Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A morte da barata.


Conversa ao pé do fogo.
A morte da barata.

             Esta madrugada eu me levantei lá pelas três da manhã. Destino? O banheiro da minha morada. Nem bem acendo a luz e lá está ela. Quieta. Parada, finge-se de morta. Ela parece  John Wayne naquele filme que ele fazia papel de caolho. Fingiu-se de morto na guerra e conseguiu escapar dos sulistas. Voltemos à história: -  Eu a olho e penso: - Mato? Sou um matador? Quem sabe posso tirar uma de lutador de UFC? Sei não, esta turma só entra pelo cano. Dizem que todos tem sangue de lutador, pistoleiro e matador ao avistar uma barata. Coitada, é totalmente indefesa. Tem algumas que correm e escapam tem outras que se fingem de morta. A coitada quando cai de barriga para cima é uma piada. Quem vê acha que morreu, mas a danada está vivinha da silva. Truque Velho já conhecido pelos matadores. A barata é o terror das mulheres. Claro para alguns homens também. Se você gritar alto – Uma barata! É um Deus nos acuda. É gente correndo para todo lado. Parece Brasília quando gritam pega ladrão! Já vi homens fortes, aqueles que se dizem durões, frequentadores de academia, musculoso, gemer e subir em uma cadeira e ficar tremendo gritando: - Barata! Barata! Mata! Mata! E veja a pobre coitada. Pequena, indefesa, não morde e não sabe dar “porrada”.

 

                   Ela é noctívaga. Só a noite dá as caras, pois espera que os humanos estejam dormindo. Afinal elas não estão no topo da cadeia alimentar e tem de se virar com seus velhos baratos e filhos baratinha. Tem aquelas que resolvem passear durante o dia, umas idiotas, pois sem saber estão cometendo haraquiri. Não adianta as donas de casa a deixarem um brinco. Varrer passar pano, comprar mil e uma utilidades mostradas na TV. Você mata cem hoje e amanhã aparece duzentas! Elas as perseguidas se escondem nos canos de esgoto ou no próprio esgoto. Deus do céu! Que destino é esse? Morar no esgoto e sair para ser morta? Dizem que elas adoram uma cozinha. Restos de alimentos ou açúcar e quase não bebem água. Os estudiosos separam as famílias de barata como a americana. (nunca vi, deve ser riquíssima, renda per capita acima da média e com filhos Marines). Existem a cascuda e a voadora. Esta é demais. De vez em quando estou com a janela do meu pequeno escritório aberta e surge uma voando. Levo o maior susto. Deve ser a americana da Air Force saltou de paraquedas pensando ser o Afeganistão  e veio parar na minha janela.

 

                   Falam ainda na barata Alemã e na australiana. Não tem a brasileira? Acho que não. Se tivesse estariam dando risadas nas cozinhas das plataformas continentais da Petrobrás, aguardando o pré-sal que de sal só tem dólares. Quem sabe estão na própria cozinha do prédio enorme na esplanada Santo Antonio no Rio de Janeiro alimentando-se das sobras da Operação Lava Jato. Mas voltemos a nossa mente assassina. Assassina? Era apenas uma barata. Pequena coitada. Tentando se esconder e você atrás com uma metralhadora israelense ou um fuzil AR-15, uma bazuca e não leva um canhão porque é pesado demais. Bem para não alongar a história da barata Escoteira... Calma não era Escoteira. Não existe uma barata usando a vestimenta. Já pensou? Barata com camisa solta, aqueles bolsos enormes que cabem mil baratas e sem meia? Kkkkkkk. Elas são contra totalmente contra este tipo de uniforme. Uma me disse que se fosse seria o caqui de calças curtas ainda vá lá, mas preferem morrer de vassourada ou pé de chumbo (minha mulher mata de chineladas!).

 


                    Mas voltemos à barata no banheiro. Paro na porta, ela para perto do vaso. Eu olho para ela com os olhos injetados. Ela finge-se de morta. O que devo fazer? Dizem que nós Escoteiros somos bons para os animais e as plantas, mas a barata não é animal, não é pássaro e nem peixe. Dizem que é um inseto perigosíssimo.                   Penso, analiso, somo dois mais dois, faço uma raiz quadrada de 0,0,3285860. Ainda na duvida se a mando para a terra dos baratos e baratas e fecho os olhos. Uma pena enorme. Se contar para a Célia que a deixei viver vou ouvir o que não quero. Levanto o pé calçado com um chinelo, o levo em cima da barata. Ela imóvel não sabe que vai ser assassinada. Abaixo o pé sem dó e sem piedade. Um barulho de “trak” se fez. A barata morreu!

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