Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

domingo, 22 de outubro de 2017

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. “Sempre aos Domingos”.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
“Sempre aos Domingos”.

                   Há diferença é que muitos estão passeando, olhando a vida de ontem e de hoje para ver se o caminho a seguir é este. Para mim um aposentado, um Velho Chefe Escoteiro sem eira nem beira os domingos são iguais. Não faço nada, escrevo, converso com meus familiares, atendo visitas que vem ver o velho (são poucas hoje) e fico algum tempo em minha varanda onde adoro imaginar que a vida é bela e merece um sorriso para continuar a viver. Lá fora uma chuvinha miúda cai. Depois do calor da semana bem vinda. Ela me faz lembrar tantas coisas que fecho os olhos e deixo minha mente voar nas asas da imaginação e me levar.

                   Cada dia para mim não é rotina. Faço dele um pedaço do meu viver. Porque não? Se não posso estender minhas mãos pessoalmente porque não fazer isto pelas ondas da modernidade até onde elas irão chegar? Pensamentos voam. Passeio pelos cantos do mundo. Muitos sorrisos nas fotos montadas pelas páginas de um amigo ou amiga que se orgulha por uma razão qualquer. Todos tem algum para mostrar. Alguns mostram tristezas, outros a saudade da perda, outros dos dias que se foram e outros dos dias que virão. Lá do sul vejo uma Chefe sorrindo, lá do norte alguém comentando que suas vozes irão viajar pelos ares visitando escoteiros do Brasil e de outras nações.

                   Não é do meu tempo. Hoje muitos gostam de “coisas” que nunca fiz. Gritam no microfone aos quatro ventos como se estivessem no Fogo do Conselho invocando os Ventos do Norte e do Sul. Eles amam o que fazem. Alguns pensam que estão dando aos seus jovens uma nova maneira de viver, outros pensando que isto os fará feliz. Um rádio potente, uma onda correndo nos céus em busca de outros que lá estão escoteirando e imaginando se o outro também está feliz a conversar e se entender escoteiramente.

                     Eu na minha simplória trajetória procuro outras razões para sorrir. Corro como um vento nas tempestades por montanhas e vales, por trilhas e rios caudalosos, pego o trem da saudade, monto na minha estrela e viajo até a mata do Tenente, vejo ao longe a bruma branca a se formar na enorme cascata do Rio Formoso. Enquanto isto vai tocando na minha vitrola canções que me fazem feliz. “Somewhere over the Rainbow”. Israel “IZ” Kamakawiwo canta na minha imaginação. E então penso nela, penso nele, penso nos jovens que se animam a escalar as serranias e alturas. Quem são eles? São escoteiros do Brasil.

                      E bate fundo como uma saudade um poema de um poeta escoteiro que nunca vi. – Já viste por acaso, a luz das madrugadas, uns veleiros azuis singrando mar afora? Ou então em marcha a cantar patriótica toada, um grupo que lá na serra alcantilada em plena mata acampa e uma bandeira arvora? Desta flotilha azul, quem são os marinheiros, que se animam a escalar da serrania e altura? Contemplais... São jovens escoteiros, entusiastas joviais, briosos brasileiros que lá vão brincar ao léu de uma aventura...

                       E o Velho Chefe Escoteiro canta, quem sabe o Rataplã do mar. Canta o arrebol, canta o Rataplã do coração. E a tarde vai chegando. Ele no seu afã de sorrir e fazer sorrir corre para sua máquina de sonhos. Joga no ar uma saudade, saúda aos que estão Joteando pelos quatro cantos do mundo. Olá! Voce que me lê, eu sou apenas um Velho Escoteiro que gosta de você. Tente fazer alguém feliz, quem sabe seus amores e esqueça suas dores.

                      E na hora de encerrar, quem sabe finalizando o poema do poeta escoteiro que nunca vi eu falo por ele: - E se você, que não é escoteiro, sem demora, traga seu concurso a nobre instituição, e quando ouvirdes Rataplã lá fora, também direis: - Eu sou escoteiro agora e dos jovens do Brasil tereis a gratidão!

Bom domingo, meu abraço fraterno e sempre alerta!

Nota de rodapé: -  Olá meus amigos minhas amigas. Nesta tarde bolorenta onde cai uma chuvinha intermitente em minha cidade, sem ter um microfone nas mãos para Jotear eu desejo a todos vocês muitas alegrias, que levem suas palavras pelo mundo mostrando que o escotismo bate fundo e ainda permanece no coração de muitos que sabem ser escoteiros do coração. Boa tarde. 

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