Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 20 de outubro de 2012

As coisas belas da vida. Quebra Coco. O último desafio!



As coisas belas da vida.
Quebra Coco. O último desafio!

                 Acho que o tempo apagou estas lembranças incríveis. Quase não vejo ninguém comentando. Claro, são os novos tempos. Novas músicas. Novas canções e que se anima a cantar as antigas? Elas devem ter ficado lá ao longe em um passado distante. Nem todos irão lembrar-se como foi e acho que poucos participaram do Quebra Coco na sua simplicidade de um bom desafio. E meu Deus! Como era gostoso cantar e ver os desafiantes, com suas cabeças pensantes, a meditar o que iam dizer. Eu mesmo posso dizer que tentei quando cresci manter a chama do Quebra Coco como o conheci. Acho que não fui feliz. Os jovens não se interessavam mais. Tudo foi mudando, novas ideias novos Fogos de Conselho. Quem diria que naquela época teríamos um animador de fogo? Nunca! Animador? Nem pensar.

               Para dizer a verdade acho que foi quando fiz um ano de lobo foi que ouvi pela primeira vez o Quebra Coco. Estávamos acampados na Vertente do Vale Feliz. Lobos acampando? Risos. Claro, era comum. E porque não? Era mais divertido. Lembro-me do Miúdo (era nosso Balu, nunca fiquei sabendo seu nome real) e do Munir Boca Grande (nossa Bagheera) a fazer os almoços e jantas e que manjar! Eles eram bons e todos nós em volta ajudando, buscando água, lenha, cantando e contando “pataquadas”. Bons tempos. Já tinha participado de dois Fogos de Conselho. Não sabia como era o Quebra Coco. Foi o Akelá Laudelino Pé de Chumbo quem explicou. Tratava-se de um desafio entre escoteiros. A tropa antes de encerrar o Fogo de Conselho faziam o desafio. No começo todos participavam, mas depois de algum tempo ficavam dois ou três. Os demais não eram bons repentistas.  

              Na tropa era minha diversão favorita nos Fogos de Conselho. Desenvolvi uma facilidade grande em criar versos. Nada dos conhecidos. Isto era para Patas Tenras. Poucos tinham a “audácia” de me desafiar. Já começava cantando assim – “Meus amigos, escutem bem, hoje estou um pouco rouco, mas é bom ficar sabendo, sou o campeão do Quebra Coco” e daí em diante não parava mais. Mas tudo mudou pois quebraram meu orgulho de cantador. Fomos acampar em Serra Vermelha com uma Tropa da cidade de Rio Grande e foi um desastre. Todos da tropa perguntavam se nós tínhamos bons “cantadores” do Quebra Coco. Apontavam-me e eu ficava todo orgulhoso. Não falaram nada do Mandinho. Um Escoteiro magrelo, desengonçado e achei até que ele era gago. Quando chegou a hora e ele em pé aceitou meu desafio, sorri de leve. “Este estava no papo”.

               Deus do céu! Onze horas, meia noite e o danado lá aceitando todos meus versos e devolvendo em dobro! O Chefe disse que quem quisesse podia ir para as barracas, mas ninguém arredou o pé. Minha cabeça fervilhava, a busca de versos era medonha. Mais de quatro horas e o danado do Mandinho ali com um sorriso simples, sem afetação me colocando no chinelo! – Entreguei os pontos. Fui lá do outro lado à fogueira cumprimentá-lo. Parabéns Mandinho. Perdi mas estou orgulhoso de você! Quase desisti para sempre do Quebra Coco. Mas uma coisa sempre tive em mente, ganhar é bom, mas saber perder é uma arte. Isto sempre nosso Chefe Jessé dizia.

               Os tempos foram mudando. Participei de muitos Fogos de Conselho. O Quebra Coco se tornou saudades de um tempo que já se foi. Outras canções trazidas pelos novos chefes, e ele, o meu amado Quebra Coco ficou na história de um livro que não foi escrito. Quebra Coco, Quebra Coco, na ladeira do Piá, Escoteiro Quebra Coco e depois vai trabalhar! Até hoje eu canto com boas lembranças. Se que a origem é nordestina. Deve ter começado com os repentes esses maravilhosos cantadores que encantam até hoje os que apreciam a música nordestina.

             Parei de escrever. Fui para minha varandinha querida. Meu recanto. Onde penso e faço minhas histórias. Sentei na minha cadeira rústica e olhei pela fresta do portão e vi a meninada jogando bola. Uma rua íngreme. Poucos carros. Cada um se diverte como gosta. Cantava baixinho o Quebra Coco. Saudades vem e vão e eu "Velho" Escoteiro vou lembrando como posso dos meus tempos de criança. Quebra Coco, O meu Chapéu tem Três Bicos, A Árvore da Montanha e tantas outras. Onde está meu violão? Acho que as cordas arrebentaram. Preciso comprar novas e ficar na minha varandinha a cantar. Fazer a melodia brotar de novo pelo som do meu violão. Quebra Coco, Quebra Coco, na ladeira do Piá...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Por que as pessoas sofrem?



