Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Seu Pafuncio” é um chato de galocha.



Jogando conversa fora.
“Seu Pafuncio” é um chato de galocha.

                     Sempre foi assim. "Seu Pafuncio" sem a gente esperar estava lá, sentado ao meu lado na cama a me encher as paciências. O sujeito morava há muitos anos no corpo caloso, bem no fundo da fissura inter-hemisférica, ou seja, na fissura sagital do pobrezinho do meu cérebro. Desde que me entendo por gente "Seu Pafuncio" me acordava, falava e falava. Um chato de galocha isto sim. Hoje quando sentei na cama às quatro e meia da manhã como tenho feito ultimamente, pois meu corpo não quer mais continuar na minha caminha gostosa, nem bem pisquei e lá estava ele. Não tem como fazê-lo se mandar. O cara é um chato de galocha e voces sabem chatos são chatos e não dão sossego a ninguém.

                  - Valdinho (era como ele me chamava) já disse e repito você está perdendo seu tempo. Olhei para ele. De novo com aquela lenga-lenga. Nem me deu bola. Continuou - Pode parar de ficar dizendo cobras e lagartos desta corte. Você não vai chegar a lugar nenhum. Ninguém vai abandonar a “casta” pelas suas ideias. Acredita mesmo que irão mudar? Você fala, fala e se for um pouco inteligente irá ver que eles não estão nem aí. Acha mesmo que irão abraçar todo mundo e perder a chance de continuar no bem bão? – Valdinho meu querido. Você conhece bem, já passou por isto. A sede de poder existe em todo lugar. E você sabe muito bem que eles juram de pé junto que não é nada disto, que estão tentando ajudar, que sacrificam horas e horas e acredita mesmo que poderão comprar suas ideias? Nunca meu caro. Deixa de ser “besta”!

                    "Seu Pafuncio" estava passando dos limites. Mas o danado não estava nem aí. E continuou martelando no mesmo ritmo. – Será que o que você tem visto e sentido aqui não servem de exemplo? Eles quando dão opinião nas suas observações é porque ficam “puto” com você. Na maioria nem se tocam para o que escreve. Você lembra quantos já comentaram e hoje se mandaram? Alguns se arriscam e depois desaparecem. Acha que não te abandonaram? Sentiram que seu papo é furado e não importa para eles. Não trás nada de útil. – Valdinho meu amigo, não adianta, infelizmente esta organização assim como tantas outras tem muita gente que adora o que faz. Claro tem aqueles e graças a Deus são a maioria, que são puros e não tem vaidades, mas e os outros? Meu amigo Valdinho faz parte do ser humano. Quantos de nós não tivemos um dia vontade de mandar, de dirigir, de ser o tal e sorrir quando todos obedecem? É uma beleza Valdinho levantar a mão e todos ficarem “durinhos”! Valdinho meu caro ser olhado como chefão e respeitado é o sonho de muitos. E veja Valdinho isto existe desde a criação do mundo. Desde a mais simples organização até as maiores do nosso querido planeta. Em todas elas lá está a “casta” dirigente.

                       - Valdinho, deixa de ser tonto. Ninguém vai querer perder sua posição pelas suas ideias democráticas. Eles continuarão insistindo e você continuará sendo idiota e fazendo inimigos. Não viu ainda quantos já conquistou? Lembra quantos ficavam lendo você e sumiram? Claro sempre tem aqueles fieis, mas você já sabe quais são. – Valdinho meu querido, tente raciocinar. Esqueça esta sua oposição idiota. Esqueça esta briga com a evasão de jovens. Ninguém está nem aí para você. Eles estão sim preocupados com outras coisas. Se você acha que Patrulha de três ou quatro não funciona eles provarão o contrário. Se você acha que todos deveriam ter direito a voz e voto eles irão rir na sua cara e terão mil argumentos contrários. Meu amigo Valdinho procure ver no seu passado, seus antigos amigos da corte se afastaram, mas você achou que eles não eram os amigos que esperava e não se incomodou. Mas porque Valdinho, por quê? Porque eles não lutaram ao seu lado? Claro Valdinho, sempre acharam você um idiota, um chorão, e tem até aqueles que dizem que você tem mágoas e além de besta é um errado com o que acredita ser a salvação do seu movimento.

                       Fiquei pensando nas palavras do "Seu Pafuncio". Quem sabe era melhor dar um tempo? Eu sei que já dei tanto tempo que nem sei mais quanto tempo o tempo tem! O mundo é este aí. Sua evolução não depende de mim. Não sou Deus. Não sou o dono da verdade. Acho que vou seguir mesmo o conselho do "Seu Pafuncio". Vou dar um tempo. Mesmo que não possa pensar como será o amanhã. Cada um escolhe seu destino. Cada um sabe onde pisa e onde o calo aperta. No mundo inteiro é assim. Porque não em nosso Brasil? – Obrigado "Seu Pafuncio". Vou pensar a respeito. Mas por favor, dá um tempo para mim. Não me enchas as paciências todas as madrugadas. Também sou filho de Deus. Mereço ter tranquilidade com estes assuntos espinhosos, mas "Seu Pafuncio" eles me fazem um bem danado! Risos. 

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