Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

É de pequeno que se aprende?



Conversa ao pé do fogo.
É de pequeno que se aprende?

                   Estou lendo aqui e ali, que a liberdade de dizer sim ou não, de ter livre arbítrio para escolher o que se quer, pode e deve ser dada aos jovens principalmente aos escoteiros. Estou em duvida. Muita mesmo. Afinal o jovem não está na idade de aprender? De saber onde vai pisar na sua trilha no futuro? Quando o colocamos em uma Patrulha é para que? Para ele somente viver em grupo? Jogar? Conhecer e decidir por si só? Se vamos a um acampamento a equipe juntos faz o que? Nas reuniões vamos orientar aos outros onde pisar e deixar que um ou outro escolha como pisar?

                   Têm-se uma lei, onde o escotismo (penso eu) se agarra para dar bons fluidos ao jovem em sua jornada de vida não estamos mostrando a ele o bom caminho? Não disseram que somos um movimento que tenta colaborar na formação do jovem na escola, na religião e junto aos pais? Ai eu fico matutando, será que a religião é uma questão de escolha quando se é jovem? Ele como os jovens que vivem nas esquinas da boca do lixo se drogando, têm direitos a escolher o que querem? Deus para que?

                   Vejamos nas famílias que consideramos educativas, cristãs, e que se preocupam com seus filhos se existe para eles o livro arbítrio. Têm horários para levantar e ir à escola? Escolhe a melhor hora para as refeições? Suas lições da escola serão feitas quando ele quiser? Sai de casa quando quer e sem dar explicações? Vai dormir no horário que quiser? Claro que não. Sabemos que hoje reclamos muito das monstruosidades que jovens fazem aqui e ali. Alguns assaltando, outros tirando a vida de alguém com um sorriso nos lábios, outros se drogando. Não temos direito de quando ainda temos tempo dar a eles uma nova escola de vida? Claro sem generalizar.

                  É difícil para mim defender que no escotismo devemos dar livre arbítrio de quem quer que seja fazer o que quiser de suas crendices. “Pau que nasce torto, morre torto”. Não posso compreender e quem sabe sou "Velho" demais para isto que os tais “Ateus” (graças a Deus) façam seu livro arbítrio no Grupo Escoteiro quando assim o desejarem. Não digo que lá no adestramento do dia a dia se obrigue a uma religião. Nada disto. A escolha é livre, mas sem ter uma não vejo como seguir uma lei que é ponto de honra para um Escoteiro. Visando mudar isto tirar Deus da promessa, tirar um costume centenário de uma oração, só para abrir uma porta a esta discussão que muitos dizem ser uma realidade, é tudo contra aquilo que acredito.

                 Claro, teria sempre aqueles a dizer que eles ou estes os filhos de pais Ateus deveriam ter o direito a participar do escotismo. Será mesmo? E os demais? O que diriam? Não posso aceitar que eles sejam chamados de “coitadinhos” e que se não forem um dia escoteiros poderiam dizer que nós não aplicamos o dom do sexto artigo da lei. Então se ele pode se beneficiar deste artigo e os demais onde Deus poderá estar presente nas entrelinhas seriam desprezados?

                 É uma situação difícil. Não gostaria de estar na pele dos hoje escotistas que passam por esta situação. Estamos vivendo uma época de liberdade tal que me assusta. Os direitos muitas vezes não tem retorno. Podem jogar pedra, podem me condenar. Podem me chamar de "Velho" ultrapassado. Mas Deus para mim não tem abertura para ser esquecido. O Escoteiro como já dizia BP, é puro nos seus pensamentos nas suas palavras e nas suas ações. Só isto vale por todos os mandamentos da Lei de Deus. Passei em minha vida por tantas situações difíceis, que se fosse ateu não saberia se tinha saído delas com vida. Como é bom saber que podemos dizer – Deus! Ajude-me meu Deus! Eu preciso de você! Obrigado meu Deus!

                Ainda bem que nas entrelinhas da minha escolha espiritual eu sei, ou melhor, acredito que sei que isto é uma passagem. Outros tempos virão. Faz parte do nosso crescimento. Ainda bem que não estarei aqui para ver as mudanças que estão por vir no escotismo. Foram tantas que acredito os novos escotistas não irão se preocupar com mais uma ou duas. Irão aceitar tudo conforme aceitaram até hoje. Já pensou? Não ter mais na promessa a palavra prometo, honra, Deus, pátria, obedecer à lei do Escoteiro. Como seria esta nova promessa? Bah! Não estarei aqui para ver.                  

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