Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Chefe, eu só quero viver o meu sonho Escoteiro!


Conversa ao pé do fogo.
Chefe, eu só quero viver o meu sonho Escoteiro!

             Ei Chefe! Posso lhe dizer uma coisa? Eu gosto muito de você, mas pode me fazer um favor? Devolva-me meu sonho Escoteiro. Eu sei que você luta por nós, que você trabalha por nós. Eu sei que você também sabe o que nós queremos. Como eu não sei Chefe, pois você nunca nos perguntou. Mas Chefe, eu não quero saber se tem Congresso, se tem Assembleia. Chefe! Fique você lá, mas me deixe fazer o que sempre sonhei. Não sonhei em discutir pontos de vista, se faço assim ou assado, se faço o certo ou errado, não sonhei em ser alguém da liderança, pois isto não é esperança de quem vai fazer o escotismo sonhado. Não sonhei em fazer cursos ou mesmo colocar uma medalha em mim. Se o senhor meu amado Chefe tiver nosso lenço ou outro qualquer para mim não importa querido Chefe. Eu sei que você gosta de cantar que um dia lá voltarei. Chefe sabe o que eu quero? Eu quero viver o que dizem, quero sentir o vento nos cabelos, quero sair por aí correndo pelas campinas, atrás das asas ligeiras das borboletas azuis.

               Eu quero Chefe viver aventuras incríveis. Eu quero dormir na barraca, meses e anos sem fim. Quero subir em árvores imensas, descer por um cordel encantado que só eu saberei fazer. Quero ter minha mochila, levar o que eu quiser, quero ter o meu cantil, minha faca Escoteira e meu cabo preso em mim. Saiba Chefe que meu sonho é ser um aventureiro, como aqueles famosos escoteiros, que dizem ser bons mateiros, explorando florestas, dormindo sob as estrelas, bebendo água da fonte, encontro nascentes nos enormes picos que escalarei. Vou fazer uma jangada, e o rio irei descer. Lá na curva do Boi Bravo, junto à patrulha querida a jornada vai continuar. São tantos sonhos meu Chefe, que eu não paro de pensar. Já pensou eu imitar o Tarzan? Pulando na corda querida nas matas que encontrarei.

            Chefe não me leve a mal, eu gosto da bandeira hasteada lá na sede aonde vou eu adoro vê-la subir aos céus. Mas ela é bem mais bonita se estiver arvorada naquela linda castanheira na beira de um riacho qualquer. Uma árvore com um galho, usando meu cabo solteiro, amarro como pioneiro uma lança vou jogar. E quando estiver no alto, uma volta eu darei. Então virarei um soldado para minha bandeira hastear. Não é tão lindo meu caro Chefe? O vento a soprar na campina, pássaros em bancos no céu. E olhar minha bandeira, vento forte vento amigo desbravando minha terra. Meu sonho meu caro Chefe, é sair com meus amigos, patrulheiros de ideal, pegar um quadrante na estrada, virar para qualquer azimute, escolher qualquer direção. Pode ser um sudoeste, seguir a trilha ligeira, descobrir novas estradas, descobrir um mundo novo. E se achar o local ideal ali nós vamos acampar. Chefe meu amigo, quero fazer meu almoço ou meu jantar, quero acender um foguito, e não ouvir seu apito, e na chama que usarei, minha refeição eu farei. Sei que ela meu caro Chefe, vai ser supimpa demais. E olhar meus companheiros olhando com avidez seus pratos cheios, comendo a comida que eu fiz.