Uma parábola interessante.
Por que as pessoas sofrem?

     — Vó, por que as pessoas sofrem?

     — Como é, minha neta?
     — Por que as pessoas grandes vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com alguma coisa?
     — Bem, minha filha, muitas vezes porque elas foram ensinadas a viver assim.
     —Vó...
     —Oi...
     — Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal? Não consigo entender. Na minha escola a professora só me ensina coisas boas.
     — É que elas não percebem que foram convencidas a ser infelizes, e não conseguem mudar o que as torna assim. Você não está entendendo, não é, meu amor?
     —Não, Vovó.

     — Você lembra-se da estorinha do Patinho Feio?
     — Lembro.
     — Então... O Patinho se considerava feio porque era diferente. Isso o deixava muito infeliz e perturbado. Tão infeliz, que um dia resolveu ir embora e viver sozinho. Só que o lago que ele procurou para nadar havia congelado e estava muito frio. Quando ele olhou para o seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne. E, assim, se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre.

     — O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
     — Bem, quando nascemos, somos separados de nossa Natureza-cisne. Ficamos, como patinhos, tentando aceitar o que os outros dizem que está certo. Então, passamos muito tempo tentando virar patos.

     — É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
     — É por isso! Viu como você é esperta?
     — Então, é só a gente perceber que é cisne que tudo dará certo?
     — Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil assim. Você lembra o que o cisnezinho precisava fazer para poder se enxergar?
     —O que?

     — Ele primeiro precisou parar de tentar ser um pato. Isso significa parar de tentar ser quem a gente não é. Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar.
     — Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
     — Passou frio, fome e ficou sozinho no inverno.
     — É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
     — Não entendi minha filha?

     — Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele. Outro dia ele estava chorando no banheiro...
     — Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
     — Todos nós somos querida. Em parte.
     — Ele vai descobrir quem ele é de verdade?

     — Vai, minha filha, vai. Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir, nem esperar que o espelho venha até nós. Temos que exercer a humildade e procurar ajuda até encontrarmos.
     — E aí viramos cisnes?
     — Nós já somos cisnes. Apenas temos que deixar que o cisne venha para fora e tenha espaço para viver e para se manifestar.
     — Aonde você vai?
     — Vou contar para o papai o cisne bonito que ele é!

     A boa vovó apenas sorriu!

(encontrado na internet sem identificação)

Monitores, quem vive sem eles?



Conversa ao pé do fogo.
Monitores, quem vive sem eles?

Um condensado do livro de Roland E. Phillipps do seu livro o Sistema de Patrulhas. No seu livro comentou: - "O monitor não deve ser, nem ama seca, nem tenente berrão, nem domador de feras, mas apenas um irmão mais velho que se segue porque se ama". 
   
Principais características que um Monitor de patrulha deve ter:

Líder - um exemplo a seguir;
Companheiro - um amigo dá ajuda e conselhos, compreensivo;
Comunicativo - diz as suas ideias;
Leal - de confiança, preocupa-se muito com o que faz;
Democrático - respeita todas as opiniões da mesma maneira;
Humilde - não mostra a toda à gente as capacidades que tem e dá valor às dos outros;
Trabalhador - aplica-se nas suas tarefas;
Responsável - faz sempre as suas tarefas; 
Assíduo e pontual - chega há horas e não falta;
Participativo - ajuda em tudo o que é preciso, está sempre pronto.
  
As funções do Monitor: 

- Prepara as reuniões de patrulha;
- Diz aos dirigentes a opinião da patrulha; 
- Diz à patrulha a opinião dos dirigentes;
- Ajuda e ensina os elementos nas provas de etapa de progresso pessoal;
- Ajuda a resolver problemas na patrulha;
- Escreve os problemas e coisas que a patrulha precise, e leva para a Corte de Honra.
- Na Corte de Honra representa e transmite a opinião da patrulha;
- Leva o totem da patrulha;
- Fala em nome da patrulha sempre que necessário;
- Alimenta o "bom" espírito de patrulha.

As funções do Submonitor: 
- Ajuda o monitor nas tarefas de organização da patrulha;
- Substitui o monitor quando ele falta;
- Participa na Corte de Honra a convite.
- Ajuda e ensina os elementos nas provas de etapa de progresso pessoal.

 A eleição do Monitor e Submonitor: 
Eleição - conselho de patrulha sob orientação da Chefia de Tropa.
Demissão – Corte de Honra com amplo direito de defesa. 

A eleição do Submonitor: 
Eleição - escolhido pelo monitor e aprovado pela patrulha 
Demissão – Corte de Honra com amplo direito de defesa. 

É importante não esquecer que todos os cargos são muito importantes para a Patrulha estar bem. Não há nenhum melhor do que o outro. 

