Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

domingo, 30 de abril de 2017

Entrega do Lenço da Insígnia de Madeira.




Apenas uma consulta.
Entrega do Lenço da Insígnia de Madeira.

Recebi um e-mail de uma amiga me perguntando se existe uma norma para a entrega do Lenço da Insígnia de Madeira. Até então desconhecia, mas me disseram que a UEB criou uma norma. Não há vi. O que conheço é que fica sempre ao critério do dirigente responsável fazer a entrega dependendo da cerimônia do momento. É muito comum elas serem entregues também quando da realização de uma reunião de Gilwell. Sei por experiência própria que muitos dirigentes gostam de regalar a cerimônia como se fossem suas esquecendo a origem do agraciado. Afinal se ele ou ela nasceram em um grupo escoteiro porque não dar a eles a primazia da cerimônia?

Sem entrar no mérito também as entregas de condecorações passou a ser uma cerimônia comum, principalmente em Atividades Regionais. Vejam o caso de Assembleias onde dezenas de chefes recebem em conjunto. Quando fui Diretor Técnico  tinha sempre guardado em lugar de destaque um tronco de mais ou menos 4 ou 5 polegadas, descascado na frente e escrito GILWEL PARK. Em cima uma machadinha limpa, cabo envernizado representando nosso campo onde o adestramento Escoteiro nasceu. Fazia questão que os agraciados irmãos do grupo que pertencia recebessem no próprio grupo escoteiro.

Ao entregar a um agraciado o lenço eu colocava o tronco em cima de uma mesa, com o cabo voltado a direita dos demais escoteiros e então dizia algumas palavras àquele que ia receber. Por minha própria conta fiz uma tradição pegando na ponta do lenço (já dobrado) e batendo de leve com ele em cada ombro como a lembrar o Rei Arthur ao formalizar um cavaleiro da Távola Redonda. Lembre-se era uma tradição em nosso grupo. Fazia questão que a colocação do lenço seria feita pelo monitor mais antigo (caso o agraciado fosse chefe de tropa) ou do Primo (casos ele fosse chefe de lobinho). Ficava por conta do Diretor Técnico colocar o colar de contas. Se tiver algum dirigente presente seria dele a entrega do certificado.

Sei que muitos já acostumaram com o cerimonial feito pelas regiões ou pela nacional. Não pretendo aqui mudar o sistema atual. Sou ainda muito apegado a um Grupo Escoteiro. Ele tem de ter vida própria e mesmo dentro das normas estatutárias precisa criar sua própria tradição. Já temos muitas normas e programas cujos Grupos não foram consultados se seria bom ou ruim. Muitos em diversos tipos de atividade aproveitam para fazer a renovação da promessa. Não sou contra. Nunca renovei a minha pois sempre considerei a promessa como algo muito importante na vida de um chefe. Um dia fiz meu juramento junto aos meus amigos da tropa e da chefia. Não havia portanto motivos para renovar. Afinal a promessa não é para sempre?

Terminando meu relato, um chefe cresceu e aprendeu junto aos seus jovens. Sua experiência para ser um IM. foi dentro de sua unidade local (Grupo Escoteiro). Quem ficará mais alegre e exultante que seus amigos do Grupo? Finalmente desejo ao agraciado que ele tenha pela sua nova postura como membro do primeiro Grupo de Gilwell, que agora que é um Membro de Gilwell que ele ou ela entenda que ainda falta muito para alcançar um padrão uniforme para dar ao jovem o que ele espera de nós. A IM não é um passaporte para o distrito, região ou UEB, ele é simplesmente uma força que ajuda a cada um que recebe ser um pouco melhor que todos esperam dele.

Uma boa tarde a todos.
Chefe Osvaldo


Cada um tem o direito de escolher dentro de sua própria consciência o que deve ou não ser feito para seu caminho dentro das escolhas feitas em sua vida escoteira. Normas e tradições muitas vezes são deixadas de lado e assim vamos perdendo nossa identidade. Lembremos porém qual será a maior alegria na entrega de um lenço ou uma condecoração: - Dos jovens que convivem com seu chefe ou em uma cerimônia onde só adultos participam que pouco sabem do chefe agraciado?

Nenhum comentário:

Postar um comentário