Crônicas de
um Velho Chefe Escoteiro.
Onde anda Adriana
Birolli atriz e escoteira?
Prólogo: – Onde anda Adriana Birolli a
famosa atriz e escoteira de tempos idos? Defenestrada pela Rede Globo e pela
UEB? Não teve o mérito que merecia? Só porque matou uma galinha em um curso de
sobrevivência na selva foi condenada ao ostracismo? Viraram as costas para ela?
Atriz de sucesso em uma novela hoje ela é uma eterna desconhecida. Soube que
faz novela na Record e daí? Quando deu suas primeiras entrevistas como escoteira
e fotografada em seu grupo de origem foi aplaudida e saudada, e agora? Condenada
ao ostracismo pelos antigos patrões e a UEB não dá um pio. Tudo começou quando
ela fazendo sucesso em uma novela da Rede Globo contou em alguns programas de
TV que fora escoteira por muitos anos e ainda participava nos seus tempos
livres. Vários programas fizeram entrevistas com ela em atividades escoteiras
pré-programas fazendo saudações e dizendo Sempre Alerta junto aos escoteiros todos
se orgulhavam. Que orgulho em saber que alguém importante como ela participava
do escotismo. Era o Marketing que faltava já que a EB não sabe como fazer isto.
Tudo foi por água abaixo
quando ela no programa do Jô Soares contou parte de sua infância e sob a
influencia deste nefasto apresentador tentou explicar as provas de
sobrevivência que participou no escotismo há tempos passado. Tentou descrever
como teve que matar galinhas e coelhos e incentivada pelo Jô foi levada a
explicar como “torturava” os animais e como os preparava para as refeições que
fazia durante este curso. Coisas do Jô. Alguns bloguistas e outros
comentaristas fizeram disto uma diversão e tanto, menosprezando o Escotismo,
como se tais provas fossem uma conduta normal e treinada para matar. Em
qualquer curso de Sobrevivência na Selva isto acontece para que os
participantes possam sobreviver das dificuldades encontradas. Não foi o que
muitos pensaram. A própria UEB pelo que eu saiba se eximiu de explicar ou mesmo
defender Adriana Birolli.
Assim como apareceu na mídia, logo
desapareceu. Nem na rede Globo com seu puritanismo satânico ela participa mais.
Poucos falam sobre ela. Por causa de umas palavras que na época ela achava
válido e levada pelos seus chefes, condenaram-na a fogueira do ostracismo. Um
escotismo como o nosso que não tem representatividade e tão em falta de
cidadãos probos, exemplos a seguir, ela não mais servia aos propósitos do
escotismo Brasileiro. Era culpada? Era jovem e conduzida a curso fez o que
muitos fizeram pode agora ser condenada? Quem saiu em defesa explicando que
isto aconteceu em uma época onde se fazia o escotismo aventureiro? – “Atirem,
por favor, a primeira pedra”. Escolham-me como alvo. Quantas vezes como menino
escoteiro, eu me embrenhava na selva da minha cidade, com minha Patrulha,
levando somente sal e óleo para ficar dois ou quatros dias acampados e tínhamos
que nos virar para nos alimentarmos? Errado? Era uma época diferente, isto para
nós era ponto de honra e fazíamos com orgulho. Sobrevivência na Selva era uma
expressão que se dava aos valorosos soldados de fronteira ou mesmo aqueles que
pertenciam a algum batalhão especializado nestas artes.
Nós os escoteiros do passado
seguíamos o mesmo caminho. Se alimentar de animais ou grandes pássaros não
tinha segredos era o que tínhamos na época. Com o passar do tempo ainda
continuava nos cursos de Sobrevivência na Selva com participantes diversos o
ensino e a prática de se alimentar com o que se encontrava a mão. Hoje isto não
existe mais, sabemos até que ponto o respeito à natureza faz parte da formação
escoteira. No artigo do Site da ANDA que nunca ouvi falar eles os articulistas
se divertem com a “Matança” da escoteira Adriana Birolli. Chegaram ao ponto de
afirmar que ainda continuamos com este rito que não mais existe e nunca foi
parte da formação escoteira. Uma pena que tais fatos sejam mostrados de forma
incoerente ao povo brasileiro. Se servir de condenação, minha Avó minha mãe e
até a Célia no passado “mataram” muitas galinhas e até mesmo um porquinho de
antemão.
Adriana Birolli não dá mais
entrevistas falando de escotismo. Acho que se ressente por nenhum dirigente
escoteiro tê-la defendido. Assim como apareceu se orgulhando de ser escoteira
desapareceu no tempo. Acredito que se sentiu usada e não teve uma mão escoteira
para defendê-la. Interessante que uma vez uma dupla de dirigentes da UEB foi
entrevistada por Jô Soares. Quase dormi de tédio. Nunca vi tamanha monotonia. Não
temos marketing. Ninguém para dizer na grande Mídia que o escotismo é uma das
maiores organizações de jovens visando seu aperfeiçoamento individual dentro de
uma metodologia única feita por Baden-Powell. No meio educacional somos
considerados como ineficazes e atrasados.
“E se você quiser condenar quem já fez
isto, eu me apresento assim como quase todas as mães e avós dos meus amigos
leitores”. Sem esquecer que até na década de setenta oitenta isto ainda era
comum. Duvida? Pergunte a sua mãe e sua avó se elas ainda estiverem vivas. Hoje
é bem mais moderno. Não matamos nada, temos quem mata para nós e vender seu
produto isento de maldades e atrocidades que acometem os bons samaritanos de
hoje.
Pois é, hoje a Escoteiros do Brasil
age como se fossemos amadores (e somos mesmos). Quando precisamos e temos alguém
para defender e dar uma amostra que temos bom escotismo ela prefere bater
palmas para um cantor brasileiro como se ele fosse nos dar um maior marketing
escoteiro. E às vezes me pergunto onde está ele dizendo maravilhas do nosso
amado Movimento Escoteiro? Sei que colocaram nele uma vestimenta (será que
pagou por ela) e publicaram sua foto nos sites oficiais da EB. Pelo que vejo já
está caindo no ostracismo. Assim como ele chegou já está desaparecendo. Mas não
é sobre ele que quero falar, minha pergunta é uma só: - Onde anda Adriana
Birolli? Ainda continua amando o escotismo? Bem cada um sabe onde aperta seu
sapato. Pobre da nossa liderança. Pobre escotismo que não sabe se valorizar!
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