Na Patrulha o monitor deve preocupar-se em dar-se bem: 
- Com os elementos da patrulha; 
- Com os dirigentes e com os pais; 
  
Com os elementos da patrulha o Monitor pode: 
- Combinar lanches em casa dos patrulheiros (as);
- Conhecer as casas e as famílias;
- Ter momentos divertidos: ir ao cinema, lanchar, etc.;
- Escrever informações sobre cada um.

Com os dirigentes o monitor pode:
- Combinar encontrar-se com o dirigente para desabafar / pedir ajuda;
- Falar sobre todas as coisas, mesmo as que não concorda; 
- Organizar atividades com a Patrulha para conhecer a família;
- Combinar com os patrulheiros (as) para conhecer a família de propósito.

 O Monitor não é, nem deve ser: 
- O sabichão, saber tudo ou ter a mania que sabe;
- O mandão, mandar em todos ou ser mandado;
- O mauzão, zangar-se quando as coisas estão mal; 
- O patrão, delegar tarefas e não fazer nada; 
- A carne para canhão, assumir sozinho as responsabilidades de uma situação de patrulha; 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Chefe Escoteiro de lua Verde.



Lendas escoteiras.
O Chefe Escoteiro de lua Verde.

                     Três patrulhas. A quarta só no ano seguinte. Tropa nova, com menos de seis meses de atividade. O Chefe Galício era novo, menos de vinte e três anos. Resolveu um dia ser Escoteiro. Nunca foi. Achou nos guardados do seu pai um livro chamado Escotismo Para Rapazes de Baden Powell o fundador. Leu em uma noite. Gostou. Seu pai quase não falava. Vivia em uma cadeira de rodas. A mãe morrera há anos. Ele ó arrimo da família. Sempre pensou em ir embora de Lua Verde. Só conseguiu terminar o segundo grau. Cidade pequena, menos de dez mil habitantes. Sem perspectivas de crescimento profissional. Não podia deixar seu pai. Para sobreviverem ele montou uma quitanda. Pequena. Na frente de sua casa para não pagar aluguel. Algumas verduras, frutas, doces, e quando pode comprar uma geladeira, refrigerantes e algumas guloseimas geladas. Dava para seguir adiante a cada mês. O “fiado” era a parte mais difícil. Como negar ao Seu Romerildo? A Dona Eufrásia e a tantos outros? Eram como ele. Nem sabiam o que iam comer amanhã.

                    Depois que leu o livro o releu diversas vezes, pensou com seus botões. - Porque não ter uma tropa Escoteira? E assim fez. Mãos a obra. Convidar meninos foi fácil, a sede também não foi difícil. Ficaram num pequeno porão da Igreja Matriz. Mas Galício não entendia nada. Começou assim na raça, nem sabia que existia autorização, alguém responsável acima dele. Ele e os Raposas, os Tigres e os Leões eram os escoteiros mais felizes do mundo. Amigos, irmãos, juntos sempre. Quando os viam pela cidade a correr pelos campos, parecia um bando de meninos loucos a fazerem suas aventuras fantásticas. Galício adorava. Um dia recebeu uma carta. Era do Grande Chefe Escoteiro da Capital. O convidava para um curso. Todas as despesas pagas. Porque não ir? A quitanda deixou na mão de Quinzinho e Marquinho. Dois Monitores que sempre o ajudavam nos sábados quando a quitanda estava cheia.

                   Partiu de trem para a capital. Quinze horas de viagem. Na chegada se informou onde era o Zoológico. Pegou o bonde. Desceu no final e dai seguiu a pé. Eram mais seis quilômetros. Nada que assustasse Galício. Quando chegou viu muitos chefes. Bastante. Gostou do curso. Não gostou de alguns. Prepotentes, vaidosos, cheios de importância. Porque perguntava? Aprendeu muito. Resolveu que devia ter uma Alcatéia. Mas quem convidar? No trem quando retornava pensava a respeito. Uma jovem morena sentou ao seu lado. Galício teve duas namoradas. Pouco tempo com elas. Nunca pensou em casar. Novo. Agora com seu pai entrevado não tinha esse direito. Ela o olhou de cabeça baixa. Galício viu que chorava. – Por quê? Perguntou. Ela não respondeu. Acordou com ela dormindo em seu ombro. Reparou que era muito bonita, mas tinha o olhar envelhecido por uma vida de lutas.

                    Toda a viagem ela chorava. Galício insistiu. Ela nada dizia. Só disse que deveria ter morrido e Deus quis assim. Que seja. - Vai para onde? Sem destino respondia – Sem destino? Não tem amigos, parentes, nada? Não tenho. Quando chegou à estação de Lua Verde tinha resolvido. Desça comigo. Ficará uns dias em minha casa. Ela assustou – Descer? E sua família? Não se preocupe. Uns dias em Lua Verde você irá colocar a cabeça no lugar e saberá aonde ir e o que fazer. Ela desceu. A cidade inteira na janela vendo Galício e a bela morena. Quem era? Ele casou? Ele não disse nada. Sua vida continuou. Seu pai nem perguntou. Os escoteiros nada disseram. Sua vida mudou. Lena era uma mulher perfeita. Cuidava da casa. Fazia tudo. Seu pai tinha os olhos brilhando quando estava ao seu lado. A cidade inteira comentando. E a Tropa? Alguns pais querendo tirar os filhos. Os comentários não eram bons. Uma mulher da vida, só podia ser.