               Por favor Chefe, vá fazer seus cursos, aprenda bastante técnica, pois dela é que precisamos. Esqueça aquela palestra, pense que é disto que eu gosto, nada moderno. Para que querido Chefe! Se na escola querida, em minha casa amada eu tenho tudo isto? Uma duas três quatro reuniões seguidas na sede. Ufa! Chefe! Eu já cansei. Que demora meu amigo Chefe, tanto tempo na bandeira, uns com sono quase caindo vendo o senhor falar. Sei que o senhor não tem culpa, aprendeu com outros assim, mas não é isto que eu quero. Eu quero meu amigo Chefe, gritar “madeira” e vê-la cair ao chão, como bons desbravadores que um doa eu quero ser um. Cortar em toras pequenas para fazer meu fogão. E no meu tempo livre, vou fazer um lindo pórtico, cheio de entretantos e lá de cima gritarei; - O mundo agora é meu! E sempre a correr bem ligeiro, sorrindo para a passarada que voam em volta de mim. Já pensou querido Chefe, uma boa trovoada? Aí vem a chuvarada! Que susto nós vamos levar, mas Escoteiro não se aperta, minha capa eu coloco e deixa a chuva cair. E quando a noite chegar, a patrulha já preparou um lindo jogo noturno. No meio do mato escuro, pintado de preto eu estou. Vou roubar vidas dos amigos que ali estão sorrindo vou ser um índio ou um soldado qualquer.

             E no dia de ir embora, vou despedir das estrelas, vou olhar para o céu e dizer: Hoje vou cantar, sorrir, vou ser ator e farei do meu Fogo de Conselho o melhor que já fiz. Pois é Chefe, nesta hora tão singela, vou chorar Chefe com a canção que vamos cantar. Uns dizem que não é mais que um até logo, outros dizem que tão logo em volta do fogo vamos de novo nos ver. Chefe, eu não quero saber se o Totonho foi eleito, se ele está satisfeito com o cargo que conquistou. Eu quero meu amado Chefe é fazer escotismo, um escotismo aventureiro, quero subir em cordas, fazer pontes enormes, atravessar o rio fazendo um comando Crow. Quero fazer um balso pelo seio, um nó de evasão dos bons e descer de um pulo a árvore que subi. E lá no alto meu Chefe, vou construir um estrado, pois vai ser o começo do ninho de águia que vou construir. Olhe meu Chefe amigo, nada farei sozinho. Nossa equipe é famosa. Tem um Monitor um sub um aguadeiro. Tenho um enfermeiro e um construtor, e não vai me faltar na hora, uma faca ou machadinha, um facão para eu usar. Pois ali está outro amigo da patrulha, meu amigo intendente que vai me ajudar.

              Chefe chega de reunião de sede. É lá no campo que eu vou e olhe, eu vou para ficar. Deixe-me seguir o vento, nos meus bons acampamentos, excursões e viajar. Eu quero sair por ai, sem saber aonde ir. Quero descobrir novos rumos, quero subir montanhas, quero seguir os vales, andar a cavalo e correr. Quero pegar uns peixinhos, que depois de bem fritinhos, eu vou comer. Confie em mim eu já sou um menino homem, não é assim que devo crescer? Quero fazer o que sonho, correr aqui e ali, construir coisas incríveis, e no alto da montanha enviar para o senhor meu abraço cordial usando a minha bandeira e na fumaça aduaneira minhas palavras vou levar. E se necessário à noite o Morse que vou usar, vai cruzar todos os montes, e lá ao longe além do horizonte o senhor vai descobrir. Cansado meu caro Chefe, a gente então vai dormir. Pode ir Chefe para seu seminário escoteiro, traga prá nós Escoteiros, uma nova maneira de sonhar. Sonhos que só se realizam se pisarmos no chão e acreditar.


             Aventuras chefes, grandes aventuras. Vamos sair por aí, sem fila de algibeira, vivendo uma vida mateira nas grandes distancias a percorrer. Vamos dormir nas barracas, vamos seguir trilhas, vamos pular o rio, e lá no alto da montanha, eu vou sorrir bem contente, ao ver ao longe tantas coisas bonitas que fiz. E então meu amigo Chefe eu direi: - Eu sou Escoteiro agora, do jeito que eu pensei. Eu ando, eu pulo eu corro bem ligeiro. Agora sou bom mateiro, nada vai me impedir. Portanto Chefe acredite em mim, este é meu escotismo e o senhor sabe que pode confiar em mim!       

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