Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Lendas Escoteiras. Martinha escoteira e o Rei da cidade de Galiza.



Lendas Escoteiras.
 Martinha escoteira e o Rei da cidade de Galiza.

               - Porque não posso passar? Perguntou Martinha. – Porque não. Ordens do Rei da Galiza. – Não conheço e nunca ouvi falar – Não importa aqui vocês não passam. Martinha olhou de soslaio aquele enorme homem vestido com uma túnica vermelha, um capacete azul e uma grande espada na cintura. Martinha era Submonitora da Patrulha Touro. Estavam acampados próximo ao arraial do Martelo que pertencia à cidade de Taumi. Ela e Laurinha estavam à cata de lenha para o jantar e um fogo noturno onde uma gostosa Conversa ao Pé do Fogo sempre acontecia à noite antes de dormir.

               Não estavam longe do campo de patrulha. Avistaram um descampado e foram surpreendidas por este homem vestindo a moda romana. Seria alguma prova da Chefe Marta? Mas qual o objetivo? - Mas moço, insistiu Martinha ali do outro lado tem muita lenha e precisamos. Ainda não terminamos o jantar e a noite tem conversa ao pé do fogo. O que direi a monitora? – O homem da túnica vermelha pensou e pensou. – Será que poderia deixar? E o Rei da Galiza o que diria depois? – Vá, mas só até aquela árvore. Se passar eu terei que levar você na presença do Rei. Martinha pensou e Laurinha riu. – Acha que este homem é real? – Não sei falou Martinha. Mas sabe, gostaria de conhecer este Rei da Galiza. – Você vai comigo? – E agora pensou Laurinha. Não estavam obedecendo às ordens do Chefe e da Monitora. Mas conhecer um Rei? – Vamos, seja o que Deus quiser. E atravessaram a cerca e passaram dos limites permitidos.

              O homem da túnica vermelha não titubeou. Pegou as duas pelo braço, soprou no horizonte e uma ponte com um lindo arco íris apareceu. Elas atravessaram a ponte com ele no meio das nuvens brancas e avistaram o Castelo do Rei da Galiza. Passaram pelo portão e quando entraram no castelo viram um magnífico salão de refeições, as mesas faiscando de ouro e prata, carregadas de finos manjares, as vestes suntuosas que envergavam o Rei e seus cortezões e os nobres e veneráveis semblantes de todos os presentes, ficaram cheias de espanto e admiração pelo esplendor da corte do Rei da Galiza. Nunca poderiam imaginar nem em sonhos mais arrojados que conheceriam a metade do esplendor e da sabedoria que estavam conhecendo.

          O Rei mandou que se aproximassem. Mandou-as sentar ao seu lado e servirem a elas todos os manjares – Quem são vocês? Perguntou. Senhor Rei da Galiza, somos escoteiras da Patrulha Touro. Do Grupo Escoteiro Lua Azul. – O rei olhou para todos e espantado perguntou: Escoteiras? E que fazem? – Nós Senhor Rei, gostamos de acampar, excursionar, viver a natureza, amar a Deus sobre todas as coisas,  fazemos boas ações, somos alegres, respeitamos os direitos dos outros, temos palavra, somos leais, somos amigos de todos e até dos animais. E também Senhor Rei da Galiza, temos por obrigação ser pura em nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações!

          O Rei da Galiza ficou estupefato. Chamou o Grão Vizir e disse a ele para anotar tudo. A partir daquele dia, todo seu reino seria como as escoteiras. Que suas palavras fossem levadas nas escolas, nas ruas, nos campos de trigo, nas casas e em todos habitantes do castelo. Levantou e abraçou as escoteiras com carinho. Depois do jantar mandou o Homem da Túnica vermelha as levarem até onde estavam acampadas. Já estava escurecendo. Atravessaram o Arco Iris cheio de luzes e o homem desapareceu. Martinha e Laurinha pensaram muito se contariam a Patrulha. Acharam melhor contar em forma de esquete a noite no fogo de conselho. Assim foi feito. As escoteiras riram muito. – De onde tiraram a ideia do Rei da Galiza? Perguntou a monitora. Martinha olhou para Laurinha e deram muitas risadas. Mas estavam alegres, pois agora o reino iria aprender muito da Lei das Escoteiras. Estavam orgulhosas por ajudarem.

         E sempre, por anos a fio, quando Martinha e Laurinha acampavam ali, encontravam o homem da Túnica Vermelha e iam visitar o Rei da Galiza. Ficaram amigos para sempre. Guardaram o segredo, pois o Rei assim o quis. E até hoje, ambas nunca deixaram de fazer uma visita naquele reino onde à palavra à ética e a honra se tornaram um modo de vida de seus habitantes!           

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