                   Galício resolveu casar com Lena. Ela disse não. Por quê? Você não tem ninguém. – Ela chorando disse que ia contar a verdade. Era mulher de vida na capital. Gostava de um soldado. Ele prometeu casar com ela. Morreu em tiroteio com bandidos. Chorou muito e o pior. Tinha AIDS. Sim, isto mesmo! Ainda em fase inicial.  Galício manteve seu pedido. Não importa. Quero você como minha mulher. Casaram-se na Igreja de São Judas Tadeu. Cerimônia simples. Ele uma vizinha e as três patrulhas escoteiras. Casou de uniforme. Ela feliz. Sorria. Viveram muitos anos. Lena se tornou Akelá. Os lobinhos adoravam sua Chefe. Galício e Lena nunca fizeram sexo. O amor dos dois eram diferentes. Lena morreu com quarenta e oito anos. Seu velório foi assistido por toda a cidade. Dizem que virou santa. Não sei. Mas seus lobinhos hoje homens feitos nunca esqueceram a Chefe que tiveram. Galício chorou por muitos anos. Morreu com sessenta e quatro anos.

                  Conheci ambos. Sempre quando vou a Lua Verde não deixo de fazer uma visita ao tumulo dos dois. Lado a lado. Escreveram uma lápide simples. Nem sei quem escreveu. – “Aqui jaz, dois amantes que nunca foram. Amaram o escotismo e com ele viverão para sempre no céu!”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

De Volta para o Futuro II. (Back to the Future Part II)



Crônicas de um Chefe Escoteiro
De Volta para o Futuro II.
(Back to the Future Part II)

                  Não teve jeito. Não queria conhecer o futuro, mas ao sentar na poltrona do DeLorean do Doutor Emmett Brown me deixei seduzir como se fosse Marty MacFly investigando sua vida futura. No meu caso não era a minha vida. Já tinha voltado ao passado em De Volta para o Futuro I em 1950. Mostrei para alguns como era o escotismo naquele tempo. Agora pensei em ver como era o nosso escotismo no futuro. Fui direto ao ano estelar de 2.180. 2.180? Isto mesmo. Meus caros, que susto! Fui parar logo em uma reunião de Corte de Honra! Sabem onde estava sendo realizada? Na casa do Chefe da tropa. Ele de roupão pressurizado e chinelo voador (quando andava plainava no ar), tomava um uísque contrabandeado do planeta Uebaibe e lia o noticioso esportivo de um jornal de outro planeta de nome Bidypower, através do seu super potente Smartphone e na sua frente uma enorme tela panorâmica que ele com um simples gesto poderia colocar do tamanho que quisesse e onde apareciam os Monitores e subs. Claro cada um em suas casas. Eles pediram para evitar a holografia, achavam que não se sentiam bem assim. Discutiram o porquê as patrulhas estavam diminuindo a cada ano (Ora, ora, ainda?).

                  Chefe a Zeta Leonis está com dois somente. Eu e mais um. Outro logo emendou – Chefe a Epsilon Tauri tinha quatro e agora três.  E assim foi a Kapa Leonis a Alpha Capricomi. Todos reclamando que quase nenhum jovem queria participar mais das patrulhas. – Olha Chefe, falou o Monitor da Epsilon Tauri, o Senhor sabe desde que as meninas se sublevaram para ter suas próprias patrulhas (meu Deus! Que bom!) os meninos estão desistindo. Quando elas participavam eles adoravam mais e podiam namorar vontade. O Senhor sabe fora do escotismo a Lei é severa com quem fosse encontrado beijando e nos acampamentos tudo isto era normal, pois nós praticamos o escotismo moderno. Agora estão com aquela conversa que acampamentos holográficos perderam a motivação. Sei que escolhemos bem, tentamos tudo na Galáxia de Andrômeda. E o da Grande Nuvem de Magalhães foi um fracasso. Eles querem acampamentos reais. Nada de holografias. O Monitor da Epsilon Tauri disse que eles adoraram a excursão na viagem feita pela nave Pioneer 2012 até a magnetosfera de Galileu Gallilei. Cansaram é claro, pois os jogos de vídeo game espaciais na nave intergaláctica não eram lá estas coisas.

