical, as alegrias que tivemos em pertencer a este formidável movimento. Alí naquela tela aparece à primeira promessa, o primeiro grande uivo, vestir o uniforme frente a um espelho e sorrindo com cada peça colocada. Ver o chapéu ainda novo dando um toque aventureiro e sorrir. Ver a cores naquela tela, os acampamentos, cada um mais formidável que os outros. Ver os amigos que fomos colhendo pelo caminho, e o tempo vai passando, o filme é longo, tem historias alegres, tristes e a gente até pensa e acredita que não é um filme real, um sonho gostoso que nunca existiu. Mas a realidade está ali viva. A força de um movimento está encravada em um coração que sonhou com ele a vida inteira. Nesta seara que colhemos, os amigos vem e se vão. Faz parte da história. Faz parte da vida. Nada é imutável. Foram milhares, mas só uns poucos tivemos noção do que eram, do que fizeram do que sentimos por eles e os instantes de convivência quando os perdemos. Tive alguns em que a coexistência foi mais próxima. Uma viagem juntos, almoços, acampamentos, noitadas, convivência familiar, enfim são fatos que marcam e quando passa o tempo e ficamos sabendo de sua partida dá um nó na garganta, vontade de voltar atrás e dizer, não podíamos ter nos separado. Devíamos estar juntos até hoje, mas quem pode prever o seu destino? A gente sabe que a vida passa e nos passamos pela vida como quem colhe rosas e espinhos. Na maioria das vezes o jardim das flores cujas fragrâncias nos inebriaram uma época, agora são espinhos que nos machucam de leve como a dizer: O adeus da partida nem sempre tem o aceno do lenço, a lágrima que cai de mansinho, o livro aberto contando coisas gostosas sobre nós não existe mais, pois o vento forte fechou as páginas da vida. Não adianta dizer que fazemos parte de uma multidão que vai e vem e que o crescimento individual faz parte do viver, morrer e nascer de novo. Sabemos disto, mas uma saudade angustiante vem de mansinho a machucar nosso interior que reluta em aceitar os fatos que são reais e imutáveis. Hoje partiu mais um. Há tempos não nos víamos. Acho que poucos restam daqueles próximos que dedicamos uma amizade sem par. À tela gigante na parede, mostra todos eles sorrindo, pois ainda guardo o melhor de cada um. Sei que as horas passam os meses e os anos. Um dia irei também e se merecer espero encontrar a cada deles e dizer: Aqui estou, tem escotismo aqui? Se não tem vamos fazer nossa Patrulha da Esperança, pois dedicamos uma vida ao movimento e temos este direito. Sempre Alerta amigos de outrora que se foram Sempre Alerta. Que os ventos que estão soprando do norte, do sul, do leste e oeste, lhes tragam a chama deste fogo que está firme em nossos corações, pois a canção é clara, não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus! Meu abraço "Chefe" Caetano e todos os que já partiram. Aguardem, em breve vamos renovar este Grupo Escoteiro aí de cima. Aguardem, pois quando chegar quero ser mais um de voces a lutar por este movimento tão querido por todos nós. Pois quem já foi Escoteiro nunca o deixará de ser.



Um tributo aos amigos que partiram.

Tem dias que fico pensando, pensando e quem não fica? Risos. Mas só pensando em um assunto? Claro que não. Sempre penso em escotismo, em escoteiros, em lobinhos, em seniores, guias, pioneiros, em boy scout, em Sempre Alerta. Portanto são muitos assuntos não? Risos. Mas porque penso tanto? Acho que o tempo passa, as horas passam e costumamos esquecer fatos importantes em nossa vida Escoteira. Quem já viveu tanto no escotismo ainda acredita que viverá muito ainda pela frente. As horas passam, os dias passam, vêm os meses os anos, e quando assustamos os cabelos embranquecem muitos amigos estão chegando e outros partindo. Agora os passos ficaram trôpegos, a respiração já não é a mesma e porque não desistimos? Porque não procurar outro motivo para sentir o pulsar da vida?
Não sei. Acho que sei só não quero reconhecer que o escotismo foi tudo para mim assim como para milhares que como eu passaram e estão passando nas fileiras deliciosas de uma vida ao ar livre, dormindo sob as estrelas, molhando os pés na agua fria e escalando uma montanha em busca de novos horizontes. Mas chega uma hora que não podemos fazer mais isto. O corpo não ajuda. Não importa a mente, pois ela a cada dia mais amadurece. Tem dias que a gente fica olhando a parede como se ela fosse uma tela gigante, a nos mostrar num ritmo musical,  as alegrias que tivemos em pertencer a este formidável movimento.
Alí naquela tela aparece à primeira promessa, o primeiro grande uivo, vestir o uniforme frente a um espelho e sorrindo com cada peça colocada. Ver o chapéu ainda novo dando um toque aventureiro e sorrir. Ver a cores naquela tela, os acampamentos, cada um mais formidável que os outros. Ver os amigos que fomos colhendo pelo caminho, e o tempo vai passando, o filme é longo, tem historias alegres, tristes e a gente até pensa e acredita que não é um filme real, um sonho gostoso que nunca existiu. Mas a realidade está ali viva. A força de um movimento está encravada em um coração que sonhou com ele a vida inteira.
Nesta seara que colhemos, os amigos vem e se vão. Faz parte da história. Faz parte da vida. Nada é imutável. Foram milhares, mas só uns poucos tivemos noção do que eram, do que fizeram do que sentimos por eles e os instantes de convivência quando os perdemos. Tive alguns em que a coexistência foi mais próxima. Uma viagem juntos, almoços, acampamentos, noitadas, convivência familiar, enfim são fatos que marcam e quando passa o tempo e ficamos sabendo de sua partida dá um nó na garganta, vontade de voltar atrás e dizer, não podíamos ter nos separado. Devíamos estar juntos até hoje, mas quem pode prever o seu destino?
A gente sabe que a vida passa e nos passamos pela vida como quem colhe rosas e espinhos. Na maioria das vezes o jardim das flores cujas fragrâncias nos inebriaram uma época, agora são espinhos que nos machucam de leve como a dizer: O adeus da partida nem sempre tem  o aceno do lenço, a lágrima que cai de mansinho, o livro aberto contando coisas gostosas sobre nós não existe mais, pois o vento forte fechou as páginas da vida. Não adianta dizer que fazemos parte de uma multidão que vai e vem e que o crescimento individual faz parte do viver, morrer  e nascer de novo. Sabemos disto, mas uma saudade angustiante vem de mansinho a machucar nosso interior que reluta em aceitar os fatos que são reais e imutáveis.
Hoje partiu mais um. Há tempos não nos víamos. Acho que poucos restam daqueles próximos que dedicamos uma amizade sem par. À tela gigante na parede, mostra todos eles sorrindo, pois ainda guardo o melhor de cada um. Sei que as horas passam os meses e os anos. Um dia irei também e se merecer espero encontrar a cada deles e dizer: Aqui estou, tem escotismo aqui? Se não tem vamos fazer nossa Patrulha da Esperança, pois dedicamos uma vida ao movimento e temos este direito.
Sempre Alerta amigos de outrora que se foram Sempre Alerta. Que os ventos que estão soprando do norte, do sul, do leste e oeste, lhes tragam a chama deste fogo que está firme em nossos corações, pois a canção é clara, não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus!
Meu abraço "Chefe" Caetano e todos os que já partiram. Aguardem, em breve vamos renovar este Grupo Escoteiro aí de cima. Aguardem, pois quando chegar quero ser mais um de voces a lutar por este movimento tão querido por todos nós. Pois quem já foi Escoteiro nunca o deixará de ser.