Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Basta ser escoteiro para ser feliz.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Basta ser escoteiro para ser feliz.

Prologo: - Gosto do que escreveu Martha Medeiros: - "Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade”.

                                     A gente vai envelhecendo e vendo a vida passar como se não tivesse passado. Piso na relva, piso no chão de terra, piso no lodo e até na lama sempre a seguir, pois sei que nada pode me impedir. Ninguém é igual a ninguém. Uns desistem no meio do caminho outros nem esperam a curva surgir e se vão deixando para trás um rastro de boas intenções, ou melhor... De sonhos... Mas as lembranças ficarão no esquecimento? E ao apagar as luzes deste sonho dirão: - Valeu a pena?

                                    O escotismo tem disso, hora do tempo feliz, hora do tempo passado infeliz. Nem todos são capazes de se defender e para que se magoar ficando em um lugar onde não mais se sente bem? Outros dizem que amam que dariam tudo para continuar, mas saem ao primeiro sinal de dissabor, de cicatrizes que vão se avolumando. Às vezes me pergunto por que tanta sede de poder? Estarão esses falsos lideres fazendo o bem? A quem? Se em 1908 meninos sem chefes corriam pelas florestas de Londres e sorriam porque hoje com tantos chefes não é bem assim?

                                    Pisei no molhado e escorreguei, levantei e somei, andei e multipliquei, voltei e diminuí, deu um sorriso e dividi... É assim a matemática, desde os tempos de Confúcio e Jesus Cristo. Nada mudou nas contas da tabuada que não existe mais. O Escotismo deve mudar? Sem sombra de duvida, mas desculpe dizer, estão os adultos querendo satisfazer a “molecada” sem perguntar a eles se estão de acordo? Vez ou outra penso que o escotismo é dos chefes e não da escoteirada!

                                    Mas e daí Chefe? Aonde quer chegar? Ufa! Não sei, a lugar nenhum, prefiro ficar aqui a voltar ao ponto de reunião. Andei muito para chegar onde estou. Lembro-me do quebra canela, do voador, da briga de galo, da Revista na tropa, do desafio do quebra coco, passar o anel, do cabo de guerra... Ah! E veio o Boto Velho para atrapalhar... Chefe melhorar, os jogos do Boto Velho ficarão para a história. Será? Revejo meus conceitos, hoje a uma procura de novos jogos e tem tantos antigos que são supimpas para aplicar!

                                   Nunca esqueço que já crescido li por cortesia em uma ata de Corte de honra: - Ficou acordado na Corte de Honra que os jogos nas reuniões serão uma escolha da Tropa”. O Chefe ficará encarregado somente dos chamados “Jogos surpresa”. Cada Patrulha fará mensalmente sugestões apresentadas pelos escoteiros. Os monitores transmitirão entre si e aos demais às sugestões apresentadas por toda a Tropa. Nenhum jogo terá a formalidade de obrigação e sim jogado espontaneamente, não só pelo caráter competitivo, mas também pela simplicidade de jogar e divertir!

                                    Como mudou! É mudou muito. Hoje há uma procura imensa de jogos, livros, apostilhas conceitos e mais conceitos sobre os entendidos em jogos e programas. Aquele espírito de sorrir de divertir é vendido pelo sorriso do Chefe: - Olá! Meus escoteiros e meus lobinhos adoram! Risos e risos. Será que não foi o Chefe que adorou? Mas a matemática não é mais a mesma, agora se ensina diferente e a tabuada deixou de existir.

                                   Mas voltando as raias da imaginação, tentando entender você que saiu do escotismo e agora tem uma explicação? O que posso dizer? Sinto muito? Sabe, eu gostaria de sentar com você na sombra de um abacateiro, falarmos de escotismo, dos amores, dos dissabores, da matemática moderna, dos pés de pato que se julgam donos do poder e querem ver você subjugado, querem ter em você um seguidor. É proibido pensar no Escotismo! Olhe, acho que lhe dou razão, nem todos tem a vontade de continuar brigando com o vento sabendo que a luta será inglória.

                                    Zé das Quantas, aquele Chefe simplório lá de Brejo Seco, nas suas veias de poeta comentou comigo: Chefe Vado, o que é meu de verdade, ninguém me tira. O que não é eu mesma me desfaço. Eita cabra danado. Que o diga o Escoteirinho de Brejo Seco, que nunca desiste e breve será um Escoteiro de Primeira Classe... Chefe! Existe ainda? Nos meus sonhos meu irmão escoteiro, existe, é aquela aventura feita de mãos dadas, com a Patrulha amada que me fez ser o que sou. Sem ser imitador dou um boi para não entrar na briga e uma boiada para não sair!

                                  Mas convenhamos, é uma luta inglória. Pisa na Fulô Chefe, não maltrata meus sonhos... E quem se importa? Eu me importo. Digo com muita certeza, meu sangue é escoteiro, não preciso de registro e nem de subserviência, faço questão de um abraço, de um aperto de mão e dizer, amigo agora somos irmãos e vamos seguir a trilha de BP hoje amanhã e Sempre. E quem aparecer... Hora, quem aparecer... A gente salta o obstáculo desce num evasão e parte para o cerimonial, pois é hora da bandeira moço, e que se dane os que me querem ver longe!

Sempre Alerta!

         

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