                    Estava embasbacado. Este era o futuro do escotismo? E olhe que sem esperar o Diretor Técnico entrou na conversa. Avisou que a partir do mês que vem a sede Escoteira estava de mudança. Compraram em Xangai um novo Site feito pelos chineses e montaram no espaço sideral um pequeno planeta que seria só do Grupo Escoteiro. Claro deram o nome de Avatar dos Anéis Azuis de Saturno o nome do grupo. O primeiro Grupo Escoteiro a montar no espaço uma sede Escoteira. Todos agora podem ir lá pelo sistema de Teletransporte do Computador CAN/DEN-88782343. É só ficar sócio. Qualquer cartão de crédito espacial resolve. Eles aceitam. Só não dividem e nem aceitam boletos de escoteiros. Porque não sei. Assim vocês podem quando quiserem ir ao grupo, mas as atividades ainda serão feitas aqui na terra por meio de holografias. Voces escolhem onde. Mas devem programar. Tivemos casos de mais de duzentas patrulhas escolherem o Pico da Neblina no mesmo dia. A empresa Faxtorum quase explodiu. Não deixem de enviar pedidos de autorizações em modelo Super Espaço ao Distrital Capitão Pikard. Ou ao seu Assistente o Chefe Doutor Spock. Se for difícil encontrá-los procurem o Capitão James T. Kirk que assumiu como Comissário Espacial internacional Escoteiro. O cara viaja para todo lado.

                    No próximo sábado continuou o Diretor Técnico, estarei ausente. Vou assistir a uma Reunião da OCBGDEF (os catorze bons gerais do escotismo do futuro) que agora estão liderando o movimento da UBEB (União Brasileira dos Escoteiros Brasileiros). Não tem mais outras organizações. Montaram um exército próprio de androides que usam o novo uniforme só para “caçar” os tais escoteiros tradicionais. Voces sabem que eles estão na clandestinidade. Vários Robôs escoteiros estão à procura deles. Irão ser deportados para Hidra, uma Lua de Plutão situada no Cinturão de Kuiper. Jogaram lá uma bomba Genesis e a lua virou planeta. Só tem florestas. Os tradicionais adoram árvores e riachos de águas límpidas. Dizem que são bons em pioneirias. Que atraso de vida meu Deus! E deu boas risadas. Estava estarrecido. Sai dali correndo. Pedi ao Doutor Emmett Brown que me levasse em seu DeLorean de volta ao passado. Não me sentia bem. Isto não pode acontecer ou será que vai acontecer? Melhor parar por aqui. Estou pensando em Baden Powell. Onde está pode ver o futuro? Se pode deve estar chamando todos seus oficiais de Mafeking. Uma nova guerra do Transvaal deverá ser iniciada. Ou eles acabam com a UBEB ou a UBEB acabariam com eles! Mas eles tinham experiências. Os jovens do passado e agora os do futuro dariam um ótimo apoio como estafetas. Estafetas? No escotismo moderno?

                  Agradeci ao Doutor Brown pela carona. Pensei até em pedir a ele que me levasse ao passado como ele foi com o jovem Marty MacFly ao Velho Oeste. Mas fazer o que lá? 1870 ainda não tinha escotismo. Eu não queria nunca me encontrar a mercê do famigerado bandido Biff Tannen e sua quadrilha. Ainda bem que não eram escoteiros. Melhor ficar por aqui. Que façam bom proveito do escotismo do futuro. Não estarei lá mesmo para criticar. Risos. Que a UBEB seja muito feliz!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

JOGO DE BASES



JOGO DE BASES

Sugestões para um jogo de base Escoteiro para tropas que ainda não conhecem ou gostariam de repetir de maneira diferente.
Os Jogos de Bases são realizados regularmente por muitas tropas escoteiras. Divertido e alegre ele forma os jovens nas técnicas escoteiras ou mesmo nos conhecimentos escoteiros. - As bases são lideradas por um adulto conhecedor do tema a ser aplicado. O tempo deteminado deve ser seguido criteriosamente.
- Escolhe quatro pontos no páteo ou local onde será realizado. Se possível uma Patrulha não deve ver o que a outra está fazendo. - Muitas vezes o jogo de base é feito com contagem de pontos, visando dar maior motivação a cada patrulha. Ex. cada base antes do inicio da atividade a patrulha já tem 10 pontos. À medida que vai desenvolviendo sua tarefa, o responsável da base, pode manter ou tirar pontos. A patrulha não é informada na hora. Isto será feito no termino da atividade em reunião ou no cerimonial.

- Antes do inicio, deve ser verificado se todo o material está disponível. O tempo fica a critério com a programação da tropa no dia.  Aconselho que não seja menor que 10 minutos por base.
Obs. Ao inicio do jogo, os monitores serão informados onde estão às bases e cada um recebe orientação onde irá iniciar sua patrulha. Exemplo – PT Lobo, base 1 (depois irá para base 2, PT Onça, base 2 depois irão para base 3 e assim sucessivamente as demais).

- Ao chegar à base, a patrulha dará seu grito e se apresentará ao chefe da base dizendo: – Sempre Alerta chefe! Patrulha X pronta para a atividade!  - Isto se fará em todas as bases. Mostra a educação e o respeito da patrulha e indica que ela está presente e aceita o desafio.
O chefe explica e começa a atividade marcando o tempo. Finalizado o tempo encerra a atividade. A Patrulha permanece na base até o apito previamente combinado para trocar de bases.

