Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Xau amigos, o frio está a chegar, Vou prá terra do fogo, é lá que eu vou morar!


Xau amigos, o frio está a chegar,
Vou prá terra do fogo, é lá que eu vou morar!

Quarta marrenta, sem vento começou a esfriar.
Um dia eu me arrebento e vou na Terra do Fogo morar.
Vou convidar meu amigo, o Tunico Cozinheiro,
Um verdadeiro Escoteiro que fez tretas por demais.
Se tiver vaga não esqueço, de comida me abasteço,
Levo tralha levo sapa, e lá vou eu acampar.

Levarei também Zé Mulambo. Ele é bom Escoteiro,
Na patrulha um moleque a fazer rir e chorar.
Zé lembra daquela tora? Que nos levou mata afora,
Não era tora? Era uma enorme Sucuri
E você tirando sarro, a cobra eu nunca mais vi.
Ainda bem que Lindomar, que um dia foi embora,
Foi para Serra Pelada, e uma índia ele namora.

Sei que Baiano o sub, enamorou de Diana,
Ele se apaixonou quando foi catar mamona,
Era uma belezura danada, até eu fiquei com ciúme,
Não contei e fui chorar minhas mágoas
Na cabana do Malaquias, bem atrás do Curtume.
Patrulha joia era a nossa, que não usava perfume.

Ela foi feita na forja, de bigorna eterno aço,
Ninguém tretava com ela, boa de briga boa de braço.
Foi Anjo Preto monitor, todo cheio de andor,
Que sumiu um dia de sol bem no meio do mato.
Voltou gritando de dor, lutou com a capivara,
Levou picada de abelha, e milhões de carrapato.

Mas não tem meu pé me dói, Vou prá Terra do Fogo,
Levarei meus patrulheiros, pois eu jamais fui bobo.
Lá montarei minha barraca, minha casa meu amor.
Tomarei banho no rio, bem no meio do calor.
Se a patrulha quiser, faremos arroz carreteiro,
Somos fortes e valentes, nós somos bons escoteiros.

E quando o frio chegar, me aconchego lá na gruta,
Passarei no Seu Tomé, vou colher bastante fruta,
E de lá não vou sair, enquanto este frio não sumir.
Vou parando por aqui, nestes versos de bobeira,
Se puder levar mais um, levarei à escoteira,
Aquela menina levada, que dizia pátria amada.

Se ela não for comigo, levarei meu outro amigo,
Bom Contador de histórias, nas noites de lua cheia,
E no fogo do conselho, eu não vou entrar no meio,
Em sonhos eu vou levar, nas chamas do rebosteio,
E vou encerrando meu amigo saiba que não sou bobo,

Com tristeza eu vou embora, morar na Terra do Fogo.

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