Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Assistentes escoteiros, para que servem?



Assistentes escoteiros, para que servem?

          Uma pergunta meio “idiota” Alguns até podem pensar assim e eu até dou razão. Pensando bem eu também acho. Sei que cada um terá uma pronta resposta para o titulo em questão e para estes peço desculpas. Mas acreditem tenho visto tantos assistentes serem relegados ao segundo plano que me deu vontade de comentar o assunto. Se coloquem no lugar de um. Seja de uma Alcatéia ou tropa. Sempre o Akelá ou o Chefe achando que eles são novos, ainda não entendem nada e praticamente não dão nenhuma atividade a ser desenvolvida há não ser aquelas rotineiras. No principio se aceita normalmente, mas com o passar do tempo surge ressentimentos e muitos até se perguntam o que estão fazendo ali.
           Não preciso repetir que em qualquer profissão o ser humano necessita estar em relacionamento com seus semelhantes. Quando este relacionamento é harmonioso, contributivo, espontâneo, gera-se satisfação e progresso. Ao contrário se surge conflitos, surgem obstáculos ao desenvolvimento das atividades, gerando “emperramento” nos propósitos a serem alcançados. É difícil quando dois ou mais escotistas num ambiente de reunião, e que devem compartilhar ideias e tarefas não tem uma boa relação humana entre eles, é claro que a cooperação vai gerar atritos, comparações etc. Dizem que existe uma técnica para se firmar boas relações entre duas ou mais pessoas. Eu não sei, mas nunca me aprofundei muito nela. – Ser simpático, mostrar prestabilidade, autodomínio e ser sociável. Claro requer um esforço enorme.
            No escotismo quem não nos conhece nos vê como um movimento de irmandade absoluta, e uma cortesia entre adultos que em certos casos nem se sabe quem é quem no comando ou na liderança. Mas em particular a importância de se mostrar em dizer que eu sou alguém, e que você é um “pata-tenra” (noviço, iniciante,) e, portanto é subalterno e que deve “ralar” para ficar como eu, são situações que encontramos em diversas sessões escoteiras. Claro sem ferir susceptibilidades dos órgãos superiores, pois isto acontece com eles também. Vejam bem, tentamos de todas as maneiras arregimentar os pais, amigos e simpatizantes para virem colaborar conosco. E quando chegam muitos em pouco tempo desistem. Por quê? Claro que se explica pela prática de ser tratado como um eterno “pata-tenra” sem nunca ter possibilidade de atuar como deveria ser um assistente.
           No escotismo e muitas vezes em nossa vida profissional, nos ensinaram e a experiência comprovou que a sintonia perfeita entre o Chefe da sessão e os assistentes servem de parâmetros para dizer que estamos atingindo nossos objetivos. Isto se aplica a todo o Grupo Escoteiro e o Diretor Técnico é o seu maior responsável. Quantos grupos os chefes se reúnem para fazer, discutir e distribuir tarefas nos programas de reuniões? Refiro-me a uma reunião feita mensal ou bimensal fora dos horários de reuniões onde se programa toda as atividades a serem desenvolvidas em reuniões? Discordo de alguns que fazem seus programas sozinhos (os chefes titulares) e por delicadeza passam e-mail aos assistentes dizendo o que eles devem fazer. Não há sintonia e nem oportunidade para o assistente opinar.
          Quem sabe isto é um aprendizado no Grupo Escoteiro de anos e anos, cujo Diretor Técnico nunca em tempo algum fez realizar um Conselho de Chefes, tema visto e revisto em vários cursos escoteiros, mas nunca levado a sério por muitos líderes de grupo. Um deles até me disse que não era preciso. Eram todos irmãos e ele conversava com cada um em particular. Totalmente errado. Conselho de Chefes se presta para outras necessidades e não ser informado individualmente pelo Diretor Técnico. É um paradoxo que isto possa acontecer no seio Escoteiro. Falamos tanto em sistema de patrulhas, de matilhas trabalhando em equipes e quando há necessidade dos adultos dirigentes mostrarem a vantagem do trabalho em equipe isto não acontece.
            Interessante é que hoje em dia o trabalho em equipe e relações humanas fazem parte do nosso dia a dia. Tanto no seio profissional como particular. Quando um Chefe Escoteiro ou de alcatéia ou mesmo o Diretor técnico não sabem ver a insatisfação de seus colaboradores, não sabe ouvir opiniões e não sabe dividir tarefas, o futuro e exemplo aos jovens será severamente prejudicado não só na sessão, mas também no Grupo Escoteiro. Cabe a cada um de nós analisarmos se temos amigos conosco na sessão, ou subalterno militar que só recebe ordens.
           O tema é longo. Quem sabe volto a ele oportunamente. Só não posso aceitar que até hoje não tenhamos olhado por este lado (não todos) e analisado o porquê nossos resultados em termos de crescimento, e permanência nas fileiras escoteiras continuem estagnado. Espero que isto não esteja acontecendo com você. Até uma próxima vez.

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