BASE 1 - Cada patrulha de olhos vendados irá fazer 4 nós e uma amarra. Não é coletivo e sim individual. Todos os membros farão a mesma coisa. Ao termino cantar a primeira parte do hino Alerta.

BASE 2 – Cada um será interrogado quais as leis escoteiras que sabe de cor. Maior ponto para a patrulha que souber mais. Terminado, cada patrulha irá fazer uma piramede, usando os membros da patrulha.

BASE 3 – Jogos do Kim. Jogo um – Dois bastões ou duas cadeiras, distante uma da outra um metro. Numa distancia de 20 metros, cada Escoteiro de olhos vendados irá passar entre o vão das cadeiras ou bastão. Nota. Antes ele deve ser girado em redor de si mesmo e colocado de frente ao vão. Jogo dois – cada Escoteiro irá encontrar um determinado objeto num raio de 10 metros. Este objeto será visto antes de vendar os olhos e poderá ser deslocado durante a procura por um ou dois metros do seu ponto inicial.

BASE 4 – Cada patrulha deve cantar uma canção escoteira. Melhor ponto para quem entoar melhor e saber a canção toda. Todos serão observados. Após cada patrulha irá demonstrar os diversos tipos de formaturas usadas nas reuniões de tropa.

Lembro que as bases podem ser alteradas na sua forma ou no seu todo. Fica a critério da programação da chefia da tropa.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Seu Pafuncio” é um chato de galocha.



Jogando conversa fora.
“Seu Pafuncio” é um chato de galocha.

                     Sempre foi assim. "Seu Pafuncio" sem a gente esperar estava lá, sentado ao meu lado na cama a me encher as paciências. O sujeito morava há muitos anos no corpo caloso, bem no fundo da fissura inter-hemisférica, ou seja, na fissura sagital do pobrezinho do meu cérebro. Desde que me entendo por gente "Seu Pafuncio" me acordava, falava e falava. Um chato de galocha isto sim. Hoje quando sentei na cama às quatro e meia da manhã como tenho feito ultimamente, pois meu corpo não quer mais continuar na minha caminha gostosa, nem bem pisquei e lá estava ele. Não tem como fazê-lo se mandar. O cara é um chato de galocha e voces sabem chatos são chatos e não dão sossego a ninguém.

                  - Valdinho (era como ele me chamava) já disse e repito você está perdendo seu tempo. Olhei para ele. De novo com aquela lenga-lenga. Nem me deu bola. Continuou - Pode parar de ficar dizendo cobras e lagartos desta corte. Você não vai chegar a lugar nenhum. Ninguém vai abandonar a “casta” pelas suas ideias. Acredita mesmo que irão mudar? Você fala, fala e se for um pouco inteligente irá ver que eles não estão nem aí. Acha mesmo que irão abraçar todo mundo e perder a chance de continuar no bem bão? – Valdinho meu querido. Você conhece bem, já passou por isto. A sede de poder existe em todo lugar. E você sabe muito bem que eles juram de pé junto que não é nada disto, que estão tentando ajudar, que sacrificam horas e horas e acredita mesmo que poderão comprar suas ideias? Nunca meu caro. Deixa de ser “besta”!

                    "Seu Pafuncio" estava passando dos limites. Mas o danado não estava nem aí. E continuou martelando no mesmo ritmo. – Será que o que você tem visto e sentido aqui não servem de exemplo? Eles quando dão opinião nas suas observações é porque ficam “puto” com você. Na maioria nem se tocam para o que escreve. Você lembra quantos já comentaram e hoje se mandaram? Alguns se arriscam e depois desaparecem. Acha que não te abandonaram? Sentiram que seu papo é furado e não importa para eles. Não trás nada de útil. – Valdinho meu amigo, não adianta, infelizmente esta organização assim como tantas outras tem muita gente que adora o que faz. Claro tem aqueles e graças a Deus são a maioria, que são puros e não tem vaidades, mas e os outros? Meu amigo Valdinho faz parte do ser humano. Quantos de nós não tivemos um dia vontade de mandar, de dirigir, de ser o tal e sorrir quando todos obedecem? É uma beleza Valdinho levantar a mão e todos ficarem “durinhos”! Valdinho meu caro ser olhado como chefão e respeitado é o sonho de muitos. E veja Valdinho isto existe desde a criação do mundo. Desde a mais simples organização até as maiores do nosso querido planeta. Em todas elas lá está a “casta” dirigente.

