Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

segunda-feira, 25 de novembro de 2019




Nuvens baixas cor de cobre é temporal que se descobre!

- Polegar não disse sim nem não. A semana toda só “toró”. Um leve sol na quinta e na reunião de Patrulha preferiu ficar calado. Um mês de sede parado no mesmo lugar sem um bom acampamento no pedaço ninguém é de “ferro” e como escoteiro não dá para aguentar. Ele sabia que precisavam de uma dose de vento, de trilhas, de capim Colonião de fumaça de lenha no fogão, de estrelas e de uma lua fulgurante no céu para matar os dias de papo “pru” ar, rodando na pracinha e nenhuma “menina” para interessar. Nunca namorou. Um dia quem sabe... Talvez!. Que venha temporal, pé-d’água, que venha o aguaceiro que Deus mandar. Um Conselho de Patrulha no cantinho do portão da sede debaixo do abacateiro não deu discussão e tudo foi só aprovação. – Saímos sexta logo depois da escola do Jenipapo e Narizpontudo. Nilo Peçanha o Monitor se alegrou. Ele como os demais sentiam o desgosto de passar um mês sem acampar. Quantos acampamentos fizeram debaixo de temporais, toró, ou seja lá o que for? Fliztipaldo que nunca correu na Fórmula I gostou. Foi para casa já pensando na sua mochila no seu bornal o que levar. Joaninha que era enorme e nunca foi pequeno já tinha tudo no papo. Material pronto Monitor, tudo separado bem arrumado oleado e afiado! Copenhague que nunca foi capital da Dinamarca era um Sub Monitor que topava qualquer parada. Jenipapo e Nariz pontudo nem falaram. Não precisava. Os Albatrozes sabiam do seu valor. Nem bem se levantaram viram o Chefe Nolasco no portão. – Má noticia escoteiros. Coronel Fontenelle nosso patrono acabou de falecer. Enterro no sábado as quatro. Os valentes Albatrozes se entreolharam... Fazer o que? O Cemitério de Arlington que nada tinha a ver com o americano militar localizado no Estado da Virginia onde está enterrado o Ex-Presidente John F. Kennedy e sua esposa Jacqueline, estava lotado. Prefeito, governador, juiz deputado senador delegado e o escambal estavam lá. Quatro e meia um rebombar no ar. Um trovão de assustar até os Albatrozes. Um raio partiu ao meio o Esquife feito por Romualdo o melhor marceneiro da cidade. Ninguém ficou lá. Era praga, só podia ser. Nilo Peçanha chamou a Patrulha. Temos que enterrar nosso patrono. Nosso lema diz não deixar ninguém para trás. Fizeram o possível, jogaram o que sobrou na sepultura. Com as mãos e gravetos empurraram o que puderam de terra. A chuva caiu, forte, um diluvio para ninguém botar defeito. Dias depois ficaram sabendo que o Córrego Sapecão encheu e virou água na mata do Tenente. Cada um olhou para o outro. Eram onde iam acampar. Na reunião de Patrulha de mãos entrelaçadas fizeram a oração: “Obrigado Senhor por ter nos protegido e nos mostrado o caminho”. É como dizem os velhos escoteiros: - “Uns tem e não podem, outros podem e não tem, nós que temos e podemos agradecemos ao senhor”!

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