Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sábado, 8 de junho de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Diário de um Velho Chefe Escoteiro Tradicional.




Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Diário de um Velho Chefe Escoteiro Tradicional.

Nota – Um sábado modorrento sol em ponto morto vou lendo e absorvendo o que cada um pensou e postou na sua página de estimação. Sentado no banquinho com os dedos no teclado, vou escrevendo o que vi e o que aprendi deixando o vento me levar ao sabor da vida. E vocês meus diletos amigos escoteiros, tenham uma bela tarde, uma bela noite, uma linda madrugada e uma vida espetacularmente feliz!

- Varrendo meu subconsciente abstrato filosófico, porque não dizer subjetivo, nada melhor que fazer uma autoanálise dos últimos dias e anotá-los sabiamente no meu livro da vida: - De novo me disseram que devia procurar outra freguesia. UEB ou EB não têm interesse no meu passe. E daí? Ele estava à venda? Afinal sou um dos poucos produtos fabricados no antigamente que não dá lucro a EB e nem bate palma pelas idiossincrasias que andam escrevendo e determinando por ai.  Em 1947 mesmo sem registro fiz a promessa de lobo na UEB. Durante todos estes anos que sou escoteiro ganhei distintivos e fui agraciado com tanta honraria Uebeana que adquiri certos direitos queira uns e outros não. E viva Baden-Powell meu eterno e único Guru que está no céu.

- Admiro as outras congêneres escoteiras que fazem o escotismo que acreditam. Respeito apesar de ainda não bater um prego na porteira pensando que vai ser para sempre. Queira ou não sou UEB e não EB mesmo não fazendo o registro. Ora bolas, se um dia me escolheram como DCIM, me deram medalhas sem pagar, nomear como Comissário e o Escambal hoje não sirvo mais só porque não comungo com as diretrizes dos novos dirigentes? - Sou Facebocano desde 2009. Só escrevo Escotismo e nada mais. Aqui cada um escreve o que quer. Uns fazem politica, outros mandam bilhetes, falam de suas escolhas pessoais e religiosas. Afinal eu também não sou um tagarela nos meus escritos?  Minha caixa de mensagem vive cheia. Pena que não tenho tempo para ler tudo e enviar para todos os meus amigos como pedem. São muitos, pois é. E dizem que estamos sozinhos por aqui. Sei não.

- E vão comentando os prazeres abstratos dos lideres da Escoteiros do Brasil, alguns eleitos e outros mantendo a posição do poder. Privilegio de poucos. Passagens pagas, exigências de hotéis cinco estrelas, gastanças nas viagens internacionais. Danado de escotismo moderno, onde nem mesmo o respeito aos “escoteiros” que mal podem pagar e viajar por aí. Meteram os pés pelas mãos, tentaram absorver todos que discordaram, abriram processos pensando que seus egos seriam satisfeitos com o poder de ser dono do lugar. Perderam tudo. Gastaram sem consultar aos seus correligionários e hoje estão sujeitos a ressarcir a todos que prejudicaram.

- E quem vai me pagar os dissabores de ver uma associação que não faz mais parte do meu passado? Do meu velho caqui, do meu chapelão, da minha fleuma representativa de um passado que se perdeu? Agora tem presidentes, diretores e o escambal. O Velho Escoteiro Chefe, o Velho Comissário, o Velho Chefe de Grupo, minhas saudosas classes tão bem descritas no livro do meu amigo Floriano de Paula. O que existe na paginas do Velho Lobo no seu Guia do Escoteiro ficou no tempo na memória de quem teve o privilegio de ler. Agora tudo é moderno. Um “pimpolho” chamado de “diretor presidente” resolveu que podem usar como quiser seu vestuário tipo “bombacha” cuja confecção não vale o quanto pesa.

- E vai daqui vai dali, tanto que devemos ver na formação do jovem e vem à preocupação com os Agnósticos, LGBT e outras religiões não cristãs em ter uma promessa própria no escotismo. Abstenho-me de opinar e nem sei se vale a pena concordar ou não. Queira ou não sou um dinossauro saudosista que não sabe se isto vai dar nova dimensão ao Escotismo que acredito. Apego-me aos resultados. Só aos resultados. Vi que estão organizando uma nova associação: - AEA – Associação dos Escoteiros Ateus. Sucesso para eles. Será que vem também a AELGBT? E ainda dizem que alguns pretendem acabar com o uniforme caqui? Quem ganha com isso? Maneiramente parece que a EB lucra. Mais associados para comprar o vestuário. (Ops! Não se dão por satisfeitos, antes era vestimenta agora é vestuário – Putz grila!) Haja tostão para ser escoteiro hoje em dia. E inventam mil maneiras para enricar: - Novos distintivos, novas taxas e algumas em “dólar!”. Olhe eu não sei se a “mula manca”, o que eu quero é rosetar... E o salário Ó’!

- Vai ser danadamente desagradável para alguns que não me veem com bons olhos enquanto estiver vivo. Quando morrer paciência. Mas enquanto viver vestirei aquele que usei pela primeira vez em abril de 1951 quando fiz minha promessa escoteira, lá nas Minas Gerais, no rincão do Ibituruna em Governador Valadares onde o Rio Doce virou poeira e lama. Será que vão me processar? Putz grila, vai ser demais. Serei meu próprio “Devogado”. Não tenho um tostão para contratar outro. Agora ficar atrás das grades não sei se vai dar. Velho maniento cheio de lugar comum morre em doze horas lá. Bem cada um morre onde pode não é? Esqueça Vado Escoteiro, eles nem sabem que você existe!

- Quase encerrando às vezes penso que se fosse mais jovem iria formar uma tropa dos meus sonhos. Daquelas de adestrar monitores para que eles fossem os irmãos dos demais patrulheiros e fizer bons acampamentos, sem pais preocupados, deixando a vida deles ser feitas com crescimento do aprender fazendo. Posso? Não nunca seria filiado a EB e a nenhuma outra associação. Seria aquela que iria seguir sua trilha com pés no chão, responsabilidade no costado, fazendo escotismo na veia, no meio da poeira cantando uma bela canção. Quem dera! Os sonhos desta vez não passam de uma ilusão.

- Ah! Caro Velho Chefe Escoteiro. Não fique criando “calango” de beira de estrada que está de olho onde vai passar. Esqueça a “chicana” não vai achar a palavra certa para dizer a essa turma metida que nem sabe fazer um nó de cabeça para baixo e que quando armaram barraca foi no fundo do quintal da sede... Risos se armaram! Ainda fecho os olhos e vejo estrelas, lindas montanhas, florestas, vales e lindos riachos para nadar. “Bão demais!”. Pois é, nos meus sonhos ainda posso ver a beleza das flores, do vermelho ao nascer e do por do sol e do azul do céu. Colocaram-me um olho azul, agora tudo azul na vida do Velho Chefe Escoteiro. Vida longa a todos vocês!

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