                       - Valdinho, deixa de ser tonto. Ninguém vai querer perder sua posição pelas suas ideias democráticas. Eles continuarão insistindo e você continuará sendo idiota e fazendo inimigos. Não viu ainda quantos já conquistou? Lembra quantos ficavam lendo você e sumiram? Claro sempre tem aqueles fieis, mas você já sabe quais são. – Valdinho meu querido, tente raciocinar. Esqueça esta sua oposição idiota. Esqueça esta briga com a evasão de jovens. Ninguém está nem aí para você. Eles estão sim preocupados com outras coisas. Se você acha que Patrulha de três ou quatro não funciona eles provarão o contrário. Se você acha que todos deveriam ter direito a voz e voto eles irão rir na sua cara e terão mil argumentos contrários. Meu amigo Valdinho procure ver no seu passado, seus antigos amigos da corte se afastaram, mas você achou que eles não eram os amigos que esperava e não se incomodou. Mas porque Valdinho, por quê? Porque eles não lutaram ao seu lado? Claro Valdinho, sempre acharam você um idiota, um chorão, e tem até aqueles que dizem que você tem mágoas e além de besta é um errado com o que acredita ser a salvação do seu movimento.

                       Fiquei pensando nas palavras do "Seu Pafuncio". Quem sabe era melhor dar um tempo? Eu sei que já dei tanto tempo que nem sei mais quanto tempo o tempo tem! O mundo é este aí. Sua evolução não depende de mim. Não sou Deus. Não sou o dono da verdade. Acho que vou seguir mesmo o conselho do "Seu Pafuncio". Vou dar um tempo. Mesmo que não possa pensar como será o amanhã. Cada um escolhe seu destino. Cada um sabe onde pisa e onde o calo aperta. No mundo inteiro é assim. Porque não em nosso Brasil? – Obrigado "Seu Pafuncio". Vou pensar a respeito. Mas por favor, dá um tempo para mim. Não me enchas as paciências todas as madrugadas. Também sou filho de Deus. Mereço ter tranquilidade com estes assuntos espinhosos, mas "Seu Pafuncio" eles me fazem um bem danado! Risos. 

Piadas de jovens adaptadas para o Escotismo.



Piadas de jovens adaptadas para o Escotismo.

O lobinho estava em um canto do pátio chorando muito. A akelá vendo que ele não parava de chorar e longe de sua matilha se aproximou. – Não chore Lobo, não chore. O lobinho Vadinho não parava de chorar. – Olhe você não deve chorar tanto, sabe por quê? – Não Akelá, por quê? Porque quando a gente é pequena e chora muito quando cresce acaba ficando feia, muito feia. Você não quer ficar feio quer? – Vadinho pensou e perguntou – Então Akelá, quando a senhora era pequena devia ser a maior chorona da Alcatéia não é mesmo?


Em um acampamento e fora do campo de Patrulha havia três escoteiros. Nonato, Jorginho e Matheus. O Chefe Paulo metido a chefão desafiou-os a colocar lama nas calças, e disse:
- Quem colocar lama nas calças será o mais corajoso daqui!
Eles começaram a colocar e quando deu hora de voltar para o campo de patrulha, o chefe Paulo rindo os mandou tirarem a lama das calças e foi embora. No meio do caminho os três escoteiros encontram uma cobra, Nonato, Jorginho e Matheus morrendo de medo e tentando mostrar coragem mataram a cobra.  Quando chegaram ao campo de Patrulha o Chefe Paulo disse – Paulinho, Jorginho e Matheus, eu não disse para tirarem a lama das calças? – Eles responderam. Não Chefe, aqui não é lama, é medo mesmo!



O Balu estava ensinando os lobinhos os princípios de sobrevivência no deserto.
- Quais são as três coisas mais importantes que voces devem sabe para sobreviverem no deserto?
- Muitos falaram ao mesmo tempo e o Balu anotou - Comida, fósforos, canivetes, etc.
- O Balu notou que a lobinha Ana Lucia levantava a mão freneticamente. – Sim Ana Lucia quais são as três coisas mais importantes?
- Ana Lucia respondeu – Uma bússola, um cantil e um baralho.
O Balu ficou cismado e perguntou – Porque isso?
Bem – Respondeu Ana Lucia, a bússola é para encontrar a direção certa, o cantil é para evitar a desidratação, e o baralho é para jogar paciência.
- Paciência? Pergunta o Balu – Porque jogar paciência no deserto?
- Ana Lucia com aquela carinha linda e inocente responde:
- Porque sempre que você joga paciência, vem alguém por trás e diz o que você tem de fazer!


Mãe, hoje comecei nos escoteiros. Aprendi sobre boa ação.
- Sim filho e fez alguma? Clara mãe, o Escoteiro faz todos os dias uma boa ação.
- Só não entendi porque levou nosso pitbull para a reunião.
- Ora mãe, nem todos querem que eu ajude a atravessar a rua, portanto ptibull neles! – Olhe sou o campeão de boa ação. Mais de vinte atravessaram a rua sem chiar!


