Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sábado, 4 de abril de 2020

Conversa ao pé do fogo. A origem da Flor-de-Lis Escoteira.




Conversa ao pé do fogo.
A origem da Flor-de-Lis Escoteira.

... – Todos os dias arrisco-me a escrever uma crônica e rebusco olhando para o sol que hoje mostra sua força e domínio no Sistema Solar. Custou a achar um tema que poderá interessar aos iniciantes do Escotismo Brasileiro. Ao teclar uma letra desconhecida me lembrei do que li há muito tempo. Quem sabe foi B.-P quem escreveu: - “Quer conhecer um escoteiro”? Leve-o para acampar, é no campo que vemos seu potencial, sua capacidade de interagir e até mesmo suas dificuldades em acompanhar seus demais amigos de Patrulha. Posso afiançar ao nobre Lord que isto é uma verdade. Na sede dificilmente temos uma noção mais profunda do pensamento e da maneira de agir do jovem aprendiz de escoteiro. São situações assim que nos dão mais condições de ajudar e mostrar a ele suas potencialidades para que ele caminhe com suas próprias pernas e aprenda a fazer fazendo.

Por outro lado me passou pela mente que o COVID-19 nos deu excelentes meios para conhecer melhor muitos dos meus amigos inscritos nas minhas páginas e que na maioria são chefes escoteiros ombreando conosco nossos ideais Badenianos nestas maravilhosas páginas do Facebook. Não sou um emérito discípulo de Immanuel Kant, aquele filosofo famoso que ficou conhecido pela filosofia moral e pela teoria da formação do Sistema Solar. Humildemente passo longe dos conhecimentos de Sigmund Schlomo Freud, médico e neurologista Criador inesquecível da psicanálise. Eu não fazia ideia das escolhas pessoais dos meus amigos, do amor a personagens atuais que um dia irão fazer nossa história quem sabe criando novos heróis para serem eternamente lembrados. A ênfase com que defendem seus princípios e a defesa de tantos que acreditam personificar a ideia de um novo estadista, me faz pensar que estou em outro país, e não no Brasil aquele que desde criança aprendi a amar e respeitar. Contrariamente ao pensamento de muitos e sem defender meu direito na liberdade de pensamento, acredito que cada um tem direito a se expressar e agir conforme é de direito na Constituição Brasileira.

Assusto-me com tantas imagens, figuras, símbolos e metáforas em formas de mensagens e frases produzidas, que fico pensando se eu sou o único errado, fora de lugar e desconhecer que o escotismo moderno está criando uma nova diretriz de lideres escoteiros, com novo propósito novas orientações, formando excelentes mestres na sociedade escoteira de Hoje. Dizem os novos pedagogos escoteiros que isto é frutos de um mundo em transição com novos métodos educacionais, mais moderno e eficaz. Escoteiramente tenho de aceitar. Acredito que estão a fazer seu melhor esforço para formar esta juventude tão precisada de educação elementar. Quem sabe irá surgir um novo escotismo, melhor que idealizado por Baden-Powell. Enfim esta Pandemia que ninguém esperava deu para ver muitos praticantes de escotismo demostrarem suas concepções, suas escolhas e seus heróis. Pensando na declaração Universal dos Direitos Humanos, compete a cada um de nós mesmos contrários aceitar.

Mas desculpem, não era esse o meu intento na crônica que iria escrever. O assunto seria sobre a origem da Flor-de-Liz-Escoteira. Li que em 1924, Lord Baden-Powell escreveu um artigo pouco conhecido, provavelmente editado na revista The Scout, que a seguir transcrevo: “O emblema é uma flor de lis, símbolo de paz e pureza”. A história da flor de lis enquanto emblema remonta há muitos séculos atrás, senão mesmo milhares de anos. Na Índia antiga, simbolizava a vida e a ressurreição, enquanto que no Egito era um atributo do deus Hórus, cerca de 2000 anos antes de Cristo.

                   Alguns anos atrás, enquanto era ajudante de campo no meu Regimento, descobri que alguns jovens recrutas eram pouco melhores do que rapazes meio educados. Após alguns anos, quando comandava um esquadrão de cavalaria na Irlanda, treinava os meus homens a serem exploradores, para além dos seus deveres ordinários de combater nas fileiras. Ensinei-os a encontrar o seu caminho através de territórios desconhecidos lendo e desenhando mapas e redigindo relatórios daquilo que tinham visto cada homem por si, de noite e de dia; a atravessar rios com os seus cavalos, cozinhar a sua comida, seguir rastos e a manterem-se camuflados enquanto observavam o inimigo. Pensei que algum mérito lhes era devido e conseguir autorização do Departamento de Guerra para conceder a cada homem que se qualificasse como explorador, um emblema que o distinguisse.

                     Escolhi a flor de lis, que apontava no norte nas bússolas, pois, tal como o compasso, estes exploradores podiam mostrar o caminho certo para atravessar um território desconhecido. Quando os Escoteiros começaram, anos mais tarde, usei o mesmo emblema para eles, pois, tal como nos exploradores militares, que através do desenvolvimento do seu sentido de dever e hombridade podiam prestar uma ajuda valiosa ao exército, assim os Escoteiros podiam prestar um igualmente valioso serviço ao seu país.

                      O atual significado que se deve ler da flor de lis é que aponta na direção certa e para cima, não virando nem à esquerda nem à direita, uma vez que estes caminhos poderiam levar de novo para trás. As estrelas nas pétalas também podem ser interpretadas como indicação de caminho a evitar, embora o seu significado mais conhecido seja o dos dois olhos do Lobinho que se abriram antes de se tornar Escoteiro, quando obteve a sua insígnia de 1ª classe ou a 2ª estrela. “As três pétalas da flor de lis relembram ao Escoteiro os três artigos da sua Promessa.” Baden-Powell.

Nota – A nova flor de lis da UEB aqui não é mencionada. A todos meu Fraterno abraço e Sempre Alerta!    

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