Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dizer SAPS é bonito prá xuxu!


Hora de dormir, amanhã é outro dia.
Dizer SAPS é bonito prá xuxu!

                      Quantos artigos eu já fiz sobre este tema? Vários. Não desisto. Um amigo me disse que é isto que os “os novos çabios” do escotismo sabem fazer. Mostrar o tradicional eles nem pensam. Mas inventar os Pafúncios da vida sabem, e como sabem. Não é que não goste do tal de SAPS Afinal eu sei que sempre disse que SAPS É SAPS nada alem de SAPS. Sabe o que me lembra? Um monte de sapos na lagoa. Risos. Mas vamos lá, vamos ver o tal de SAPS que todos adoram:

                     Até 1968 ou 69 dizíamos Sempre Alerta. Um belo dia um artista Escoteiro da liderança nacional criou o Servir para o pioneiro. Ótimo. Os pioneiros merecem. Mas esqueceram do Senior. Eles continuaram como o Sempre Alerta. Bem juntaram o Sempre Alerta como o Servir e isto serviu para todo mundo. Bem, não sei por quê. Talvez para nos lembrar de que vivemos para servir. (dizem que foi a UEB querendo mostrar que devemos servir a ela, quem inventou isto. Sempre ela! Risos). Então todos diziam, "Sempre alerta para Servir!", e depois e depois, cansava muito dizer isso tudo, a língua doía, tinha uns que suavam em bicas, outros engasgavam ao falar e dava um trabalhão danado para escrever. A gente entortava a boca e surgiu o estupendo, o maravilhoso o fantástico SAPS! Bacana! Abreviaram. Assim começaram a escrever a torto e a direito o tal de SAPS. Era SAPS daqui, SAPS dali, SAPS para todo lado. Uma SAPAIADA sem tamanho. No Brasil todos gostam de abreviaturas. São milhares. O governo então? A UEB como sempre é claro imitou. 

                   E não é que pegou? Todos gostaram. SAPS! Mais rápido. Risos. – Oi Chefe! SAPS para o Senhor! Ele ou ela chega à sede e grita: SAPS para todo mundo! Lobinhos via o Chefe na rua e gritava: - SAPS Chefe! Ninguém entendia nada, poucos sabiam o que a sigla significava. Me lembro de um programa na rede Globo. O Chefe chegou e disse para o entrevistador: SAPS! O cara ficou baratinado. Que diabos é isto? Pensou. Mas deixe prá lá. Agora me responda como se eu fosse um menino de seis anos: Quando você diz ou lê SAPS, sua mente traduz rapidamente para Sempre Alerta para Servir? Ou o tal de SAPS continua a ser SAPS? Mas vamos analisar melhor o SAPS. Será que se esqueceram dos lobos? Melhor Possível? Coitadinho dos pequenos. Para ser leal com eles deveria ser MPSAPS! Que papo danado de chato eim? Se quiserem podem me contradizer. Não ficarei chateado. Não gosto de dizer SAPS. Prefiro o meu bom gostoso e supimpa tradicional Sempre Alerta! Adoro ele de montão. Ele é assim em todo o mundo com algumas variações.

                      Vocês nunca irão encontrar países com escotismo com saudações abreviadas. Tentem escrever para um inglês, francês, espanhol, russo, ou seja, lá que país for e coloque em baixo – SAPS! Ele vai ficar pensando o que seria isto. Alguém irá dizer para ele: - São coisas de brasileiros! Mas se fosse Sempre Alerta todos saberiam. Claro que os alemães responderiam: - Alizeit bereit, o espanhol diria Siempre Listo, o filipino Laging Handâ, o finlandês Ole valms, o francês Sois Prêt ou Toujours Prêt, o Holandês Weest Paraat, o inglês Be Prepared o Italiano Sii Preparato. Ufa! Melhor parar por aqui. Será que alguns deles têm abreviaturas?

                     Outro dia fiquei pensando, que tal uma volta em uma máquina do tempo, lá no Jamboree que BP estava presente você chega e diz em português: Salve Lord Baden-Powell. SAPS! E ele? Ia sorrir é claro, pois aprendeu a ser um gentleman e mesmo não entendendo nada nada dirá. Se alguém traduzir ele ficará encucado com o tal de SAPS! Primeiro vai analisar pelo idioma Zulu, ou espanhol, ou francês, ou italiano. Depois vai ver que não estava entendendo nada. Esqueça isto e vamos lá, Lobo diz Melhor Possivel, Escoteiro Sempre Alerta, Pioneiro Servir. Chefe? Bem sempre aprendi que o Chefe diz o mesmo da sua sessão. Claro fora dela diz Sempre Alerta e mais nada. Prestem atenção, quantos aqui no Facebook, quantos na rua, na sede em qualquer lugar não estão dizendo SAPS? Cacilda, já mudaram tanto, desdenharam de antigos programas, criaram um novo uniforme e querem jogar goela abaixo o tal de SAPS?

