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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Curiosidades: O Navio que trouxe o Escotismo para o Brasil. Postado no 25 de janeiro de 2012 por gelages01sc.



Curiosidades: O Navio que trouxe o Escotismo para o Brasil.

O Encouraçado Minas Geraes. (escrevia-se Geraes na época).
A História do Escotismo no Brasil começa com a famosa “Esquadra Branca”, que o Brasil encomendara à Inglaterra em 1906. O contrato inicial foi assinado com Armstrong Whitworth (Elswick) e previa a construção de três encouraçados. O primeiro a ficar pronto foi o Minas Gerais. O encouraçado São Paulo, de configuração semelhante, seria finalizado pouco depois. A terceira embarcação, o encouraçado Rio de Janeiro, ainda maior que os outros, não chegaria a ser entregue, acabou por ser vendido à Turquia, e, posteriormente, foi desapropriado pela Inglaterra, que o engajou à Royal Navy durante a Primeira Guerra Mundial com o nome de “HMS Agincourt”.

O Minas Gerais teve a quilha batida em 17.04.1907 e foi lançado em 10.09.1908.  A construção  findou-se em 06.01.1910. 

Quando entrou em serviço constituía, juntamente com o seu irmão gêmeo “São Paulo”, um dos navios mais poderosos do mundo: montava doze canhões de 12 polegadas em seis torres, bem como artilharia secundária composta por vinte e dois canhões de 4.7 polegadas, além de oito outras peças de 3 libras.

Tornou-se motivo de orgulho nacional, tanto que a valsa “Oh! Minas Gerais”, com a melodia italiana Vieni sul mar, foi composta em sua homenagem, e não ao Estado da Federação brasileira.

O novo navio exigia grande equipagem, principalmente de foguistas, de maneira que para suprir a carência de pessoal foram contratados até mesmo marinheiros estrangeiros (ingleses, portugueses, gregos, americanos e barbadenses).

Na época, encontrava-se na Inglaterra numeroso contingente de Oficiais e Praças da Marinha que preparava-se para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construção. Um grupo de suboficiais entusiasmou-se com o revolucionário método de educação complementar. Entre eles estava o Suboficial Amélio Azevedo Marques que fez seu filho Aurélio ingressar em um dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurélio Azevedo Marques foi o primeiro escoteiro brasileiro. Quando da vinda para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses, no valor de trinta libras esterlinas.

O Encouraçado Minas Geraes, navio onde estava embarcada a maioria dos militares interessados em trazer para o Brasil o Movimento Escoteiro, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de Abril de 1910. No dia 14 de Junho do mesmo ano, na casa número 13 da Rua do Chichorro no Catumbi, Rio de Janeiro, reuniram-se, formalmente, todos os interessados pelo escotismo e embarcados nos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do Brasil.

A placa na fachada da casa diz: “Há 90 anos foi lançada neste local a semente do escotismo no país com a fundação do “Centro de Boys Scouts do Brasil” por suboficiais da Marinha de Guerra”. Homenagem: União dos Escoteiros do Brasil – Centro Cultural do Movimento Escoteiro Região do Rio de Janeiro – Rua do Chichorro, 13 – 14/06/2000

Esse é o verdadeiro marco inicial da história do escotismo no Brasil. A partir de 1914, surgiram em outras cidades vários núcleos, dos quais o mais importante foi a ABE – Associação Brasileira de Escoteiros em São Paulo, fundada com o apoio de respeitados Diretores de estabelecimentos de ensino, Secretários de Justiça e de Segurança Pública do Estado e pessoas que foram fundamentais para a consolidação do escotismo no Brasil, como Mário Cardim, que concretizou a ideia de criar a ABE e tomou a frente para a preparação das pessoas, regulamentos e estatutos.

O jornalista Júlio de Mesquita, Diretor do “Estado de São Paulo” e o Ascanio Cerqueira, receberam da inesquecível dama da sociedade bandeirante Jerônima Mesquita, diretamente de Paris, o material didático do procedimento formal da organização, passando o grupo e alguns idealistas, a formatar nosso escotismo, para a formação de sua personalidade jurídica.

A ABE espalhou o Movimento Escoteiro por todo o país e em 1915 já contava com representações na maioria dos Estados Brasileiros e neste mesmo ano, uma proposta para reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública resultou no Decreto do Poder Legislativo n.º 3297, sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz e em 11 de junho de 1917 sancionou o DL, o qual em seu artigo 1.º estabelecia: “São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações brasileiras de escoteiros com sede no país.” – a mãe-pátria brasileira acabava de gerar um de seus mais importantes filhos, o ESCOTISMO. 

A História do Escotismo no Brasil, porém, só veio a ganhar amplitude nacional em 1924, quando da fundação no Rio de Janeiro da UEB – União dos Escoteiros do Brasil, semente-mor unificadora do processo de aglutinação dos diversos grupos e núcleos escoteiros dispersos nas terras brasileiras, movimento consolidado por volta de 1950, quando a formação social foi fracionada por regiões e Estados, cada uma delas abrangendo um Estado ou Território Nacional. 

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