Uma linda historia escoteira

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A LENDA DO COLAR DE DINIZULU (IM)





A lenda do colar de Dinizulu



Por Igor Martins em INSÍGNIAS DA MADEIRA DO BRASIL UEB- BRASIL


A lenda do colar de Dinizulu


Diz a “lenda”, entre os escoteiros, que  foi o próprio Dinizulu quem ofereceu o colar a B-P. Esta versão foi  passada pela associação escotista inglesa, a partir da década de 50,  devido ao embaraço causado pela versão anterior, segundo a qual B-P  ter-se-ia apoderado do colar, abandonado por Dinizulu numa cabana  especialmente preparada para ele.



 Réplica do suposto colar “isiqu” de Dinizulu, existente no Museu de Gilwell
Ilustração feita por B-P, representando o avanço sobre um refúgio de Dinizulu
Quando B-P chegou a uma zona de  penhascos, bastante arborizada e com cavernas, chamada “Ceza Bush”,  identificada como baluarte de Dinizulu e dos seus homens, já estes  tinham escapado para a República do Transvaal. Os britânicos só  encontraram cavernas abandonadas e cabanas queimadas, numa das quais B-P  terá - segundo contou ele próprio em 1925 - encontrado o colar “isiqu”  de onde provieram as primeiras contas da Insígnia de Madeira. Dinizulu  entregou-se 3 meses mais tarde ao Governador do Natal, em casa da  família Colenso, que apoiava a causa Zulu.



No seu livro “Lessons from the Varsity of  Life” (1933, capítulo V - Zululândia), BP relata o incidente em “Ceza  Bush”, mas não faz qualquer referência ao colar “isiqu”. Curiosamente,  nesse mesmo texto, conta como se apoderou de um colar de contas de uma  rapariga Zulu que foi atingida por uma bala perdida e faleceu durante a  noite, mesmo ao lado de B-P. Nos diários onde Baden-Powell descrevia  detalhadamente todos os pormenores da sua vida, também não foi feita  nenhuma referência ao colar.



Certo é que BP nunca conheceu Dinizulu.  Se o colar “isiqu” que BP levou para Inglaterra era mesmo de Dinizulu,  fica à imaginação de cada um.
Formato das contas



As contas que hoje ostentamos nos nossos  colares da Insígnia de Madeira são um pouco diferentes das primeiras.  Estas tinham um formado mais delgado na zona onde passa o fio de couro,  para o encaixe entre elas.


Formato das contas atualmente


A “falha” nas extremidades é natural. Ao  fazer os cortes em “V” nas extremidades, que seriam queimados, o  interior do cerne da madeira de salgueiro desfazia-se, dando origem às  pequenas “falhas”, características, também em “V”. Algumas das contas  que são produzidas hoje em dia, não trazem estas pequenas “falhas”,  sendo os cortes apenas pintados, e não queimados, exceto na zona da  “falha”, que fica da cor da madeira.
Exemplos de contas atuais, com tonalidades diferentes, algumas das quais sem a “falha” nas extremidades


Ps. Copiado do grupo Insígnias da Madeira   

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