Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MENSAGEM A GARCIA



MENSAGEM A GARCIA

 Elbert Hubbard
(22/2/1899)

 Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente [Mac Kinley] tinha que tratar de assegurar-se da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?

Alguém lembrou ao presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan".

Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para, depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregado a carta a Garcia, são coisas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou a carta e nem sequer perguntou: "Onde é que ele está?"

Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze perene e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem de instrução sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se altiva no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.

O general Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitos se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada coisa e fazê-la.

Não significa que tudo que se disse aqui seja parte do programa escoteiro. Mas Baden Powell acreditava que devemos ensinar aos jovens a fazerem com suas próprias mãos. Os jovens acreditam que o escotismo é uma fonte de aventura onde eles podem caminhar e remar sua própria canoa. Se não fizermos isso, eles iram embora para sempre. 
    
Acredito que muitos de nós chefes escoteiros precisamos levar uma carta a Garcia. Reclamar menos e fazer mais. Esquecer que o jovem adora levar essa carta deixe que ele descubra sozinho seu próprio caminho e pode um dia contar que viveu sua grande aventura.
Portanto mãos a obra. APRENDER A FAZER FAZENDO NÃO SERIA UMA CARTA A GARCIA?

 Oi! Eu disse ele, não você. Risos

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