Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DE QUEM É A CULPA?



Reflexões de um Velho Lobo

Elmer S. Pessoa

DE  QUEM  É  A  CULPA?

Estamos hoje na era da tecnologia, onde o computador, a indústria e a ciência estão num constante e ininterrupto processo de desenvolvimento.

Vivemos, entretanto, uma época violenta... Violência contra a natureza, contra a vida, contra os princípios e costumes, abalando nossos conceitos do que é certo ou errado!

Os jornais, rádios e TVs comprovam!

A marginalidade, o tóxico e o crime crescem assustadoramente. O processo é abrangente e parece que somente com a educação e a participação de todos, pode-se melhorar, modificando este quadro assustador.

Quando se fala em educar, volta-se para a criança.

Ao adulto, o que se pode fazer é condicioná-lo, isto é, não proceder erradamente pelo medo da punição, pois a impunidade é um agente estimulador...

A criança que for educada, não pratica o erro, por formação. Para tanto, o  Movimento Escoteiro trabalha com Valores e eles devem ser cultivados desde criança, oferecendo atividades sadias e capazes de atrair o jovem em todas as faixas etárias, e, ao mesmo tempo, transmitindo mensagens positivas de fraternidade, amor a Deus, à família, e à Pátria.

Estará sendo preparada para assumir seu próprio desenvolvimento.

Dez anos após, esta criança estará entre 17 e 25 anos, com boa formação, livre de se tornar vítima de um traficante, e, sem dúvida alguma, um adulto responsável para cumprir seus deveres como cidadão.

Aprenderá com a vivência do bem, que existem direitos, deveres e obrigações!

O Escotismo está um pouco esquecido, talvez por falta de divulgação. Embora todos conheçam o Escoteiro, o Escotismo continua desconhecido. A imagem continua positiva, reflexa de anos servindo ao próximo e a comunidade e,  principalmente, às crianças e jovens de todo o mundo.

A lembrança do “Escoteiro ajudando a velhinha a atravessar a rua” ainda persiste como uma recordação positiva, mas, felizmente, o Escotismo vai muito, além disso!

E então por que ainda é tão desconhecido, mesmo tendo ultrapassado 100 anos?
Naturalmente, a culpa é nossa!

Nós, praticantes desde magnífico movimento, atribulados com nossos problemas particulares (que naturalmente existem) muitas vezes negligenciamos nossas reuniões semanais a aplicação de programas rotineiros, esquecendo muitas vezes de atuar em nossa comunidade.

Claro, temos motivos relevantes para agir assim, mas será que com um planejamento mais elaborado não conseguiríamos reverter esse processo?

Infelizmente, o mundo é regido por interesses. Se não mostrarmos à comunidade o valor do Escotismo, nunca tomarão conhecimento de seu potencial educativo e, como conseqüência, o apoio será restrito, quase sempre com aspectos negativos de caridade.

Por que às pessoas que temos a oportunidade de explicar, divulgar nossos princípios e método, sempre se tornam colaboradores entusiastas?

Simplesmente porque ficaram conhecendo o Escotismo!

Não bastam “Acampamentos Demonstrativos” que, embora importantes, transmitem uma idéia que somos somente “bons mateiros”, qualidade que os pais não acham imprescindível para a formação de seus filhos nos dias de hoje. Temos que mostrar atividades práticas de interesse geral, atuando na comunidade, próximo às necessidades reais do meio que vivemos.

Não se trata de substituir atividades tradicionais e sim, somar outras ao nosso currículo, direcionando nossa participação em assuntos de momento, em que todos (escoteiros ou não) estão interessados: tóxicos, AIDS, ecologia, desenvolvimento comunitário, preservação da natureza, defesa civil, sustentabilidade e campanhas que estão sendo realizadas no momento.

Temos que mostrar “a todo mundo” que estas preocupações também são nossas e que já estamos atuando positivamente nestas áreas, trabalhando e colaborando nas soluções.

Eles provavelmente desconhecem esta face do Escotismo! 

Então, de quem é a culpa?

Elmer S. Pessoa
55º Morvan - Santos/SP

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