                     Bem cada um diz o que quer. Eu não. Sou um tradicionalista nato. Se fosse um chefe Escoteiro iria ensinar minha sessão a dizer sempre alerta, ou melhor, possivel ou servir. Isto para eles significaria muito. - Estarmos Sempre Alerta para o que der e vier. Akelá! Farei o melhor possível! Mestre Pioneiro, Servir! Bem isto sempre fiz, mas agora as mudanças são tantas, são tantos “çabios” no escotismo que fico pensando onde vamos parar. SAPS? Meu Deus! O Sempre Alerta pode estar aí, mas SAPS é SAPS. Quando o pronunciamos nem lembramos mais do Sempre Alerta. Risos. "Velho" chato de galocha não tem outra coisa para se preocupar? Não tenho não. Sou um desocupado aposentado meu amigo. Defendo com o que posso as tradições Escoteiras. Quanto a ser um Chato de Galocha sou mesmo com muito orgulho. Risos.


Chega por hoje, boa noite meus amigos, durmam esplendidamente bem. São meus desejos sinceros e não deixo de colocar aqui o meu gostoso Sempre Alerta e abaixo o SAPS! Risos. Boa noite!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Um pouco de historia de Baden Powell (BP) As sementes africanas no escotismo.


Conversa ao pé do fogo.
Um pouco de historia de Baden Powell (BP)
As sementes africanas no escotismo.

                     Indo em direção ao Outspan Hotel em Nyeri os visitantes se defrontam com uma placa fixada em uma árvore numa curva da estrada. O Outspan recebe muitos visitantes: alguns que vão lá enquanto visitam Nyeri a serviço ou negócios, outros que vão em férias, há aqueles que a usam como base para a escalada do famoso monte, e há aqueles que lá vão especialmente para conhecer a famosa "Paxtu", a última casa de Baden-Powell, fundador dos Movimentos Guia e Escoteiro.

                        B-P visitou a África oriental pela primeira vez os atuais países do Quênia, Uganda e Tanzânia em 1906, e registrou as suas impressões tanto em palavras quanto em imagens em seu livro Sketches in Mafeking and East África, publicado em 1907. Ele não retornou lá até 1935 quando realizou inspeções de escoteiros em gincanas organizadas em todo o país. Ele então visitou o seu velho amigo, Major E. Sherbrooke Walker, M.C., que foi o primeiro secretário particular de BP após a fundação do Movimento Escoteiro e que tinha posse da primeira Fiança de Escotista (n.t.: nomeação?) emitida. Após numerosas aventuras Erie Walker construiu o Outspan Hotel in Nyeri e o ainda mais famoso Treetops.

                       BP mais uma vez apaixonou-se pela "bela visão das planícies até o topo careca e nevado do Monte Quênia", descrita após a sua visita em 1906, e então quando no inverno de 1937 foi aconselhado pelo seu médico a descansar foi para Nyeiri que ele foi. Quando ele nos deixou - Escreveu Erie Walker em seu livro Treetops Hotel descrevendo a partida de B-P do Quênia em 1938, `Lord Baden-Powell estava envelhecido. (Ele estava com 81 anos). "Quanto mais próximo de Nyeri, mais próximo da felicidade", ele disse, "Eu voltarei para passar o resto da minha vida no Outspan.”.
'E então ele nos pediu que construísse uma casa de campo antes dele voltar para aquela que ele disse seria a sua terceira e última morada. Ele marcou um lugar no jardim. Quanto, ele disse, custará para construir uma pequena casa com uma sala de estar, uma ampla varanda, dois quartos, dois banheiros e duas lareiras?

                          `Eu fiz um cálculo rápido. "Doze mil pés quadrados, a dez shillings por pé quadrado", Eu respondi, "chega a seiscentas libras". (O que nós construiríamos a este custo agora!). Ele consequentemente adquiriu ações em nossa pequena companhia com aquele valor, com a qual nós construiríamos a casa, mobiliaríamos, e faríamos um jardim privado, com alegres flores, e com uma fonte e banheira de pássaros em frente à varanda. Ele tinha debatido como chamar a casa e pensou em vários nomes. 'Finalmente ele disse: "Eu chamei aminha casa em Bentley `Pax' por que eu a comprei no dia do Armistício após a Primeira Guerra Mundial. Eu acho que vou chamar a minha casa aqui de `Pax', também (too em inglês).” Após isto ela sempre foi conhecida como "Paxtoo", ou "Paxtu”.

                           B-P. e Lady B-P comemoraram suas bodas de prata em 1937 e escoteiros e bandeirantes de todo o mundo fizeram uma coleta para presenteá-los. `Nós utilizamos parte do presente de bodas de prata dado pelos Escoteiros e Bandeirantes' escreveu B-P em O Scouter de Maio de 1938, para construir para nós mesmos uma casa de campo em Nyeri. Nós a chamamos de "Paxtu", desde que ela será uma segunda "Pax" para nós (two=dois em inglês), e uma lembrança permanente da generosa boa vontade do Movimento.

