Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pais escoteiros para que servem?



Conversa ao pé do fogo.
Pais escoteiros para que servem?

             Antes de me dar uma má resposta leia o artigo. Não se discute a importância dos pais. Acontece que nem todos conseguiram arregimentar para suas fileiras um bom número deles. Vejo grupos escoteiros tendo grandes dificuldades em crescerem em ter uma diretoria boa, em conseguir equipes para colaborar nos acampamentos, nos acantonamentos e até em algumas atividades que alguns grupos organizam visando arrecadação de fundos. Os pais queiram ou não são uma fonte inesgotável para o crescimento e formação do grupo Escoteiro. Conheço grupos que eles querem se aproximar, mas tem receio de melindrar o Chefe que de uma maneira ou outra sem perceber se coloca na posição de insubstituível e de dono das “ações” do grupo. Ou seja, ele acha que não precisa. Costuma dizer que tem tudo sobre controle. Ele não tem culpa. Enquanto tiver forças vai fazendo o que aprendeu e na sua concepção “seu grupo” anda com suas próprias pernas.

                Hoje em dia a maioria dos grupos escoteiros se recente em não possuir em suas fileiras escotistas advindos do próprio grupo. Difícil manter os jovens por muito tempo e quando crescem tem sempre uma admiração por onde viveram, mas agora tem outros afazeres, e quase todos dizem não ter tempo. Lembrei-me de um curso que um dirigente disse – Cuidado com os que têm tempo, eles poderão lhe trazer aborrecimentos, mas acredite nos sem tempo. Eles sim são os que irão trazer benefícios ao Grupo Escoteiro. O número de escotistas advindo dos pais sobrepõe aos que cresceram dentro do grupo. Claro, não estamos afirmando que o escotismo é uma escola de chefes, nada disto. Mas francamente muitos deles poderiam ajudar e não o fazem.

               Eu sempre digo por experiência própria que o primeiro dia é o mais importante para arregimentar os pais. Nunca abri mão da presença deles. E quando digo deles, sãos os dois. Pai e mãe. Claro temos situações que isto pode não acontecer e vamos levar em consideração. Nunca facilitei a entrada do jovem. Facilitei sim a entrada dos pais. Nunca aceitei um não como resposta. Tempo ninguém tem. Alguns de vocês chefes que estão atuando têm tem tempo sobrando? Isto eles devem saber. Vocês estão ali para colaborar com os filhos deles e isto deve ficar bem claro para eles. Sempre digo que é o escotismo que precisa de nós e não o contrário. Iremos encontrar diversas situações e desculpas dos pais para não colaborar. E infelizmente tem aqueles que sem querer substituem em tudo que os pais poderiam colaborar.

                Se o pai ou a mãe de forma alguma não pode ajudar, não pode tirar um dia por mês para auxiliar o grupo me diga, vale a pena ter um jovem em suas fileiras? O que ele vai pensar dos outros pais ajudando e o dele não? E você? Acha que pode dar a ele uma boa formação Escoteira se os pais não se interessam? Não sejamos extremistas. Existem sempre uma saída. Uma vez organizei uma comissão de pais, não mais que cinco só para visitar aqueles que não participavam. Trocamos ideias, alguns deles fizeram treinamento e participaram em cursos. Telefonavam, iam a suas casas, convidavam para atividades sociais e olhe dificilmente os pais deixavam de colaborar. Afinal recebiam a visita de alguém como eles. Sem uniforme. E isto amedronta queira ou não. O importante é mostrar a importância do método Escoteiro para os pais na formação do filho ou da filha. Se ele sabe o valor do escotismo e que isto vai trazer dividendos na formação do jovem, não acho que deixará de colaborar.

                Na maioria das vezes o interesse é do jovem. Quando o contrário acontece o mesmo jovem não dá muito valor. Os pais também em sua maioria aproxima do grupo levado pelo filho. Lembro-me de uma canção que dizia – “Minha mãe vou lhe pedir, e não quero aborrecer, para ser um homem forte um Escoteiro eu quero ser”. Ele aprendia e cantava atrás dos seus pais dia e noite. Vencia pelo cansaço. Agora era hora da comissão de pais agir. O Chefe não deve ser o sabe tudo, o linha de frente. Eles sempre serão dependentes. Se os pais estão motivados, se eles participam se existem atividades para eles tais como Acampamento de Pais, jogos, excursões sem o caráter de obrigação a motivação é certa. (Conheci um Grupo Escoteiro que eles quando se reunião tinham patrulhas com grito e tudo, claro uma ou duas vezes ao ano). Ser pai em um grupo não é fácil se não tem motivação. Ao contrário é muito mais fácil o Escotista se motivar. O uniforme, uma promessa, liderar os jovens já é meio caminho andado.

               É Inconcebível chefes atuando como pais, chefes pagando para os filhos que não são seus, e os pais aceitando tudo confortavelmente. Nem tanto mar nem tanto terra. Não somos um “negócio” uma empresa, onde tudo é preto no branco. Nada disto. Mas devemos nos ater que nossa função é fazer escotismo com os jovens. Para controlar as finanças, para ter uma área administrativa funcionando, é tarefa de pais. É gostoso quando chega o dia da Assembleia e ver que ali estão quase todos. Mas é decepcionante quando se vê quem só tem uns “gatos pingados”. Sei o valor do Chefe-faz-tudo. Sei que eles estão por aí aos montes fazendo escotismo. Mas não é o caminho certo. Falo com experiência. Sei que eles os pais motivados também são uma fonte inesgotável para suprir a falta de chefes. Experimentem. Deixem-nos andar com suas próprias pernas, mas deixe que eles participem da vida do grupo sem ser um eterno observador. De longe!

Iremos entrar em detalhes em outra ocasião. 

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