Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Curiosidades Escoteiras.


Conversa ao pé do fogo.
Curiosidades Escoteiras.

A FLOR DE LIZ ESCOTEIRA

É o símbolo do Escotismo. Foi escolhido por Baden Powell em 1907. Desenhada na cor amarelo-ouro, no centro de uma bandeira verde, foi hasteada ao lado da bandeira inglesa no primeiro acampamento escoteiro realizado em Brownsea, no Canal da Mancha, Inglaterra. Antigamente, a flor-de-lis era desenhada nas cartas náuticas para indicar o norte na rosa dos ventos. Ao observar essas cartas, Baden Powell chegou à conclusão de que a flor-de-lis representava o sentido de direção; e era exatamente esse sentido que ele idealizava para o Escotismo. No Brasil, o Selo da República, com círculo de estrelas e o Cruzeiro do Sul é usado para esse fim. Sob a flor-de-lis há uma faixa com o nosso lema: Sempre Alerta! Sob a faixa, há um nó, cujo objetivo é lembrar a boa ação diária que devemos fazer em benefício de alguém, sem outra recompensa que a de nos sentirmos úteis.

Nota – Uma nova Flor de Lis estilizada substituiu a antiga da UEB.


AS BANDEIROLAS DE PATRÚLHAS

As bandeirolas de patrulha surgiram no acampamento de 
 Brownseano ano de 1907, quando Baden-Powell colocou a prova suas idéias sobre o nascimento do movimento juvenil. No primeiro día do “campamento piloto" organizado pelo fundador, se formaram quatro  patrulhas: TouroMaçarico, Corvo e Lobo. Estas Patrulhas eram dirigidas por un jovem mais velho que recebio título de "guía" e era o portador de um curto bastão com uma bandeira triangular de cor branca que tinha desenhado ecor verde o animal "tótem" dessa patrulha. O mesmo tinha sido desenhado  pelo próprio Baden- Powell e tinha também a inscrição "BA", simbolizando a primeira e última letra da palavra "Brownsea", nome da ilha onde estavacontecendo o acampamento.  Um ano mais tarde, quando escreveu "Scouting for Boys", BP regulamenta de forma geral esta tradicão dizendo simplemente que "todo guía de patrulha leva um bastão com uma pequena bandeirola com a silueta do animal de sua patrulha em ambos os lados". 

Também se especifica nesta obra as cores das patrulhas, que até hoje se respeitam na maioria das associações escoteiras do mundoAs bandeirolas de patrulha fazem parte das tradições de patrulha que ajuda a formar o espírito de patrulha. O célebre Roland Phillips declarava que "o espírito de Patrulha e uma disposição moral, uma atmósfera especial o ambiente natural de onde sedesenvolvem os jovens, que se faz sentir-se parte essencial  de uma unidade completando-aSua presença se manifesta até nas palavras mais insignificantes e no atos e gestos de cada jovem. E necessário que cada escoteiro "sinta" que sua Patrulha deva ser a melhor e para isto deve fazer tudo que puder, para poder falar com orgulho "Eu pertenço a esta Patrulha".

O novo escoteiro deverá aprender a desenhar o emblema de sua Patrulha usando como uma assinatura. Estas são os meios para fazer germinar e arraigar profundamente o espírito de PatrulhaEm se tratando de escotismo os mínimos detalhes tem um extraordinária importância porque contribuem para criar o ambiente. O essencial e que cada patrulha tenha uma característica própria e que escoteiro tenha consciência de que possui alguma característica  que os destinge dos demais.



O CINTO DA UEB NA LUA

Um dos grandes momentos do Escotismo Mundial aconteceu com a primeira missão do homem na lua. O. Três astronautas, sendo eles todos escoteiros, realizaram a primeira Excursão Escoteira à Lua no histórico voo da Apolo 8Frank Borman foi escoteiro no Arizona, William Andres foi escoteiro na Califórnia e James Lowell chegou a ser Escoteiro da Pátria, maior classe que um escoteiro pode galgar, e atualmente atua como Escotista de uma Alcateia de Lobinhos no Texas.