No acantonamento, no fogo de conselho, a Kaá resolve conversar com alguns da Alcatéia para animar, pois achavam que muitos estavam com medo.
- Lurdinha, me diga, do que você tem mais medo?
- Da mula-sem-cabeça Kaá.
- Lurdinha, a mula-sem-cabeça não existe. É apenas uma lenda. Não precisa ter medo.
- Lilian do que você tem mais medo?
- Do Saci-Pererê kaá. Morro de medo dele.
- É somente outra lenda, esqueça, não precisa ter medo.
- E você Valtinho, parece que está tremendo. Do que tem mais medo?
- Do MalaMen kaá. Morro de medo dele.
- Nunca ouvi falar disse a Kaá. Quem é esse tal de MalaMen?
- Quem é eu não sei Kaá. Mas toda noite minha mãe diz na oração: - Não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do Mala-Men!


Serginho era um lobinho endiabrado. Na Alcatéia ninguém aguentava suas estripulias. Um dia a Akelá ao dar um jogo levou um tombo enorme. Sua saia do uniforme subiu-lhe até cabeça. Levanta-se imediatamente, ajeita-se e interroga os lobinhos:
- Luisinho, o que você viu? - Seus joelhos Akelá. - Vá para casa. Só volte na semana que vem.
- E você Carlinhos o que viu? – Suas coxas, akelá, magrinhas eim? – Um mês de suspensão em casa. Ora, onde já se viu um lobinho segunda estrela dizer isso?
- E você Serginho, me diga o que viu? – Serginho dá melhor possível para todos e vai saindo da reunião – Bem amigos da Alcatéia, até o ano quem vem...

Na reunião da Alcatéia A Bagueera ficou responsável para fazer um jogo. Enquanto o Balu foi à sede buscar duas cadeiras para o jogo, um lobinho novato que entrara no mês anterior gritou!
- Bagueera, porque o Balu é careca?
- Baguera sem pensar disse – Porque ele é um urso famoso, lindo pensa muito e muito inteligente.
- Humm! Mas então Bagueera porque a senhora é tão cabeluda?


Lula estava nadando no Lago Paranoá e começou a se afogar. Uma tropa de escoteiros do mar que estava passando viu e três Monitores saltaram na água para ajudar. – Olhe, estou orgulhoso dos escoteiros. Valentes são voces! Peçam qualquer coisa!
Um deles, gaúcho falou:
- Meu pai trabalhava na fábrica de sapatos e perdeu o emprego. Pode arrumar um para ele?
- Está mais do que feito, respondeu o presidente.
O outro do Piauí reclamou que estava sem escola.
- Considere matriculado na melhor escola da sua cidade! Falou o Presidente.
O terceiro era um mineirinho, daqueles de cabeça baixa.
- E então meu jovem, o que vai pedir?
- Quero um enterro de estadista, com salva de tiros, muitas flores, banda de música e tudo!
Estupefato, Lula perguntou:
- Mas você tão novo! Porque esta preocupação com a morte?
- Estou perdido presidente. Uai! O que o Senhor acha que vai acontecer comigo quando eu chegar lá em Minas e disser que salvei um politico?


A alcatéia formada para o Grande Uivo. Livinha de seis anos não podia participar, mas sempre queria falar alguma coisa. Uma tagarela. Quando a Akelá fez o sinal ela entrou correndo no circulo.
- Akelá, três mulheres estavam chupando sorvete, qual delas era casada? Ela responde: - Não sei, qual é?
 - A que estava usando aliança. E saiu correndo.
Toda Alcatéia caiu na gargalhada.


Zezé fora lobinho e passara há pouco tempo para a tropa. Não perdia tempo. Em qualquer lugar levantava a mão para contar alguma coisa. A tropa se divertia.
Na bandeira ele foi à frente e disse:
Chefe posso contar uma historinha? Claro Zezé.
- Um passarinho olha triste para cima. Ele vê uma tartaruguinha em cima de uma árvore, criando coragem. De repente, ela pula, cai e começa a chorar. 
Neste momento, ele chama sua esposa passarinha e diz:
"Você tem razão. Vamos ter de contar que ela é adotada."
E Zezé deita no chão e rola de rir. Kkkkkkk.

Dois rapazes metidos a gozadores parados na esquina, chamam o Escoteiro que vai passando.
- Dizem que voces são inteligentes, posso perguntar?
- Claro respondeu o Escoteiro.
- Vamos imaginar que você tem um real no bolso e pede para seu Chefe mais um real. Com quantos reais você fica?
- Um real!
Risos. Nossa! Você um Escoteiro não sabe nada de matemática.
E voces, dois idiotas não conhecem o meu Chefe Escoteiro!


Na reunião dos lobinhos a Kaá tentava convencer a Alcatéia para serem bons cristãos e queria todos na missa no dia seguinte.  Para animar pergunta:
— Quem aqui quer ir para o céu?
Todos os lobinhos e lobinhas levantam o braço, menos Maneco. Então Kaá pergunta:
— Ei, Maneco, você não quer ir para o céu?
— Não posso, Kaá. Minha mãe falou pra eu sair daqui e ir direto pra casa!