Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Onde anda Adriana Birolli atriz e escoteira?


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Onde anda Adriana Birolli atriz e escoteira?

                  Há algum tempo, a atriz da Rede Globo Adriana Birolli contou em alguns programas que fora escoteira por muitos anos e ainda participava nos seus tempos livres. Vários programas fizeram entrevistas com ela e quando aparecia fazendo a saudações e dizendo Sempre Alerta junto aos escoteiros todos se orgulhavam. Que orgulho em saber que alguém importante participava do escotismo. Era o Marketing que faltava já que a EB não sabe ou não quer fazer isto.

                  Tudo foi por água abaixo quando ela no programa do Jô Soares contou parte de sua infância e sob a influencia deste apresentador tentou explicar as provas de sobrevivência que participou no escotismo há tempos passado. Tentou descrever como teve que matar galinhas e coelhos e incentivada pelo Jô foi levada a explicar como “torturava” os animais e como os preparava para as refeições que fazia durante este curso. Coisas do Jô.

                  Alguns bloquistas e outros comentaristas fizeram disto uma diversão e tanto, menosprezando o Escotismo, como se isto fosse uma conduta treinada para matar. Em qualquer curso de Sobrevivência na Selva isto acontece e muito mais para que os que participam possam sobreviver das dificuldades encontradas. Não foi o que muitos pensaram. A própria UEB pelo que eu saiba se eximiu de explicar ou mesmo defender se assim fosse necessária a Adriana Birolli.

                 Assim como apareceu na mídia, logo desapareceu. Nem na rede Globo com seu puritanismo satânico ela participa mais. Poucos falam sobre ela. Por causa de umas palavras que na época ela achava válido e levada pelos seus chefes, condenaram-na a fogueira do ostracismo. Um escotismo como o nosso que não tem representatividade e tão em falta de cidadãos probos, exemplos a seguir, ela não mais servia aos propósitos do escotismo Brasileiro. Era culpada? Era jovem e conduzida a curso fez o que muitos fizeram pode agora ser condenada? Quem saiu em defesa explicando que isto aconteceu em uma época onde se fazia o escotismo aventureiro? – “Atirem, por favor, a primeira pedra”.

               Quantas vezes como menino escoteiro, eu me embrenhava na selva da minha cidade, com minha Patrulha, levando somente sal e óleo para ficar dois ou quatros dias acampados e tínhamos que nos virar para nos alimentarmos? Errado? Era uma época diferente, isto para nós era ponto de honra e fazíamos com orgulho. Sobrevivência na Selva era uma expressão que se dava aos valorosos soldados de fronteira ou mesmo aqueles que pertenciam a algum batalhão especializado nestas artes.

               Nós os escoteiros da época seguíamos o mesmo caminho. Se alimentar de animais ou grandes pássaros não tinha segredos era o que tínhamos na época. Com o passar do tempo ainda continuava nos cursos de Sobrevivência na Selva com participantes diversos o ensino e a prática de se alimentar com o que se encontrava a mão. Hoje isto não existe mais, sabemos até que ponto o respeito à natureza faz parte da formação escoteira.

               No artigo do Site da ANDA que nunca ouvi falar eles os articulistas se divertem com a “Matança” da escoteira Adriana Birolli. Chega ao ponto de afirmar que ainda continuamos com este rito que não mais existe e nunca foi parte da formação escoteira. Uma pena que tais fatos sejam mostrados de forma incoerente ao povo brasileiro. Se servir de condenação, minha Avó minha mãe e até a Célia no passado “mataram” muitas galinhas e até mesmo um porquinho de antemão.

               Adriana Birolli não dá mais entrevistas falando de escotismo. Acho que se ressente por nenhum dirigente escoteiro tê-la defendido. Assim como apareceu se orgulhando de ser escoteira desapareceu no tempo. Acredito que se sentiu usada e não teve uma mão escoteira para defendê-la. Interessante que em julho de 1910 uma dupla de dirigentes da UEB foi entrevistada por Jô Soares. Quase dormi de tédio. Nunca vi tamanha monotonia. Não temos marketing. Ninguém para dizer na grande Mídia que o escotismo é uma das maiores organizações de jovens visando seu aperfeiçoamento individual dentro de uma metodologia única feita por Baden-Powell. No meio educacional somos considerados como ineficazes e atrasados.

“E se você quiser condenar quem já fez isto, eu me apresento minha mãe e minha Avó também e a Célia idem. Sem esquecer que até na década de setenta oitenta isto ainda era comum. Duvida? Pergunte a sua mãe e sua avó se elas ainda estiverem vivas. Hoje é bem mais moderno. Não matamos nada, temos quem mata para nós e vender seu produto isento de maldades e atrocidades que acometem os bons samaritanos de hoje.

E afinal onde anda Adriana Birolli? Ainda continua amando o escotismo? Sei que apareceu um artista que não conhecia, vestimentado pelos dirigentes (se ele foi escoteiro acho que se esqueceram de perguntar se ele não preferiria o Uniforme caqui) e apresentado como um grande nome para participar de uma assembleia nacional. Os resultados não fiquei sabendo. Sem comentários. Cada um sabe onde aperta seu sapato. Pobre escotismo que não sabe valorizar!  



Nota – Onde anda Adriana Birolli a famosa atriz e escoteira de tempos idos? Defenestrada pela Rede Globo e pela UEB? Não teve o mérito que merecia? Só porque matou uma galinha em um curso de sobrevivência foi condenada ao ostracismo? Viraram as costas para ela? Pois é, quando deu suas primeiras entrevistas como escoteira e fotografada em seu grupo de origem foi aplaudida e saudada, e agora? Sem comentários. O artigo que escrevi diz o que penso. Quem sabe estou errado? Se estiver atirem por favor a primeira pedra!

Nenhum comentário:

Postar um comentário