Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conversando com o "Velho" Escoteiro



Conversando com o "Velho" Escoteiro

Não era um tema novo. Repeteco por assim dizer. A realidade é cruel, mas eu já tinha conversado com o "Velho" Escoteiro muitas vezes a esse respeito. Não adianta dizer que temos de fazer “assim e assado“.  A realidade está presente em nossa vida, no Grupo, Região e na própria Direção Nacional. Ou aceitamos e insistimos em nossos ideais ou nos afastamos. Cada um tem sua maneira de ser, de pensar e agir.
Ele me dizia sempre que não importa o cargo. Importa o que está sendo feito, mesmo que leve tempo. Aquela senhora que vai lá sempre, varre a sede, é prestativa é tão importante com o Chefe de sessão ou o presidente. - Nós dependemos de todos - dizia - O Grupo Escoteiro é como uma grande família. Cada um tem suas obrigações e responsabilidades. Se ali tem amizade e fraternidade, os jovens têm a ganhar. Garanto que o grupo que atua assim está no caminho certo.
Conheci Grupos que não iam bem. Havia divergências entre novos e antigos. Os Escotistas achavam que os Diretores eram pessoas que estavam ali para servi-los. Estes pôr sua vez, tinham dúvidas de suas responsabilidades, pois sempre confundiam técnica escoteira com atividades burocráticas ou paralelas. O Método e Programa não eram bem conhecidos. Durante algum tempo aceitavam a liderança e depois se afastavam.
Outros mais interessados deixavam suas funções de dirigentes e participavam como Escotistas. Achavam que a falta de bons chefes poderia ser suprida, pois o elemento humano qualificado não existia e se havia interesse porque não participar? A partir do momento que começavam a aprender a conhecer e participavam em atividades próprias de adultos, mais se entregavam a tarefa de educadores. O movimento precisava deles e eles sentiam isso. Infelizmente uns poucos não compreendiam bem suas novas responsabilidades. Alguns faziam o certo, outros tentavam modificar e com o tempo as divergências começavam a aparecer. Em qualquer atividade você podia contar quantos vieram do próprio grupo.
Participei de muitas reuniões de Executiva em todos os níveis. Na maioria dos casos sempre se voltavam para o Diretor Técnico, tentando achar as respostas ou seu apoio. Acredito que o que falta é uma melhor compreensão das responsabilidades e deveres de cada um. Tenho meus direitos e deveres, mas todos que colaboram na organização também os têm. Quando não tinha nada o que fazer no Grupo que prestava a minha colaboração, gostava de observar não só os jovens, mas os pais e parentes que acompanhavam seus filhos as reuniões e podia observar o interesse deles.
O Escotismo é interessante. Você nunca ouviu falar e quando ouve não interessa muito (os leigos). No entanto se observar e participar espontaneamente pôr algum tempo é picado pelo mosquito invisível e basta um convite e lá está você, de uniforme e tentando dar o melhor de si. O "Velho" Escoteiro sempre me dizia que tudo é válido, se os resultados esperados são alcançados. Infelizmente sou obrigado a dar razão a ele em alguns pontos. – Olhe meu caro jovem Chefe, dizia ele, o amor dos chefes é grande, muito. Fazem de tudo para que a juventude que está em suas mãos floresça conforme é o propósito do escotismo. Mas tudo é muito difícil.
 Você hoje dificilmente encontra um grupo com todas as suas sessões completas. No passado, tive a oportunidade de ver tudo isto. Grupos com vinte quatro lobinhos, vinte e quatro lobinhas, tropa Escoteira masculina e feminina ambas com trinta jovens. E a Sênior e a guia? Três patrulhas? Quatro? Pioneiros?  Pelo menos doze? Você tem visto isto hoje? E olhe, era comum no passado.
      Fiquei pensando no que o "Velho" Escoteiro dissera. Uma exceção quando se encontrava grupos assim. Programas. Método, alegria, fazer o jovem se sentir feliz e querer voltar sempre. Um tema que eu iria abordar com o "Velho" Escoteiro em uma próxima vez. E você? O grupo que colabora tem condições de ter sessões completas? Escotistas atuantes, interessados e bem adestrados? 

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