Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Conversa ao pé do fogo. Você sabe viver com a natureza?



Conversa ao pé do fogo.
Você sabe viver com a natureza?

Prefácio: - A natureza tem e nos dá coisas incríveis, quando achamos que já vimos tudo, somos surpreendidos. Ela não tem pressa de nos mostrar as grandiosidades que tem.
                      
                           Ainda me pergunto se ainda existem os Escoteiros sonhadores, aqueles que amam estar junto ou ver a natureza em seu esplendor ao vivo e a cores. Será possível que com esta modernidade ainda temos Escoteiros assim? Escoteiros e Escoteiras que amam a natureza, que a respeitam que procuram lugares maravilhosos para conhecer excursionar e acampar? Lugares onde podemos ficar horas observando as paisagens, o verde da floresta, respirando fundo para sentir o cheiro da terra. Piscar levemente quando estiverem em uma campina verdejante, cheia de flores silvestres, borboletas de todas as cores e tamanhos esvoaçando. Isto dá um frenesi na pele, sem perceber vem um sorriso, um encantamento e uma vontade de numa mais sair dali.

                           Dizem que assim fazem os escoteiros poetas, os que tiveram grandes amores, os amantes e pensadores, prosear e contar suas histórias para quem quiser ouvir. Era uma vez... Quantas vezes ele começa assim? - Em um vale perdido na montanha da lua, eu vi um bosque que nasceu em gargantas enormes, despenhadeiros que nos fazia tremer, picos distantes para sentir e ver a interminável obra de Deus...
                          
                           Será que ainda encontramos chefes e Escoteiros caçadores de aventuras? Aqueles que fazem as fotos mais lindas encontram paisagens fantásticas, curtem as cores do arco íris, adoram a vida selvagem e lutam para estar em uma natureza intacta em uma floresta perdida neste mundo de Deus? Acredito que sim. Acho que ainda tem aqueles escoteiros que não desistem do sonho da aventura. Que procuram ver uma aurora no inverno ou um lindo por do sol no verão. E tem aqueles que gostam de sentir o vento no rosto, a brisa da madrugada, o cantar da passarada, um frio de pétalas do orvalho caindo e sorrir ao ver o alvorecer.

                           Quantos tiveram a felicidade em estar em uma colina, ver uma águia no céu com seus olhos negros perscrutando o espaço em busca do seu alimento. Quem sabe sentir que pode tocar no animalzinho da floresta. E sentir através da audição o bater das asas de um beija flor ao levantar voo tão próximo que você nunca mais vai esquecer aquele momento único. Tão lindo que você pode pensar que pode voar com ele também.  

                          Fico pensando se a modernidade tirou os sonhos de outrora, de ver sem ser visto no campo, de olhar o crepitar de uma fogueira sorrir ao ver a beleza das fagulhas subindo aos céus, lentamente levada pela brisa e fechar os olhos tentando acompanha-las. Olhar na chama do fogo, o sorriso da Escoteira, o cantar do Escoteiro, vendo nos seus olhos o sonho de se imaginar como um grande acampador. Quem sabe enquanto eles cantam, naquela noite faceira, estrelas piscando ao longe, uma lua que ainda não veio um cometa que passou um sorriso de madrugada, um alegre despertar e ver de novo o nascer sol, vermelho como se foi no “antante” e na volta do “seguinte” para trazer alegria.  

               Eu posso ate pensar que existe algum escoteiro que viu um grande e belo arco íris, na garganta montanhosa... Viu a jaguatirica de longe parada olhando para onde ir... Quem sabe viu um bando de andorinhas entre nuvens esvoaçantes, fazendo um balé no céu? Meu caro escoteiro um dia você experimentou imitar um pássaro qualquer? Como se estivesse na montanha do Eco ouvir a sua resposta? Ver um canário amarelo com a sua cara metade no seu ninho assustado, protegendo sua pole sem saber o seu fim? Melhor é colocar no lago gelado, os pés do andar de cansado, tentar compreender na pedra, um sapinho que toma sol, ver com carinho gostoso uma cachoeira caindo, peixes que estão subindo a procura do seu habitat.

                   Meu amigo Escoteiro, eu posso lhe garantir, não existe nada mais belo. Sem vozes humanas, sem barulho, sem telefone, sem televisão e só você a sentir a natureza assumindo e encobrindo você da cabeça aos pés. É nesta hora que se adquire a percepção da visão, do olfato, do tato e do paladar e a audição é perfeita. Ninguém mais para dizer sim ou não. À noite, sem falar, sem se mexer a ver o balet dos vagalumes, os grilos saltitantes no meio deles, as formigas serviçais, um tatu que é iluminado nos seus olhos pela chama da fogueira. É incrivelmente belo.

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