Na missão do APOLO 11, um fato importantíssimo aconteceu, Neil Armstrong, que ficou conhecido com Escoteiro Astronauta da Apolo 11, foi 1.° homem a pisar no satélite natural, a lua. Este fato tem para nós paulista um significado todo especial. Pois, Neil Armstrong usou no seu espetacular voo à Lua o Cinto Escoteiro do Brasil, que recebeu de presente do escoteiro Carlos Laucevícius, por ocasião de sua visita em nosso país. Os astronautas cumpriram importante tarefa como escoteiros para "construir um mundo melhor".

Quando Armstrong desceu na Lua milhares de escoteiros de todo o mundo tiveram um motivo especial para acompanhar o desenvolvimento de seu êxito, afirmou hoje o Departamento Mundial de Escotismo. É que Armstrong foi "Águia", o grau mais elevado dos escoteiros nos Estados Unidos. Por outro lado o Escritório Mundial do Escotismo informou que dos primeiros 57 astronautas que fizeram parte do programa espacial dos USA, 44 foram escoteiros.


Fonte: Texto publicado por Rodolpho P. J. Mehlmann, Chefe do Grupo Ubirajara.

Nota de rodapé: - Duas chaves da felicidade:
- não levar as coisas muito a sério, mas aproveitar ao máximo o que se tiver, e olhar a vida como um jogo e o mundo como um campo de jogos;
- deixar as nossas ações e pensamentos serem orientados pelo Amor.
A felicidade está ao alcance de todos, ricos ou pobres. E, todavia os felizes são comparativamente poucos. Baden-Powell.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Um sonho escoteiro distante.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Um sonho escoteiro distante.

            Tenho muitas histórias para contar. Histórias que vivi, histórias que sonhei, histórias que criei na minha mente imaginativa pensando que um dia as pudesse viver. Mas pensando bem o que são histórias? Dizem os mestres que história é uma palavra de origem no antigo grego “historie” que significa “conhecimento através da investigação”. Que ela é uma ciência que investiga o passado da humanidade no seu processo de evolução. Então é isto que eu venho a escrever?

             Alguns mais chegados, que não tive a honra de apertar a mão escrevem vez ou outra que elas são contadas na seara das suas reuniões, dos acampamentos dos fogos de Conselhos e nas tardes de chuva ou em algum lugar onde estão os jovens escoteirando. Já ouve um que contou maravilhas das apresentações em fogo de conselho onde a meninada se esbaldava a representar o que o velho Chefe contou. Alguns não dizem se os jovens gostaram outros alardeiam que minhas histórias sempre tem apetite demais entre aqueles mais afoitos que vibram como escoteiros. Acredito pois seria cruel duvidar.

              São poucos que comentam dizendo o que acharam, tem muitos que curtem e tem aqueles “anônimos” que leem e não se dão a conhecer. Houve um tempo que os famosos lideres em suas hostes escoteiras me deram a honra de ler e comentar. Naqueles velhos tempos eu costumava responder, mas o tempo foi passado e achei melhor me calar. Nem sempre sou bem interpretado. Ser malcriado, gritar aos ventos, subir na burra do cata-vento não ajuda a convencer ninguém. Imito Gandhi e outros tantos que acham que na paz podemos chegar lá.

                Dizem por aí que me acho um Bipezinho fardado de caqui. Não esquento a cuca. Se for o tal é conhecer o escotismo então eu sou mesmo um Baden-Powell esquecido nas suas memórias. Mas e dai? Gato molhado pula prá todo lado reclamando da água que levou. Más quá, como diz o mineiro, até onde pude chegar ou vou chegar algum dia? Necas que não sei. Se hoje na minha idade nunca fui convidado para mostrar o escotismo na sua realidade, pelos plantões do momento na liderança, eu sei que a verdade o convite fica na saudade. E bem dizia a minha patroa: Falar o que? Com esta tosse de arriba tu não dá mais prá gargantear.

                 Antigos adestradores, agora chamados de formadores, e alguns amigos que foram investidos como Mestres professores escoteiros não seguem minha cartilha. Ela é quadrada, destoada da mecânica original. Eles têm o rumo, tem a trilha pronta e a minha faz parte de um passado que não volta mais. É... Um caminho perfeito. Se sentem bem dando o que sabem a nova safra que amanhã irá despedir e ficar no anonimato escoteiro. E eles rindo leve e solto continuam no poder. O caminho está feito. Se a estrada tem asfalto de segunda classe e vai se deteriorar a elite escoteira não está nem aí. Discutir jamais. Não sou Jesus Cristo, mas poderia dizer: Baden-Powell, será que eles sabem o que fazem?

                 Engrosso a xarada e me pergunto. Sou história ou estória? Dizem que a diferença é que história é baseada em documentos ou testemunhos, e estória é baseada em elementos fictícios. Ops! Então eu sou estória, sou ficção. Meu escotismo não pode existir no entardecer da nova era, do novo escotismo, na ilusão de quem já foi não é mais. Perguntei a alguns especialistas escoteiros se o termo estória é isto mesmo. Responderam em unicidade que a palavra história sim é o certo.  Ela descreve relatos baseados tanto em fatos verídicos como fictícios.

                  É mesmo. Ainda fico na duvida se sou verídico ou fictício. E o tal fundador que um dia disse que ninguém tem interesse em ouvir ou pedir sugestões aos que passaram dos seus sessenta anos. Ele na porta de sua morada, olhando o Kilimanjaro ria e completava: - Afinal o velho escoteiro viveu uma vida, passou por trilhas de obstáculos, aprendeu como contorná-las e os novos resplandecentes dirigentes não querem entrar nesta seara. Tateiam como profetas a fazer um novo escotismo que um amigo meu chama de neo-escotismo. Olalá! Dou risadas porque ainda não sei o que é neo-escotismo.  

                   Enfim, vou passeando no teclado minhas letras como se fosse um “apanhador nos campos de centeio”. Dizem que a maioria das pessoas que ficam de cara amarrada, ou não sabe sorrir ou tem um sorriso pavoroso. Upalalá! Antigamente eu achava meus chefes inteligentes, me achava um burro junto deles. Afinal eles eram dirigentes, bons de bico, bons de fornada, lideram a escoteirada que não sabe reclamar. Fico na minha, quando as pessoas sabem um bocado do que dizem, a gente leva um tempão para descobrir se a gente é que é burro ou elas que são!

                   Há coisas que a gente não deve discutir e melhor deixar do jeito que está. Tem hora “Entonce” que dá vontade de chamar o sujeito, enfiá-lo em uma barraca de duas lonas em noite de chuva e dizer: Dorme no molhado e se convença que seu caminho não leva ao sucesso. Mas é perda de tempo. Sei que setenta anos escoteirando e setenta e seis vivendo não é tão mal assim. Afinal o sol só aparece quando cisma de aparecer. E o engraçado mesmo é que a gente quando diz alguma coisa que ninguém entende eles sorriem dizem adeus e fazem exatamente o que eles querem. Que coisa sô!


                   E chega por hoje. Vou vivendo e ficando na beira do caminho, pois já sou historia ou será que é estória? Seja o que for não desisto. Desta água eu já bebi e vou beber prá sempre. Para mim não tem chuva no molhado, vou bicando aqui e ali e quem sabe um dia a porteira do Seu Jeremias irá abrir sem ranger ao puxa empurra? Que Baden-Powell me ilumine e me dê forças. Graças a Deus!

Nota de rodapé - Eu ia escrever uma história. Quem sabe bonita, que cativasse meus leitores a dizerem coisas lindas sobre o que escrevi. Mas comecei a escrever e cheguei à conclusão que devia falar outra coisa. Afinal se eu não aceito meu passado do jeito que ele é não terei futuro neste mundo. Eu sei que mesmo não tendo inimigos que é preciso muita coragem para enfrentar alguém que se diz ser meu amigo.  Ainda piso em aguas revoltas. Até onde o meu escotismo que acredito irá chegar?