Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

APRENDER A FAZER FAZENDO



APRENDER A FAZER FAZENDO

           Uma das máximas do escotismo. Quem sabe a mais importante do nosso método e que BP sempre enfatizou, diz que nós chefes escoteiros, devemos fazer tudo para que nossos monitores conduzam a própria Patrulha e que o jovem deve ser responsável pela sua educação escoteira. Quando um escotista está sempre olhando se preocupando, não deixando que eles façam sempre para aprender, está cometendo um erro e fugindo de uma importante parte do método. Aprender a fazer fazendo. Hoje as escolas, organizações e até universidades usam esse método e estão tirando proveito, mais que nós escotistas. E o pior, tem alguns educadores que nos chamam de um movimento atrasado e ineficaz. Afinal existe maneira melhor para aprender? Errar quantas vezes for até fazer o certo?
         Existem diversas maneiras para fazermos isto. Primeiro, dando a eles toda a liberdade para programar o programa, ficando a cargo da chefia somente elementos surpresas e condições físicas e ambientais. Outro dia, comentava com um jovem sênior, sobre o programa da tropa, e ele me dizia que a chefia fazia tudo. Perguntei se ele não opinava e me disse que não, pois assim havia surpresa no programa. Finalizei perguntando se no ano anterior quantos entraram e quantos tinham saído? Sua resposta – Somos somente quatro. Os demais saíram e ninguém entrou. Aí veio a realidade. Ali nunca foi dado aos seniores a liberdade de aprender a fazer fazendo. Tanto fizeram para eles que resolveram sair.
        Outra vez perguntei a uma guia e ela me respondeu que nunca pensaram em fazer nada. O chefe fazia tudo, assim ficava mais fácil. Elas não tinham de se esforçar, havia sempre um ar de mistério e todos gostavam. Perguntei como sempre, - Quantos voces eram no ano passado? O mesmo número de hoje, somos seis, claro, sairam quatro e entraram quatro. Não perdemos nada!
       Como não existem bons programas que despertem seus interesses e os mantenham na ativa, ficam sempre esperando comentando, programando, e contando os dias de alguma atividade regional ou nacional. Não tiveram outras em suas tropas que marcaram e pedem bis com estas. Alí nessas atividades eles se realizam, não pelo programa em si, mais pela amizade e fraternidade. Ali nada farão a não ser divertir. Tudo já está pronto, até as refeições. A Direção programou tudo. Desde a chegada ao término. Tudo feito de antemão. Eles serão um Bon vivant. Ou seja, “Comemos e bebemos, a Deus agradecemos”.
        Chegamos a tal ponto que fiquei sabendo que algumas tropas seniores decidiram em Conselho de Tropa, com a anuência da chefia Sênior, que as reuniões seriam feitas quinzenalmente e não mais semanalmente. Sempre achei que o escotismo é um movimento de fim de semana, duas a três horas em um sábado agora quinzenal? Deve ser a tal modernidade.
       Muitos ainda não preocuparam com seus programas outros passam a semana pensando neles. Esqueceram-se de consultar a Patrulha. Esqueceram-se de ver o que eles querem.  Ouvi de um Escotista dizer que o programa seria ruim se eles fizessem. E poderiam com o tempo desistir. Mas voce já tentou? Pelo menos tentou? Agora não é somente em uma ou duas reuniões que voce vai conseguir motivá-los. Isso é como se fosse uma pescaria. Tem de escolher a isca, a vara e o local onde vai pescar.
       É comum encontrarmos escotistas construindo pioneirias e os jovens formados em circulo olhando ou dando ferramenta ou madeirame. Ele esqueceu que já é formado na escola da vida e quem precisa disso são os escoteiros e as escoteiras. Esqueceu-se do aprender a fazer fazendo. Sua época já passou. Ele agora é um chefe, sua função é outra. Não ficar mostrando que sabe fazer ou é um mestre mateiro. Inclusive um me disse que assim é melhor, pois os escoteiros podem ver como fazer e aprender no futuro. Que futuro? Não pegou nada.
      Por experiência vi em diversas tropas que atuam dentro do método que elas são mais unidas, mais coesas, e se orgulham do que fizeram. Observe a alegria de uma patrulha que fez uma mesa mesmo que torta e quase caindo e outra olhando o chefe fazer. A arte de aprender fazendo tambem se aplica ao programa da tropa. Experimentem um dia agir assim. Dê um prazo para voces e para eles. Com o tempo iram te surpreender. Se mostrar aos monitores onde devem chegar, eles chegarão lá sem sombra de duvida. Confiar faz parte do método. Quem ensina e adestra é o monitor. Você sim é o monitor dos seus monitores.
      Quando a tropa caminha com suas próprias pernas, quem ganha são os jovens e voce. Eles porque estão aprendendo o que o escotismo se propós, voce porque vai ter mais tempo para eles e para sua familia. Experimente não custa nada tentar. E vai se surpreender com os resultados.

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