                          Em outubro de 1938, ele retornou para Nyeri para viver em Paxtu, e jamais deixou a África Oriental outra vez. A casa permanece quase igual quando ela foi construída, apesar do velho teto makuti ter sido substituído por um metálico, e o jardim foi drasticamente arrancado em 1964, mas a fonte e a banheira de pássaros permanecem. A casa agora está junta ao bloco principal do hotel com uma série de apartamentos. Uma descrição da casa foi feita por B-P em uma carta ao ator, Cyril Maude, em 1939: - Nós nos sentamos aqui sob um contínuo brilho de sol (com mangueiras para regar nosso jardim) e jamais, desde que nós chegamos aqui, quatro meses atrás, falhamos em ter um dia ensolarado para um desjejum na varanda. Em anexo uma foto da cabana que nós construímos para nós e achamos ótima de todas as maneiras. Uma sala de estar no centro, com toda a frente aberta, com portas de vidro dobráveis.

                          Em cada lado um quarto de dormir com closet, banheiro, lavatórios, etc. e dependências de empregados ao fundo, com um caminho coberto até o hotel, 200 jardas adiante, de onde vêm todas as nossas refeições. Nós temos água quente e fria, com luz elétrica e aquecimento, um jardim encantador (cresceu muito após a foto) e uma gloriosa vista através da floresta e planície até o Monte Quênia com o seu pico nevado. ' Por vinte anos, até a morte da Srtª Miss Corbett em 1963, a casa foi habitada por Jim Corbett, velho amigo de B-P, autor de Man-eaters of Kumaon e outros livros conhecidos, e sua irmã Maggie.


Em 1964 Escoteiros e Bandeirantes do Quênia contribuíram para a compra de um marco que foi colocado no jardim em frente à casa, o qual porta a seguinte inscrição: "Este monumento foi doado pelos Escoteiros e Bandeirantes do Quênia em memória de Lord Baden-Powell of Gilwell, seu primeiro Fundador, que viveu aqui de outubro de 1938 até a sua morte em oito de janeiro de 1941." Ao mesmo tempo o sinal na alameda de entrada e a placa esculpida em cedro na própria casa foram doados pela Associação Escoteira do Quênia para manter viva a memória do Fundador, e para guiar os incontáveis visitantes que vêm de toda a parte do globo para visitar a última morada do Fundador e sua tumba no cemitério perto dali.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Hora de dormir, amanhã é outro dia... Você já viu o outro lado da montanha?


Hora de dormir, amanhã é outro dia...
Você já viu o outro lado da montanha?

               Tão fácil de dizer e tão difícil de fazer. Para que subir tão alto? Para que se tudo que está lá não tem serventia? Afinal temos um caminho porque escolher outro? Mas meu amigo eu lhe digo, nunca pare na subida da montanha. Prossiga. Você está apenas no inicio. Não queres ver o outro lado? Será que lá não tem coisas lindas para ver? Você é livre, livre para decidir sua vida. Corra atrás dos seus sonhos dos seus desejos. Deixe o vento levantar seus cabelos, deixe o aroma das flores perfumarem seu caminho. Do outro lado da montanha quem sabe seu espírito irá se libertar e não ficará preso nas adversidades da vida? Só porque você percorre um caminho não quer saber se tem outro melhor? Então prossiga subindo, pois do outro lado da montanha você irá descobrir coisas fantásticas!

                         Não fique parado no ponto morto da estrada. Olhe a frente, veja as estrelas no céu. Não podes contar quantas são. Podes imaginar. Olhe! Pense naquela estrela cadente! Para onde foi? Quem sabe depois da montanha você vai descobrir seu caminho para o sucesso? Vamos, de pé, coloque sua mochila às costas, solte sua bandeira e deixe a chuva cair na sua face. Ela vai refrescar sua jornada. Você é livre, caminhe com suas próprias pernas, veja o rumo, trace seu destino e vá... Lá depois da montanha quem sabe vais ver a beleza do universo vai sentir a brisa a lhe afagar o rosto, irás beber a água límpida da fonte que jorra. Ouvirá o canto do sabiá, e ao longe um arco íris colorido irás dizer a você que ali mora a felicidade. Afinal meu amigo ou minha amiga, você é um bravo do escotismo. Tens o Rataplã na mente e BP no coração.

Todo o fim é um recomeço. Das vitórias guardamos os momentos. Aquele olhar. Um abraço. Das derrotas resta-nos o sabor amargo na boca. E não, não ficamos mais fortes. Mas todo o fim é um recomeço, e sobra-nos a vontade. E à noite escura sucedem os dias. Cinzentos, ainda, mas a pedir um sopro de vento que remoça a chama. Avante Escoteiros! Do outro lado da montanha iremos ver um novo mundo, basta querer! Lembre-se um Escoteiro não desiste, insiste nos seus ideais. Caiu? De pé novamente. A vida é para ser vivida afinal não foi BP. Quem disse que os valentes entre os valentes se saúdam com a mão esquerda?

 Não se acostume com o que não o faz feliz, Revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, Mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa

 Boa noite meus amigos e minhas amigas. Deixo aqui meu abraço, desejo de uma terça feliz e muito amor Escoteiro no coração