Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Escotistas – estes abnegados chefes escoteiros

Abnegadas são pessoas que fazem trabalhos voluntários sem esperar reconhecimento ou pagamento pelo serviço feito. Fazem por amor a uma causa ou ao próprio ser humano. Somente pessoas altruístas são capazes de tirar um tempo seu em prol dessa ajuda humanitária.


Conversa ao pé do fogo.
Escotistas – estes abnegados chefes escoteiros

Diversas vezes encontro definições sobre o escotista, definições estas que leio com apreço dizendo o que é ou o que seria um chefe ou uma chefe no Movimento Escoteiro. São situações diversas, comentadas por muitos, pois uma vez no movimento somos compelidos a uma participação que vai além do que daríamos as outras organizações existentes. Parece que nos entregamos de maneira impar, deixando inclusive nossas rotinas do passado, para que a nova rotina seja uma verdade em nossa vida. Muitos Escotistas, no seu amor ao movimento, sacrificam muitas horas de suas vidas, deixando algumas vezes a família (alguns motivam toda a família a também participar), seus antigos amigos, seu trabalho e colocando suas economias para o desenvolvimento e bem estar dos jovens com que colaboram no desenvolvimento conforme preceitua o método escoteiro.

Isto merece aplausos e podemos dizer que sem eles, não seriamos o que somos hoje. Mesmo pequenos em relação a outros países, mantemos fidelidade, amor à causa, abnegação tudo porque achamos que é um movimento sem similar e que pode trazer grandes benefícios a nossa juventude. Mas seria esta uma definição correta? Será que não estamos também querendo voltar ao passado e pretendemos realizar algum que por motivo diversos não realizamos quando jovem? Será que é porque neste movimento podemos demonstrar nossa aptidão para dirigir, ser um bom líder, pois até então não tivemos esta oportunidade em nossa vida? Claro, muitos não são assim, mas uma grande maioria pensa o contrário. Somos compelidos a dizer que inclusive alguns se esqueceram de que o escotismo é um movimento de fim de semana e não semanal.

Eu prefiro acreditar que todos estão imbuídos nas melhores das intenções, mas como disse Oscar Wilde “as boas intenções têm sido a ruína do mundo. As únicas pessoas que realizaram qualquer coisa foram as que não tiveram intenção alguma”. Não sei se concordo ou discordo dele. Conversando aqui e ali, desde os meus primórdios no movimento ouço muitos dizerem em conversações diversas sobre o que ele faz e como define seu trabalho voluntário no movimento dizendo sempre “o meu grupo, a minha tropa, a minha patrulha, os meus monitores, os meus lobinhos”. Quando pedem aconselhamento, ouvem, comentam, mas não aplicam a não ser o que já fazem em suas seções. Um antigo escotista, hoje falecido me disse em um Avançado para membros da Equipe Nacional de Adestramento que estes não sabem o que dizem. Os que ouvem acham que ele é o dono de tudo. Comprou todas as “Ações” e não divide e nem vendem a ninguém. Deveriam lembrar que somos colaboradores e deviam dizer – Na seção que colaboro, onde sou voluntário, etc.

Todos os que participam são motivo de orgulho para nós os antigos; e que sabemos que sem eles nada disto existiria. Incorreto seria dizer que muitos não fazem falta. Fazem sim, desde o mais humilde que limpa a sede ao dirigente máximo do Grupo Escoteiro. Eu sempre digo que se fosse um membro da UEB com poderes para tal, faria uma seleção todos os anos pelo registro dos grupos escoteiros, para saber quais os escotistas são merecedores e que alcançaram o tempo necessário para uma condecoração. Não o contrário como é hoje. Mas tudo isto tem uma ressalva. A maneira de ser de um escotista, não é só de amor, da presença, do proselitismo da abnegação e sim de muitas outras que passam ao largo de alguns chefes e que se fossem olhadas com carinho, o nosso movimento daria um salto enorme na diminuição da evasão, que qualifico como o principal mal que nunca nos deixou crescer.

Cabe ao escotista, além de se adestrar, participar de todos os cursos possíveis deste os aplicados pela UEB a outros particulares para conhecer melhor as normas, os regulamentos, a técnica escoteira e o desenvolvimento de métodos na formação dos adolescentes para então aplicar com eficiência aos jovens que em uma seção está colaborando. BP em seu livro O Guia do Chefe Escoteiro dizia que o principio que o Escotismo adota é o seguinte: As ideias dos jovens são estudadas e ele é estimulado a educar-se a si próprio  ao contrário de  ser “ensinado ou instruído”.

Todos já pensaram no que significa tudo isto que disse BP? – Estaremos todos fazendo isto. Não sei. Acho que muitos estão, mas a grande maioria não. O sistema de patrulhas, o aprender a fazer fazendo, enfim uma série de situações importantes tais como a convivência, a aceitação de ideias (democracia) e o mais importante, dar o reconhecimento e valor a cada companheiro de ideias e de ideais. Vejo que em alguns grupos (uma pequena minoria, graças a Deus) não existe aquilo que chamamos de democracia escoteira que nada difere da democracia plena. Ouvindo aqui e ali, tem alguém que se diz perseguido e mal entendido pelos amigos no grupo, outro diz que não ouvem suas ideias, outro é o dirigente máximo que autocraticamente dirige o grupo como se fosse sua propriedade. Não tem um Conselho de Chefes, não divide tarefas, não dá importância aos seus amigos que colaboram junto com ele, a não ser se são leais a seu modo de ser.

É comum estas divergências fazer com que alguns escotistas não participem mais do Grupo Escoteiro e ao sair, organizam um novo grupo, tentando aí implantar as suas ideias que antes não era aceita no grupo de origem. Felizmente eles tinham espírito escoteiro e amor ao movimento, fazendo com que não cessasse sua colaboração, ajuda e perda de continuidade. Se no novo Grupo considerarem realmente sua função de líder e do método escoteiro, tudo bem. Conheço alguns que começaram e hoje tem um ótimo grupo, mas outros não. Neles vemos um novo “Chefão” fazendo as mesmas coisas que o anterior fazia. E aí vamos nós, a voltar sempre ao tópico do crescimento quantitativo e qualitativo.

Sei que você e a maioria dos que estão lendo este artigo não faz assim. Tenho certeza que não, mas conheço alguns que não estão sendo bons escotistas. Procure dentro de o possível ajudá-los e com isto vai fazer com que seu amor, sua abnegação, seu altruísmo seja maior do que você já é. Lembre-se, conhece-se um ótimo escotista, vendo o desenvolvimento dos seus rapazes e moças, aplicação do método escoteiro para que o jovem consiga permanecer pelo menos por dois anos e que no futuro a vida na sociedade seja de retidão de caráter e mostrando que tem um alto Espírito Escoteiro. Isto não é para uma meia dúzia. É para pelo menos 60% dos membros participantes nos últimos três anos que cada um de vocês colaboraram no movimento escoteiro. Como dizia BP, o importante é o resultado.


A vida tem significados maiores quando somos úteis e nos sentimos mais ativos socialmente. Por isso nos tornamos pessoas melhores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário